Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 


Gestão ambiental e sustentabilidade (página 2)

Décio Luiz Meireles Tavares

A Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) cria instrumentos para que o poder público atue sobre essa realidade, definindo responsabilidades e deveres, tornando obrigatória, em todos os Municípios do país, a implantação de planos integrados de gerenciamento dos resíduos da construção civil.

O tema proposto tem por finalidade apresentar uma solução alternativa, através da implantação de uma estação de britagem, para os resíduos da construção civil do Município de Santiago-RS.

1.2 JUSTIFICATIVA

O Município de Santiago começa a apresentar um crescimento contínuo no setor da construção civil, basta caminhar pela cidade para observar os diversos serviços de construções de casas e prédios, além de reformas e demolições, o que é fator importante para definição do tipo de gestão a ser implantado para os resíduos dessas atividades, visando à minimização do desgaste e a degradação ambiental, tanto do aterro sanitário quanto do perímetro urbano. Segundo matéria de Luciano Gonçalves, publicada no jornal "A Folha Santiago"[1], de 1º de julho de 2008, os índices de projetos aprovados pela Prefeitura passaram de uma média de 27 ao mês, em 2007, para 30, no ano de 2008. A gerente substituta da Caixa Econômica Federal, Gládis Tosato, informou que entre os projetos de reforma, construção e materiais de construção, foram concedidos 189 financiamentos no primeiro semestre de 2008.

Os administradores municipais devem levar em consideração que, comparando aos demais resíduos, o RCD apresenta-se em quantidades maiores, e ainda, o setor da construção civil é um grande consumidor dos recursos naturais não-renováveis. A Resolução CONAMA nº 307/02 constitui um avanço, pois disciplina as ações necessárias para minimizar os impactos ambientais, proibindo, inclusive, a disposição dos Resíduos de Construção e Demolição em aterros de resíduos domiciliares. Portanto sua reciclagem pode significar uma série de vantagens, uma delas é o beneficiamento do próprio município através da utilização de agregados em pavimentação; é ambientalmente correta, inteligente e faz-se cada vez mais necessária, diante da escassez de áreas para a disposição de resíduos nos centros urbanos; vai em busca do cumprimento, como diretriz da política de gestão ambiental, do que prescreve a Lei 068/2006 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município, na seção IV, Art 25, item VII.

Em outros termos, a reciclagem dos RCD, além de gerar novos produtos, contribui na melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes, na ampliação da consciência dos problemas relacionados ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

No âmbito geral, o objetivo deste projeto é realizar estudos, visando à implantação de uma estação de britagem, como proposta para o tratamento dos resíduos da construção civil em Santiago-RS.

1.3.2 Objetivos Específicos

Para realização do estabelecido, especificam-se abaixo as etapas a serem executadas:

  • a. Buscar uma destinação adequada para os resíduos de construção e demolição classe A (ABNT NBR 15114/2004);

  • b. Facilitar o descarte correto dos RCD;

  • c. Incentivar a redução, segregação e reciclagem;

  • d. Incentivar parcerias para a captação, reciclagem e reutilização de RCD;

  • e. Construir uma alternativa viável para o aproveitamento do entulho gerado nos canteiros de obras de Santiago-RS;

1.4 METODOLOGIA

O universo deste projeto é a cidade de Santiago-RS, localizada na macrorregião sul do estado; possui uma população, conforme o censo 2000 do IBGE, de 49.932 habitantes, sendo que 44.446 representam a população urbana e 5.486 a rural.

No entanto, pela escassez de dados referentes à parte de processo e investimentos no que se refere a uma estação de britagem de resíduos sólidos da construção civil, realizou-se também uma busca de elementos e dados em outras cidades do Brasil. Essa busca foi realizada em cidades onde já existiam experiências com relação à reciclagem de resíduos da construção. Tais dados serviram de base para a realização do estudo de viabilidade econômica e tecnológica para a situação de Santiago-RS.

A metodologia empregada, para o alcance de todos os objetivos que se propõe neste trabalho, segue os passos de Marques Neto (2005) e está descrita abaixo:

a) pesquisa bibliográfica, para coleta de dados em publicações de literaturas técnicas, além de contatos pessoais, a fim de conhecer e identificar as melhores contribuições técnicas e científicas a respeito dos RCD, bem como sua caracterização, problemas gerados, localização das áreas de disposição, o impacto sobre o meio, normas, leis, decretos, resoluções;

b) serviram como instrumentos basilares a Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA); NBR 15112 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004; e NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004;

c) visita em algumas localidades e à Prefeitura Municipal de Santiago, além de contatos com o Sr. Leandro (Empresa Plano Alto Serviços), para diagnóstico do panorama dos RCD do Município (geração, composição, manejo e disposição final);

d) levantamento estatístico populacional;

e) descrição dos procedimentos para o licenciamento ambiental da área escolhida para a estação de britagem e área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos;

f) escolha do maquinário e equipamento que farão parte da "Estação de Britagem".

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os resíduos da construção civil (RCC) são popularmente denominados entulhos:

Entulho significa caliça, pedregulho, areia, terra, tudo quanto sirva para entupir, aterrar, nivelar depressão de terreno, escavação, fossa, vala, etc.; conjunto de fragmentos ou restos de tijolos, argamassa, madeira, etc.; provenientes da construção de um prédio; materiais inúteis resultantes de demolição; escombros, ruínas (FERREIRA, 1999).

A reciclagem de resíduos da construção e demolição (RCD) é um tema que, atualmente, está sendo abordado com mais frequência, porém, segundo Santos (2007) no império romano já se utilizava tijolos britados ou cacos de telha misturados à cal, areia e água para a realização de construções.

Seguindo, ainda, a idéia do autor supracitado, a utilização dos RCD de maneira sistemática só se deu após o fim da Segunda Guerra Mundial, diante da urgência de reconstruir as cidades demolidas. Com aquelas montanhas de escombros, entre 400 e 600 milhões de m³, conforme cita Santos (2007), viu-se a necessidade do desenvolvimento de tecnologias voltadas para reciclagem dos RCD.

Levy (2002, apud Santos, 2007, p. 52), afirma que "cerca de 85% do entulho da Segunda Grande Guerra havia sido removido e, em 1960, todo entulho proveniente da guerra havia sido reciclado na Alemanha".

Durante a década de 60 podemos observar os primeiros movimentos ambientalistas, motivados pela poluição das águas e do ar nos países industrializados. Foi considerada a década da conscientização (VITTE e GUERRA, 2004).

