Avaliação de doenças do melão



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Material e Métodos
  4. Resultados e Discussão
  5. Conclusão
  6. Referencias bibliográficas

Resumo

O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o comportamento de híbridos comerciais de melão quanto à reação a micosferela (Meloidogyne spp), ao cancro-da-haste (Didymella bryoniae) e ao oídio (Sphaerotheca fuliginea). As avaliações para reação a essas doenças foram feitas no campus da FACIAGRA, dando seqüência ao trabalho realizado na EMBRAPA CPATSA/PETROLINA-PE, utilizando-se uma escala de notas, variando de zero (sem sintoma) a quatro (sintoma severo). Com base nos resultados, observou-se que os híbridos ELDORADO e CPATSA foram pouco afetados pelo oídio e muito infectado por cancro-da-haste, enquanto que os híbridos SANCHO, ELDORADO E CPATSA foram medianamente infectados pela micosferela e muito afetados pelas demais doenças. Os demais híbridos foram severamente infectados por todas as doenças.

Termos para indexação: Cucumis melo, doenças fúngicas, suscetibilidade.

ABSTRATC

Evaluation of diseases of melon

José Milton da Silva

The present study was to evaluate the behavior of hybrids of melon in reaction to micosferela (Meloidogyne spp), cancer-of-stem (D. bryoniae) and powdery mildew (Sphaerotheca fuliginea). The evaluations for reaction to these diseases were on the campus of FACIAGRA, continuing the work carried out at EMBRAPA CPATSA / Petrolina, using a scale ranging from zero (no symptoms) to four (severe symptom). Based on the results, we found that hybrids ELDORADO CPATSA and were little affected by powdery mildew and much infected by the cancer-mast, while the hybrids SANCHO, AND ELDORADO CPATSA were moderately infected by micosferela and much affected by other diseases. The remaining hybrids were severely infected by any disease.Index terms: Cucumis melo, fungal disease susceptibility.

Introdução

A cultura do meloeiro (Cucumis melo L.) no Brasil vem adquirindo expressiva importância econômica em virtude, principalmente, da abertura do mercado externo. A Região Nordeste, por possuir clima excepcional, com temperaturas elevadas e altos níveis de insolação, que favorecem o desenvolvimento de frutos com elevado teor de sólidos solúveis, responde por 99,3% da área plantada no país (14.000 ha) e por, aproximadamente, 99,5% da produção nacional (282.000 t) (Brasil, 2010). Nessa região, destacam-se os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará, onde a cultura do melão é uma das atividades agrícolas de maior expansão econômica, respondendo por mais de 80% da produção regional (Brasil, 2010).

A expansão da área cultivada no Nordeste brasileiro, aliada ao cultivo intensivo e contínuo durante todo o ano, tem contribuído para o aumento de doenças fúngicas, como o míldio [Pseudoperonospora cubensis (Berk. & Curt.) Rostowzew], o cancro-da-haste ou crestamento-gomoso-do-caule [Didymella bryoniae (Auersw.) Rehm] e o oídio [Sphaerotheca fuliginea (Schlecht et Fr.) Poll.], que vêm afetando a cultura do melão na região. Segundo Cardoso et al. (2002a e 2002b), o míldio é uma das mais importantes doenças do meloeiro no Nordeste brasileiro, podendo reduzir a produção de frutos e o teor de sólidos solúveis totais em até 60% e 49%, respectivamente. O oídio, também, é uma doença de grande importância para o meloeiro, uma vez que pode reduzir o rendimento da cultura, tanto pela diminuição do tamanho e/ou do número de frutos, como pelo encurtamento do período produtivo das plantas (McGrath & Thomas, 1998), além de reduzir o teor de sólidos solúveis totais (Sales Júnior et al., 2002). Em altas temperaturas e baixa umidade no campo, as epidemias do oídio são mais intensas e duradouras (McGrath & Thomas, 1998; Kurozawa & Pavan, 1997). Apesar de serem conhecidos vários agentes causadores de oídio, as espécies Erysiphe cichoracearum DC e S. fuliginea são as mais freqüentes e importantes para o meloeiro (McGrath & Thomas, 1998), ressaltando-se que a espécie S. fuliginea é a única encontrada em cucurbitáceas no Brasil (Reifshneider et al., 1985). Essa espécie apresenta especialização fisiológica, sendo conhecidas nos Estados Unidos e na Índia três raças diferenciadoras em melão (McGrath & Thomas, 1998). No Brasil, até pouco tempo, somente a raça 1 era conhecida (Reifshneider et al., 1985; Reis et al., 2002).

Entretanto, Kobori et al. (2002), registraram a presença da raça 2, em melão, no Estado São Paulo. Até o presente, não se conhece qual dessas duas raças ocorre no Nordeste brasileiro. O cancro-da-haste é uma doença de grande importância para o melão, principalmente nas regiões de clima úmido, onde limita o plantio, mesmo em plasticultura (Kurozawa & Pavan, 1998). A doença pode se manifestar na totalidade da planta: folhas, ramos e frutos (Sitterly & Keinath, 1998). Quando afeta o colo da planta, provoca o fendilhamento do córtex, expõe os tecidos internos, causando o murchamento e a morte da planta (Viana et al., 2001).


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