Queremos um Outro Brasil?: nós também, mas sustentável... Algumas considerações sobre propostas econômicas ditas "alternativas"



 

As demandas efetuadas, atualmente e no passado recente, por grupos de parlamentares e de militantes do PT, bem como por representantes de outros movimentos sociais e políticos, em favor de mudanças na atual política econômica do governo Lula, apresentam sérias dificuldades para sua implementação prática, isto é, sem risco e a um menor custo do que a manutenção das linhas em vigor. Da mesma forma, as propostas do PMDB, emitidas em março de 2004, não apresentam a consistência necessária com o atual momento da conjuntura econômica e política.

O presente texto, de caráter expositivo e dissertativo, destina-se a comentar e avaliar criticamente o conjunto de "propostas" que emergiu no período recente, como resultado de reuniões de membros do PT identificados com uma alegada "oposição de esquerda", bem como do núcleo dirigente do PMDB. Desde já, e a partir de observações críticas às propostas do PT e do PMDB que serão feitas neste trabalho, considero que algumas delas são redundantes, e outras de difícil implementação.

Como tem sido observado de maneira recorrente nos últimos meses, tornou a erguer-se o coro de reclamações e de demandas de mudança em relação à política econômica do governo federal, por parte de grupos ou movimentos carentes de ampla audiência nacional, mas aparentemente também carentes de idéias inovadoras nessa área.

Refiro-me, em especial, às diferentes propostas efetuadas por membros do PT – reunidos em seminário em São Paulo no dia 21.03 – e pelo PMDB, que conta com maiores bases político-partidárias – em nota divulgada por sua executiva nacional em 24.03 –, mas deixo de considerar aqui o teor da declaração política aprovada pelo próprio PT em 5 de março de 2004. Este último documento recomendou, tão somente e para o próprio partido, mas não necessariamente para o governo, "mudanças na política econômica necessárias à implantação e consolidação de todos os nossos programas sociais, econômicos e administrativos e de desenvolvimento" que o partido vinha preconizando no período recente, mas ele não adentra, contudo, no detalhamento de medidas de política econômica que seriam necessárias para atingir aqueles objetivos, como é efetuado, em contrapartida, naqueles documentos referidos acima.

 


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