No ano de 1968 o grupo conhecido como Clube de Roma, composto por empresários, cientistas e intelectuais, reuniu-se para encontrar caminhos para a questão do desenvolvimento econômico. Desse encontro foram publicados, em um livro, os resultados e as propostas (Meadows et. al., 1973), "enfocando os limites do crescimento com base em um crescimento econômico contínuo e em recursos naturais esgotáveis [...]" (VITTE e GUERRA, 2004, p. 142).

A década seguinte foi considerada da "regulamentação e do controle ambiental"; tivemos em 1972 a Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente.

Conforme Vitte e Guerra (2004), nos anos 80 ocorreu uma globalização das preocupações com a conservação do meio ambiente. Podemos destacar: o Protocolo de Montreal (1987); o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Relatório Brundtland, 1987); o Convênio Internacional, em 1989, na Suíça; e a Convenção da Basiléia, em 1989, também na Suíça.

Os autores em citação afirmam que na década de 90 o homem está preparado para internalizar os custos da qualidade de vida em seu orçamento e pagar o preço de manter limpo o ambiente em que vive. Como destaques citaram a Rio-92 e o Protocolo de Kyoto, em 1997.

A "Agenda 21" é um documento resultante das discussões ocorridas na Rio-92, onde nasce um "movimento denominado construção sustentável, que visa o aumento das oportunidades ambientais para as gerações futuras e que consiste em uma estratégia ambiental com visão holística" (SCHENINI et al, 2004, p. 2).

Quadro1 - Resumo dos problemas e desafios da Agenda 21 para a construção civil

Ações e desafios para

o setor de construção

Conteúdo

Gerenciamento e

Organização

Melhorar o projeto de processos;

Melhoria dos padrões ambientais da indústria de construção;

Reengenharia do processo construtivo;

A penetração de novas tecnologias definirá um novo conceito de

edificação;

Melhorar o desempenho de todos os participantes do processo, uso de ferramentas da qualidade, tecnologia da informação;

Promover o treinamento em multitarefas;

Incorporar a sustentabilidade no processo de tomada de decisão;

Educação e treinamento do grupo de atores do setor;

Garantir a completa aceitação do público do conceito de sustentabilidade via projetos demonstrativos e campanhas de informação;

Promover o uso de selos ambientais, certificação e padrões ambientais.

Aspectos de edifícios

e produtos de

construção

Análise do desempenho ambiental das edificações;

Melhoria da qualidade do ar interno das edificações;

Reduzir a quantidade de materiais e energia durante a fabricação dos produtos;

Diminuir as emissões dos produtos;

Reparar e reciclar;

Uso da ferramenta avaliação do ciclo de vida do produto;

Padronização dos métodos para avaliar a qualidade ambiental das

edificações;

Utilizar materiais reciclados ou fabricados com recursos renováveis;

Padronização e modularização de componentes;

Melhorar a logística para a reciclagem de ciclos fechados;

Utilizar a ferramenta de análise de ciclo de vida;

Consumo de recursos

Reduzir a demanda de energia nos processos e durante a vida da edificação;

Uso de novas tecnologias para diminuir energia em novos edifícios e no estoque atual;

Uso de recursos renováveis e materiais reciclados;

Seleção de materiais na fase de construção;

Uso eficiente da terra;

Projetar para longa vida de serviço;

Adaptação/conservação de edifícios existentes.

Impactos da

construção sobre o

desenvolvimento

sustentável urbano

Melhoria da qualidade do ambiente: reduzir os problemas de poluição sonora e do ar;

Gerenciamento de recursos como água, terra, energia e matérias-primas;

Gerenciamento do risco;

Crescimento urbano: fixar o crescimento urbano, uso do conceito de cidades compactas;

Uso de recursos e gerenciamento de resíduos: aplicar o conceito de

metabolismo circular.

Fonte: John (2000)

O século XXI inicia-se com a Rio+10, evento que ocorreu em Johannesburgo, África do Sul, em setembro de 2002, que entre os temas-chaves teve enfoque os "padrões insustentáveis de produção e consumo". E ainda, a Rio+15, ocorrida novamente no Rio de Janeiro e a conferência da ONU sobre mudanças climáticas em Bali, na Indonésia, ambas no ano de 2007.

O atual modelo de consumo, conforme expresso pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA – UNEP (2001, p. 3), "[...] está exercendo pressão no meio ambiente, poluindo a Terra, destruindo ecossistemas e minando estilos de vida". Não podemos esquecer-nos que a demanda de recursos é cada vez maior, mas os recursos são finitos. Pois, como ressalta Locatelli (2000, apud GOMES, 2006, p. 21), "ao contrário dos anseios e necessidades do homem, que podem ser consideradas como ilimitados, os recursos naturais disponíveis não o são". Em consonância ao citado anteriormente, Penna (1999, apud GOMES, 2006, p. 21) ressalta:

Grande parte das questões ambientais e sociais baseia-se no equilíbrio abastecimento versus demanda. Embora não se saiba com precisão os seus limites, o abastecimento (de qualquer coisa) é seguramente limitado, enquanto a demanda pode ser ilimitada. Não há limites intrínsecos à demanda dos seres humanos.

No entendimento de Lima e Chenna (2000, p. 67), mudando paradigmas da sociedade de consumo descartável, "devemos reciclar, sim, pois isso constituirá numa nova atitude política e social em benefício do homem".

Ângulo et al. (2001, apud Santos, 2007, p. 50) destaca que "no Brasil a legislação sobre os RCD ainda é pouco expressiva se comparada as vigentes em outros países", mas, ainda assim, podemos destacar como um grande passo a Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002, do CONAMA, que atribui responsabilidades aos geradores, transportadores e gestores públicos dos RCD, e estabelece critérios e procedimentos para gestão dos resíduos da construção civil.

Para normatizar a disposição correta dos resíduos até a utilização de agregados reciclados de RCD em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural, no ano de 2004, foram publicadas as primeiras normas nacionais relacionadas aos resíduos da construção classe A, segundo a resolução 307 do CONAMA: NBR 15112 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15113 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15115 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – procedimentos; NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.

Embora o gerenciamento e o destino de resíduos estejam se tornando cada vez mais uma preocupação a nível mundial, a geração de resíduos não tem sido tradicionalmente considerada durante a etapa de criação de processos e produtos usados na indústria em geral. Projetos padrões tradicionalmente consideram aspectos como desempenho, segurança, estética e lucratividade, características requeridas e convenientes ao usuário. No entanto, o gerenciamento do resíduo produzido quando o produto atingir o fim de sua vida útil, não é estudado. Dessa forma o problema é transferido para o futuro, criando a filosofia de tentar resolver o problema depois que ele é criado.

