Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 


Dependência química e sua relação com a violência e o sistema escolar (página 2)


O trabalho será realizado por meio de pesquisa bibliográfica, procurando evidenciar o crescente índice da violência e drogas neste contexto social, e será dividido em quatro partes. Na primeira parte apresentaremos algumas considerações sobre a dependência química. Na segunda parte apresentaremos os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-IV para abuso de substâncias estimulantes. A terceira parte apresentaremos o conceito das drogas no ambiente escolar. E na quarta parte apresentaremos alguns conceitos sobre a violência na visão de alguns autores que discorrem sobre o assunto.

1. Tema

Dependência química e violência e seu relacionamento com o ambiente escolar.

2. Problema

No Brasil o índice do uso de substâncias cresceu muito nas ultimas décadas, causando também um alto índice de violência entre jovens, como podemos analisar este crescimento do abuso de substâncias e da violência?

3. Justificativa

O projeto surgiu a partir da necessidade de se falar sobre as drogas e a violência nas escolas, diante do crescimento do uso abusivo de drogas licitas e ilícitas, já que se trata de um problema que engloba aspectos sociais, culturais, econômicos e de saúde.

As atitudes, práticas e crenças dos profissionais que estão envolvidos na área da saúde em relação à detecção do uso de risco de substâncias e aumento da violência no entorno de escolas, precisam ser conhecidas para que sejam estabelecidas estratégias para modificar tais comportamentos que estão funcionando como barreiras para a implementação adequada dos serviços de saúde e social.

A dependência química exerce uma significativa influência sobre a violência e não pode mais ser desprezada pelos profissionais desta área e pelos cidadãos de um modo geral, uma vez que esta relação traz graves consequências para a sociedade. O uso das drogas gera violência, o estudo desta relação drogas-violência é importante, pois conhecendo melhor o problema será possível sugerir e implementar políticas públicas mais eficientes no tratamento desta questão.

Nesta perspectiva serão desenvolvidas ações em escolas da rede municipal, promovendo atividades estratégicas, palestras de orientação e esclarecimento dos efeitos e implicações do consumo abusivo de drogas licitas e ilícitas e o aumento da violência entre jovens afetando a vida social.

4. Objetivos:

4.1. Objetivo geral:

Identificar quais os problemas gerados pelo abuso de substâncias psicoativas e pela violência, e desta forma podemos analisar os riscos para o ambiente escolar.

4.2. Objetivos específicos:

- Identificar possíveis problemas de saúde, tanto física quanto psicológica, decorrentes do abuso de drogas.

- Classificar os tipos de violência;

- Analisar a relação entre a dependência química e a violência no contexto escolar.

5 Metodologia

Todo o trabalho será desenvolvido baseando-se em pesquisas bibliográficas e utilizando como tema a dependência química e violência e seu relacionamento com o ambiente escolar, sendo uma pesquisa qualitativa, o objetivo é utilizar estratégias diversificadas, tais como: palestras, onde se desenvolverá a sensibilização e a participação da escola, a fim de haja uma conscientização para as consequências do uso das drogas. A pesquisa se baseará em textos acadêmicos, livros, monografias, teses e sites especializados.

Em conjunto a isso, relacionamos o conhecimento a questões de cunho social derivadas do uso de drogas e pratica da violência, com isso, espero que os resultados obtidos sejam positivos. Com a consciência de que estas palestras poderiam levar a erradicação dos problemas. Com ações partindo de situações concretas os danos podem ser minimizados, pois através de informações cientificas, irei mostrar as consequências maléficas das drogas no ser humano e sua extensão na família e na sociedade.

2 REVISAO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Dependência Química: Algumas Considerações

Atualmente o contexto educacional se apresenta como base essencial para o desenvolvimento do ser humano, desta forma a dependência química quando inserida neste contexto começa a interagir neste meio, fazendo mudanças. A interferência que a droga faz na escola faz com que os profissionais da educação se deparem com o problema já desenvolvido, e por muitas vezes sem saber o que fazer. As drogas mais utilizadas por estudantes são as estimulantes, como o próprio termo já diz "estimulantes" são várias substancias que aceleram, ou seja, estimulam as atividades desenvolvidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC), fazendo com que essas atividades sejam desenvolvidas rapidamente (ALMEIDA, 2006).

Como seu principal efeito é o aumento das atividades mentais como a agitação, excitação, insônia, entre outros efeitos comportamentais, o sujeito que ingere estas substâncias por um tempo contínuo e longo se torna dependente de tais drogas (ALMEIDA, 2006).

Segundo Carlini (1993) as principais drogas estimulantes são: cocaína (que pode ser utilizada na forma de pó ou de pedras – o crack), as anfetaminas (que são inibidores de apetite usados em regime de emagrecimento), a nicotina (que é encontrada no tabaco) e a cafeína (que é geralmente consumida no café).

2.1.1. O que são drogas estimulantes?

As drogas estimulantes causam dependência psíquica e dependência física no sujeito. A dependência psicológica se dá pelo desejo de ingerir a droga para alcançar prazer, sentir-se bem, aliviar uma dor ou desconforto, e pela eliminação destas sensações e na maioria dos casos não ocorre à crise de abstinência. Como não existem alterações químicas orgânicas, é provável que o indivíduo deixe o vício com tratamento psicológico, pois o organismo não sofre alterações intensas de adaptação. A dependência física ou orgânica se caracteriza por distúrbios físicos, que levam o sujeito a buscar mais e mais droga. Isso é consequência da degradação de neurotransmissores orgânicos que são afetados pela droga, produzindo irregularidades sobre as mesmas, e pela eliminação destes haverá uma resposta orgânica, pois quando o organismo já está adaptado a certas substâncias, sente quando a ingestão das mesmas é interrompida (ALMEIDA, 2006).

2.1.2. Cocaína - Efeitos da cocaína

A Cocaína ou Benzoil Metil Ecgonina é retirada das folhas de uma planta chamada "Erythroxylon coca", natural da Bolívia, Peru e Colômbia. Quando descoberta essa planta foi utilizada para o tratamento de depressão, fadiga, fraqueza, e como anestésico local, e também para dependência dos derivados do ópio. A cocaína se encontra em diversos produtos provenientes da folha da coca. Os mais comuns são: pasta, pó, crack, merla e pitilo e/ou mesclado. (NAPPO & NOTO, 2001)

Segundo Rocha (2006) esta droga na forma de pó pode ser ingerida via nasal, ocorrendo à anestesia da mucosa nasal, a alta absorção dessa droga pode acarretar na destruição dessa mucosa causando perfurações e até destruição do septo nasal, causando sangramento. Se injetado, via intravenosa, pode manifestar necroses e posteriormente cicatrizes múltiplas.

