Impactos da Organização e Tratamento da Informação
no Serviço Público

 

 

ABSTRACT

Este artigo faz parte de uma pesquisa para elaborar dissertação de mestrado na área de Comunicação na linha de Gestão da Informação e Comunicação Midiática. O principal objetivo deste trabalho, quando estiver concluído, será um estudo, desenvolvido e organizado, mostrando a experiência do município de Bauru pela atualização tecnológica no tratamento de informações como instrumento de gerência e vantagem competitiva. Analisando suas fases, sua organização e tratamento das informações e sua disponibilização on-line e, também, os benefícios da agregação de valor à informação para a evolução do município. O presente trabalho faz uma abordagem sobre a importância da Era da Informação nas organizações, em particular os serviços públicos, que devido a falta de atualizações tecnológicas, ao longo do desenvolvimento das inovações, não conseguiu acompanhá-las e hoje, uma época em que os países desenvolvidos já chegaram na Era do Conhecimento, muitos administradores ainda caminham em busca de informações e recursos financeiros para não ficar para trás. A realidade da busca pelo Conhecimento, não envolve só experiência técnica, política e administrativa. Exige participação e envolvimento popular. Desafio para muitos países, Estados e municípios que tem entre seus cidadãos, analfabetos e desempregados, incrédulos e inconscientes de que a melhoria de vida, também depende do comprometimento deles.

Palabras clave:

 · administración pública

 · gestión del conocimiento

 · información

 · políticas públicas

 · sociedad de la información

 

Introdução

A evolução das novas tecnologias trouxe liberdade para a comunicação e também uma série de implicações. Transformou o bit no portador e ao mesmo tempo no modificador da difusão dos meios de comunicação. Segundo BILL EAGER em A Super Rodovia da Informação Ilustrada: Hoje, as tecnologias de satélite, celular e sem fio possibilitam comunicações totalmente portáteis e alcançam virtualmente qualquer ponto do planeta.

Não há como lutar contra essa transformação histórica, contra o processo que foi ativado e não volta. Diante dessa nova realidade a comunicação mundial toda, mais cedo ou mais tarde, vai usar única e exclusivamente esta via. Insistir nos atuais meios é ficar para trás e os que não se conscientizarem disso perecerão.

Há inúmeros exemplos de atividades que deixaram de existir porque os seus responsáveis não foram capazes de entender as mudanças. Pode parecer um tanto confuso, mas é bom entender que a responsável pelas mudanças, neste caso, a internet, não se consegue reconhecer sensorialmente. É como se ela não existisse, e no entanto provoca as profundas mudanças qualitativas que atingem a sociedade como um todo. É a consolidação da múltipla via de comunicação substituindo a dupla-mão, até a pouco considerada um avanço. Para LEVY (1999:101) novas formas de organização do trabalho também surgem, e exploram ao máximo os recursos de hiperdocumentos compartilhados, das conferências eletrônicas, do acesso a distância e da teletransferência (download) de arquivos.

Os sistemas trazem dentro de si suas próprias contradições, responsáveis por suas transformações. Não são definitivas nem estáticas, pelo contrário: são dinâmicas e não cessam jamais. Ora produzem mudanças mais rápidas, ora mais lentas, ora aparentemente deixam de agir. Mas estão sempre gestando novas mudanças. Ignorar esta observação é ser ultrapassado. A facilidade proposta pela internet aponta para uma democratização de acesso às comunicações como nunca se registrou na história. Com isso a informação, instrumento de poder monopolizado por alguns, vai se abrir para todos. O poder vai ter que encontrar novas formas de se organizar – e seja ela qual for, com a nova via, vai ser mais democrático. De acordo com LEVY (1999:21) o desenvolvimento das cibertecnologias é encorajado por Estados que perseguem a potência, em geral, e a supremacia militar em particular. É também uma das grandes questões da competição econômica mundial....Esses projetos heterogêneos diversas vezes entram em conflito uns com os outros, mas com maior freqüência alimentam-se e reforçam-se mutuamente.

Os internautas querem mais. Consultar arquivos, obter dados, ouvir programas já apresentados, comunicar-se.

As empresas, por sua vez, também têm que se adaptar. Com o domínio da tecnologia houve a revolução para a tecnologia da informação que CASTELLS (2001:67) definiu como novo paradigma tecnológico. Na década de 90, foi que ocorreu o start (início) e as prioridades das instituições se voltaram para os processos de informatização, ou seja, as Tecnologias da Informação (TIs).