Valendo-me da afirmativa de Pinto (1999, apud Neto, 2005, p. 43), "os problemas gerados pelos RCD nas cidades precisam ser reconhecidos e assumidos pelos gestores de limpeza pública e as soluções devem ser duráveis e ambientalmente adequadas".

3 MANEJO E RECICLAGEM DO ENTULHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

 

A prática de gestão de resíduos deve estar inserida adequadamente numa rede de fatores considerando os instrumentos da legislação, os procedimentos técnicos e operacionais, a interrelação entre os diferentes órgãos da administração pública envolvidos, além da participação e o envolvimento da sociedade civil (LIMA e CHENNA, 2000).

A NBR – 12980 classifica a atividade de coleta de entulho como uma "coleta especial", citando o seguinte: "[...] A coleta especial contempla os resíduos não recolhidos pela coleta regular tais como entulho, animais mortos e podas de jardins. Pode ser programada para onde e quando houver resíduos a serem removidos [...]".

3.1 TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos são definidos[2]como:

Resíduos nos estados sólido e semissólido que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos na definição lodos provenientes dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviáveis seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d"água, ou exija para isso soluções técnica e economicamente viáveis, em face da melhor tecnologia disponível.

 

Velloso (1997, apud Lima e Chenna, 2000, p. 23) agrupa os resíduos sólidos urbanos em três grandes grupos, como se segue:

3.1.1 Resíduos Domiciliares e Comerciais

Resíduos sólidos de diversas naturezas, gerados usualmente nas residências e, ou, nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços (exceto aqueles de atenção à saúde). São objeto da coleta pública regular de lixo e constituem-se, principalmente, de materiais orgânicos putrescíveis, particularmente restos de alimentos mal aproveitados.

3.1.2 Resíduos Públicos

Resíduos sólidos urbanos gerados e recolhidos nas vias e logradouros públicos. A geração dessa classe de resíduos ocorre tanto pela ação da natureza, quanto pelas atividades de manutenção, reparo e expansão do pavimento e das redes de instalações públicas.

3.1.3 Resíduos Especiais

São agrupáveis nessa classe genérica resíduos sólidos urbanos de muitas distintas naturezas, mas que por suas características qualitativa e, ou, quantitativa exigem um manejo diferenciado tanto no seu recolhimento, quanto em seu transporte, tratamento ou destinação final. Podemos citar como exemplos:

  • os resíduos sólidos contaminados, ou potencialmente contaminados, das unidades de atenção à saúde;

  • o entulho da construção civil, que seja resultante de desperdícios na execução de obras, quer da execução de reformas ou da demolição de edificações "antigas";

  • objetos volumosos, tais como móveis e grandes eletrodomésticos danificados, pneus, galhos, e, ou troncos de árvores podadas ou tombadas, etc.;

  • resíduos de exumação periódica de túmulos simples em cemitérios públicos;

  • carcaças de animais mortos na zona urbana, quer em espaços públicos, quer em áreas privadas.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Os resíduos da construção civil são classificados, para os efeitos da ABNT NBR 15114:2004 e em conformidade com a Resolução CONAMA nº 307, de acordo com o item 3.2.1 a 3.2.4.

3.2.1 Classe A

Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.

3.2.2 Classe B

Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

3.2.3 Classe C

Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.

3.2.4 Classe D

São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto[3]ou outros produtos nocivos à saúde.

3.3 A RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

O Brasil possui algumas experiências com usinas de reciclagem de RCD. Em novembro de 1991, foi inaugurada a primeira usina de reciclagem de entulho do Hemisfério Sul, localizada no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo: a Usina de Reciclagem de Entulho de Itatinga. Possui também as usinas de Santo André, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Londrina, com bons resultados (NETO, 2005).

O Projeto Entulho Bom, desenvolvido pela Universidade Federal da Bahia em parceria com a Caixa Econômica Federal, que teve como criador e coordenador o Prof. José Clodoaldo Silva Cassa (1946 – 1999), foi premiado pela ONU, no ano de 2000, como uma das 100 MELHORES PRÁTICAS para melhoria da qualidade de vida e pela Caixa Econômica Federal como uma das 10 MELHORES PRÁTICAS para o desenvolvimento urbano. O foco principal desse projeto é a reciclagem e o reaproveitamento de entulho para materiais de construção, buscando minimizar os impactos socioambientais causados pelo descarte inadequado de resíduos, preservar recursos naturais e melhorar a qualidade de vida na Região Metropolitana de Salvador.

Segundo pesquisa de Neto (2005), temos, também, em Belo Horizonte-MG a usina de reciclagem de RCD do bairro de Estoril, que processa cerca de 100 ton/dia de RCD e a usina do bairro da Pampulha, com reciclagem estimada de 8,8 mil ton/mês de RCD, produzindo cerca de 5.500 m³ de agregados reciclados.

As informações a respeito da geração e destinação de RCD são escassas, segundo dados do Ministério das Cidades, porém, a participação no PIB do setor de atividade da qual se originam, é significativa. No Brasil, no ano de 2002, correspondeu a cerca de 8% PIB (CBIC 2003). Essa grande massa de resíduos gerenciada de uma forma inadequada degrada a qualidade da vida urbana, sobrecarrega os serviços municipais de limpeza pública e acentua a desigualdade social, já que muitos recursos são desviados para pagar a conta da coleta, transporte e disposição de resíduos depositados irregularmente em áreas públicas.

Podemos observar que, nos anos de 2002 e 2004, foram envidados esforços para amenizar os problemas do mau gerenciamento dos resíduos da construção civil, através de políticas públicas, normas, especificações técnicas e instrumentos econômicos. Construtoras e diversos geradores de resíduos começaram a dar enfoque nos sistemas de gerenciamento em seus canteiros de obras e empreendedores privados abriram novos e rentáveis negócios nas atividades de triagem e reciclagem.

Informações sobre essas iniciativas brasileiras estão apresentadas a seguir.

Quadro 2 – Informações gerais sobre a gestão de RCD em alguns municípios brasileiros.