A cocaína pode obter efeitos quase imediatos no SNC no prazo de 1 até 15 minutos depois de inalada, desaparecendo depois de 30 minutos, sob a forma de crack os efeitos começam em 15 segundos e desaparecem depois de 15 minutos. Como esta droga é de efeito momentâneo o usuário procura por mais droga rapidamente. (ROCHA, 2006)

Segundo Ribeiro-Araújo; Laranjeira; Dunn (1998) os efeitos psicomotores causados por essa droga são denominados "ebriedade cocaínica", e se caracterizam pela excitabilidade, fazendo com que o usuário se torne alegre, agitado, e em algumas vezes com crise de violência, imaginando maior lucidez e claridade intelectual. Os efeitos em pequenas doses da droga podem causar no indivíduo a euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, excitação física, mental e sexual, perda do apetite, insônia e delírios, esses sao os efeitos psicológicos que o usuario desenvolve, os efeitos no organismo são taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos, hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, dilatação da pupila, hiperglicemia, suor, alteraçoes do olfato, da audiçao, da visão com diplopia e diminuiçao da agudeza visual e dentes anestesiados. Os efeitos em altas doses aparecem no indivíduo quando ele ingere uma alta porção de droga, o usuario pode vir a ter convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranóia, taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose.

O usuário crônico da droga desenvolve em pouco tempo transtornos mentais nervosos acentuados e transtornos circulatórios e respiratórios com calafrios, desmaios, alteração da frequência respiratória, que pode originar paradas respiratórias e cardíacas, severa hipertenção chegando ao colapso, ja que a morte ocorre quase fulminante por síncope respiratória ou circulatória, atribuída à ação direta sobre o miocárdio. (CARLINI, 1993)

A cocaína altera o mecanismo de produção de neurotransmissores impedindo que a dopamina (neurotransmissor responsável pelo prazer orgânico) seja reabsorvida, assim, doses elevadas desse material orgânico ficam excitando os neurônios, com fortes doses de prazer. No entanto, quando se esgota por alguns momentos, a produção desse produto, ocorre uma depressão profunda onde o usuário procurará por mais droga para que a depressão desapareça. (RIBEIRO-ARAÚJO; LARANJEIRA; DUNN, 1998)

Para Gallo (1984) o usuário de cocaína desenvolve uma certa tolerância ao uso da droga, pois como seus efeitos são rápidos o usuário usa cada vez uma quantidade mais alta de droga. As drogas como cocaína e seus derivados ao longo do tempo, passam a fazer pouco efeito no sujeito, comparado com os efeitos do início do uso da droga, mas causando consequências quase irreverssíveis no físico e mental do mesmo. Já as pedras de crack e merla, são fumadas em um tipo de "cachimbo". Os efeitos de sua administração dependem da quantidade usada, pois quanto mais rápido o efeito, maior a chance de abuso.

O crack (pasta base da cocaína) é um dos derivados da droga mais consumidos nos dias de hoje, os efeitos do crack duram em média 1 hora, produzindo no individuo sensaçoes como euforia, excitaçao, entre outros sintomas. Quando passa o efeito da droga o sujeito cai em sono profundo, isto quando nao consome mais droga. O sujeito que utiliza do crack, dependendo do tipo de personalidade do mesmo, poderá desenvolver uma conduta esquizofreniforme e/ou maníaco depressiva. (ALMEIDA, 2006)

Ainda para Almeida (2006) a merla é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de separação da cocaína, pode ser fumada sozinha ou acrescentada a cigarros de tabaco ou de maconha. Em sua formulação, é adicionada uma quantidade expressiva de solventes, como o ácido sulfúrico, o querosene, a cal virgem, entre outros. Seu efeito começa extremamente rápido em virtude da maneira de uso e da inclinação do pulmão de absorver a droga. Com o uso consecutivo, os efeitos são: queda dos dentes, depressão, fibrose, alucinações, dificuldade de respiração, coma e pode chegar rapidamente ao óbito. De todas as drogas, a cocaína e seus derivados são os que mais rapidamente devastam o usuário.

2.1.3. Anfetamina - Efeitos das anfetamina

As anfetaminas são drogas sintéticas poderosas estimulantes do Sistema Nervoso Central, são substancias que não existem na natureza, sendo produzidas em laboratórios com vários componentes químicos, e foram sintetizadas no início do século XX. Foram lançadas no mercado farmacêutico na forma de inalador indicado como descongestionante nasal, em 1932, em 1937, iniciou-se o comercio de benzedrina, um comprimido para revigorar energias e elevar estado de humor, muito utilizada durante a Segunda Guerra Mundial seu uso atingiu níveis epidêmicos pelos militares, e após os anos 60 que seu uso para fins abusivos voltou a aumentar, inicialmente foram utilizadas para diminuir cansaço e afastar o sono e depois passa a ser usada para redução de apetite, e mais recentemente usada para obter prazer e euforia. Mais ou menos em 1970, inicia-se a comercialização, pois as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, sendo, portanto ilegal seu uso e acompanhamento médico adequado. (NAPPO & NOTO, 2001)

Segundo Almeida (2006) as anfetaminas são encontradas em forma: injetadas (usuários crônicos), ingeridas (comprimidos) ou inaladas (em pó pelo nariz), e mais recentemente a metanfetamina "ICE" esta sendo fumada a partir de cachimbos, são consideradas psicotrópicos estimulantes, por induzir a um estado de grande excitação e sensação de poder, facilitando a exteriorização de impulsos agressivos e incapacidade de julgar adequadamente a realidade.

Ainda com maior índice de uso entre mulheres para emagrecimento na forma de comprimidos, muito comum ocorrer dismorfia corporal onde o individuo tem uma visão errada e distorcida de seu corpo, as anfetaminas e muito utilizado também por motoristas de caminhões que utilizam a droga para ficarem mais dispersos do sono enquanto dirigem por longas distâncias e por mais tempos do que seria prudente, são os famosos "REBITES" ou "AREBITES" de muito fácil acesso no Brasil, encontrados em restaurantes, postos de gasolina e farmácias a beira da estrada ou ate mesmo manipulados. (CARLINI, 1993)

Ainda para Carlini (1993) as substâncias de anfetamina agem alterando suas funções mentais no cérebro, desestruturando os neurônios, alterando assim o raciocínio, as emoções, sentidos, visão e audição, a anfetamina agem interferindo na comunicação dos neurônios. As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, podendo acarretar com seu uso frequente, tolerância à droga, assim como a sua interrupção brusca, síndrome de abstinência.

Causam leve euforia (sensação de alegria e bem estar), grandiosidade (sensação de ser poderoso), hipervigilância (estado de alerta exagerado), agitação, prejuízo do julgamento, taquicardia, aumento da pressão arterial e arritmia cardíaca, aumento da atividade motora, o desempenho atlético e diminuição de fadigas, agem também nas pupilas produzindo dilatação e aumento exagerado da temperatura corporal chegando até 40-42ºC, levando a convulsões. A pessoa tem insônia, inapetência perda do apetite, sente-se cheia de energia fala mais rápido, melhora no humor, diminuição do cansaço, faz com que o organismo funcione acima de sua capacidade e se submeta a esforços excessivos por mais tempo. (GALLO, 1984)

A pessoa fica mais magra por não comer, a pressão arterial sempre elevada. Os usuários crônicos utilizam grandes doses de anfetamina geralmente injetada na corrente sanguínea, que causa sensação de prazer intenso do tipo orgásmico. Diminuição da quantidade de oxigênio, glicose e outros nutrientes transportadores de sangue, aceleram os batimentos, aumento da pressão arterial, podendo levar ao infarto agudo e arritmias cardíacas que podem ser fatais. Acidente vascular cerebral, convulsões semelhantes ás de epilepsia, isquemia (insuficiente chegada de oxigênio, glicose e nutrientes aos órgãos), diminuição da atenção concentrada e memória, alterações pulmonares. (ROCHA, 2006)

