Ética do discurso e IURD: as estratégias de persuasão para a "conversão"



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Ética do discurso na perspectiva de habermas
  4. Consolidação e expansão da IURD e a persuasão para a "conversão"
  5. A ética do discurso e IURD
  6. Referências bibliográficas

RESUMO

Este trabalho pretende analisar as características discursivas de persuasão presentes no discurso da Igreja Universal do Reino de Deus e a relação existente entre esse discurso e o crescimento do número de conversões à esta nova organização "religiosa". identificar aspectos religioso-socio-culturais que faz do Brasil um campo fértil para o crescimento das igrejas neopentecostais e especificamente a IURD, analisar a natureza, ideologia e características multiformes da ideologia iurdiana a partir da ética do discurso, apresentar as estratégias persuasivas e o marketing religioso da IURD.

Segundo Campos (1997) nos anos 1960 acreditava-se na inevitabilidade do processo de secularização, no fim da religião, e que na vida urbana e industrial não haveria espaço para a religião, templos e catedrais. No entanto, a IURD, desde sua organização em 1977, vem crescendo, mas nos últimos anos tem-se expandido de forma impressionante, tanto no Brasil como no exterior, por meio de um discurso que tem atraído milhares de fiéis em vários países, especialmente no Brasil, onde existem mais 1 milhão de fiéis.

O discurso religioso é foco de vários estudos em diversas áreas do conhecimento, em virtude de sua complexidade, implicações diversas e por causa de sua presença marcante na sociedade. Nesta perspectiva, o discurso religioso da IURD está ligado à cultura pluralista da pós-modernidade que possui como características principais, o consumismo e pragmatismo, e a análise desse discurso é importante para se perceber a capacidade humana de adaptar a religião às mudanças da sociedade. E considerando que a prática da manipulação está presente em vários segmentos, inclusive o religioso, identificar as características, elementos, técnicas e estratégias persuasivas de manipulação no discurso é uma necessidade, como meio de preservação da própria liberdade defendida pela ética do discurso.

INTRODUÇAO

Na pós-modernidade, ética e valores morais são virtudes subordinadas aos interesses econômicos. Desta forma, a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) encontra em perfeita harmonia com a orientação do capitalismo atual, pois existe uma supervalorização dos resultados em detrimento dos meios empregados para alcançá-los, o que define esse tipo de discurso e ideologia como prejudiciais à sociedade. O discurso da IURD tem alcançado milhares de pessoas que persuadidas entregam seus bens com a esperança de alcançar maiores benefícios materiais, e isto levanta discussões sobre as implicações éticas e morais de manipulação religiosa no discurso da IURD.

Na tentativa de entender os fatores que colaboraram para a propagação do discurso religioso da Iurd, e a sua consolidação, serão analisados os meios estratégicos utilizados para alcançá-los, com o uso da mídia, marketing e propagandas.

Parte-se do presssuposto que o uso da tecnologia foi essencial na propagação do discurso "Iurdiano". Por usar da tecnologia, em apenas 30 anos a Iurd tem crescido como um império multinacional, este sucesso é notório nas 40 catedrais luxuosas, 4.700 templos, mais de 10 mil pastores só no Brasil, TV Record, Editora, Gravadora, Jornal Folha Universal, Rede de rádios Aleluia, senadores, deputados e milhões de dólares mensais arrecadados nos cultos.

Como resultado desse sucesso, a IURD tem sido apresentada na mídia como exemplo de exploração comercial da fé e manipulação no discurso religioso. Diante disso, "o discurso da IURD e suas estratégias de persuasão para conversão" é um tema relevante, em virtude de suas implicações sociais refletidas nas esferas religiosa, política e econômica.

Pretende-se nesta pesquisa analisar as características discursivas de persuasão presentes no discurso da IURD, e a relação existente entre o discurso e o crescimento do número de conversões a esta organização religiosa.

Segundo Campos (1997), nos anos 1960 acreditava-se na inevitabilidade do processo de secularização, no fim da religião, e que na vida urbana e industrial não haveria espaço para a religião, templos e catedrais. No entanto, a IURD, desde sua organização em 1977, vem crescendo e expandindo de forma impressionante, tanto no Brasil como no exterior.

Tendo em vista o evidente sucesso da IURD, faz-se necessário analisar as características sócio-culturais que fizeram do Brasil um ambiente propício para a consolidação e expansão desse novo fenômeno religioso.


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