Município

Plano de Gestão Desenvolvido

Legislação Específica Aprovada

Pontos de Entrega para Pequenos Volumes

Áreas Privadas para Manejo de Grandes Volumes

Áreas Públicas para Manejo de Grandes Volumes

Araraquara/SP

sim

-

sim

-

-

Belo Horizonte/MG

sim

-

sim

sim

sim

Brasília/DF

-

-

-

-

sim

Campinas/SP

-

-

-

-

sim

Curitiba/PR

-

sim

-

-

-

Diadema/SP

sim

sim

sim

-

-

Fortaleza/CE

-

-

-

sim

-

Guarulhos/SP

sim

-

sim

sim

sim

Joinville/SC

sim

sim

-

sim

-

Jundiaí/SP

-

-

-

sim

-

Lages/SC

-

sim

-

-

-

Londrina/PR

-

-

-

-

sim

Maceió/AL

-

-

sim

-

 

Piracicaba/SP

sim

-

sim

-

sim

Ponta Grossa/RS

 

-

-

sim

 

Ribeirão Pires/SP

sim

-

sim

-

sim

Ribeirão Preto/SP

-

-

-

-

sim

Rio de Janeiro/RJ

-

sim

sim

-

-

Salvador/BA

sim

-

sim

-

-

Santo André/SP

-

-

sim

-

-

São Bernardo/SP

-

-

-

sim

-

São Carlos/SP

-

-

sim

-

sim

São Gonçalo/RJ

-

-

-

-

sim

São José do Rio Preto/SP

sim

sim

sim

sim

sim

São José dos Campos/SP

-

-

-

-

sim

São Paulo/SP

sim

sim

sim

sim

-

Socorro/SP

-

-

-

sim

-

Uberlândia/MG

-

-

sim

sim

-

Vinhedo/SP

-

-

-

-

sim

Fonte: Ministério das Cidades - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (Out/2005)[4]

O gráfico apresentado em seguida informa média de resíduos RCD gerada em alguns municípios brasileiros pesquisados.

Gráfico 1- Origem do RCD em algumas cidades brasileiras (% da massa total) [5]

Monografias.com

Fonte: I&T Informações e Técnicas

4 PROPOSTA PARA A DESTINAÇÃO DOS RCD DE SANTIAGO

Neste trabalho pretende-se realizar estudos para a implantação de uma Estação de Britagem, como proposta para a destinação final dos resíduos da construção e demolição de Santiago-RS, levando-se em consideração as características intrínsecas do Município e as diretrizes da Resolução nº 307 do CONAMA.

4.1 ÁREA DE ESTUDO

A cidade de Santiago-RS está localizada na macrorregião sul do estado, apresenta um clima predominante que é o subtropical úmido. Tem como limite ao norte os municípios de Bossoroca (45 Km) e Itacurubi (75 Km), ao sul São Franscisco de Assis (56 Km), Nova Esperança do Sul (36 Km) e Jaguari (47 Km), a leste Jarí (120 Km) e Capão do Cipó (60 Km) e a oeste Unistalda (42 Km). O principal meio de transporte é o rodoviário. Santiago é cortado pela rodovia Federal BR-287, a qual faz ligação com São Borja e Santa Maria, sendo que neste Município a Rodovia Federal dá acesso a Rio Grande. Possui também duas rodovias estaduais: a RS-168, qua faz ligação com Bossoroca e a RS-377 que liga o município a São Francisco de Assis. Santiago também possui a Ferrovia STG-365 que faz ligação com Jaguari, São Borja e Bossoroca, utilizada exclusivamente para transporte de cargas. O município conta também com um aeroporto com campo de pouso para aviões de pequeno e médio porte.

Monografias.com

Figura 1 – Mapa de localização de Santiago[6]

Monografias.com

4.1.1 População do Município

Tabela 1 - Dados populacionais do município de Santiago

 

População residente, sexo e situação do domicílio

Município

Total

Homens

Mulheres

Urbana

Rural

Santiago

52.138

25.312

26.826

45.084

7.054

Fonte: IBGE[7]2004.

Gráfico 2 – Evolução populacional

Monografias.com

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431740#. Acesso em 15 Dez 2008.

4.1.2 Sistema de Resíduos Sólidos

A coleta de resíduos sólidos é realizada pela empresa PRT, que recolhe o lixo urbano domiciliar diariamente na área central e três vezes por semana nos bairros, bem como material formado por sucatas, galhos, folhas, etc., os quais são encaminhados diretamente para reciclagem ou para o aterro. Cerca de 70% do lixo recolhido é enviado para a triagem e, deste, 38% são separados para posterior aproveitamento, através da Prefeitura Municipal que terceirizou o serviço à Cooperativa Comunitária.

4.1.3 Situação dos Resíduos da Construção Civil

A situação do RDC do município foi verificada através de pesquisa de campo onde foram detectadas e visitadas diversas áreas com despejo de entulhos da construção, como consta nas figuras 3 a 8, já que na Prefeitura Municipal de Santiago não havia registros precisos com relação aos resíduos, segundo o Engenheiro Civil Biasi da Secretaria de Obras. Foi observado que ainda não está definida uma política de controle, gerenciamento e definição de locais permitidos para a destinação dos RCD.

Neto (2005 apud Elias, 2006. p. 39) propõe a quantificação do movimento diário dos coletores, através de entrevista in loco e a aplicação de formulários, tendo em vista que pode haver "insegurança dos dados do poder público, em decorrência da não contemplação da maioria das obras realizadas (pequenas edificações em zonas periféricas urbanas, autoconstruções e outros) e da falta do licenciamento da obra, por diversos motivos".

As empresas coletoras exprimem com maior segurança as informações para o cálculo do indicador dos resíduos em construções, reformas, ampliações e demolições.

Tabela 2 – Volume estimado de RCD removido pela empresa coletora.

 

Movimento de cargas

Empresa coletora

Nº caçambas (dia)

Nº caçambas (mês)

Volume médio de caçamba ou caminhão (m³)

Volume removido (m³/mês)

Plano Alto Serviços

4

120

4

480

 

 

 

 

 

Fonte : Leandro[8](2008).

 

 

 

 

A tabela acima nos mostra o movimento de cargas de RCD da Empresa Plano Alto Serviços, a única empresa privada[9]que trabalha no ramo do recolhimento de entulhos na cidade de Santiago, cobrando o valor de R$ 40,00 (quarenta reais) por cada três dias de estacionamento da caçamba.

Monografias.com

Figura 2 – Caminhão poliguindaste da Empresa Plano Alto Serviços

O Sr. Leandro informou que não há qualquer tipo de fiscalização por parte da Prefeitura e, no momento do recolhimento, ele mesmo tenta separar os resíduos de outras classes para a destinação adequada. Os entulhos são repassados para outras pessoas na forma de venda, doações ou diluídos pela cidade.

4.2 ESTAÇÃO DE BRITAGEM

O primeiro passo para a estação de britagem é a escolha de um local adequado, com tamanho a partir de 3.000m², e a solicitação do seu licenciamento. No quadro abaixo podemos verificar os tamanhos básicos da área demandada para o manejo dos resíduos.