Inicialmente aumenta a excitação sexual, porem após algum tempo de uso, nota-se impotência, sem contra o uso de anfetaminas injetadas que podem levar a uma contaminação de doenças como AIDS, Hepatite B, C. O individuo fica mais agressivo, irritadiça, delírios persecutório (imaginar que estão tramando contra você mania de perseguição). Dependendo do estado abusivo pode-se desenvolver um estado de paranóia e alucinações, delírios acompanhada de tremores, respiração rápida, confusão de pensamento e repetição compulsiva de atividades, alguns quadros sintomáticos muito confundidos com esquizofrenia, sintomas denominados de "psicose anfetamínica". (NAPPO & NOTO, 2001)

Ainda para Nappo & Noto (2001) a depressão, ansiedade, irritabilidade, perda no interesse ou prazer nas coisas ou pessoas que antes costumava gostar, fadiga exaustão, insônia ou sonolência diurna, agitação, aumento do apetite, desejo incontrolável pela droga (Fissura). Algumas pessoas apresentam problemas psíquicos antes mesmo do consumo abusivo de drogas estes problemas que se agravam ainda mais são chamados de comorbidades. Alguns nomes comerciais das anfetaminas: Dualid, Inibex, Hipofagin, Moderine (substância ativa- dietilpropiona); Lipomax, Desobesi (Substância ativa- fenpropex); Dasten, Absten, Moderamin, Fagolipo, Inobesin, Lipese, Diazinil (Substância - ativamazindol); Pervitin (substância ativa- metanfetamina) "ICE" Não tem uso terapêutico; Ritalina (substância ativa- metilfenidato). Alguns nomes populares: Bolinha, Bola, Rebite, Arrebite, "ice".

2.1.4. Nicotina - Efeitos da nicotina

A nicotina, princípio ativo do tabaco, foi isolada em estado puro por Reiman e Pousselt, em 1828. O tabaco é uma planta da família das Solanáceas, com diversas espécies, sendo a principal a Nicotiana Tabacum. Ela teve este nome em homenagem a Jean Nicot, diplomata e filósofo francês, que em 1556 enviou de presente à rainha Catarina de Médicis as primeiras sementes da planta. Antes da descoberta do Novo Mundo apenas os nativos das Américas conheciam o tabaco, cujas folhas pensavam ser medicinais, eram queimadas durante as cerimônias e nos diversos rituais tribais. (ROCHA, 2006)

O tabaco foi disseminando em Portugal em 1558; na Espanha em 1559; Inglaterra em 1565; Cuba 1580; Brasil, 1600 e Estados Unidos em 1612. Foi neste último que se formaram as primeiras grandes plantações de tabaco. Em meados do século XIX, o tabaco já era plantado em mais de 90 países. O principal objetivo era atingir alguma experiência transcendental, ou servir de oferenda aos deuses ou afastar maus espíritos. (GALLO, 1984)

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana Tabacum, da qual é extraída uma substância chamada nicotina. Seu uso surgiu, aproximadamente no ano 1000 a C., nas sociedades indígenas da América Central, com objetivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os ímpetos guerreiros, além de acreditar que a mesma tinha o poder de predizer o futuro. A planta chegou ao Brasil provavelmente pela migração de tribos tupis-guaranis. A partir do século XVI, o seu uso foi introduzido na Europa, por Jean Nicot, diplomata francês vindo de Portugal, após ter-lhe cicatrizado uma úlcera de perna, até então incurável. No início, utilizado com fins curativos, através do cachimbo, difundiu-se rapidamente, atingindo Ásia e África, no século XVII. No século seguinte, surgiu a moda de aspirar rapé, ao qual foram atribuídas qualidades medicinais, pois a rainha da França, Catarina de Médicis, o utilizava para aliviar suas enxaquecas. (ROCHA, 2006)

Ainda para Rocha (2006) no século XIX, iniciou-se o uso do charuto, através da Espanha atingindo toda a Europa, Estados Unidos e demais continentes, sendo utilizado para demonstração de ostentação. Por volta de 1840 a 1850, surgiram as primeiras descrições de homens e mulheres fumando cigarros, porém somente após a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918) seu consumo apresentou uma grande expansão. Seu uso espalhou-se por todo mundo a partir de meados do século XX, com ajuda de técnicas avançadas de publicidade e marketing, que se desenvolveram na época. A partir da década de 60, surgiram os primeiros relatórios científicos que relacionaram o cigarro ao adoecimento do fumante e hoje existem inúmeros trabalhos comprovando os malefícios do tabagismo à saúde do fumante e do não fumante exposto à fumaça do cigarro. Hoje o fumo é cultivado em todas as partes do mundo e é responsável por uma atividade econômica que envolve milhões de dólares. Apesar dos males que o hábito de fumar provoca, a nicotina é uma das drogas mais consumidas no mundo. A nicotina é um composto orgânico, e é o principal alcalóide do tabaco.

A nicotina está presente em toda a planta do tabaco, mas principalmente nas folhas, correspondendo a 5% em peso da planta. Tanto o tabaco (Nicotiana Tabacum) quanto à nicotina foram denominadas por Jean Nicot, um embaixador de Portugal, que enviou sementes de tabaco para Paris, em 1550. A nicotina em estado bruto já era conhecida em 1571, e o produto purificado foi obtido em 1828. A fórmula molecular, C10H14N2, foi estabelecida em 1843, e a primeira síntese em laboratório foi publicada em 1904. (ALMEIDA, 2006)

Ainda Almeida (2006) a nicotina é um dos poucos alcalóides líquidos, à temperatura ambiente. É um líquido incolor e inodoro, oleoso; quando exposto ao ar ou à luz, adquire uma coloração marrom e um odor característico do tabaco. A nicotina alcalóides age de duas maneiras distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranquilizante, bloqueando o stress. Seu uso causa dependência psíquica e física, provocando sensações desconfortáveis na abstinência. Em doses excessivas, é extremamente tóxica: provoca náusea, dor de cabeça, vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de apenas 50 mg/kg. São compostos orgânicos nitrogenados provindos de plantas, que têm efeitos fisiológicos nos seres humanos.

Um dos maiores problemas de saúde pública em diversos países do mundo, o cigarro é uma das mais importantes causas potencialmente evitáveis de doenças e morte. Efeitos: doenças cardiovasculares (infarto, AVC e morte súbita); doenças respiratórias (enfisema, asma, bronquite crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica); diversas formas de câncer (pulmão, boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga e útero). Seus efeitos sobre as funções reprodutivas incluem redução da fertilidade, prejuízo do desenvolvimento fetal, aumento de riscos para gravidez ectópica e abortamento espontâneo. A nicotina é a substância presente no tabaco que provoca a dependência. Embora esteja implicada nas doenças cardiocirculatórias, não parece ser esta a substância cancerígena. (CARLINI, 1993).

Ainda Carlini (1993) as ações psíquicas da nicotina são complexas, com uma mistura de efeitos estimulantes e depressores. Mencionam-se o aumento da concentração e da atenção, e a redução do apetite e da ansiedade. A nicotina induz tolerância e se associa a uma síndrome de abstinência com alterações do sono, irritabilidade, diminuição da concentração e ansiedade. Gravidez extrauterina, ou seja, fora do útero. Fumantes passivos – existem evidências de que os não fumantes expostos à fumaça de cigarro do ambiente (fumantes passivos) têm um risco maior de desenvolver as mesmas patologias que afetam os fumantes.