Administrar eficazmente os recursos de TI, adaptando custo baixo com benefícios "estratosféricos" passou a ser o grande desafio das organizações, principalmente públicas que constantemente necessitam promover reformas administrativas com o objetivo de otimizar serviços para atender com eficiência os anseios da comunidade. Com esse princípio, este trabalho vai mostrar a iniciativa da administração da cidade de Bauru, localizada na região centro oeste do Estado de São Paulo um dos mais desenvolvidos do Brasil, que há 09 anos investe na integração de um sistema de informação informatizado e correlacionado com mapas digitais da cidade, alguns já disponíveis via internet, pelo endereço (www.daebauru.com.br). Quando o projeto estiver concluído, possibilitará um melhor planejamento e gerenciamento do município, por meio do cruzamento de informações devidamente tratadas dos setores envolvidos, ou seja, todos os órgãos do município.

Hoje já estão integradas as autarquias Departamento de Água e Esgoto, Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural e as Secretarias Municipais de Obras e Planejamento.

 

Tecnologia/Informática/Desenvolvimento

A Era da Tecnologia da Informação transformou a informática no grande pilar dos negócios das empresas, sejam elas privadas ou públicas, mas é importante deixar claro que tecnologia por mais avançada que seja, não é a "tábua de salvação" de nenhum negócio. Segundo TEIXEIRA FILHO (2001:79) para que a tecnologia não seja apenas investimento (ou despesa), é preciso entender claramente qual a sua aplicação específica. A tecnologia pela tecnologia, simplesmente, já tem uma longa história de desencontros, mal entendidos e desperdício nas organizações.

A globalização e a terceira revolução industrial estão exigindo transformações sócio-técnicas nas empresas para que elas não percam sua capacidade de desenvolvimento devido ao novo paradigma produtivo/tecnológico que se formou com as TIs. Com isso as organizações são obrigadas a se adequar em tecnologia , política industrial e serviços.

De acordo com CASTELLS apud PEREZ, FREEMAN E DOSI (2001: 108) a primeira característica do novo paradigma é que a informação é sua matéria-prima: são tecnologias para agir sobre a informação, não apenas informação para agir sobre a tecnologia, como foi o caso das revoluções tecnológicas anteriores.

Sempre se falou que ter informação era ter poder, atualmente para sobreviver e se desenvolver as organizações terão que aprender a distribuir essas informações para fazerem parte do cenário internacional. CASTELLS (2001: 163) argumenta que as multinacionais são cada vez mais, redes internas descentralizadas, organizadas em unidades semi-autônomas, segundo os países, os mercados, os métodos e os produtos. Cada uma dessas unidades se liga a outras unidades semi-autônomas de outras multinacionais, na forma de alianças estratégicas ad hoc.

Os serviços públicos, organizações burocráticas, governadas por um conjunto de regras e ações no qual cada servidor (funcionário-colaborador) tem seu papel específico e suas competências, não foge à regra. O caderno de informática do jornal O Estado de São Paulo de 15 de março deste ano, trouxe reportagens mostrando que o governo brasileiro está na internet e a maioria dos sites dos ministérios, secretarias, Estados e municípios, além de informações sobre o trabalho que realizam, também oferecem alguns serviços. O dado mais relevante aponta que segundo o Ibope/NetRatings, instituto que mede a audiência na web, 4,2 milhões de internautas (35%) do total visitaram os portais municipais e estaduais no primeiro mês de 2004. Ainda, de acordo com a matéria, o principal motivo foi o pagamento do IPVA e IPTU, impostos sobre circulação de veículos automotores e territoriais urbanos (casas e prédios), respectivamente. Acessos que fizeram o Brasil ultrapassar todos os países no que diz respeito à audiência dos sites públicos.

Para CASTELLS (2003:128) é preciso mais; com boa vontade do governo, todos os registros públicos, bem como um amplo espectro de informação não sigilosa, poderia ser disponibilizado on-line.

Nesse contexto, as empresas públicas enquanto administradoras de dados, necessitam investir e se atualizar constantemente sobre os recursos disponíveis para gerir esses dados e produzir informações que devem ser utilizadas para facilitar tomada de decisões, planejamento, avaliação de custos, entre outros. De acordo com CASTELLS ( 2001: 119) a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes nessa economia ( sejam empresas, regiões ou nações) dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos.