Quadro 3 – Área básica demandada para o manejo dos resíduos

Fase do processo

Capacidade

Área demandada

Triagem geral de resíduos

70 m³/dia

1.100 m²

Triagem geral de resíduos

135 m³/dia

1.400 m²

Triagem geral de resíduos

270 m³/dia

2.300 m²

Triagem geral de resíduos

540 m³/dia

4.800 m²

Reciclagem de RCD classe A

40 m³/dia

3.000 m²

Reciclagem de RCD classe A

80 m³/dia

3.500 m²

Reciclagem de RCD classe A

160 m³/dia

7.500 m²

Reciclagem de RCD classe A

320 m³/dia

9.000 m²

Fonte: I&T Informações e Técnicas[10]

É de suma importância que sejam respeitadas as áreas de preservação permanente (APP). São consideradas APP[11]

As áreas adjacentes aos cursos d"água, cuja largura varia de acordo com a largura do curso d"água, sendo a largura mínima de 30m; as áreas com declives superiores a 45° ou 100% de declividade; as áreas no entorno de nascentes com raio mínimo de 50m e as áreas situadas em altitudes acima de 1800m ao nível do mar. Também são consideradas APP, as áreas cuja delimitação está na Resolução do CONAMA: topos de morros, áreas ao redor de lagoas e lagos naturais e artificiais, dentre outros.

Priorizar a localização da estação de britagem o mais próximo dos grandes focos de geração do material, para otimizar o fluxo de transporte do entulho na área urbana e facilitar a correção de práticas errôneas de deposição verificadas junto aos mesmos locais de maior geração.

Considerando-se que a cidade de Santiago é pequena e tendo o presente estudo como primeira experiência, o local da estação de britagem será em conjunto com a área de transbordo e triagem (ATT), obedecendo ao que prescreve a ABNT NBR 15112 e ABNT NBR 15114.

4.2.1 Procedimentos Propostos para Licenciamento

4.2.1.1. Áreas de Transbordo e Triagem (ATTS)

Seguindo as determinações da NBR 15112 para as condições de implantação, de projeto e de operação:

a) Condições de implantação

São importantes os aspectos referentes ao isolamento (portões, cercamento, anteparo para proteção da vizinhança), à identificação, aos equipamentos de segurança e aos sistemas de proteção ambiental (controles de poeira, ruído, drenagem e revestimento primário da área)

b) Condições para Projeto

São importantes os aspectos relativos às informações cadastrais, memorial descritivo, croqui do empreendimento e relatório fotográfico da área, responsabilidade pelo projeto e, especialmente, os relativos ao "Plano de Controle de Recebimento de Resíduos".

c) Condições de Operação

Importam as questões relativas ao controle do recebimento e expedição de resíduos e as diretrizes estabelecidas para a operação, principalmente em relação a:

  • disponibilização de relatórios mensais com controle qualitativo e quantitativo dos resíduos recebidos e transferidos;

  • presença dos CTR de todas as cargas recebidas e expurgadas;

  • recepção apenas de resíduos da construção civil;

  • triagem integral dos resíduos aceitos;

  • evitar o acúmulo de material não triado;

  • destinação adequada dos resíduos e rejeitos resultantes da triagem;

  • existência de área de espera específica para os resíduos de classificação questionada.

4.2.1.2 Áreas de Reciclagem

Seguindo as determinações da NBR 15114 para as condições de implantação, de projeto e de operação das áreas de reciclagem:

a) Condições de Implantação

São importantes os aspectos referentes à minimização de impactos ambientais e a aceitação da instalação pela população, à adequação à legislação de uso do solo e ainda à hidrografia, vegetação existente e vias de acesso disponíveis. Importam também os aspectos referentes a:

  • isolamento, sinalização e acessos – fechamento de todo o perímetro, portões com controle, preparo de acessos, sinalização para identificação e anteparo para proteção da vizinhança;

  • condições de iluminação e fornecimento de energia;

  • proteção das águas superficiais – previsão de medidas para proteção das águas superficiais e de sistemas de drenagem que impeçam o acesso de águas precipitadas no entorno e o carreamento de material sólido para fora da área de operação.

b) Condições para Projeto

São importantes as informações a serem prestadas no memorial descritivo e no projeto básico:

  • memorial descritivo – aspectos como caracterização do local de implantação, descrição das operações, dos equipamentos a serem utilizados e suas capacidades, equipamentos de segurança, detalhes do "Plano de Operação" e do "Plano de Inspeção e Manutenção";

  • projeto básico – indicação de confrontantes, dispositivos de acesso e drenagem, edificações a construir, do local de recebimento e triagem em conformidade com a NBR 15112, local de armazenamento temporário de resíduos não recicláveis, local de processamento e de armazenamento dos produtos.

c) Condições de Operação

Importam as questões relativas ao recebimento, triagem e processamento de resíduos, controles da poluição ambiental, o treinamento de funcionários e os equipamentos de segurança previstos e os procedimentos estabelecidos para inspeção e manutenção e para registro de operação, principalmente em relação a:

  • recebimento de resíduos – somente podem ser aceitos na área de reciclagem os resíduos da construção civil classe A, incluso o solo;

  • triagem dos resíduos – todos os resíduos recebidos (acompanhados sempre dos CTR) devem ser triados na fonte, em ATTs, ou em área de triagem estabelecida no empreendimento; os resíduos de classe B, C e D e os considerados rejeitos devem ser expurgados da área de reciclagem;

  • controles da poluição ambiental – equipamentos e instalações deverão ser dotados de dispositivos de controle de vibrações, ruídos e emissão de poluentes atmosféricos;

  • treinamento e equipamentos de segurança – orientação para as atividades específicas e procedimentos de segurança, presença de equipamentos de segurança individual, de proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio;

  • "Plano de Inspeção e Manutenção" – controles do sistema de drenagem, da dispersão de material particulado, da emissão de ruídos e vibrações;

  • "Plano de Operação" – controles de origem e quantidade dos resíduos recebidos, discriminação dos procedimentos de triagem, reciclagem e armazenamento, destinação dos resíduos a serem rejeitados, reutilizados, reciclados, controle da qualidade dos produtos gerados.

Quadro 4 – Modelo de CTR

Monografias.com

Fonte: ABNT NBR 15114/2004

4.2.2 Processo e Maquinário da Estação de Britagem

As atividades de classificação e britagem de entulho são operacionalizadas nas Estações de Britagem, compostas por:

  • uma edificação de apoio administrativo;

  • guarita;

  • portão e cercamento da área;

  • áreas para estocagem de material recebido e processado;

  • estrutura para apoio do equipamento britador; e

  • conjunto britador: moinho martelo com capacidade de produção de 3 t/h, alimentador vibratório, correia transportadora, peneira vibratória e eletroimã .