3. Critérios DSM-IV para abuso de substâncias estimulantes

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-IV (1995) define a dependência como um conjunto de sintomas que indicam que um indivíduo usa compulsivamente uma ou mais substâncias apesar dos problemas que esse procedimento possa lhe estar ocasionando. No entanto, é um comportamento que resiste ao controle do indivíduo. Contudo, os comportamentos de procura e de autoadministração de drogas não são espontâneos e nem inatos, porém aprendidos, e requerem premeditação.

Dessa forma, pareceria paradoxal assegurar que uma conduta que foge do controle do sujeito possa ser aprendida e planejada. Esse aparente absurdo resulta da hipótese, implícita na definição de dependência, de que os indivíduos, quando saudáveis, são livres para optar por seus comportamentos, ou seja, que o controle do comportamento encontra-se dentro do sujeito. Essa intenção marcou as primeiras definições de dependência.

O DSM-IV trocou a palavra "doença" por "transtorno", porém a segunda tem como sentido implícito a primeira. A distinção entre adição e ingestão excessiva proposta por Jelinek é usada no DSM-IV sob a terminação "dependência" e "abuso", simultaneamente. Dessa maneira, "a perda de controle" permanece sendo a premissa principal que define a dependência como doença. (DSM-IV, 1995)

Segundo o DSM-IV (1995) o padrão adaptativo de uso de substância induzindo ao comprometimento e ansiedade clinicamente expressivos, demonstrado por um ou mais componentes, ocorrendo dentro de um período de 12 meses são:

. Uso recorrente da substância resultando em fracasso no preenchimento de expectativas no trabalho, escola ou lar (por exemplo: repetidas faltas ao trabalho ou desempenho deficiente relacionado ao uso de substâncias, faltas, suspensões ou expulsões da escola, relacionados com substâncias, negligência dos filhos e das atividades domésticas).

. Uso recorrente da substância em situações perigosas (por exemplo: dirigir automóvel, operar máquinas, estando prejudicado pelo uso de substâncias).

. Problemas legais recorrentes relacionados com o uso de substâncias (por exemplo: prisões por conduta imprópria relacionada a substâncias).

.Uso continuado de substância apesar de problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou exacerbados pelos efeitos de substância (por exemplo: discussões com o conjugue sobre as consequências da intoxicação, brigas).

3.1. Drogas estimulantes no Brasil

Segundo Corrêa (2011) no Brasil, a dificuldade com drogas psicoestimulantes é relacionada ao uso instrumental, ou seja, aquele no qual os usuários buscam melhorar seu desempenho. A circunstância brasileira admite contornos que dificultam a compreensão do fato e mesmo a comparação com outros países em desenvolvimento. O Brasil é o maior importador de dietilpropiona e fenproporex do mundo inteiro. Informações de base populacional pesquisadas sugerem que mais de 1% da população usou algum derivado anfetamínico nas duas últimas semanas, sendo o uso de anoréticos maior entre mulheres procedentes de grupos com alta escolaridade e renda.

A prescrição desses medicamentos em regimes de emagrecimento segue sendo um método comum entre os médicos brasileiros, apesar das tentativas legais visando reduzir o seu uso. O potencial para abuso e dependência, além da falta de evidência de eficácia na conservação do peso ponderal a longo prazo, não parecem ser razões suficientes para convencer os médicos brasileiros a abandonar essa prática. E o que é mais sério: basta apreciar o panorama mundial para perceber que esse é um problema que já não afeta mais outros países, como os EUA e alguns países europeus. Na verdade, parece que o uso de anoréticos ainda é um problema apenas no Brasil e na Argentina. (CORRÊA, 2011)

Ainda Corrêa (2011) em nosso país não existe dados confiáveis sobre o uso entre motoristas de caminhão, mas o consumo pode ser elevado e possivelmente relacionado às longas jornadas de trabalho e à alta taxa de acidentes nas estradas brasileiras. O uso de ecstasy ainda é limitado a cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, mas a magnitude desse problema ainda não foi sistematicamente avaliada. Em síntese, no Brasil ainda não existem recursos específicos para atender as pessoas que abusam de psicoestimulantes. Os dados existentes indicam que são necessárias intervenções para diminuir o consumo entre escolares que utilizam essas drogas como estimulantes do SNC e entre mulheres que objetivam a inibição do apetite. A resolução do uso abusivo de anorexígenos passa necessariamente pela educação do médico, que é o agentes prescritor. De forma similar, existe um uso cada vez maior de anfetamínicos por adultos com déficit de atenção, uma condição cuja validade diagnóstica ainda é discutível. Ainda que esse transtorno seja adequadamente identificado, resta a questão da suposta eficácia do medicamento para esse transtorno. A magnitude do problema do consumo de psicoestimulantes entre motoristas de longa distância precisa ainda ser avaliada, para que estratégias de prevenção e intervenção específicas possam ser aplicadas.

No Brasil, durante muitos anos, havia uma clara separação entre as ações preventivas e as ações curativas. A nova legislação é muito clara na definição: não deve mais haver essa separação, as ações de caráter individual e coletivo devem ser financiadas e estar articuladas no mesmo sistema, gerando atendimento da demanda espontânea da população, sem que sejam esquecidos os programas pré-estruturados para atender às necessidades epidemiologicamente definidas pelo gestor do serviço de saúde. O atendimento segundo a diretriz da integralidade também pressupõe acesso a serviços de saúde em todos os níveis de complexidade do sistema, e considera o indivíduo na sua totalidade, respeitando as peculiaridades individuais e coletivas. (CORRÊA, 2011)

4. As Drogas no Ambiente Escolar

Segundo Carlini-Cotrim & Pinsky (1989) as drogas vêm tomando uma enorme importância na dinâmica escolar, à dependência química alastrou-se dentro do ambiente escolar de forma incisiva preocupou os profissionais da educação, já que, esses se veem despreparados para atuar diante desta realidade crescente de adolescentes e crianças, pode-se dizer usando tais substâncias psicoativas.

A escola é apontada como um dos locais onde se tem o primeiro contato com as drogas, essa experimentação acontece em uma fase da vida desses jovens onde os mesmos têm questionamentos, ansiedades e insegurança, já que, entre a puberdade e a adolescência se vive um momento de conflito, um rompimento na relação familiar, de autoafirmação entre outros jovens da mesma idade, o que favorece ao uso das drogas. (CORRÊA, 2011)

Segundo Corrêa (2011) a precocidade do uso de substâncias psicoativas vem crescendo bruscamente, devido aos padrões sociais estabelecidos, baseando-se em características familiares, religiosas e financeiras. Desta forma as drogas estimulantes do SNC são uma das mais utilizadas entre crianças e adolescentes em fase escolar, já que, as mesmas estimulam o cérebro, fazendo com que sinta a sensação de funcionar mais rápido.

