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A escola e o fenômeno do Bullying (página 2)


O pesquisador Dan Olweus, da Universidade de Bergen, na Noruega, foi quem criou os primeiros critérios para que fosse possível identificar o fenômeno de forma mais específica. A partir das suas pesquisas, foi possível diferenciar a prática de bullying de outras possíveis interpretações. Olweus iniciou, nessa época, um estudo que reuniu aproximadamente 84 mil estudantes, quase quatrocentos professores e cerca de mil pais de alunos. O objetivo da pesquisa era avaliar as taxas de ocorrência e as formas pelas quais o bullying se apresentava na vida escolar dos alunos de seu país. BEATRIZ (2010, Pág. 111)

O estudo chegou à conclusão que um em cada sete alunos encontrava-se envolvido em casos de bullying, tanto no papel de vítima, quanto no de agressor. Os estudos de Olweus deram origem a um programa de intervenção antibullying, que teve como objetivos: aumentar a conscientização sobre o problema e a promover apoio e proteção às vítimas contra esse tipo de violência escolar.

Pesquisas[1]sobre o fenômeno, ao redor do mundo, apontam para o crescimento do problema: estima-se que de 5% a 35% das crianças em idade escolar estejam envolvidas em condutas agressivas no ambiente educacional. Os espectadores não foram incluídos nos índices, o que nos faz imaginar que a população de jovens indiretamente envolvidos no bullying é ainda maior. Esses estudos estão evidenciando o fenômeno aqui estudado, como fator prejudicial ao rendimento dos alunos atingidos pelo mesmo. Essa forma de violência e a preocupação em resolvê-la aumentou em conseqüência de massacres ocorridos em escolas de muitos países.

Capítulo I

Gênese psicológica e social do bullying.

Ao pesquisar o fenômeno denominado bullying tornou-se necessário buscar suas origens. Para tal, optou-se por entendê-lo sob a perspectiva da Psicologia Social.

No período moderno verifica-se o primado da razão e com ele o surgimento das ciências que tinham como meta encontrar respostas diferentes para a angústia humana. Dentre essas ciências temos a psicologia. Essa como ciência positiva começou a ser desenvolvida em laboratórios universitários, criados no final do século XIX, na Alemanha, França e Suíça. Visava também compreender a mente humana utilizando dados objetivos, através da metodologia da introspecção controlada. Ao mesmo tempo, o saber médico se organizava no movimento da higiene mental, visando desenvolver dispositivos de prevenção dos distúrbios mentais que pudessem ser amplamente difundidos para as modernas populações urbanas. Esse movimento se reuniu, a partir do início do século XX, no campo da Psicologia Aplicada, especialmente nas áreas da Psicologia Educacional e da Saúde Mental. Trata-se de colocar à disposição das instituições médicas, educativas e das famílias os novos conhecimentos produzidos nos laboratórios e hospitais psiquiátricos, visando ao mesmo tempo intervir no planejamento e na gestão dos sistemas de ensino ampliados, e prevenir os distúrbios mentais e desvios psicossociais provocados pelas intensas mudanças culturais que as modernas sociedades urbano-industriais vinham experimentando.

Com o surgimento da psicologia enquanto ciência, houve uma mudança de pensamento do ser humano. O que antes era tratado como loucura, agora é visto como uma doença psíquica. Um exemplo é a depressão que antes era considerada uma loucura, mas hoje se sabe que é uma das doenças psíquicas. Com isso, a psicologia influencia e é usada em vários ramos como o da educação, das indústrias, da mídia, do esporte, entre outros, tornando assim parte de um todo mais amplo que é o cotidiano humano.

Procurando o significado da palavra subjetividade, encontra-se no dicionário uma referência a qualidade ou caráter de subjetivo, esse termo por sua vez é relativo ao sujeito, existe no sujeito, individual, pessoal, particular.(AURÉLIO, 1995 ).

A psicologia estuda a subjetividade de uma forma particular, tendo no homem sua matéria prima e assim entendendo o ser humano em sua totalidade, com suas experiências ao longo de sua vida, suas emoções, pensamentos, o seu modo de ser, a sua identidade que a todo momento ele busca. Tudo na vida sofre mudanças a partir das vivências, contribuem para construirmos e transformarmos nosso interior, ou seja, a nossa subjetividade.

O ser humano desde o seu nascimento e ao longo de sua vida faz parte de grupos como a família, escola. Podemos dizer que viver em grupo é parte da vida humana, já que não somos uma ilha, ou não deveríamos ser, e essas vivências irão contribuir para a formação humana.

FERRATER (2001) toma a noção de grupo em um sentido mais amplo que pode se referir a modos muito diversos de relacionar realidades: séries, classes naturais, estruturas funcionais, seqüências causais.

Um grupo não pode ser confundido com agrupamento, o que difere os dois é o modo de participação da pessoa. Uma fila de banco, por exemplo, podemos considerar como sendo um agrupamento, porém se os membros dela se unirem para reclamar da demora no atendimento passam a ser um grupo.

A psicologia, enquanto ciência, tem contribuído para o entendimento de grupo e tem utilizado fontes como a psicodramática e a corrente cognitiva[2]entre outras, para ajudar a entender o sentido de grupo e como o ser humano se comporta frente a sua vivência social.

Relações e transformações estão presentes na vida de todo ser humano e isso se apresenta mais evidente na adolescência, isso devido a questões biológicas e culturais. Os modelos e valores, que guiem o comportamento das novas gerações ou até mesmo a dos adultos para com os jovens, estão cada vez mais em crise, isso porque de um certo modo estão em crise o modo econômico, familiar, social, cultural e até mesmo religioso. É evidente o aumento de pessoas que buscam algo ou até uma resposta em instituições, seitas e experiências religiosas, diferentes da cristã. Aquele universo predominante do cristianismo, ou porque não dizer do catolicismo, está cada vez mais fragmentado. Isso trás às novas gerações uma sentimento de falta de alguma referência, uma base sólida, sobre ao qual elas possam se apoiar e até mesmo modificar suas referências.

No passado os valores, a moral, as escolhas eram mais evidentes, porém restritas. Havia uma rigidês ideológica mais presente e menos democrática, contudo mais determinada.

Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) abriu-se um parêntese traumático na história da humanidade. Estavam implícitas questões religiosas, políticas, ideológica, mas principalmente a ânsia pelo poder. Adolf Hitler perseguiu e matou eslavos (Poloneses), ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, doentes mentais e deficientes e principalmente, Judeus. O assassinato de seres humanos foi sistematizado, o conhecimento de especialistas em diversas áreas foi utilizado para matar de forma organizada os inimigos dos nazistas. Um relato de um engenheiro alemão faz com que agente perceba como foi cruel essa guerra.