Nos dias atuais, ter controle sobre informações, saber utilizá-las e principalmente divulgá-las com o objetivo de educar para melhorar, é promover Gestão do Conhecimento. Com uma sociedade aplicando as informações recebidas e transformando-as em ações, as atenções se voltam para o país, o estado, o município, as empresas e as pessoas.

Para TEIXEIRA FILHO ( 2001: 38) hoje, gerir envolve uma gama muito mais abrangente e diversificada de atividades do que no passado. Conseqüentemente, o gestor agora precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes do que antes. Nesse ambiente, a diferença entre o sucesso e o fracasso, entre o bom e mau desempenho, está no melhor uso dos recursos disponíveis para atingir os objetivos focados.

A necessidade de integração de diversos setores das organizações públicas, para melhorar o planejamento e gerenciamento dos municípios, possibilitando o cruzamento de informações dos órgãos envolvidos de forma mais precisa e com ferramentas adequadas está exigindo atualização tecnológica visando muitos outros benefícios como ganho de produtividade, redução ou eliminação de custos e riscos, qualidade na execução de tarefas, precisão nos projetos desenvolvidos, facilidade na armazenagem de dados, agilidade no atendimento e qualidade nos serviços prestados.

CASTELLS, 2001, define; a essência do negócio eletrônico está na conexão em rede, interativa, baseada na internet, entre produtores, consumidores e prestadores de serviços.

O desafio é que as empresas públicas estão inseridas em um ambiente dinâmico e competitivo que evolui constantemente. Os avanços tecnológicos do século XX vêm provocando profundas transformações, de natureza variada, em nível mundial. Embora o mundo venha mudando rapidamente, nem todos os governos conseguiram acompanhar essas mudanças. Para que isso ocorra, torna-se necessária à existência de estruturas governamentais ágeis e flexíveis que permitam aos governos desempenhar satisfatoriamente suas funções, acompanhando as mudanças tecnológicas e se desembaraçando de burocracias lentas e centralizadoras que não lhes conferem a agilidade necessária para a solução de seus problemas mais sérios. TEIXEIRA FILHO ( 2001: 39) afirma que no ambiente de negócios atual, como já ensinava Tom Peters, alguns fatores são fundamentais: inovação, qualidade, agilidade e atenção ao cliente estão, com certeza, entre os principais.

A importância dessa transformação estrutural, que requer mudanças político-institucionais, técnico-econômicas e culturais de grande porte e profundidade, não pode ser menosprezada, já que somente por meio dela pode-se esperar a elevação do nível de qualidade de vida da população, com eqüidade. Essa elevação só se torna possível, caso o nível da administração pública também cresça. TEIXEIRA FILHO ( 2001: 175) define: Na "era do conhecimento" busca-se o " homem global", o homem integrado. Historicamente, o trabalho só aparece com a divisão e especialização das tarefas. Onde o "homem global" está envolvido, não existe trabalho. Com a tecnologia da informação o homem volta a se envolver – como nas sociedades tribais – completamente em seus papéis. Nessa nova organização, o homem transforma-se em coletor de informações, num conceito inclusivo de "cultura".

Discutir, falar e levantar a bandeira da gestão do conhecimento implica em transformar a realidade objetivando a melhora das condições de vida da população fazendo com que esta se conscientize que é fundamental sua participação concreta para a evolução da sociedade e para a construção coletiva de um projeto de governo que vise a agilização e à eficácia de seus processos administrativos, mediante a descentralização dos vários níveis de tomada de decisão.

Atingir esses objetivos é viável se a busca pela qualidade, pela excelência nos serviços públicos prestados à população, for uma constante preocupação das administrações, mas para que isso ocorra os cidadãos também têm que fazer sua parte. CANCLINI (2001: 58) afirma: A aproximação da cidadania, da comunicação de massa e do consumo tem, entre outros fins, de reconhecer estes novos cenários de constituição do público e mostrar que para viver em sociedade democráticas é indispensável admitir que o mercado de opiniões cidadãs inclui tanta variedade e dissonância quanto o mercado de moda, do entretenimento. Lembrar que nós cidadãos também somos consumidores leva a descobrir na diversificação dos gostos uma das bases estéticas que justificam a concepção democrática de cidadania.

Teorias e profecias à parte, um novo paradigma está instalado e para termos nosso "lugar ao sol" ter informação é um recurso estratégico. Dessa forma haverá produção, acessos e as instituições públicas e seus servidores terão êxito no propósito de melhorar a qualidade de vida da população.