É importante assinalar que o adolescente é extremamente vulnerável aos apelos oriundos do mundo das drogas em virtude das modificações pelas quais passa o seu mundo interno. Todas as transformações, tanto ao nível psíquico quanto corporal, o levam com facilidade, a ser cooptado pelo mundo fascinante e mortífero das drogas. Podemos afirmar que o adolescente, em virtude do particular momento que atravessa, não só pode tornar-se um consumidor contumaz de drogas, como também, em casos mais complexos, participar ativamente do comercio ilegal desses produtos. (FREITAS, 2002, p. 18)

 

Conforme Carlini-Cotrim & Pinsky (1989) a escola deve amparar seus educadores e alunos a desenvolverem o senso crítico, debatendo sobre as drogas em nossa sociedade e assim percebendo qual sua influencia no ambiente escolar. Pois a escola é um ambiente adequado para tratar deste assunto, já que reúne as crianças e os adolescentes, sendo um lugar seguro, estimulando o saber e a informação e permite a edificação de valores.

Educar crianças e adolescentes a desenvolver sua subjetividade, e assim promove e integra a educação cognitiva e emocional, incentivando a cidadania e a responsabilidade social, desta forma garante que os alunos acionem costumes benéficos no seu dia-a-dia. Logo, a prevenção é mais apropriada quando se debate o uso de drogas dentro de um contexto escolar e da saúde da criança. O docente mostra-se como um mediador das dinâmicas preventivas em função de seu papel na educação e formação educacional dessas crianças e adolescentes. (FREIRE, 1996)

No contexto escolar entendemos que o uso de substâncias psicoativas encontra-se cada vez mais anexa ao ambiente escolar. O uso abusivo dessas substâncias tanto licita quanto ilícitas, causam um enfraquecimento na demanda educacional, pois na busca da autonomia essas crianças e adolescentes buscam apenas a liberdade, e esta vem de maneira fácil quando não lhes é dado um suporte educacional, familiar e social de qualidade. (SILVA, 2008)

De acordo com Carlini-Cotrim & Pinsky (1989) ocorre uma vulnerabilidade do aluno nesta fase, onde ocorrem os descobrimentos do mundo, e assim é amplo o controle grupal sobre as escolhas individuais. Desta forma, a escola é vista como um local de estabelecimento de vínculos para o desenvolvimento do comportamento dos estudantes perante os riscos da droga. Os alunos devem reconhecer os limites e as regras da escola, pois tudo o que acontece é dever do diretor estar ciente, já que ele é o responsável por tudo que acontece na escola e em suas mediações.

Para a Organização Mundial da Saúde - OMS (1978) existe quatro tipos de usuários de drogas, dentre eles: o usuário experimentador – experimenta uma ou várias drogas sem dar continuidade no uso; o usuário ocasional - experimenta uma ou várias drogas quando disponível a ele, sem romper relações afetivas, sociais e profissionais; o usuário habitual ou funcional – usa frequentemente, mas com certo controle, havendo incidência de rupturas sociais, afetivas e profissionais; o usuário dependente – usas abusivamente a droga e não fica sem a substância de forma alguma, rompe todos seus vínculos, podendo chegar até a marginalização e isolamento.

Enfim a escola deve proporcionar praticas que levem o aluno a construir um amadurecimento intelectual sem drogas, baseado na ética e na cidadania, pois a escola é um ambiente que deve proporcionar um equilíbrio social, construindo profissionais que possam ser inseridos no mercado de trabalho. Nesse contexto a família deve interagir junto à escola com essa criança/adolescente, dando base para que ele não entre no mundo das drogas. (BRASIL, 2011)

Segundo Rodrigues (2008) o aluno dependente, facilmente é identificado através de seus comportamentos e da falta de motivação para com os conteúdos ministrados. A importância de ações didático-pedagógicas de temas vinculados à dependência química deve ser abordada de forma que ganhem relevância, levando em conta a experiência e as necessidades por eles sentidas e expressas.

Atualmente, o que se pretende é um trabalho pedagógico no qual, as condições que se fazem necessárias para a saúde, sua valorização e a realização de procedimentos que a favorecem sejam o foco principal. Os conteúdos e sua abordagem se aprofundam em conceituação ao longo de etapas de ensino para permitir a ampliação dos temas de análise e de formulação de alternativas que aumentem a conscientização dos educandos. (RODRIGUES, 2008, p. 17)

Ainda o autor acima (2008) as condições de ensino devem seguir vertentes, como, algumas modificações nas práticas institucionais para receber o aluno dependente e saber lidar com tal problema, incentivar seu desenvolvimento social, e a prioridade do problema que é o envolvimento e acolhimento dos pais deste aluno dependente.

A escola deve adotar ações como educação em saúde, prevenção do ambiente escolar, entorno e organizações e por fim estabelecer parcerias com a comunidade escolar e os serviços oferecidos no município. Estas ações se baseiam na Politica Educacional Brasileira e nos Parâmetros Nacionais de Educação, pois as escolas devem oferecer educação em saúde com conteúdos como autoconhecimento e saúde coletiva. (MOREIRA; SILVEIRA; ANDREOLI, 2006).

Quanto ao método didático, os manuais reforçam a necessidade de, no processo de ensino e aprendizagem, explorar o desenvolvimento de métodos capazes de priorizar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento; a construção de argumentação capaz de controlar os resultados desse processo; o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a criatividade; e a compreensão dos limites e alcances lógicos das explicações propostas. Além disso, é necessário ter em conta uma dinâmica de ensino que favoreça o descobrimento das potencialidades do trabalho individual e coletivo. O que implica no estímulo à autonomia do sujeito, no desenvolvimento do sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades, e na capacidade de interação de modo integrado num trabalho de equipe. (MOREIRA; SILVEIRA; ANDREOLI, 2006, p. 812).

Os autores acima citados dizem que a escola deve trabalhar com estes alunos com a redução de danos, ou seja, trabalhar o não envolvimento com as drogas para que não se torne abuso, auxiliar no abandono das drogas e orientar para os danos que as drogas causam no ser humano. (MOREIRA; SILVEIRA; ANDREOLI, 2006)

De acordo com o médico psiquiatra Içami Tiba, cita em seu livro Juventude e Droga: anjos caídos (2007), a escola tem o papel de prevenir o uso de drogas, fortalecendo a opinião contrária sobre o uso de substâncias psicoativas, a escola deve proporcionar conversas abertas entre professores e alunos, pedagogo e alunos, equipe pedagógica e alunos, pais, escola e alunos, mostrar a eles que é um caminho muitas vezes sem volta, e que quem perde com isso são eles mesmos. Para o autor a escola deve proporcionar capacitação aos professores já que são eles que têm o primeiro contato com o problema, e também capacitação para os pedagogos para saberem quais atitudes tomar.

5. Conceito de Violência

Conceituar violência é um tanto quanto difícil, pois o significado do termo varia de acordo com o momento histórico em que está ocorrendo, se modificando a cada tempo e pode estar relacionada a maneiras de manifestação de algo desejado. Assim, é preciso antes buscarmos o entendimento de conceitos e a definição deste fenômeno (RODRIGUES 2011, p. 21).

Nas palavras da autora, a violência pode ser manifestada por meio de um comportamento que prejudica outra pessoa ou ser vivo, e pode ser caracterizada por um ato impensado num momento de ira.

O fenômeno da violência, como qualquer fenômeno social, seus significados, representações e dimensões, se transforma a partir do contexto histórico, social e político em que está inserido, o que lhe atribui o dinamismo próprio da vida social (ABRAMOVAY, 2009, p. 53).