O custo de aquisição dos equipamentos é de aproximadamente R$ 145.000,00 (cento e quarenta e cinco mil reais), conforme orçamento emitido pela Ask Tecnologia Ltda. A equipe de operação pode ser composta por quatro funcionários, sendo um operador de trator, um operador do britador e dois operários.

Todo material a ser reciclado é depositado em área distante dos centros habitacionais em terreno amplo e com capacidade para estocagem de grandes volumes e variados tipos de materiais. Após previamente separados (papeis, madeiras, vidros, ferros) o material resultante passará pelo processo de reciclagem propriamente dito. Rejeitos (pedras, terra, resto de concreto) são levados por caminhão ou pás carregadeiras até um Alimentador Vibratório, que alimentará mecanicamente um Britador de Mandíbulas ou de Impacto, que fará a redução destes materiais a tamanhos compatíveis a sua reutilização. O resultado desta britagem é recolhido por um Transportador de Correia que levará o produto até uma Peneira Vibratória, onde se realizará a separação dos materiais.

4.2.2.1 Alimentador Vibratório

Os alimentadores são equipamentos utilizados para alimentação de britadores primários, retomada de materiais sob silos e pilhas, alimentação com dosagem de rebritadores e moinhos, entre outras (FÁBRICA... – FAÇO, 1985, p.1-01).

O alimentador vibratório é empregado na alimentação de britadores primários e de tranportadores de correia, no transporte de materiais grandes para a alimentação de britadores e na retomada de materiais graúdos. Compõe-se basicamente de uma mesa vibratória revestida com placas de desgaste de aço manganês, grelhas de trilhos com abertura regulável na parte final da mesa para separação prévia de fragmentos menores.

4.2.2.2 Moinho Martelo

É uma máquina de impacto que realiza a britagem através do choque do material contra as paredes fixas e as peças móveis do equipamento.

São construídos em aço manganês ou aço cromo, ou ainda, em liga de ferro branco com alto teor de cromo (MAQBRIT, 2004).

Os moinhos de martelos são projetados para moagem de materiais de baixa abrasividade. São empregados principalmente na moagem de calcários e dolomitas, material cerâmico, refratário, carvão mineral e vegetal e outros materiais pouco abrasivos (FÁBRICA... – FAÇO, 1985, p.3-04).

De acordo com Lima (1999, apud Jadovski, 2005, p. 74), este equipamento é utilizado em conjunto com britador de mandíbula como britador secundário, pois apresenta boca de entrada relativamente pequena e produz alta porcentagem de miúdos. É dotado de grelha na saída, que impede que o material mais grosso saia da câmara de impacto, podendo ser retirada para aproveitar a produção de material de maior granulometria.

4.2.2.3 Peneira Vibratória

As peneiras vibratórias são indicadas para classificação final, processos de lavagem e classificação intermediária. É sempre aconselhável a indicação de peneiras maiores que a área calculada, pois possibilita a mudança de granulometria e também oferece melhor qualidade de separação, importante quando a peneira é utilizada para fechar o circuito (FÁBRICA... – FAÇO, 1985, p.8-09). Na tabela 12 são apresentados dados técnicos referentes a peneiras vibratórias.

Tabela 3: Dados técnicos de peneiras vibratórias

Fabricante

Modelo

Dimensão da

tela (mm)

Número de

decks

Potência (unidade

indicada)

Potência / Capacidade

de Produção (kW.h/m²)

FURLAN

PV-200100

2000 X 960

2

5,0 cv

0,96

PV-300100

3000 X 960

3

7,5 cv

0,64

PV-350120

3500 X 1160

4

12,5 cv

0,57

PV-400150

4000 X 1460

4

20 cv

0,55

PRICEMAQ

25010/4A

2500 x 1000

4

5 hp

0,37

30012/4A

3000 x 1200

4

12,5 hp

0,65

40015/4A

4000 x 1500

4

25 hp

0,78

PIACENTINI

PVA 1030

3000 x 1100

4

7,5 cv

0,42

PVA 1235

3500 x 1200

4

12,5 cv

0,55

PVA 1540

4000 x 1600

4

15,0 cv

0,44

Fonte: Manuais técnicos dos fabricantes

4.2.2.4 Correia Transportadora

As correias transportadoras têm como acessórios: roletes, tambores, acionadores, esticadores e estrutura metálica. O rolete é composto por um conjunto de rolos geralmente cilíndricos e seu suporte. Os rolos são capazes de efetuar livre rotação em torno do seu eixo, e são usados para suportar e/ou guiar a correia transportadora. Os tambores são elementos para transmissão, que podem ser de acionamento (para transmissão do torque), de retorno (servem para o retorno da correia), de dobra (utilizados quando é necessário um desvio no curso da correia), de encosto (para aumentar o ângulo de contato do tambor de acionamento) e esticador. Podem ainda ser classificados em lisos ou revestidos, e serem subdivididos em planos, abaulados e nervurados. A principal função dos esticadores é garantir a tensão conveniente na correia para o seu acionamento, e também absorver as variações no comprimento da correia causadas por mudanças de temperatura, oscilações de carga, tempo de trabalho, etc. (FÁBRICA... – FAÇO, 1985, p.6-02 à 6-12). Na tabela 14 são apresentados dados técnicos referentes às correias transportadoras.

 

Tabela 4: Dados técnicos de correias transportadoras

Fabricante

Modelo

Largura da correia (polegadas)

Capacidade detransporte (m³/h)

Distância de transporte (m)

Potência (CV)

Potência/ Capacidade de Produção (kW.h / ton . m)

FURLAN

TC-16

16

60

10

3

0,0023

25

5

0,0015

40

7,5

0,0014

TC-24

24

140

10

6

0,0020

 

 

25

10

0,0013

 

 

40

15

0,0012

TC-42

42

400

10

15

0,0017

25

25

0,0012

40

40

0,0012

Fonte: Manuais técnicos dos fabricantes

4.2.2.5 Eletroímã

Equipamento utilizado no caminho da correia transportadora, que cria um campo magnético para a retirada de pequenos objetos de metal como pedaços de arame, pregos parafusos e outros.

 

4.3 UTILIZAÇÃO DOS RCD

A forma mais simples de reciclagem de RCD é sua utilização em pavimentos. Utilizam-se diversos tipos de RCD classe A, até mesmo com o solo misturado, desde que nessa mistura o solo não se faça presente em quantidades maiores que 50% do peso da mistura (ZORDAN, 2006). Os resíduos podem ser utilizados, conforme suas características, no reforço do subleito, na sub-base ou no próprio pavimento.