Eu decidi projetar e construir um crematório com uma capacidade maior. Completei esse projeto de um novo crematório em Novembro de 1942 - um crematório para incineração em massa, e submeti esse projeto para a Comissão de Patentes do Estado [State Patent Commission] em Berlin.Esse "Krema" seria construido no princípio do [conveyor belt]. Isso quer dizer, os corpos devem ser trazidos para as fornalhas de incineração sem interrupção. Quando os corpos são empurrados nas fornalhas, eles caem em uma grade e então deslizam na fornalha e são incinerados. Os corpos servem ao mesmo tempo como combustível. Essa patente não poderia ser aprovada pelo Escritório de Patentes [Main Patent Office] em Berlim por causa da sua classificação (como segredodeestado)."Eu era um engenheiro alemão e membro chave da Topf [works] e via isso como responsabilidade em aplicar meu conhecimento de especialista nesse sentido para ajudar a Alemanha a vencer a guerra, assim como um engenheiro de construção de aeronaves em tempo de guerra, que também está ligado com a destruição de seres humanos.(Testemunho do engenheiro Fritz Sander em 7 de Março de 1946.Citado das transcrições do interrogatório pelo Professor GeraldFleming da Universaidade de Surrey, em um artigo do New York Times, em 18 de julho de 1993)

Os anos 50 foram marcados por discursos ideológicos e políticos. A guerra fria e o período pós-guerra moldaram o capitalismo que conhecemos. O pensamento socialista em contraposição ao capitalismo influenciou as escolhas, mentalidade e questões sobre educação no seio de muitas famílias. Diferente da patriarcal e rural, começou a surgir um novo modelo de família, composta de pai, mãe e filhos, que começaram a viver nas cidades. Havia um moralismo em relação aos jovens.

As décadas de 60 e 70 foram marcadas por uma juventude que expressava seus pensamentos, por um mundo mais livre, igualitário. Um exemplo foi o Festival de Woodstock realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969, anunciado como um festival de música, 3 dias de Paz e Música. O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 60 e começo dos 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a espectadores eufóricos. Apesar de tentativas posteriores de rivalizar o festival, o evento provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música e porque não social, era a expressão de uma geração, talvez fantasiosa, mas uma expressão.[3]

Na década de 80 houve um retorno ao individualismo. Nos dias atuais cada vez mais vemos esse individualismo o mundo, até mesmo a fechada China se abriu ao capitalismo. Esse modo de vida traz coisas boas, porém com o aumento da sede pelo materialismo estamos cada vez mais aterrorizados pelos presentes casos de violência urbana em nosso país. Como o caso do menino João Hélio que foi arrastado até a morte nas ruas do Rio de Janeiro.

Um menino de seis anos morreu ao ser arrastado durante quatro quilômetros, depois do carro em que estava ter sido assaltado por volta das 21h30, desta quarta-feira (7), no bairro Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio.Segundo policiais militares, o menor João Hélio Fernandes e a mãe dele passavam de carro pela rua João Vicente próximo à Praça Patriarca quando foram abordados por três criminosos armados.A mãe foi retirada do veículo e, ao tentar soltar o cinto de segurança do filho, foi surpreendida pelos ladrões, que assumiram a direção e partiram em disparada. O menino de seis anos, sentado no banco de trás, foi arrastado por cerca de quatro quilômetros.Policiais contaram que JoãoHélioficoupendurado durante 15 minutos, sendo arrastado pelas ruas dos bairros de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura. Segundo testemunhas, moradores gritavam desesperados ao verem o menino ser arrastado. Os criminosos fugiram pela escadaria da estação de trem de Cascadura,apósabandonaremocarronaRuaCaiari.Acriançamorreupendurada.(http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL4672-5606,00.html)

Mas porque falarmos aqui de violência urbana? Os casos de bullying que hoje passam por muitos como algo normal e que há muitos anos já acontecia, pode ter uma conseqüência avassaladora do que diz respeito à violência. Pesquisa[4]realizada pelo psicólogo norueguês Dan Olweus acompanhou jovens entre 12 e 16 anos autores de bullying. Ele concluiu que 60% dos adolescentes agressores haviam sido penalizados com pelo menos uma condenação legal antes dos 24 anos de idade. Como percebemos, a questão do bullying não é tão normal como pode parecer. A delinqüência juvenil pode ser reflexo de experiências de bullying. A criminologia estuda esse fenômeno e é preciso diagnosticar, prevenir e controlar como alerta o Prof. Lélio Braga Calhau:[5]

A criminologia é a ciência que estuda o fenômeno criminal e em resumo, busca o seu diagnostico, prevenção e controle. Para tanto, ela utiliza uma abordagem interdisciplinar e se vale do conhecimento específico de outros setores, como sociologia, psicologia, psicologia, psiquiatria, etc, para lançar um novo foco, com busca de uma visão integrada sobre o fenômeno criminal." (Prof. Lélio Braga Calhau, promotor da Justiça do Ministério Público do Estado de Minas gerais).

Essa violência pode ter como raiz o individualismo. O mundo cada vez mais está "descartável", a cultura da imagem ou do modo americano de ser, faz com que pessoas sofram e façam de tudo para viver nesse estilo de vida ilusório e quando não conseguem, podem chegar a fazer coisas horríveis e criminosas. As relações estão fragmentadas, há uma falta de convivência, os pais trabalham horas para dar uma vida e estudo melhor aos filhos, é difícil uma família se reunir para o almoço e até mesmo para o jantar, a correria tomou conta de nossas vidas, isso acarreta uma falta de diálogo, entre os pais e filhos. A falta de convivência e de diálogo se reflete nas escolas, os alunos não estão habituados a conversar e sim a competir.

Uma escola deve ser pautada pelas relações, educar cidadãos para serem seres de relações, mas não uma relação de poder e sim uma relação que faça crescer o aluno como um verdadeiro(a), homem e mulher, capaz de respeitar as diferenças. Relação é comunicação, relação é ordenamento, o direcionamento intrínseco, isto é, do próprio ser, em direção a outro ser.

Nas escolas, percebemos a relações que se expressam em grupos. O que define um grupo não é o número, nem pessoas, etnia, religião. O que constitui um grupo é a existência, ou não, de relações entre as pessoas, os membros, os possíveis componentes de um grupo. Comecemos a conferir. Se não há relação nenhuma entre possíveis componentes, jamais se poderá falar em um grupo. Se uma pessoa sai do grupo, pode entrar uma outra, isso porque a relação continua.

É preciso que pais, professores e profissionais trabalhem mais as relações no ambiente escolar e familiar. Enquanto a falta de convivência, de respeito entre os desiguais predominar, o bullying ficará mais forte. Temos que educar os jovens/alunos para outro modo de vida, uma referência diferente das que eles conhecem, que são: a competição e busca pelo poder. Nossos alunos têm que ter referências de valores, que só uma convivência pode trazer. Relações entre pais e filhos, professores e alunos, alunos e profissionais que trabalham no espaço escolar, podem ajudar as vítimas e também os agressores de bullying a perceber que estamos diante de um mundo desumano, que pode ser mudado através de relações saudáveis que buscam edificar uma cultura de paz e solidariedade.

José Datrino[6]chamado Profeta Gentileza, já dizia: "Gentileza gera gentileza". Esse pode ser um grande aliado para se trabalhar as relações nas escolas, essa gentileza passa pelo um comprimento de bom dia ou simplesmente um oi, mostrando que somos diferentes, com dons diferentes, um pode ser um ótimo jogador de futebol, porém nem tão bom em matemática; um excelente aluno de português e ter dificuldade em biologia. É preciso conscientizar nossos alunos que as relações podem ajudá-los. Um pode ajudar o outro no que sabe fazer de melhor.