Existem vários tipos de violência que são causadas por preconceitos, agressões físicas e verbais, o bullying, entre outras. As mais comuns, são: violência física, violência psicológica, violência sexual (PADILHA e SILVA, 2012, p. 2)

A violência física é o uso da força brutal que machuca, fere e deixa marcas ou lesões no corpo das vítimas (socos, murros, agressões com objetos e outros). Uma das causas desse tipo de violência é a embriaguez por parte do agressor. Essa violência é percebida com mais frequência quando se ingressa na escola.

Violência como o uso da força física e do constrangimento psíquico para obrigar alguém a agir de modo contrário à sua natureza e ao seu ser. A violência é violação da integridade física e psíquica, da dignidade humana de alguém (CHAUÍ, 1995, p.337).

Geralmente a vítima desse tipo de violência são as pessoas mais indefesas, que não conseguem se defender do agressor, e por isso sofrem, muitas vezes calado. A violência psicológica ou emocional em muitos casos é mais prejudicial que a física, pois causa a rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições. Não é visível, tampouco deixa marcas físicas, mas acarreta o emocional e o cognitivo da pessoa, pois além sofrer a violência, o agressor faz a vítima se sentir culpada, menosprezando-a e provocando-a. Um exemplo de violência psicológica são as ameaças de morte (PADILHA e SILVA, 2012, p. 110)

Por último a violência sexual é aquela onde o agressor abusa sexualmente da vítima, para se satisfazer e às vezes usa de força física, fazendo-a se sentir constrangida, provocando os sentimentos de vergonha e de medo. Nas palavras de Padilha e Silva, (2012, p. 110), segundo consta no Código Penal Brasileiro, a pessoa que sofre violência sexual acaba também sofrendo as violências física e psicológica, pois o agressor além de machucá-la, também a ameaça, e por vezes não têm nem coragem de denunciar. Isso acontece muito com crianças e adolescentes.

Nesse sentido Abramovay (2005, p. 77) diz que:

A classificação da violência nas escolas ajuda a compreender o fenômeno na medida em que considera manifestações de várias ordens. Contudo, mostra-se insuficiente para compreender certos tipos de manifestações que ocorrem dentro dos estabelecimentos de ensino e que estão relacionadas a problemas internos de funcionamento, de organização e de relacionamento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002 apud SOUZA, 2006 p. 39)a violência "é o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, outra pessoa ou um grupo ou comunidade, que resulte ou tenha uma alta probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação".

A OMS também coloca que existem dois tipos de violência: violência interpessoal que é praticada entre indivíduos, e a violência coletiva que é praticada na esfera social, política ou econômica (OMS, 2002).

Para Carreira (2005)

A violência pode ser entendida como uso da força física, mas causa também sérios danos psíquicos, pois ela viola a integridade da pessoa. Essa violência é associada à situação socioeconômica e principalmente à exclusão desses indivíduos da sociedade. Desta forma ocorre a potencialização da violência na sociedade.

Essas palavras nos fazem pensar o que acontece na atual "sociedade brasileira, pois além da violência estrutural das desigualdades socioeconômicas e de falta de direitos, as discriminações que geram maior violência simbólica e invariavelmente se transformam em violências "mais duras", ou seja, comportamentais, físicas ou sexuais" (FIGUEIREDO, 2012, p. 89).

A humanidade durante todo seu desenvolvimento tem produzido e reproduzido infinitas formas de violências, muitas vezes sob a justificativa de educar e corrigir, justificando a intenção de socializar os indivíduos, especialmente as crianças e adolescentes (LOURO, 1987).

Segundo Aquino (1998 apud PEDROSA, 2011, p.30

O modo de pensar a violência no contexto escolar parece seguir duas tônicas, uma de cunho sociologizante, em que ela seria resultado de determinações macroestruturais, e outra com base clínico-psicologizante, que tende a pontificar um diagnóstico de caráter evolutivo, quando não patológico, de quadros ou mesmo personalidades violentas que influenciariam as relações no contexto escolar.

Gonçalves (2005) por sua vez, diz que a violência causa nos indivíduos reações que podem gerar desde uma violência física, quanto uma violência psicológica, sexual ou de privação de algo.

A violência física pode ser caracterizada pela utilização de atos que machuquem alguém a ponto de lhe causar incapacidade; a violência psicológica se dá quando o sujeito constrange o outro com agressões verbais com o intuito de restringir a liberdade de expressão do outro; a violência sexual se dá quando um indivíduo obriga o outro a praticar atos eróticos para obtenção de prazer sexual; e a violência de privação ocorre quando um sujeito se omite de uma situação em que o outro precise e o obstrua de realizar suas necessidades básicas como alimentação, segurança, moradia e educação.

A violência escolar se revela de diversas formas já que na maioria das vezes está associada a condições específicas do local onde a vitima esta inserida, a deficiência de profissionais levam as escolas ao não atendimento eficiente das ocorrências dentro do ambiente escolar (GUIMARAES, 1996).

A violência pode não se manifestar de maneira explícita, assim devemos ficar atentos para o fator desencadeante da violência, pois se não nos atentarmos a isso ela pode estar ocorrendo há muito tempo e não percebamos. Já que as diferenças individuais podem ser fatores desencadeantes, pode ser considerada a idade, o fator social, econômico e cultural (GUIMARAES, 1996).

5.1. Fatores que desencadeiam a violência e a dependência química

Observa-se que pessoas que quando pequenas têm comportamento agressivo, tendem a se tornar agressivas também à medida que crescem, e isso é constatado quando entra na escola, e também em fases mais avançadas.

Nas palavras de Pedrosa (2011, p. 28)

Um tipo de violência muito presente no contexto escolar e que pode ser considerado como parte da violência simbólica, é a prática do bullying e cyberbullying (Bullying pela internet ou telefone celular). O bullying é um termo inglês usado dessa forma devido à dificuldade de se adequar, ao português, todas as situações abrangidas pelo termo original. [...] está ligado a um contexto de submissão-opressão, no qual os responsáveis pela coação desenvolvem atitudes repressoras de diversas naturezas, como psicológica e física, com determinada frequência, na busca pelo poder. Criam, assim, um ambiente de tensão, medo, ansiedade e desvalorização de indivíduos que não correspondem aos padrões pré-estabelecidos e seguidos pela maioria.

Diante disso, os autores discorrem que a violência não existe por si só. Embora sejam muitos os fatores que a desencadeiam, discorreremos sobre: fatores psicológicos, fatores domiciliares, fatores relativos a colegas, condições sócio- econômicas e vizinhança e fatores circunstanciais.

5.1.1. Fatores Psicológicos

Para Sorel (1992) a violência deriva de vários fatores como já foi dito, e um dos fatores que mais rodeia a violência é o psicológico, pois ele pode começar na infância, com um desvio de comportamento ou impulsividade.

Na visão de Debarbieux e Blaya (2002) dentre os principais fatores psicológicos estão a hiperatividade, a impulsividade, falta de controle comportamental e problemas de atenção. Os autores acrescentam ainda que o "nervosismo e a ansiedade estão negativamente ligados à violência. A agitação motora e a dificuldade de concentração representam um índice alto de violência" (p. 31). "Outro grupo principal de fatores psicológicos que aponta para violência futura inclui baixa inteligência, (a ocorrência é maior entre meninos de classe baixa) e desempenho escolar deficiente" (p.32). Para Moffit e Henry (1991, apud DEBARBIEUX, e BLAYA, 2002, p.33)

A impulsividade, os problemas de atenção e o baixo desempenho podem ser associados a deficiências nas funções executivas do cérebro, localizadas nos lobos frontais. Essas funções executivas incluem a manutenção da atenção e a concentração, o raciocínio abstrato e a formação de conceitos, a formulação de objetivos, a previsão e o planejamento, a programação e a iniciação de sequências propositais de comportamento motor, auto monitoramento, comportamentos autoconscientes eficazes e inibição de comportamentos inadequados ou impulsivos.

