Febre amarela e o risco da reurbanização



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Objetivos
  4. Revisão literaria
  5. Considerações finais
  6. Referências bibliograficas

RESUMO

A febre amarela é uma doença infecciosa, não contagiosa que é causada por um arbovirus em ciclos urbanos e silvestres, são transmitidas ao homem pelos mosquitos dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes . Apenas 10% dos casos evoluem para o tipo mais grave e destes a taxa de mortalidade pode chegar a 50%. Na América não ha relatos a anos de casos urbanos de febre amarela, porém têm sido reportados alguns casos graves na África. O tipo silvestre predomina no continente americano nos seguintes países: Peru (51,5 %), Bolívia (20,1 %) e Brasil com (18,7 %). A prevenção através da vacinação e o controle do vetor, é a única forma de erradicação da doença e por isso a Organização mundial de saúde recomenda que todas as pessoas que residem em áreas de risco ou que vão viajar para estas áreas devem ser vacinadas. A febre amarela é de difícil diagnóstico por ter sintomas comuns a outras patologias, contudo existem métodos laboratoriais pára a detecção específica desta doença.

1-INTRODUÇAO

A febre amarela e uma doença infecciosa não contagiosa, transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes e Haemogogus. O vírus da febre amarela pertence ao gênero flavivirus da família flaviviridae sendo o principal desta família. A doença ocorre sobre duas modalidades epidemiológicas: o ciclo de transmissão urbana simples, do tipo homem-mosquito e o tipo de transmissão silvestre complexo, onde várias espécies do mosquito Aedes são responsáveis pela transmissão (VASCONCELOS, 2002).

Existem várias espécies de mosquitos que transmitem esta doença, dentre elas destaca-se o Aedes Aegypti que é o principal transmissor da febre amarela urbana e do dengue no mundo, este mosquito é essencialmente doméstico e nunca excede os 500 metros das habitações; o Aedes Albopictus que além da febre amarela urbana e silvestre, do dengue transmite também a encefalite de São Luiz nos países asiáticos e por fim o Haemogogus Capricornii, uma espécie muito importante na transmissão de febre amarela silvestre que vive nas copas das árvores (NEVES, 2005).

A sintomatologia varia de acordo com os tipos e formas da doença. Na forma leve o que se observa é uma febre branda , cefaléia, astenia, indisposição e tontura, enquanto na forma moderada ocorrem febre e cefaléia de início súbito, náuseas com ou sem vômito, mialgias e artralgias. Já nas formas grave e maligna se observa febre elevada, cefaléia intensa, sinal de Faget (bradicardia, acompanhada de febre alta), dores musculares generalizadas, náuseas e vômito, icterícias, albuminúria persistente e hemorragias (VASCONCELOS, 2002).

Hoje o melhor método de prevenção é a vacina, que se trata de um vírus atenuado da Cepa 17 DD. Apesar de já terem sido relatados casos de morte após a vacinação (de 5 a 10 dias), estas mortes estariam associadas a pessoas imunodeprimidas. Sabe-se que há estudos para aprimoramento da vacina contra a febre amarílica e que avanços já foram alcançados (BENCHIMOL, 2001).

De acordo com estudos realizados após surto, foi evidenciado que 90% da população apresentam anticorpos recém adquiridos, o que demonstra que algumas infecções passam despercebidas, por isso torna-se difícil diagnosticar as formas leves e moderadas exceto em situações de surto, mas a letalidade observada nos casos mais graves que apresenta quadro exuberante pode chegar a 50% ou mais; contudo, quando se considera todas as formas clinicas, essa taxa não ultrapassa 5% a 10% (URQUIDI, et al, 2004).

Segundo URQUIDI (2004), no Brasil no período de 1980 a 2003, foram confirmados 660 casos, dos quais 337 foi a óbito, uma taxa de letalidade de 51,1%. No último boletim da situação da febre amarela no Brasil de 2007/2008 foram notificados 65 casos suspeitos, dos quais 38 foram confirmados e vinte evoluíram para o óbito, uma taxa de letalidade de 53% outros 23 casos foram descartados e 4 estão sob investigação. Os prováveis locais de infecção dos casos confirmados foram as áreas silvestres de Goiás 55% (21/38), Mato Grosso do Sul 22% (8/38), Distrito Federal 13% (5/38) , Mato Grosso 5% (2/38) e Paraná 5% (2/38) (tabela 1), (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).

A persistência de casos de febre amarela silvestre não causaria preocupação às autoridades sanitárias, se não ocorresse um fato novo, a presença do Aedes aegypti em vários estados brasileiros e em dezenas de cidades, inclusive capitais como Rio e São Paulo. O vetor da forma urbana foi por duas vezes erradicado do país, em 1958 e em 1973. No entanto, a partir de 1976, começaram a ocorrerem sucessivas reinfestações, a partir de países vizinhos da América Latina e mesmo da América do Norte, o que, associado à crônica falta de recursos para combatê-los, permitiu a expansão do vetor a extensas áreas do território nacional (LIMA, 2008).


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