Através da ABNT NBR 15115:2004 foi padronizado o uso de agregado reciclado na execução de camadas de pavimentação, comprovando, assim, a consolidação dessa tecnologia. Segundo Zordan (2006), as principais vantagens da utilização dos resíduos na pavimentação são:

  • a menor utilização de tecnologia e baixo custo operacional;

  • a possibilidade de uso de todos minerais constituintes do entulho;

  • economia de energia de britagem do entulho, por manter a granulometria graúda.

O agregado reciclado também pode ser usado como agregado para concreto não estrutural, conforme normatizado pela ABNT NBR 15116:2004, com as seguintes definições:

Concreto de cimento Portland sem função estrutural com agregado reciclado: material destinado a usos como enchimento, contrapiso, calçadas, e fabricação de artesanatos não estruturais, como blocos de vedação, meio-fio, sarjetas, canaletas, mourões, e placas de muro. Estas utilizações em geral implicam o uso de concretos de classe de resistências C10 e C15 da ABNT NBR8953.

Agregado de resíduo de concreto (ARC): é o agregado reciclado obtido do beneficiamento de resíduo pertencente à classe A, composto na sua fração graúda, de no mínimo de 90% em massa de fragmentos à base de cimento Portland e rochas. Sua composição deve ser determinada conforme anexo A e atender aos requisitos das aplicações específicas.

Agregado de resíduo misto (ARM): é o agregado reciclado obtido do beneficiamento de resíduo Classe A, composto na sua fração graúda com menos de 90% em massa de fragmentos à base de cimento Portland e rochas. Sua composição deve ser determinada conforme anexo A e atender aos requisitos das aplicações específicas.

Temos, ainda, a utilização dos resíduos reciclados de acordo com a tabela abaixo.

Quadro 5 – Usos recomendados para resíduos reciclados.

Produto

Características

Uso recomendado

Areia Reciclada

Material com dimensão máxima característica inferior a 4,8 mm, isento de impurezas, proveniente da reciclagem de concreto e blocos de concreto.

Argamassa de assentamento de alvenaria de vedação, contrapiso, solo-cimento, blocos e tijolos de vedação.

Pedrisco Reciclado

Material com dimensão máxima característica inferior a 6,3 mm, isento de impurezas, proveniente da reciclagem de concreto e blocos de concreto.

Fabricação de artefatos de concreto, como blocos de vedação, pisos intertravados, manilhas de esgoto, entre outros.

Brita Reciclada

Material com dimensão máxima característica inferior a 39 mm, isento de impurezas, proveniente da reciclagem de concreto e blocos de concreto.

Fabricação de concretos não estruturais e obras de drenagem.

Bica corrida

Material proveniente da reciclagem de resíduos da construção civil (blocos de concreto, resto de cerâmicas e etc.), livre de impurezas, com dimensão máxima característica de 63 mm.

Obras de base e sub-base de pavimentação, reforço e subleito de pavimentos, além de regularização de vias não pavimentadas, aterros e nivelamento topográfico de terreno.

Rachão

Material com dimensão máxima característica inferior a 150 mm, isento de impurezas, proveniente da reciclagem de concreto e blocos de concreto.

Obras de pavimentação, drenagem e terraplanagem.

Fonte : TÉCHNE (2006).

Os produtos supracitados, resultado do beneficiamento do RCD (Quadro nº 5), podem, também, ser aplicados na fabricação de artefatos como:

  • meio-fio;

  • briquetes;

  • blocos de concreto;

  • tubulação para drenagem;

  • material para formação de rip-rap, usado para contenção de encostas e recomposição de áreas de erosão; e

  • material para recobrimento de lixos em aterros sanitários.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O descarte indevido de resíduos da construção em locais inadequados provoca impactos ambientais e sociais, além de problemas de limpeza urbana. Muitos municípios brasileiros encaram esses problemas de forma descompromissada. Somado a tudo isso, a falta de verba para a implantação de programas de gerenciamento constitui-se em outro entrave para a tentativa de solução.

Foi verificado, através de contatos com funcionários da Prefeitura Municipal de Santiago, que o tipo de controle e as informações sobre resíduos da construção são imprecisos.

Isto posto, entende-se que uma gestão voltada para a redução, reutilização e reciclagem são importantes para a amenização dos impactos causados pelo crescente e contínuo aumento das quantidades de RCD nas cidades. Seguindo esse raciocínio, a elaboração de diagnóstico da situação dos RCD nos municípios serve como um importante instrumento para ajuda às decisões dos gestores municipais, e ainda, como banco de dados de produção, composição e manejo dos RCD.

Chega-se a conclusão que não basta apenas o município dispor de Estações de Britagem, mas também é preciso a participação da comunidade e daqueles que estão envolvidos na produção e transporte do entulho em geral, pois a diferença entre o sucesso e o fracasso na implementação de uma Estação de Britagem de RCD está no planejamento e na gestão integrada, envolvendo todos os atores de forma a estabelecer responsabilidades e benefícios de forma transparente para cada parte envolvida.

Sugiro que os resíduos reciclados, fruto do produto final da Estação de Britagem, seja utilizado, nessa primeira experiência, como agregado para concreto não estrutural, base e sub-base para pavimentação e como material para recobrimento de lixos em aterros sanitários, pois já são tecnologias consolidadas por legislações específicas.

Como idéia para trabalhos futuros, com vistas a uma gestão sustentável, sugiro um mapeamento de áreas de deposições clandestinas e um estudo mais aprofundado da qualidade do RCD do Município, para servirem de subsídios para o estudo e a elaboração de planos integrados de gerenciamento dos resíduos da construção civil, com base em políticas ambientais e de reciclagem, e em conformidade com a resolução Conama nº 307.

REFERÊNCIAS

ÂNGULO, S.C.; ZORDAN, S. E.; JOHN, V. M. Desenvolvimento sustentável e a reciclagem de resíduos na construção civil. São Paulo. 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004 – Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

________. NBR 12980 – Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos - Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. 6p.

________. NBR 15112 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

________. NBR 15113 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

________. NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

________. NBR 15115 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

________. NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

BOCHICCHIO, Vincenzo Raffaele. Atlas Mundo Atual; ilustrações: Paulo César Pereira. São Paulo: Atual, 2003.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 307, de 05/07/2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Publicação no DOU nº 136,17 de julho de 2002.

________. Resolução nº 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Publicada no DOU nº 158, de 17 de agosto de 2004, Seção 1, página 70.

ELIAS, Hilda Beatriz de Queiroz. Diagnóstico dos resíduos de construção e demolição para elaboração e implantação da Gestão Integrada no município de Patrocínio-MG. Dissertação (Mestrado – Tecnologia Ambiental) RibeirãoPreto, 2006. Disponível em: www.unaerp.br/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=146&Itemid. Acesso em 17 Dez 08.