Capítulo II

Formas e consequências do bullying.

Neste capítulo, iremos abordar o bullying no âmbito escolar, tentando mostrar como essa prática de violência, pode afetar a vida de nossos jovens, em um ambiente que é visto como formador de futuros cidadãos e como essa prática pode afeta-los por muitos anos.

Como já vimos, atualmente estamos diante de uma prática violenta que passou a ser chamada de Bullying que deriva da palavra inglesa bully, que, enquanto substantivo, significa valentão, tirano e, como verbo, brutalizar, tiranizar, amedrontar. É utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully <> ou <> ) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. O desequilíbrio de poder ocorre porque a vítima não consegue se defender das agressões por diversas razões, como: ser de menor estatura, possuir menos força física, estar em minoria, apresentar poucas habilidades para se defender.

Segundo GUARESCHI (2008), o comportamento do bullying pode se classificado como direto ou indireto, sendo que ambos são prejudiciais à vítima.

Direto – Ocorre quando as vítimas são acatadas diretamente, por práticas imediatas, através de apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais ou expressões e gestos que geral mal-estar às vítimas.

Indireto – A forma indireta de bullying ocorre quando as vítimas estão ausentes e os autores criam situações de divisão, discórdia, indiferença, agindo através da fofoca, manipulação de amigos, mentiras, isolamento de alguns difamadores e discriminação, com o propósito de excluir a vitíma de seu grupo social, sendo mais praticado pelas meninas.

2.1 Formas de bullying

O bullying pode se manifestar de quatro formas diferentes: física, verbal, psicológica e como cyberbullying. Essas formas podem se manifestar das mais variadas situações, como:[7]

verbal

Físico e material

Psicológico e moral

Sexual

Virtual (ciberbullying)

Insultar

Bater

Irritar

Abusar

Internet

Xingar

Chutar

Humilhar

Violentar

Via celular

Gozações

Espancar

Excluir

Assediar

Blogs

Apelidos

Empurrar

Isolar

Insinuar

E-mail

Ofender

Ferir

Ignorar

Entre outros

Perfil falso

Piadas, entre outros

Beliscar, entre outros.

Desprezar, entre outros

Animações no youtube, entre outros.

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2.2 Conseqüências psicológicas do bullying.

As formas de bullying podem trazer graves consequências psicológicas e comportamentais aos alunos que sofrem esse tipo de agressão. Esses traumas podem ir além do período escolar, visto que muitos adultos, ainda trazem a consequência de uma vida escolar sofrida com a prática do bullying. Os problemas mais comuns são:[8]

. Sintomas Psicossomáticos - Pessoas que apresentam sintomas físicos como dor de cabeça, cansaço, insônia, dificuldade de concentração, palpitações, alergias, crise de asma, tremores, entre outros.

. Transtorno do Pânico - A pessoa é tomada por um medo e ansiedade, acompanhada de sintomas físicos, como: taquicardia, calafrios, dilatação da pupila.

. Fobia Escolar - O aluno tem um medo intenso de ir à escola, o número de faltas tem um grande aumento. O aluno não consegue ficar no ambiente escolar, devido a lembranças traumáticas.

. Fobia Social – Conhecida também como timidez patológica. A pessoa sente medo de ser o centro das atenções ou ser avaliada negativamente. O indivíduo evita eventos sociais. Para quem sofre de fobia social, apresentar um trabalho ou participar de palestra pode ser um martírio, isso por medo de ser ridicularizado.

.Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) – Quem sofre de TAG, preocupa-se com todas as situações ao seu redor, ela amanhece achando que esqueceu de fazer algo ou não vai dar conta dos seus compromissos. Vivem aceleradas, negativas e constantemente pensam que algo de ruim vai acontecer a ela.

. Depressão – Uma doença que afeta o humor, a saúde. Seus sintomas são: tristeza persistente, ansiedade, sensação de um vazio, sentimento de culpa, a pessoa se sente inútil, desamparo, insônia ou sono excessivo, perda ou aumento de apetite, fadiga, falta de esperança, dificuldade de concentração, um idéia ou tentativa de suicídio. Perda de interesse pelas atividades que lhe causava prazer.

. Anorexia – Quem sofre de anorexia tem um pavor de engordar, mesmo que ela esteja extremamente magra, ainda se acha gorda, acima do peso e fora dos padrões de beleza. Essa doença leva a desnutrição, desidratação.

. Bulimia – Se caracteriza pela ingestão compulsiva de alimentos, muitos calóricos, seguida por um sentimento de culpa, por ter ingerido tais alimentos. Na tentativa de "eliminar" os alimentos ingeridos a pessoa provoca vômitos, utiliza laxante, faz excesso de exercícios físicos e períodos longos de jejum.

. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) – Conhecido popularmente como "manias", caracteriza-se por pensamentos de natureza ruim, causando ansiedade e sofrimento. A pessoa que sofre de TOC, adota comportamentos repetitivos. A pessoa acha que vai adquirir uma doença ao tocar uma maçaneta, objetos ou apertar a mão de alguém. Fica prisioneira desses pensamentos negativos e passa a lavar as mãos várias vezes ao dia. Outra forma de sintoma de TOC, a pessoa checa e verifica infinitas vezes se esqueceu o gás ligado, a porta aberta, as janelas abertas. Guarda e organiza objetos da mesma forma.

. Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) – Pessoas que passaram por experiências traumáticas, como vivenciar a morte de perto, acidentes, seqüestros, catástrofes naturais, entre outros. Quem sofre de TEPT, vê em flashbacks, (como se fosse um filme), lembranças de tudo que aconteceu a ela. Pode levar a depressão.

2.3 Ciberbullying ou "bullying virtual"

Em um mundo onde a tecnologia invadiu o dia a dia da maioria das pessoas, trazendo um conforto e uma melhor condição de vida, é inegável que a tecnologia ajuda e muito no cotidiano. As máquinas de lavar, as microondas, televisão cada vez mais moderna, o celular que a cada dia aparece com uma nova função, a internet que possibilita pessoas a se comunicarem e abrirem seus horizontes, entre outras, são alguns dos aparatos tecnológicos. Alguns desses meios são positivos ao ser humano, porém usados da maneira errada pode ser prejudicial e cruel.

Os agressores de bullying usam dessas tecnologias para disseminar sua violência e como essas tecnologias possibilitam um alcance maior e rápido, se tornando um perigo para o ato de bullying. A esse tipo de bullying é denominado, ciberbullying ou bullying virtual.

Os praticantes de ciberbullying utilizam da internet e meios de comunicação (fixa ou móvel), para agredir suas vítimas. Os efeitos dessas agressões ultrapassam os muros da escola e se prolifera rapidamente. Uma das diferenças dessa forma de bullying é que no modo "tradicional" a vítima tinha como reconhecer seus agressores, porém na forma virtual, os bullies virtuais, se escondem através de apelidos, e chegam a criar perfis falsos, para assim poderem ficar protegidos de uma identificação. Eles utilizam como, por exemplo: Msn, Orkut, Youtube, e-mails, blogs, torpedos, entre outros sites de relacionamento. Através desses meios de comunicação, os bullies virtuais, xingam, difamam, fazem comentários racista e homofóbico, fazem vídeo com fotos da vítima e postam em sites, imprimem e distribuem na escola.

