Agrotóxico no Brasil. Uso e impactos ao meio ambiente e a saúde pública



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Metodologia
  4. Resultados e discussões
  5. Considerações finais
  6. Anexos

RESUMO

Com a chamada revolução verde houve a massificação do uso dos agrotóxicos no Brasil e a produção agrícola passou por grandes transformações. A política de créditos agrícolas deu ênfase aos produtos de exportações. Pacotes tecnológicos ligados aos financiamentos agrícolas obrigavam os agricultores a usar determinadas tecnologias e entre elas estavam os agrotóxicos que tinha como objetivo proteger as culturas contra pragas e doenças. O uso de agrotóxicos foi estimulada sem a preocupação prévia de orientar os agricultores sobre o risco para a sua saúde, meio ambiente e para o consumidor de forma a criar entre os agricultores um falso conceito que os produtos aplicados são praticamente inofensivo para o meio ambiente e a saúde do ser humano. O Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxicos do planeta e uma das conseqüências disto sãos os resíduos nos alimentos que tem sido motivos de debates e estudos dos especialistas que alertam sobre o perigo destes compostos químicos para a saúde e ao meio ambiente. Cada vez mais surgem estudos que faz a associação dos agrotóxicos com doenças como câncer, má formação congênitas, mal de Parkinson, depressão, suicídios, diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças, ataques cardíacos, problemas mentais e outros de ordem comportamentais e que não existem limite diário aceitável de ingestão dessas substâncias. O presente trabalho constitui de uma pesquisa de caráter bibliográfico sobre a evolução do uso dos agrotóxicos no Brasil e os impactos dessas substâncias para a saúde do agricultor, consumidor e meio ambiente.

Palavra chave: Agrotóxicos. Meio Ambiente. Saúde Pública. Intoxicação. Resíduos.

1.0 INTRODUÇAO

Desde 2008, o Brasil é o pais que mais usa agrotóxico no planeta, chegando em 2009, a marca de mais um bilhão de litros de agrotóxicos aplicados, dando o equivalente a uma consumo médio de 5,2 Kg de agrotóxico por habitantes (LONDRES, 2011), mas se olharmos mais especificamente para o Mato Grosso, o estado consome 150 milhões de litros de agrotóxicos por ano, dando o equivalente a 50 litros por habitante (Osava, 2011) e se aproximarmos ainda mais os dados, a cidade de Lucas de Rio Verde – MT, a exposição média anual de agrotóxicos por morador, chega a 136 litros por habitante - conforme notícia veiculado no portal VIOMUNDO (Azenha 2001).

Segundo (Augusto et all 2012) enquanto na cultura da soja a concentração de uso de ingrediente ativo de fungicida foi de 0,5 litros por hectare para hortaliça foi de quatro a oito litros por hectare em média, ou seja, podendo chegar entre 8 a 16 vezes mais agrotóxicos por hectare do que o utilizado na cultura da soja.

Defensores do uso de agrotóxicos, dizem que eles são seguros e que os resíduos são mínimos e não há evidências que podem fazer mal a saúde – mas em contrapartida, cada vez aparecem mais trabalhos científicos relacionando o uso de agrotóxicos com doenças como câncer, má formação congênitas, mal de Parkinson, depressão, suicídios, diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças, ataques cardíacos, problemas mentais e outros de ordem comportamentais e que não existem limite diário aceitável de ingestão dessas substâncias, colocando com isto em questionamento o limite diário aceitável de ingestão desses produtos, o que gera uma dúvida muito grande na sociedade já que no último levantamento feito pela ANVISA (ANVISA, 2011), 28% dos alimentos foram considerados insatisfatório e 35% satisfatório mas com resíduos; além da contaminação da água e até mesmo do leite materno como foi demonstrado por uma pesquisa que mostrou em Lucas do Rio Verde – MT que 100% das amostras do leite materno estavam contaminadas por pelos menos um agrotóxico, (Azenha 2001).

 

2.0 METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica feitas na internet de artigos científicos publicados na página da SciELO - Scientific Electronic Library Online, da ANVISA, ABRASCO- Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Toxnet – Toxicologia Ocupacional, FIOCRUZ, biblioteca digital da UNICAMP, Google Acadêmico e livros relacionados e notícias jornalísticas.

A pesquisa bibliográfica desenvolveu-se nas seguintes etapas: escolha do tema; levantamento bibliográfico preliminar; formulação do problema; buscas de fontes; leitura e organização do material; organização do assunto e redação do artigo.

Na busca de fontes foram selecionados trabalhos brasileiros e estrangeiros e utilizou-se cinco descritores principais: agrotóxico, impactos aos meio ambiente e a saúde pública, intoxicação por agrotóxico e resíduos nos alimentos. Localizaram-se trabalhos publicados entre 1962 e 2012. Analisaram-se os artigos a partir dos resumos e também quando necessários na íntegra.

3.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES


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