FÁBRICA DE AÇO PAULISTA – FAÇO. Manual de Britagem, 4. ed. São Paulo, 1985.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio do Século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1999.

GOMES, Daniela Vasconcellos. Revista eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental: Educação para o consumo ético e sustentável. v.16, junho de 2006. ISSN 1517-1256. Disponível em: http://www.remea.furg.br/edicoes/vol16/art01v16.pdf. Acesso em: 27 Jan 08.

JADOVSKI, Iuri. Diretrizes técnicas e econômicas para usinas de reciclagem de resíduos de construção e demolição. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

JOHN, V. M.; Reciclagem de resíduos na construção civil: contribuição à metodologia de pesquisa e desenvolvimento. Tese. 02/2000. p.214. São Paulo. Disponível em: http://www.reciclagem.pcc.usp.br. Acesso 22/11/2008.

LEVY, S. M. Pesquisas e normalizações existentes no país e no exterior. Disponível em: http://www.reciclagem.pcc.usp.br. Acesso em: 12 Out. 2008.

LIMA, Evaldo de Souza; CHENNA, Sinara Inácio Meireles. Reciclagem de Entulho. Viçosa, CPT, 2000. 90 p.

MINISTÉRIO DAS CIDADES – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Panorama dos Resíduos da Construção e Demolição (RCD) no Brasil. Disponível em: http://www.cepam.sp.gov.br/arquivos/sisnama/meio_ambiente_em_temas/panorama_ma.pdf. Acesso em 10 Dez 2008.

NETO, José da Costa Marques. Gestão dos resíduos de construção e demolição no Brasil. São Carlos: RiMA, 2005. 162 p.

PINTO, Tarcísio de Paulo. Gestão Ambiental de resíduos da construção civil: a experiência do SindusCon-SP. São Paulo: SindusCon-SP, 2005.

SANTOS, E. C. G (2007). Aplicação de resíduos de construção e demolição reciclados (RCD-R) em estruturas de solo reforçado. São Carlos. Dissertação (Mestrado Profissional) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. 173 p.

SCHENINI, Pedro Carlos; BAGNATI, Antônio Marius Zuccarelli; CARDOSO, André Coimbra Felix. COBRAC 2004. Gestão de Resíduos da Construção. Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário, UFSC Florianópolis, de 10 a 14 de Outubro 2004. Disponível em: http://geodesia.ufsc.br/Geodesia-online/arquivo/cobrac_2004/092.pdf. Acesso em 12 Out. 2008.

TÉCHNE. Reciclagem: uso de resíduos da construção. Revista Téchne: a revista do engenheiro civil, São Paulo: Editora Pini, n.112, p 32-35, julho de 2006.

VELLOSO, C.H.V., Atuação municipal no campo dos resíduos sólidos, ASSEMAE, in: Curso de Atualização em Saneamento, Belo Horizonte-MG, 1987.

VITTE, Antônio Carlos; GUERRA, Antônio José Teixeira; (Org.). Reflexões sobre a geografia física no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

ZORDAN, S.E. Entulho da indústria da construção civil. Artigo. São Paulo: PCC-EPUSP. Disponível em: http//www.reciclagem.pcc.usp.br. Acesso em 03 Jan 09.

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS:

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola: o que é, como se faz. 12 ed. São Paulo: Loyola, 2002.

LONGARAY, André Andrade et al; BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.

PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico. 1. ed. São Paulo: Respel, 2002.

JÚNIOR, Arlindo Philippi; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet; editores. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, São Paulo: Manole, 2004.

SATO, Michele; CARVALHO, Isabel Cristina Moura e cols. Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005.

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES. Manual de normas técnicas da URI Campus Santiago: trabalhos acadêmicos, projetos de pesquisa, relatórios, monografias, dissertações e teses. Santiago, 2006.

BAUER, L.A. Falcão. Materiais de Construção. Vol.2. 5. ed. Rio de Janeiro: Jc Livros Técnicos e Científicos, 2007.

Monografia apresentada como requisito para obtenção do título de Especialista em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos, pela Pós-graduação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

Orientador: Prof. Dr. Attus Pereira Moreira

 

Dedico à minha Mãe, MINALDA MEIRELES TAVARES, falecida em 13 de março de 2004, na qual sempre me inspirei para a transposição de qualquer obstáculo; e a meu filho e esposa, que nos momentos mais difíceis foram complacentes com muito incentivo e apoio.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos, cada qual na sua esfera de atribuição, que fizeram parte da minha conquista e crescimento pessoal:

  • Prof. Dr. Attus Pereira Moreira (Orientador)

  • Prof. Dr. Claiton Ruviaro

  • Profª. Drª. Karine Delevati Colpo

  • Prof. Dr. Olívio Bochi Brum

  • Prof. Msc. Alberto Senra Gonçalves

  • Prof. Msc. Denírio Itamar Lopes Marques (Coordenador)

  • Prof. Msc Élbio Ross

  • Profª. Msc Mara Rúbia Santos Melo

  • Profª. Msc Vanessa dos Anjos Baptista

  • Prof. Msc Vanius Venturini Veiga

 

Autor:

Décio Luiz Meireles Tavares

dmeireles1[arroba]hotmail.com

SANTIAGO/RS

2009


[1] GONÇALVES, Luciano. Construção Civil mantém crescimento. A FOLHA Santiago - Santiago, 1º de julho de 2008. Geral, P.10.

[2] Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR 10.004/04.

[3] Incluído na classe de resíduos perigosos através da Resolução nº 348, de 16 de agosto de 2004 - CONAMA

[4] Informações sujeitas a atualização

[5] PINTO, Tarcísio de Paula; GONZÁLES, Juan Luís Rodrigo. Manejo e gestão de resíduos da construção civil. Brasília: CAIXA, 2005. 196 P.: il. color. ; 20,0 x 20,0 cm; Volume 1 - Manual de orientação : como implantar um sistema de manejo e gestão nos municípios.

[6] Atlas Mundo Atual (2003)

[7] Resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000 - Malha municipal digital do Brasil: situação em 2001. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Informações de acordo com a Divisão Territorial vigente em 01.01.2001.

[8] Dono da Empresa Plano Alto Serviços, Santiago-RS.

[9] Pesquisa feita em julho de 2008.

[10] Tarcísio de Paula Pinto, arquiteto, PhD - Diretor Técnico da I&T - Informações e Técnicas

[11] Código Florestal (Lei Nº 4.771/65).



 Página anterior Voltar ao início do trabalhoPágina seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.