A administração da cidade de Bauru percebeu a necessidade de se atualizar tecnologicamente para obter informações e disseminá-las e, há 09 anos investe na integração de um sistema de informação informatizado e correlacionado com mapas digitais da cidade, alguns já disponíveis via internet, pelo endereço (http://www.daebauru.com.br). Quando o projeto estiver concluído, possibilitará um melhor planejamento e gerenciamento do município, por meio do cruzamento de informações devidamente tratadas dos setores envolvidos, ou seja, todos os órgãos do município. Hoje já estão integradas as autarquias Departamento de Água e Esgoto, Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural e as Secretarias Municipais de Obras e Planejamento.

De acordo com o site oficial do município (http://www.bauru.sp.gov.br), Bauru está localizada no Centro Oeste do Estado de São Paulo (um dos mais desenvolvidos do Brasil), a 350 Km da Capital. Está preparada para receber empresas e empresários de diversos segmentos, do país. Tem infra-estrutura necessária e adequada para somar com o crescimento de todos, oferece: Incentivos fiscais; Vias duplicadas que interligam Bauru com todos os centros de produção e consumo do país; Estação Aduaneira do Interior, para facilitar o desembaraço das exportações e importações; Aeroporto de grande porte em construção com tráfego futuro de grandes aeronaves; 3 Distritos Industriais, com áreas destinadas às empresas interessadas com toda infra-estrutura de água, luz, esgoto, asfalto, iluminação pública, etc; 5 Universidades e 18 mil universitários, integrando quase todos os tipos de faculdades; Colégio Técnico Industrial do Estado, formando jovens para atendimento médio profissional em diversos segmentos; Maior Centro Distribuidor de Energia Elétrica, com oferta abundante de luz; 100% de abastecimento de água tratada e encanada, 58 % da cidade é abastecida pelo aqüífero Guarani, o maior do mundo, tem 99 % de coleta de esgoto; Uma das maiores frotas de veículos "per capta" de 130 mil veículos para uma população de 330 mil pessoas. Média: 3 habitantes para cada veículo; 1200 leitos hospitalares; Um dos maiores centros de comercialização de animais bovinos, eqüinos e suínos com realização de vários leilões anuais e a "Grand-Expo Bauru", realizada sempre em novembro; Um dos maiores centros comerciais, com intenso comércio central, Shopping e galerias; Grande número de estabelecimentos noturnos, lanchonetes, cervejaria e atrações diversas; Região fértil em vários segmentos com mais de 2 milhões de habitantes; Proximidade com o Rio Tietê, considerado o traço de união entre a região de Bauru e os países vizinhos do Mercosul; City Gate do Gasoduto Brasil-Bolívia para oferecer energia clara e mais barata aos futuros investidores industrias da cidade e um dos mais completos Zoológicos do País, com visitação recorde todos os meses.

 

Desafio: Investir para melhorar

A desatualização tecnológica e informacional de seus setores, ou seja, a falta de tratamento e armazenagem de informações e integração entre secretarias e autarquias provoca prejuízos incomensuráveis, que vão desde a demora para resolver um problema simples, até a falta de motivação por parte de seus servidores. A reversão deste quadro somente ocorrerá com o estabelecimento de uma política tecnológica competente, atrelada a uma política industrial e coerente com políticas públicas de serviço, elaborada a partir de políticas setoriais. Uma política setorial é resultante de condições globais como estabilidade econômica, política tributária, infra-estrutura adequada e instrumentos de financiamento e comércio exterior associados a condições específicas de cada setor, como incentivos fiscais, recursos humanos e viabilidade regional. CASTELLS ( 2001: 233) comenta: organizações bem sucedidas são aquelas capazes de gerar conhecimentos e processar informações com eficiência; adaptar-se à geometria variável da economia global; ser flexível o suficiente para transformar seus meios tão rapidamente quanto mudam os objetivos sob o impacto da rápida transformação cultural, tecnológica e institucional; e inovar, já que a inovação torna-se a principal arma competitiva.

Estabelecer uma política tecnológica consiste em definir, para todos os setores de interesse, tecnologias que devem ser previamente definidas, ou incentivar investimentos externos por meio de projetos e parcerias. Dessa forma define CASTELLS (2001: 233) quando a tecnologia amplia o escopo da atividade econômica e quando os sistemas empresariais interagem em escala global, as formas organizacionais se difundem.

Neste cenário, a gestão do conhecimento coloca-se como um fator essencial para vincular ciência, tecnologia e desenvolvimento. Na visão de TEIXEIRA FILHO (2001: 45) é preciso equilíbrio: O problema de ser, no mundo de hoje, é o de andar nesse fio de navalha, entre a introjeção acrítica de mecanismos de opressão e a realização equilibrada de todos os aspectos da personalidade.