Com tanta possibilidade de agir, sem quase nenhuma restrição, os agressores dessa forma de bullying, fazem sofrer e muito suas vítimas, que por sua vez, vendo seus nomes na rede mundial, ficam com as mãos atadas. A conseqüência psicológica para essas pessoas é enorme e pode atingir, não só as vítimas como as pessoas mais próximas. É sempre bom reiterar que qualquer forma de bullying, afeta não só os que estão envolvidos diretamente, mas os familiares e amigos mais próximos.

2.4 Atores do bullying: Vítima, Agressor e Expectador.

Um dos personagens do bullying é a vítima, pessoas que sofrem perseguições, são alvo dos agressores. Geralmente são alunos que não podem se defender das agressões, com pouca popularidade na escola, que fogem do padrão estabelecido por certos grupos. São alvos de bullying, os alunos com alguma "marca", são gordinhas, magras demais, altas ou baixas demais, usam óculos, deficientes físicos, usam roupa fora da moda, são de raça, credo, condição social ou orientação sexual diferentes. Na escola, os alunos vítimas de bullying podem diminuir no seu rendimento escolar, baixa autoestima e dificuldade de aprendizagem. Fora da escola conseqüências traumáticas podem afetar o aluno, com problemas de relacionamentos. Para se caracterizar o bullying, essas agressões têm que ser repetitivas, no mínimo duas vezes, no período letivo. Muitos alunos que sofrem bullying na escola podem ter medo de dar sua opinião em sala de aula, na hora do intervalo, podem ficar isolados, ou procurar ficar perto de professores e de funcionários, como uma forma de se protegerem dos agressores. Mostram-se tristes, nos jogos e atividades em grupo, sempre são as últimas a serem escolhidas, nos casos mais graves apresentam aranhóis, cortes, ferimentos, roupas rasgadas. Um aluno que é vítima de bullying pode se mostrar agressivo em casa, com os irmãos mais novos, como vingança dos maus tratos recebidos na escola.

Os agressores são alunos que praticam o ato de bullying, eles são os conhecidos bullies (valentão). Podem ser de ambos o sexo, ele pode agir sozinho ou em grupo. Os agressores desde cedo apresentam contrariedade às regras, seu poder é legitimado através da força e violência. O desempenho escolar desses alunos costuma ser deficiente, não por serem intelectualmente inferiores. Muitos dos agressores de bullying trazem a violência vivenciada em lares desestruturados para dentro da escola, quando elas têm sentimento de medo e ou ansiedade, usam a violência como forma de defesa. A falta de afeto pelo outro pode ser um dos motivos da agressão. Os agressores, também sofrem conseqüências futuras de tais atos. Estudos mostram que tais comportamentos, podem acarretar no futuro a condutas delituosas, uso de drogas, porte ilegal de armas.

Quando falamos de bullying, logo vem em nossa mente a vítima e o agressor, porém existe outro participante do bullying, que são os expectadores ou testemunhas. São alunos que presenciam as agressões e não tomam nenhuma atitude, não defendem as vítimas, ficam neutras, mesmo que não se juntam aos agressores. Pode-se dividi-los em três grupos:

Os expectadores passivos são os alunos que assistem tudo e assumem uma postura passiva, por medo de ser a próxima vítima. Eles as vezes não concordam com as atitudes dos bully, mas ficam com medo de sair em defesa das vítimas.

Os expectadores ativos são alunos que apesar de não participar ativamente, dão apoio moral aos agressores, incentivando a prática de bullying, dando risadas. As vezes eles articulam os ataques, depois ficam de fora só observando.

Os expectadores neutros são alunos que por uma questão sociocultural (vindo de lares desestruturados ou de comunidades em que a violência faz parte do dia a dia), não demonstram sensibilidade pelas práticas de bullying. Em função do ambiente em que vivem fora da escola, não tem nenhum sentimento, como uma "anestesia emocional".

Mesmo não participando ativamente do bullying os expectadores contribuem para essa prática, se omitindo eles fazem com que esse tipo de violência se prolifere, deixando que essa prática, cada vez mais, tome conta do ambiente escolar.

Outros participantes do bullying.

Como já vimos existem três tipos de personagens envolvidos no processo do bullying: vítima, agressor e expectador. Quando vamos refletir sobre bullying na escola, nosso foco de estudo quase sempre é direcionado para os alunos, porém é comum percebermos a participação de professores na prática do bullying, muitos educadores, por ciúmes, ou apenas por não gostar de certo aluno, incentivam essa forma de violência. Também, aponta-se os queridinhos dos professores, que para alguns alunos têm algumas "regalias", mas em contra-partida, aqueles que não são bem visto pelos professores, podem sofrer com respostas secas, ou simplesmente pela falta de atenção merecida.

Por outro lado, também, alguns professores sofrem bullying na escola ao qual poderíamos denominar como Mobbing[9]Muitos professores sofrem com ameaças de estudantes, e apelidos, muitos não fazem nada, por medo de serem taxados como incompetentes pelos outros colegas de trabalho, por não terem domínio de turma. Os que chegam a reclamar, às vezes não encontram apoio da administração da escola, principalmente em colégios particulares, onde o aluno quase sempre tem razão, isso devido ao pensamento da escola, que se vê como empresa e o aluno como cliente. Uma pesquisa do Sindicado dos Professores do Estado de Minas Gerais (SINPRO-MG), faz com que nos preocupemos com tal situação desses profissionais.

Ontem, docente universitário de Juiz de Fora levou um soco ao flagrar aluno colando As advertências de um professor de biologia de 42 anos contra um estudante de 28 anos, do curso de medicina Veterinária da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), de Juiz de Fora, na Zona da Mata, não foram bem recebidas. Ontem, por volta das 10h, ao ser repreendido por duas vezes após flagrantes consecutivos de cola, o universitário agrediu o professor, com um empurrão e um soco no olho. A violência cometida pelo estudante só não foi ainda mais grave porque o jovem foi contidopelos colegas.O caso não é o único. Embora, normalmente, os relatos de agressões ocorridas em instituições da rede privada sejam pouco divulgados. Uma pesquisa inédita - divulgada ontem pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) - aponta que as escolas tentam esconder a violência contra os trabalhadores. Cinquenta e três por cento dos docentes revelaram já ter sofrido ou presenciado afastamentos e demissões após agressões. O levantamento mostra ainda que 62% dos professores entrevistados já presenciaram ou sofreram agressão verbal e 24% deles, violência física (ver quadro na página). Foram ouvidos 686 educadores, sendo 482 mulheres e 214 homens. Para 514 dos educadores (75%), uma das principais causas da violência no ambiente escolar é a omissão familiar. Os trabalhadores afirmaram que as escolas assumiram o papel da família na educação. Como ato de violência, 583 (85%) dos entrevistados consideraram a forma prepotente dos alunos no trato com os profissionais por se intitularem clientes da instituição.De acordo com a professora Sandra de Fátima Pereira Tosta, da PUC Minas, uma das coordenadoras da pesquisa, a questão da violência na rede de ensino particular aumentou na última década, quando as instituições se transformaram em verdadeiras empresas, onde o professor é um mero prestador de serviço. "A pesquisa serve de embasamento aos professores. Muitos se sentem impotentes para tratar o assunto, já que nos próprios locais onde trabalham eles são persuadidos a se manterem em silêncio. Com isso, acabam desenvolvendoproblemasdesaúde,comoestresseedepressão, explico

(Disponívelem:) Acesso em: 13/09/2010.