Debarbieux e Blaya (2002, p. 33) também mostrou que a "baixa inteligência, o desempenho escolar deficiente e fatores psicológicos tais como hiperatividade, déficit de atenção, impulsividade e tendências a se e expor a riscos eram indicadores previsíveis de futuros delitos graves e violentos".

5.1.2. Fatores Domiciliares

O segundo fator que desencadeia a violência, nas palavras de Debarbieux, e Blaya (2002, p. 34-35) é o familiar ou domiciliar que é considerado de nível alto, já que nesse ambiente o indivíduo geralmente convive com pais agressivos, conflitos matrimoniais entre os familiares e a ausência do pai ou mãe.

São muitos os fatores familiares, mas o que é mais preocupante é a ausência do pai, que é o que mais se observa. Geralmente quando o pai é agressivo, é comum que o filho também o seja e quando o pai é condenado por esse ato, reflete no filho. "Castigos corporais severos e maus-tratos físicos infligidos pelos pais costumam ser prenúncio de delitos violentos cometidos pelos filhos homens" (MALINOSKY-RUMMEL E HANSEN, 1993 apud DEBARBIEUX, e BLAYA, 2002, p. 35).

Quando esses maus-tratos são a crianças menores, tende a incentivá-las a também serem violentas quando maiores, criando-lhes traumas que poderão carregar por toda a vida, independente do meio social, situação econômica ou estrutura familiar em que convive.

5.1.3. Fatores Relativos a Colegas, Condição Socioeconômica e Vizinhança

Outro fator que pode desencadear a violência são as amizades, uma vez que o sujeito se envolve com pessoas que cometem violência e passa a cometê-la também.

Quando esses fatores estão interligados à escola ocorre uma falha na instituição, já que a mesma é promotora da educação e cordialidade entre seus membros, não pode permitir que atos violentos se tornem componentes da construção do saber.

Debarbieux, e Blaya (2002, p. 36) ressaltam que quando se convive num ambiente onde há delinquência ou delinquentes, é muito comum que reflita na criança, adolescente ou jovem, independente da faixa etária. Para os autores "provir de uma família de baixa condição socioeconômica é prenúncio de violência juvenil" (DEBARBIEUX, e BLAYA 2002, p. 36).

5.1.4. Fatores Circunstanciais

Os fatores de risco que vimos acima, de acordo com Debarbieux, e Blaya (2002), influenciam essencialmente o desenvolvimento a longo prazo do potencial para a violência apresentado por um indivíduo, ou seja, são fatores circunstanciais que refletem e incentivam a violência.

Os fatores circunstanciais podem ser específicos a determinados tipos de crime: roubos, em oposição a estupros, ou mesmo furtos de rua, em oposição a assaltos a bancos. Uma das mais aceitas teorias circunstanciais da criminalidade é a teoria das atividades de rotina (COHEN E FELSON, 1979 apud DEBARBIEUX, e BLAYA, 2002, p. 27)

Esses fatores podem gerar crimes violentos, muitas vezes tendo pessoas inocentes como vítimas. O termo violência na escola sugere comportamentos agressivos compreendendo danos interpessoais. A escola é um espaço de aprendizagem e de formação de pessoas.

Este ambiente é direito da criança/adolescente, e que segundo Lei nº. 8.069 de 13 de Julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) toda criança/adolescente deve ter direito a liberdade e respeito. É o que podemos perceber no Art. 17,

O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais (ECA, 1990, s/p).

A violência entre os próprios alunos é o fator mais preocupante no ambiente escolar, pois se relaciona com os princípios de interação e integração que são produzidas e partilhadas pelo grupo a que pertencem. "Violência no contexto escolar não se expressa apenas entre seus estudantes e desses contra o professor. Há relatos também por parte de professores e demais profissionais da escola contra os estudantes" [...] (PINHEIRO, 2006 apud PEDROSA, 2011, p. 28).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho objetivou identificar como a dependência química e a violência no ambiente escolar interfere no desenvolvimento emocional, social, aprendizagem e cultural dos adolescentes. Sabemos que a dependência química e a violência vêm assumindo dimensões diferenciadas e por ser um fenômeno complexo, resulta de determinações e podem ser definidas como qualquer ato ou ação de um indivíduo ou grupo cujo fim é depredar o emocional e o corpo dos indivíduos envolvidos com este problema.

Atualmente a dependência química e a violência é um grande problema dentro do contexto escolar. Parte-se da hipótese de que os adolescentes estão propensos ao uso de drogas e por consequência deste uso praticam a violência. Assim, a condição social e familiar são os maiores fatores de risco. Observa-se que o adolescente é mais suscetível a situações desta esfera, pois convivem com este problema em seu meio quer seja ele social, familiar ou escolar.

Neste trabalho procurou-se discorrer sobre conceitos de dependência química e a violência, onde se observou que dentre os autores pesquisados todos falam da mesma forma sobre o assunto, ressaltando que a dependência química e a violência deixam marcas no indivíduo. Desta forma, através de estratégias desenvolvidas no ambiente escolar e seu entorno identificará problemas de saúde gerados por este problema será possível classificar os tipos de violência gerados pelo uso abusivo de drogas entre os adolescentes e também conseguiremos elucidar a relação entre ambos os problemas.

A dependência química e a violência que acontece dentro da própria escola é resultado das histórias vividas no ambiente familiar, cujos principais fatores de risco são os psicológicos e os físicos, além do convívio social. Assim, vimos que a escola que deveria apenas ser lugar de aprendizagem e de socialização de valores éticos e de formação pessoal, acaba lidando com situações de vulneráveis de seus alunos alheia às curriculares.

Desta forma pude analisar que o crescimento no índice do uso de drogas e o aumento da violência podem ser diminuídos se a escola adotar estratégias a fim de combater este problema, iniciando com a melhoria da relação com a comunidade, apoio de psicólogos, realizando diagnósticos e pesquisas para conhecer o fenômeno em sua forma concreta, e assim fazer um monitoramento das ações. Essas situações repercutem sobre a aprendizagem e a qualidade de ensino tanto para alunos quanto para professores.

Assim, a escola juntamente com profissionais da saúde precisa contar com o apoio dos pais, trazendo-os para participar da vida escolar e dos problemas do filho, transformando-se em um lugar de encontro de diversidade cultural, habilitado para formas criativas de solidariedade.

Diante da pesquisa realizada, observando que a dependência química e a violência aumenta cada dia mais, é preciso que família, escola, sociedade se conectem e falem uma mesma língua. Cabe à escola tomar a iniciativa, pois é na instituição escolar que estes problemas se manifestam e serem encaminhados a saúde para que prossiga com as estratégias necessárias para elucidação do problema e entendimento sobre o mesmo, através de palestras e outras ações cabíveis ao problema.