Os serviços públicos precisam se tornar independentes financeira, administrativa e tecnicamente e para isso contam o apoio do Governo Federal, que por meio do Ministério do Planejamento definiu regras a serem seguidas para atingir o desenvolvimento. Segundo o site http://www.planejamento.gov.br: Para o Estado e Administração Pública uma das grandes tarefas é reconstruir o Estado Brasileiro, mediante a recuperação da poupança pública e o conseqüente resgate da sua autonomia financeira. É imprescindível manter a estabilidade da moeda, bem como reavaliar as formas de intervenção no plano econômico e social. Só através da superação da crise do Estado será possível a retomada do desenvolvimento.

O Estado deve deixar de ser responsável direto pelo desenvolvimento, para se tornar seu promotor e regulador. Através da abertura comercial abandona-se a estratégia protecionista da substituição de importações. Através do programa de desestatização, reconhece-se a crise fiscal, expressa na limitação da capacidade do Estado de promover poupança forçada por intermédio das empresas estatais. A reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às várias áreas do Governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira.

É necessário reconstruir o Estado para que ele exerça suas funções de garantidor da propriedade e dos contratos e seu papel complementar ao mercado na coordenação da economia e na promoção de uma maior igualdade social. A reforma do Estado permitirá que seu núcleo central tome decisões mais efetivas e que seus serviços sejam prestados mais eficientemente. Reformar o aparelho do Estado, por outro lado, significa garantir a esse aparelho maior governabilidade, ou seja, maior capacidade de governar, maior condição de implementar as leis e as políticas públicas. Significa melhorar não apenas a organização e o pessoal do Estado, mas também suas finanças e seu sistema institucional-legal.

Principais Objetivos Na Área De Estado E Administração Pública

  • aumentar a capacidade de governar com efetividade e eficiência;
  • limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, abrindo os serviços competitivos para a propriedade pública não-estatal e a produção de bens e serviços para o mercado para a iniciativa privada;
  • modernizar a administração burocrática, mediante uma política de carreiras, concursos anuais, treinamento, uma efetiva administração salarial, ao mesmo tempo que se introduz no sistema burocrático uma cultura gerencial baseada na avaliação do desempenho;
  • aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços sociais, atendendo melhor ao cidadão a um custo menor;
  • substituir a administração pública burocrática, rígida, voltada para o controle a priori dos processos, para a administração pública gerencial, baseada no controle a posteriori dos resultados e na competição administrada; e
  • reservar a propriedade estatal para o setor de serviços monopolísticos, e facilitar a transferência do setor de serviços competitivos para a propriedade pública não-estatal.

 

Conclusão

A conscientização da importância da Gestão do Conhecimento, será a próxima batalha a ser travada pelos estudiosos. Apesar de ser uma questão essencialmente de pessoas e processos a realidade mostra que a prerrogativa para o exercício da cidadania passa pelo acesso a informações. A sociedade do Conhecimento representa, depois de serem superados os desafios e as oportunidades reconhecidas, o desenvolvimento. Mas para que isso se realize é fundamental, por parte do poder público, a criação de um regime de incentivos e de processos de gestão tecnológica como softwares, inclusão social, entre outros.

A educação, consciente, com as ferramentas da sociedade da informação e do conhecimento, pode ser a mola propulsora para solucionar problemas históricos, que impedem a evolução.

 

Bibliografia

  • CANCLINI, Nestor Garcia, 2002, Consumidores e Cidadãos, Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
  • CASTELLS, M., 2003, A galáxia da internet – Reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
  • CASTELLS, M., 2001, A sociedade em rede - A era da informática: economia, sociedade e cultura, Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra.
  • JUNIOR, Alfred D. Chandler., 2002, O século eletrônico a história da evolução da indústria eletrônica e de informática, Rio de Janeiro: Campus.
  • LÉVY, Pierre, 1999.Cibercultura, Editora 34 Ltda., São Paulo, SP,
  • TEIXEIRA F.º , J., 2001,Gerenciando o conhecimento, Rio de Janeiro: Senac.

 

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"Este artículo es obra original de Sandra Mara Firmino y su publicación inicial procede del II Congreso Online del Observatorio para la CiberSociedad: http://www.cibersociedad.net/congres2004/index_es.html"

Sandra Mara Firmino
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