Segundo GUARESCHI (2008), podemos adotar os seguintes conceitos, no que se refere ao bullying.

Agressores

Vítimas

Expectadores

Quem são?

São os que aplicam atos de bullying nas vítimas.

São as vítimas do bullying.

Alunos que são obrigados a viver em um ambiente de intimidação ansiedade e medo gerado pelo bullying.

Como identificá-los?

Indivíduos que gostam de ser cercados, admirados e temidos pelos outros alunos; indivíduos que assumem posição de liderança.

Trocam de colégio com freqüência; pouco sociáveis; inseguros; baixa auto-estima, entre outros.

Calam-se com medo de tornarem-se as próximas vítimas; sentem-se inseguros sobre o que fazer e incomodados com a violência.

Comportamentos mais acentuados.

Agredir; ameaçar; apelidar; ignorar; discriminar; dominar; humilhar; intimidar.

Isolar-se; deprimir-se; fugir do contato social; abandonar a escola, entre outros.

Fingir que não sabe; omitir-se; aliar-se aos agressores para não se tornarem vítimas, entre outros.

Capítulo III

A educação como saída.

A prática de bullying já é antiga na escola, porém só há pouco tempo vem sendo objeto de estudo. O atraso em identificar e enfrentar o problema foram significativos. Por aqui, o tema só começou a ser abordado junto à sociedade a partir de 2000, quando Cleo Fante e José Augusto Padra realizaram uma pesquisa séria e bastante abrangente sobre o assunto. Esse trabalho pioneiro resultou em um programa de combate ao bullying denominado "Educar para a Paz", colocado em prática no interior paulista no mesmo ano. No Brasil, as pesquisas e a atenção voltadas ao tema ainda se dão de forma incipiente. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) se dedica a estudar, pesquisar e divulgar o fenômeno bullying, desde 2001.

Em nossa sociedade é cada vez mais preocupante casos de violência urbana, tráfico de drogas, delinqüência juvenil. É preciso conscientizar nossos jovens, ensinando respeito, direitos e deveres, ensinando honestidade, solidariedade, fraternidade. Ensinando liberdade, ensinando o valor, por exemplo, a não seguir o "faço o que eu digo e não o que faço". Mostrando que pela paz não se faz guerra. Ensinando a verdade sobre o passado para salvar o futuro.

Os problemas são muitos, isso é evidente, mas para cada um desses problemas, aparecerem soluções, que percebemos que não resolvem. Do ponto de vista cultural e antropológico, constata-se a perda de alguns referenciais: família, religião, entre outros. É salutar a valorização da subjetividade e liberdade. No entanto, vivemos uma verdadeira inversão de valores. Confunde-se subjetividade com subjetivismo ou individualismo; liberdade com libertinagem; sexualidade com promiscuidade, e por aí segue. Somos engolidos pelo consumismo. Na cultura capitalista, que é a cultura do consumo, os indivíduos tendem a buscar sua identidade e seu reconhecimento através do poder de consumir. As pessoas buscam "ter" de um modo infinito, esquecendo o "ser".

A cabeça tende a pensar a partir do lugar onde os pés pisam. Para pensar sobre esta realidade que nos cerca, e pensar criticamente, é necessário, sem dúvida, certo distanciamento, ou seja, não estar dominado pela realidade acima descrita. Este distanciamento evitará a parcialidade.

Não menos importante, é preciso critérios. E qual é o critério? Pensa-se no critério ético. Sem entrar nos pormenores da definição do que vem a ser ética, basta-nos Aristóteles, primeiro pensador a sistematizar o conceito de ética, que a define como "o estudo da ação humana finalizada para o bem". [10]

Ela tem o papel de investigar os valores e as normas, investigá-los e depurá-los para que possam inspirar e guiar da melhor forma possível a vida humana tendo em vista a sua plena realização. Portanto, a ética é a parte da filosofia que busca refletir sobre o comportamento humano sob o ponto de vista das noções de bem e de mal, de justo e de injusto. A ética dirige, pois, a consciência do homem para aquilo que é bom.

Neste sentido, as reflexões éticas não se restringem apenas à busca do conhecimento teórico sobre os valores humanos, cuja origem e desenvolvimento levantam questões de caráter sociológico, antropológico, religioso, entre outros. A ética tem preocupações práticas, orientando-se pelo desejo de unir o saber ao fazer. É um tema transversal, pois perpassa por todas as dimensões da existência, abrange um largo campo da vida humana, desde a dimensão individual, social, religioso, educacional, entre outras, desdobrando-se em ações políticas, que são os instrumentos pelos quais se constroem a sociedade.

Em qualquer tipo de sociedade, para que ela se reproduza materialmente, isto é, para que sobreviva, é necessário que reproduzam-se as relações econômicas de produção. Mas, como mostraram os primeiros pensadores sociais, se as sociedades e grupos humanos quisessem continuar a se reproduzir socialmente, deveriam pensar em estratégias específicas que passaram a chamar de educação. E a tarefa fundamental dessas práticas, seria como bem mostra, Durkheim[11]adaptar os novos membros às normas, leis, valores tradições, práticas, ideologias, rituais, entre outros, da sociedade em vigor. Com isso, poderia-se garantir a sobrevivência dessa sociedade com uma identidade específica.

No seu livro, "a cabeça bem-feita", Edgar Morin[12]grande pedagogo de nossa contemporaneidade, nos traz uma séria proposta de reformar o ensino para reformar o pensamento. Uma das palavras – chave é a transdiciplinariedade defendida por Edgar. Pois a falta de "relação" entre os diversos conhecimentos, fazem que tenhamos uma sociedade fechada e o "complexo de vida real" totalmente repartido. Por isso, a necessidade de uma cabeça bem-feita que proporcione a organização entre os conhecimentos, facilite o ensino da condição humana, que melhore o modo de vida e traga força para lidar com as incertezas e dar uma justa educação cidadã.

Essa relação entre os conhecimentos, deve ser uma das direções ao combate do bullying na escola. É preciso que profissionais de várias áreas se unam para poder tratar de um modo sério esse mal que esta atingindo nossas escolas, inclusive a violência.

Violência na escola e com a escola.

A onda de violência que atinge escolas no Brasil também é vista em outras partes do mundo. Nos últimos tempos, casos de jovens assassinados em nossas escolas se alternam com notícias de matanças múltiplas em colégios norte-americanos. Não é difícil encontrar nos meios de comunicação notícias de agressões contra professores e se não bastasse, cresce também a crescente destruição do ambiente escolar.

Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso essa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o desrespeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.

Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações, quanto entre pessoas), estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão. O interior das escolas revela a realidade em que vivemos, expressão da  convivência  marcada pela intolerância, desrespeito, pela ausência de diálogo e práticas de dominação e exploração.  Professores, pais e estudantes têm sentido que a escola não consegue transformar o que está posto no cotidiano da vida. Está cada vez mais difícil viver a escola em qualquer um de seus segmentos. Há alguns anos, este quadro tem se agravado sem que políticas educacionais sejam conseqüentes à transformação desta realidade, até porque existem para mantê-la. Professores adoecem, estudantes sofrem pressões de todos os lados e escapam como podem, respondem com mais violência quando ameaçados, não vêem formas de superação, diretores desanimam diante de tantos problemas e os pais não sabem mais a quem recorrer.

Neste quadro, várias pessoas, profissionais, educadores, pais e estudantes, buscam uma solução. Com uma preocupação evidente de todos os agentes educacionais na busca de situações para "vencer" a violência dentro da escola, é preciso que este assunto seja tratado com a prioridade e importância que ele merece.

Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Faz se necessário que as situações que dizem respeito a questões internas, sejam tratadas nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promovendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho, nem os jovens em seu aprendizado. Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessários tempo e instalações, especialmente previstos para o convívio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coletivamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fera.

A escola precisa em primeiro lugar reconhecer a existência do bullying em seu interior, capacitar os professores, funcionários, para identificação desse fenômeno. O que percebemos atualmente em nossas escolas é que muitos de nossos educadores nem se quer sabem o que significa bullying, talvez por falta de informação, ou desinteresse pessoal sobre o assunto. Porém como formadores de opinião, não podemos aceitar tal posição de profissionais que irão orientar os futuros cidadãos brasileiros.

É necessária uma parceria da escola com outras instituições públicas, como: Conselhos Tutelares, Delegacias da Criança e do Adolescente, Varas da infância e Juventude, entre outras. Não podemos esquecer da família, que promove uma educação informal, diferente daquela formal oferecida pela escola. É na família que o jovem vai aprender e vivenciar os valores. Uma família desestruturada pode produzir um jovem revoltado, uma família que prega e cultiva a violência e a busca pelo poder, só vai ajudar a formar um jovem violento.

A educação como saída, só é possível com uma parceria entre escola e outras instituições, tentando conscientizar nossos jovens sobre o fenômeno bullying, suas características, conseqüências, tipos. Através dessa conscientização, estaremos ajudando nossos alunos a interiorizar valores humanos, aprender a aceitar as diferenças e a caminharem para um bem comum.

Os programas antibullyng , como o "Educar para a Paz", pode ajudar os jovens a desenvolverem uma cidadania voltada para a Paz. Combatendo de forma séria o bullying, fazendo com que diminua o sofrimento de muitos jovens e pais.

3.1 Alguns casos de bullying.

Quando abordamos algum fenômeno, como o bullying, podemos achar que o mesmo se reduz a algo teórico ou corriqueiro, ouvimos opiniões variadas, como: isso sempre existiu; me colocaram apelido na escola e hoje eu estou aqui sem problema nenhum. Sabemos que quem sofre de bullying pode lidar com essa prática de forma diferente, uns canalizam, mas outros sofrem por muitos anos, podendo levar seqüelas para sua vida acadêmica, familiar e profissional. Que o bullying já existe há muitos anos, já é comprovado, mas somente há poucos anos esse fenômeno virou discussão e objeto de estudo de psicólogos, pedagogos, profissionais ligados à justiça, entre outras profissões.

Jovens que hoje são alunos e no futuro podem tornar-se delinqüentes, pessoas com algum problema psicológico, suicídio, isso já virou foco de estudo, como resultado das práticas de bullying. Vamos então, através de casos reais tentar mostrar que o bullying pode destruir a vida dos que sofrem, como também tirar a vida de pessoas que às vezes não tem nada a ver com essa prática. É importante ressaltar que o bullying ocorre em todas as escolas, independente de sua tradição, localização ou poder aquisitivo dos alunos.

Um dos casos mais emblemáticos, com fim trágico, ocorreu nos Estados Unidos, em 1999, no Colégio Columbine High School, em Denver, Colorado. Os estudantes Eric Harris, de 18 anos e Daylan Kebold, de 17, assassinaram 12 estudantes e um professor. Deixaram mais vinte pessoas feridas e se suicidaram, logo após. Vingança seria o motivo de tal ação, por anos de sofrimento no período escolar. A investigação mostrou que eles eram alvos de bullying, como também agressores de outras vítimas. Esse massacre causou discussão sobre bullying na sociedade norte-americana e em 2002 gerou um documentário, premiado "Tiros em Columbine".

O Brasil também já foi "palco" de tragédias relacionadas a casos de bullying, dentre eles destacam-se:

A cidade de Remanso, norte da Bahia, no ano de 2004, foi marcada por um caso trágico envolvendo atos de bullying. Após várias humilhações e depois de receber baldes de lama sobre a cabeça, um rapaz de 17 anos, matou duas pessoas e feriu mais três. O rapaz tentou suicídio, mas foi impedido e desarmado.

Em janeiro de 2003, a cidade de Taiuva, no interior de São Paulo, também foi palco de um caso trágico. O jovem Edimar de Freitas, de 18 anos, entrou armado na escola em que tinha estudado e concluído o ensino médio. Atirou contra cinqüenta pessoas que estavam no pátio, feriu oito e se matou em seguida. Segundo a investigação policial, o ato foi motivado pelos constantes apelidos e humilhações que Edimar sofreu, como: Obeso. Ex-colegas do jovem relataram que ele prometia vingança, falando que todos iriam se arrepender[13]

Quando nos deparamos com casos semelhantes, questionamos o porquê de se matar pessoas inocentes, como vingança aos maus tratos dos agressores. Isso ocorre porque a vítima de bullying quer se vingar de todo ambiente escolar, por anos de sofrimento e a impossibilidade de fazer alguma coisa, ele mata quem estiver em sua frente, como forma de vingança da escola, do ambiente que a fez sofrer por anos.

Casos de tragédias como o que acabamos de relatar acontecem no mundo todo e pode tirar vidas de jovens que poderiam ter um futuro promissor. Contudo, existe também o outro lado, pessoas que sofreram bullying, superaram e deram a volta por cima. Exemplos disso são:

O nadador norte-americado Michel Phelps, que com 23 anos de idade conquistou oito medalhas na Olimpíadas de Pequim, em 2008, e é considerado um maiores atletas de todos os tempos.

Phelps foi criado por sua mãe Deebie, devido ao divórcio dos pais. Na sétima série ele foi diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e necessitou usar medicamentos.Os professores reclamavam de seu comportamento e uma professora chegou a dizer que jamais seria bem sucedido, porque não era capaz de se concentrar.