Portanto, ao fim do trabalho concluímos que a pesquisa foi muito importante, pois me levou a refletir sobre o papel da escola e dos profissionais de saúde, e o que deve ser feito para erradicar o problema, pois é muito preocupante, tendo em vista que isso é uma realidade mundial e que também se manifesta próximas a nós. Quando formos desenvolver tais estratégias nosso olhar será diferenciado e procuraremos meios para lidar com o problema da violência e do uso abusivo de drogas, que tanto assusta a sociedade, a escola e a família.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, R. N. Psicofarmacologia Fundamentos práticos. Guanabara Koogan, 2006.

ABRAMOVAY, M; CUNHA, A. L.; CALAF, P. P. Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília: RITLA - Rede de Informação Tecnológica Latino-americana, SEE-DF - Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, 2009, 496 p.

ABRAMOVAY, Miriam et al. Cotidiano das Escolas: entre violências. Brasília: UNESCO, Observatório de violência, Ministério da Educação, 2005.

AQUINO, J. G. A violência escolar e a crise da autoridade docente. Campinas, v. 19, n. 47, p. 7-19, 1998.

BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD). Drogas: cartilha para educadores. Conteúdo e texto original: Beatriz H. Carlini. -- 2. Ed. – Brasília: Ministério da Justiça, 2011.

CARLINI-COTRIM, B.; PINSKY, I. Prevenção ao abuso de drogas na escola: uma revisão da literatura internacional. Caderno de Pesquisa, nº. 69, p.48-62: 1989.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

CARREIRA, D. B. X. Violência nas escolas: qual o papel da gestão? Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Católica de Brasília: Brasília, 2005.

COHEN,L. E.; FELSON, M. Social change and crime rate trends: a routine activity approach. American Sociological Rev, n. 44, p. 588-608, 1979.

CARLINI, E. A. Medicamentos drogas e saúde. Hucitec. São Paulo: 1993.

CORRÊA, R. G. Introdução à Reabilitação de dependentes químicos. Instituto Federal do Paraná – IFPR. Curitiba: 2011.

DEBARBIEUX, Eric. BLAYA, Catherine. Violência nas Escolas e Políticas Públicas. Brasília, 2002. Disponível em < http://www.livrosgratis.com.br /arquivos_livros/ue000092.pdf> Acesso em 16/03/2015.

DSM-IV - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 1995.

Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990). Disponível em: < http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/33/1990/8069.htm> Acesso em: 10 de Abr. de 2015.

FREITAS, L. A. Adolescência, família e drogas: a função paterna e a questão dos limites. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. Disponível em: < http://books.google.com.br> Acesso em: 15/03/2015.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FIGUEIREDO, Regina. et al. Ocorrência de violência e drogas envolvendo alunos de escolas municipais de Diadema – São Paulo. Revista do Laboratório de Estudos da Violência da UNESP/Marília. ISSN 1983-2192. Edição 10, 2012

GUIMARAES, A. A dinâmica da violência escolar: Conflito e ambiguidade. São Paulo, 1996.

GONÇALVES, M. A. S. Violência na escola, práticas educativas e formação do professor. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 126, p. 635-658, 2005.

GALLO, F. P. Drogas, entorpecentes e narcóticos. Rio de Janeiro: GM Brasil, 1984.

MALINOSKY-RUMMELL, R.; HANSEN, D. J. Long-term consequences of childhood physical abuse. Psychol Bull, n. 114, p. 68-79, 1993.

MOREIRA, F. G.; SILVEIRA, D. X.; ANDREOLI, S. B. Redução de danos do uso indevido de drogas no contexto da escola promotora de saúde. Ciência e Saúde Coletiva. São Paulo: 2006.

NAPPO, S.; NOTO, A. R. Anfetaminas e análogos: Dependência de drogas. São Paulo: Editora Atheneu, 2001.

O.M.S. Organização Mundial da Saúde, Classificação Internacional de Doenças. São Paulo: 1978.

O.M.S. Organização Mundial da Saúde (2002). Disponível em: < http://www.who.int/ violence_injury_prevention/violence/world_report/en//>. Acesso em: 13 Março 2015.

ROCHA, F. C. M. Tabagismo: Panorama Atual de drogas e Dependências. 1a ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006.

RIBEIRO-ARAÚJO, M.; LARANJEIRA, R.; DUNN, J. Cocaína: bases biológicas da administração, abstinência e tratamento. J Bras. Psiquiatria, 1998.

Pinheiro PS. World Report on violence against children. Geneva: United Nations; 2006

PEDROSA, Sheila Mara. A violência no contexto escolar: Concepções e significados a partir da ótica de professores de uma instituição de ensino público. Goiânia, 2001. Disponível em < http://mestrado.fen.ufg.br/uploads/127/ original> Sheila_Mara_Pedrosa.pdf?1391017954> Acesso em 23/03/2015.

PADILHA, Ecilda Maria; SILVA, Fátima Noely da. Aspectos Psicológicos Relevantes da violência doméstica. RIES, ISSN 2238-832X, Caçador, V.1, n.2, p. 105-122, 2012. Disponível em < http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CBwQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.uniarp.edu.br%2Fperiodicos%2Findex.php%2Fries%2Farticle%2Fdownload%2F53%2F98&ei=H7-oU-GIensATc1oCIBA&usg=AFQjCNEyAhUGHJCwdiR3Slbs0jp63owCzQ&bvm= bv.69620078,d.b2k> Acesso em 23/03/2015.

RODRIGUES, Leila Oliveira. Violência escolar e formação de professores: estudo em escola pública de Goiânia. 2011. 190 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2011

RODRIGUES, A. M. Drogas no âmbito escolar na região de Sebastião Laranjeiras – BA. Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes em Biologia - Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF. Fortaleza: 2008.

SILVA, G. B. Intervindo na relação escola e drogas. Centro de Educação / Departamento de Fundamentação de Educação/PROLICEN, 2008.

SOUZA, Robson Sávio Reis. Políticas Públicas e Violência. Democracia Viva nº 33, 2006. Disponível em < http://www.ibase.br/userimages/dv33_artigo3.pdf> Acesso em 23/03/2015

SOREL, G. Reflexões sobre a violência. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

TIBA, I. Juventude & Drogas: anjos caídos. São Paulo: Integrare Editora, 2007.

Esta monografia é especialmente dedicada aos meus familiares, pelo apoio, incentivo e paciência demonstrados ao longo desses meses em que estou participando do Curso de Pós-Graduação em Investigação Criminal e Psicologia Forense, uma vez que devido à necessidade de produzir os trabalhos solicitados, precisei sonegar momentos importantes que passaria no aconchego e carinho familiar para poder traçar os planos necessários para fazer fluir as pesquisas, leituras, discussões e produções dos trabalhos solicitados. Que fique registrado, neste espaço, o meu reconhecimento pela força que vocês nos dão e a certeza de que lutarei tenazmente para superar todos os obstáculos surgidos no caminho até atingir o objetivo almejado.

 

Autor:

Jessica Espina Maschetti Tomaz

jeehmaschetti[arroba]hotmail.com

Ronaldo Balestra Choze

Monografia apresentado à AVM Faculdade Integrada como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Investigação Criminal e Psicologia Forense.

AVM Faculdade Integrada

Investigação Criminal e Psicologia Forense

Cruzeiro do Oeste

2015



 Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.