Formação e rompimento dos laços afetivos



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. A formação da criança – os laços afetivos
  4. Quando os pais se separam
  5. Consequências para a vida da criança na escola e/ou no meio social em que está inserida
  6. Problemas e transtornos de comportamento decorrentes da deficiência da formação e/ou rompimento dos laços afetivos
  7. A estrutura familiar percebida através da análise do desenho feito pela criança
  8. Considerações finais
  9. Bibliografia

RESUMO:

Esse trabalho tem por objetivo expor as consequências das formações dos vínculos afetivos para a vida de uma criança em desenvolvimento. Baseando-se em pesquisas bibliográficas, autores como Dolto, Dowlby, Campos e, principalmente, Winnicott foram explorados. Segundo Winnicott, os vínculos afetivos que são formados desde o nascimento do bebê são de extrema importância para o desenvolvimento emocional sadio de uma criança e, consequentemente, para que ela se torne um adulto completo e sem problemas. O papel que a mãe desempenha primeiramente com o bebê de maneira insubstituível, o papel da família com um todo, da escola e, por conseguinte, da interação da criança com a sociedade é de fundamental importância para seu crescimento saudável. Entre esses papéis, o de maior grandeza dar-se á com a família estruturada e sem desajustes conflitantes para a criança. De acordo com Dolto, a separação do casal na família constitui o maior eixo de desajuste ao qual a criança reagirá de maneira problemática, acarretando consequências sérias em sua vida futura. Até mesmo o luto teria um papel menor do que o problemático resultado de uma separação; principalmente, se esta não for pacífica. Campos, na sequência, vem colaborar na teoria de análise do desenho onde é possível investigar e reconhecer os retratos da família na expressão que a criança cria com a folha em branco, expressão esta reveladora e conclusiva em muitos casos de investigação de transtornos de aprendizagem e personalidade. Nesse sentido, com esse estudo será possível não só observar melhor as condutas dentro de uma família, desde o nascimento da criança, e conduzir de modo mais assertivo o seu desenvolvimento emocional produzindo, desta forma, adultos mais saudáveis em suas emoções, como também solucionar problemas quando os vínculos afetivos sofreram deficiências ou mesmo rupturas em seu desenvolvimento.

PALAVRAS-CHAVE: vínculo afetivo; mãe; família; desenvolvimento emocional; separação; desenho.

Introdução

Esse estudo tem por objetivo estudar como os laços afetivos se formam desde o início da vida do indivíduo; sua construção ao longo dos anos; sua boa formação; deficiências nessa construção e até mesmo as conseqüências de uma ruptura desses laços, principalmente, nos casos de separação dos pais e destruição da estrutura familiar tão necessária à criação dos vínculos afetivos saudáveis.

Nesse estudo será mostrado como são formados os laços afetivos desde antes do nascimento do bebê e quais as consequências que podemos consequentemente, observar na criança maior ou mesmo no adolescente quando esta formação teve um bom embasamento e, portanto, obteve sucesso ou quando negligenciada essa formação, esperamos graves consequências, delinquência juvenil e, até mesmo adultos com sérios problemas de personalidade e transgressão às leis e que acabam desenvolvendo a insanidade mental em casos mais específicos. Outros problemas aparecem já na vida escolar da criança, comprometendo seu desenvolvimento tanto no aspecto emocional, como também no que concerne às dificuldades de aprendizagem, em especial o transtorno de déficit de atenção que contribui muito para o agravamento do referido problema.

Como embasamento teórico dessa pesquisa foi utilizado as teorias de D. W. Winnicott sobre a formação dos laços afetivos na vida da criança, desde o seu nascimento até a fase escolar; a família como principal personagem atuante nessa formação e a vida em sociedade, principalmente na escola onde o papel da criança, dos colegas e do professor não foi esquecido. Freud, antes mesmo de Winnicott, já abordava o tema dos vínculos afetivos, não tão especificamente, mas já tateando esse terreno, uma vez que a estrutura da família e o papel da criança nesse contexto eram diferentes e, portanto, talvez por essa razão, a abordagem não tenha sido tão específica em relação à interação da família com a criança.

Françoise Dolto, mais especificamente, nos fornece materiais quanto ao problema da separação dos pais, inferindo, assim, um desfazimento da estrutura familiar, acarretando graves problemas para a criança principalmente se mal administrado.


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