Esses episódios fizeram que ele sofresse bullying por muitos anos, ele era humilhado por ser alto e magro. Outra situação ocorreu quando ele tinha 11 anos, durante uma competição de natação, alguns meninos tentaram colocar sua cabeça na privada, Michel conseguiu escapar. "A raiva formou-se em meu interior e embora não tivesse comentado com ninguém, usaria essa raiva como motivação, em especial, na piscina", descreve Phelps em "Sem Limites", seu livro autobiográfico.

O menino que era alvo de bullying, chamado de magro, alto demais, desengonçado, zoado, hoje é o maior fenômeno mundial da natação e arrasta fãs por muitos lugares.

Outra pessoa famosa que sofreu bullying e superou e hoje é bem sucedido, é o ator Tom Cruise.

Cruise, de origem católica e muito pobre, teve um pai muito rígido. Seus pais se divorciaram e sua mãe Mary lutou muito para criá-lo. Em 12 anos, Tom Cruise estudou em 15 escolas diferentes e nesse período passou por muitos obstáculos. Cruise foi diagnosticado com dislexia aos 7 anos, por uma psiquiatra da escola.

Tom foi considerado baixo para sua idade e disléxico, sendo alvo de ataques de bullying. Por muitas vezes, foi empurrado e intimidado por alunos maiores que ele, o que fazia seu coração disparar e também senti vontade de vomitar. "Eu não tinha amigos mais próximos, alguém com quem pudesse me abrir e em quem pudesse confiar. Eu era sempre uma criança recém-chegada, com o sapato errado, com o sotaque errado", declarou à revista Parade, em setembro de 2006.

Tom Cruise resolveu ser Padre, na adolescência freqüentou o mosteiro franciscano, em Cincinnati, onde permaneceu por mais de um ano. Após esse período foi para Nova Jersey, onde iniciou os estudos de interpretação e descobriu o seu grande talento. Ser ator era sua vocação. Hoje em dia, Cruise é sinônimo de sucesso de bilheteria.[14]

3.2 O papel da educação

A educação tem um papel primordial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É através da educação que iremos ajudar a formar cidadãos com uma consciência voltada para uma vivência em sociedade cada vez mais respeitosa.

Mas seria a adaptação e o ajustamento das pessoas à sociedade vigente a única função da educação? Que tipo de ser humano e que tipo de sociedade estão pressupostos em tal teoria? Argumentamos aqui que a educação pode e deve ter também como tarefa a formação de seres humanos conscientes, livres e responsáveis. E mais: que a educação deve também perguntar pelo tipo de sociedade que se quer construir, sobre a questão dos valores e da sociedade que queremos.

Nossa preocupação aqui é fazer um exame crítico das práticas usadas nas escolas e instituições educativas, para evidenciar que, por detrás dessas práticas estão implícitas relações de dominação, até mesmo de violência, que configuram algo semelhante ao que se passou a denominar de bullying. A educação tem um papel importante na conscientização dos alunos e todo o ambiente escolar sobre o fenômeno denominado bullying fazendo com que pessoas mais conscientes possam tornarem-se no futuro cidadãos compromissados com a cidadania, o respeito pela diferente e a construção de uma sociedade cada vez mais igualitária.

3.3 Cartilha sobre bullying do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Sabendo da importância que a educação tem na conscientização dos indivíduos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou no dia 20/10/2010 (quarta-feira), uma cartilha[15]para ajudar pais e educadores a prevenir o problema do bullying nas suas comunidades e escolas. Cerca de 46 mil cartilhas serão encaminhadas a tribunais, Ministério da Educação e secretarias estaduais de ensino. O material foi apresentado em seminário do Projeto Justiça na Escola, que aconteceu na Escola de Magistratura Federal (ESMAF), no mesmo dia 20/10 em Brasília. 

A autoria da publicação é da médica psiquiatra, Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, que também escreveu o livro "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas" sobre o mesmo tema, que prejudica a vida social de milhares de crianças e adolescentes no mundo todo. Considerado como formas de violência física ou psicológica contra pessoa incapaz de se defender. O bullying também foi tema de palestras e debates que começaram às 10h30 e tiveram a presença da médica psiquiatra Suely Marcondes e do professor José Afonso Mazzon.

Para a médica Ana Beatriz, a exposição dos envolvidos nesse tipo de conflito pode causar mais prejuízos do que os causados pelo bullying. Ela defende a criação de estruturas de conciliação nas escolas com profissionais especializados. A cartilha é uma das iniciativas do Projeto Justiça nas Escolas, que visa aproximar o Judiciário das instituições de ensino no combate e na prevenção de problemas que afetam os alunos.

A abertura do seminário ocorreu às 9h, com a presença do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, da Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, do conselheiro Felipe Locke e do desenhista Maurício de Sousa.

Ao longo do dia, o seminário promoveu palestras e debates entre estudiosos, magistrados especialistas, representantes do governo Federal e da sociedade civil, além de conselheiros e membros do CNJ sobre problemas da infância e da adolescência, como o bullying, o uso de drogas e a violência nas escolas e a justiça restaurativa.

Também no Rio de Janeiro no dia 29/10 sexta-feira, especialistas, educadores e integrantes do Judiciário se reuniram em seminário para discutir o tema. Organizado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), o encontro integrou o Projeto Justiça nas Escolas.

Iniciativa - O objetivo do Projeto Justiça na Escola, do CNJ, é aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e na prevenção dos problemas que afetam crianças e adolescentes. Durante toda a semana, foram promovidos debates sobre temas como combate às drogas, bullying, violência nas escolas, evasão escolar, entre outros, com a participação de juízes, professores, educadores, psicólogos, alunos, pais, entre outros. A idéia é fomentar o trabalho conjunto entre a Justiça e as instituições de ensino no tratamento desses temas. [16]

Considerações Finais

Depois de refletirmos sobre o fenômeno bullying na escola chegamos ao final de nosso trabalho. Querer encontrar uma solução definitiva para este tipo de violência é ser muito ousado. Uma resposta exata e imediata não solucionará o problema do bullying no ambiente escolar, devemos tratar esse tema com muita seriedade. É um tema que desencadeia outros temas, que provoca reflexões e até mesmo divergências. É sem dúvida um fenômeno carregado de sentido para a nossa vida.

Em nosso estudo analisamos o bullying em suas diferentes formas, dedicando-se a entender esse tipo de violência que acontece todos os dias em nossas escolas, fazendo com que nossos alunos sofram com um ambiente escolar cheio de separações e falta de respeito às diferenças.

Pais, educadores e a sociedade precisam entender que o bullying não é simplesmente um acontecimento que há anos acontece, sendo visto como normal. Sabemos que há muitos anos esse problema já está presente na vida dos estudantes, porém é na contemporaneidade que estamos evidenciando suas conseqüências, onde, pessoas estão sofrendo de doenças psíquicas, se matando e matando outros seres humanos. É possível combater esse mal mudando as relações e fazendo uma parceria com todos os ramos da sociedade. Pensando nisso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma cartilha que será distribuída nas escolas, visando uma conscientização no ambiente escolar. Essa iniciativa, em conjunto com educadores, ajudará e muito no entendimento do fenômeno bullying e deve servir como modelo para outros setores da sociedade.

A educação, que é vista como um meio de mudança de pensamento e conscientização, pode, no que se refere ao bullying, contribuir e ser uma forma de saída a esse tipo de violência. É verdade que colocar em prática uma mudança de atitude e conversão de coração e de mente é um processo difícil e muitas vezes doloroso, pois exige uma mudança de vida.

Neste trabalho pretendeu-se tornar clara a reflexão sobre o bullying, ampliando cada vez mais o diálogo sobre esse tema ainda pouco discutido nas escolas e na sociedade. Sabemos que o combate ao bullying não é uma tarefa fácil, mas a dedicação de pessoas ajudará a construir uma sociedade mais justa e com cidadãos mais conscientes.

Referências Bibliográficas:

Assédio moral. O que é assédio moral? Disponível em: Acesso em 09/09/2010.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Cartilha sobre bullying. Disponível em: Acesso em 28/10/2010.

CALHAO, Lélio Braga. Bullying: o que você precisa saber: identificação, prevenção e repressão. Niterói: Impetus, 2009.

CANDAU, Vera. O que é Educação em Direitos Humanos? Disponível em: Acesso em 04/09/2010.

CONSTANTINI, A. Bullying: como combatê-lo? São Paulo: Itália Nova Editora, 2004.

Diga não ao Bullying: Comunicão: Novo Serviço prestado pelo Programa Diga Não ao Bullying. Disponível em Acesso em 02/09/2010.

DORON, Roland; PAROT, Françoise (orgs) Dicionário de Psicologia. São Paulo:Ática, 2006. 863p.

FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas a educar para paz. Campinas: Ed. Verus, 2005.

Globo.com. Conheça os sintomas das crianças que estejam sofrendo debullying. Disponível em:

33287823RECONHECA+OS+SINTOMAS+DAS+CRIANCAS+QUE+ESTEJAM+SOFRENDO+DE+BULLYING,00.html > Acesso em 10/10/2010.

GUARESCHI, Pedrinho. Bullying: mais serio do que se imaginava, Michele Reis da Silva ( Coord.). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. 100p.

MENEZEZ, D, "Não ao preconceito". Revista Nova Escola, v. 22, n. 199, jan./fev. 2007.

Observatório da infância: O que todos precisam saber sobre o bullying. Disponível em

19> Acesso em 06/09/2010.

Parade Magazine: Sem Limites: a incansável busca pelo prazer de vencer. 2009> Disponível em:

Cruise_cover> Acesso em 17/09/2010.

SILVA, Ana Beatriz B. Assédio moral: O que é assédio moral? Disponível em: Acesso em 12/09/2010.

SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 188p.

Youtube. Beatblluing: Canal de Beatbullying. Disponível em: Acesso em 09/09/2010

Anexos.

Anexo I

Dicas de livros, filmes, sites, seriados e novelas. BEATRIZ (2010) e GUARESCHI (2008).

Livros recomendados (ver referências completas ao final)

. Bullying: mais serio do que se imagina

( EdiPUCRS, 2008);

. Bullying: mentes perigosas na escola. (Fontanar, 2010);

. Bulliyng: como combatê-lo?(Nova Editora, 2004);

. Bullying e desreipeito: como acabar com essa cultura na escola. (Artmed, 2006);

Fenômeno bulliyng:como prevenir a violência nas escolas a educar para a paz ( Verus, 2005)

. Escola e violência (UNESCO, 2003)

. Abrindo espaços: educação e cultura para a paz (UNESCO, 2004)

. Bulliyng: estratégias de sobrevivência para crianças e adultos(Artmed,2007);

Filmes

.Bang bang , você morreu

.Meninas malvadas

. Nunca fui beijada

. Odd girl out

. Tiros em Columbie

. Elephant

. De volta para o futuro

. Código de Honra

. De repente 30

. Deixa Ela Entrar

. Evil – Raízes do Mal

. Fita Branca

. Forrest Camp

. Ponte para Terabítia

. Um Grande Garoto

Sites .

www.bullying.com.br

www.diganaoaobullyng.com.br

www.dhnet.org.br

www.observatoriodainfancia.com.br

www.assediomoral.org/site/

www.abrapia.org.br

http://www.beatbulliyng.com.br

http://www.safernet.org.br

htpp://www.youtube.com/anabeatrizbsilva

htpp://www.youtube.com/user/Beatbullying#p/u

Seriado. GUARESCHI (2008)

Everybody hates Chis (2005)

Novela

Malhação (temporada 2010)

Anexo II

Cartilha sobre bullying do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dedicatória.

Dedico este trabalho a minha mãe Maria de Lourdes dos S. Moreira e a meu pai Francisco Moreira Lopes, já falecido, que tanto me ensinaram a respeitar a vida e amar cada pessoa na sua subjetividade.

Agradecimentos.

Agradeço a Deus por tudo que Ele fez em minha vida. A professora Rita de Cássia Cypriano Valladares pela orientação, carinho e disponibilidade. A todo corpo docente do Instituto Santo Tómas de Aquino.

"A todos que são ou foram vítimas de bullying, e também àqueles que não resistiram e ficaram no meio do caminho. A todos vocês, o meu mais profundo respeito, com a certeza de que não estão sozinhos nessa luta".

(Ana Beatriz Barbosa Silva).



Autor:

Fábio dos Santos Moreira

Monografia apresentada ao curso de Filosofia, como exigência parcial, para obtenção do título de licenciado em Filosofia, pelo Instituto Santo Tomás de Aquino, orientadora: Profª Ms. Rita de Cássia Cypriano Valladares.

Orientadora. Rita de Cássia Cypriano Valladares.

ISTA - INSTITUTO SANTO TOMÁS DE AQUINO

CENTRO DE ESTUDOS FILOSÓFICOS E TEOLÓGICOS DOS RELIGIOSOS. Belo Horizonte 2010.

Monografias.com


[1] A esse respeito, consultar: Fonte BEATRIZ (2010, Pág. 112)

[2] A esse respeito consultar fonte: DORON, Roland; PAROT, Françoise (Orgs.). Dicionário de Psicologia. São Paulo: Ática, 2006. 863 p.

[3] Disponível em< http://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Woodstock> Acesso em: 07/09/2010

[4] A esse respeito, consultar: Fonte SILVA (2010)

[5] Fonte: SILVA (2010)

[6] José Datrino, chamado Profeta Gentileza, tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto no Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e longa barba.

[7] A esse respeito, consultar: GUARESCHI (2008) e SILVA (2010).

[8] A esse respeito, consultar: Fonte: SILVA (2010).

[9] Mobbing: Assédio moral, abuso de poder ocorrido no ambiente de trabalho.

[10] PEGORARO (1995).

[11] émile Durkheim, nasceu em 15 de abril de 1858, em Paris e faleceu em 15 de novembro de 1917, é considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica.

[12] MORIN (2003).

[13] Disponível em: < www.g1.com.br> Acesso em 28 de janeiro de 2003 a 22 de abril de 2007. A esse respeito, consultar também: SILVA (2010).

[14] Fonte: SILVA (2010).

[15] Disponível em: Acesso em 30/10/2010. Ver em anexo.

[16] Disponível em: Acesso em 30/10/2010 e Acesso em 30/10/2010.



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