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Influência do pensamento político do presidente da república de Angola na formação dos valores morais nos estudantes do curso de pedagogia no ISCED – Huíla (página 2)


Partes: 1, 2, 3

O resultado do acelerado processo cientifico - técnico no domínio da educação a escola enfrenta vários desafios dirigidos a formação integral dos educandos. Um destes desafios é conceber o processo de ensino - aprendizagem onde o aluno transforme a sua atitude receptiva de informação numa atitude activa para a busca de conhecimento que constitui uma via na transformação da sua posição; transformação de si próprio sempre que esta o motive, estimule a pensar, e valorizar um trabalho intelectual ao seu alcance e progressivamente exigente.

O educando tem de estar consciente do papel como protagonista bem como os seus avanços e erros, e de como orientar-se perante as dificuldades para continuar o seu progresso de como valorizar - se a si mesmo e os demais.

A importância social e actualidade do tema estão expressas nas palavras de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos em 2008, ao expor o Programa do Governo (2009 - 2012). E nos seus discursos dirigido pela Nação Angolana no período compreendido de 1995 á 2009. Visando resgatar os valores éticos - morais, cívicos, culturais e religiosos que não vão em choque com os princípios universais.

"Ao aplicarmos este Programa, estaremos a construir no presente o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, na base de um projecto nacional abrangente, que enalteça o orgulho nacional e auto - estima dos angolanos, proporcionando a todos os cidadãos os mais altos padrões de vida e bem - estar social" (Dos Santos, 2008.3).

Conceber o processo de ensino - aprendizagem nessa óptica implica o aperfeiçoamento que determina até que ponto os alunos/estudantes estão preparados para assumir com respeito e responsabilidade o que aprendem, o que depende em grande medida das estratégias didáctica - pedagógicas de aprendizagem.

Estas teorias defendem que a aprendizagem é o resultado de uma interacção professor aluno alicerçada em componentes didácticos (conteúdos, métodos, meios de ensino - aprendizagem e tecnologias) e da qual se produz uma assimilação estruturada do conteúdo disponibilizado (conhecimentos, experiências, capacidades, atitudes, hábitos e valores), assimilação essa que pode ser visível através das reacções ou respostas produzidas pelos alunos/estudantes, muitas delas revelam um domínio de determinadas competências.

O pronunciar - se sobre a natureza, funções e características da educação escolar supõe, implícita e explicitamente, pronunciar - se sobre o modelo de sociedade para cuja formação se quer contribuir e o modelo de pessoa ou cidadão que se pretende formar. Estes modelos enunciados de forma clara na Lei de Base do Sistema Educativo Angolano definem como finalidade do Sistema de Educação a "formação integral da personalidade com vista à consolidação de uma sociedade progressiva e democrática" (artigo 1º).

A educação escolar é antes de tudo uma prática social baseada de forte função socializadora e personalizadora, isto significa; que a escola e a educação alicerçam todo o seu programa numa determinada forma de entender as relações entre o desenvolvimento humano e o contexto social e cultural no qual, sempre e necessariamente, este desenvolvimento tem lugar.

Não há pessoa possível à margem de uma sociedade e de uma cultura. Os processos de individualização, a construção de uma identidade pessoal, e a socialização, a incorporação activa numa sociedade e numa cultura, são processos inter - relacionados e inter - dependentes; ou se prefere duas vertentes de um mesmo processo: aquele pelo qual nos formamos como pessoas. Compete á secção de Inspecção Escolar o controlo do processo de ensino - aprendizagem para materializar os objectivos propostos na Lei de Base do Sistema Educativo Angolano.

No presente trabalho vamos a bordar a cerca da " Influência do pensamento político do presedente da República de Angola na formação dos valores morais nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla. " No período comprendido desde 1979 á 2011, sua influência no processo de ensino - aprendizagem dos estudantes do curso de Pedagogia.

Antecedentes do tema

O antecedente do tema constitua o estudo das obras literárias do Dr. António Agostinho Neto e de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos referente aos valores.

De acordo o primeiro presidente da República Popular de Angola Dr. António Agostinho Neto, em 11 de Novembro de 1975 no acto da proclamação da Independência de Angola, dizia " a nossa luta não termina aqui. O objectivo é a independência completa do nosso país, a construção de uma sociedade justa e de um homem novo. A República Popular de Angola reafirmará o proposto inabalável de conduzir um combate vigoroso contra o analfabetismo em todo o país, promover e difundir uma educação livre, enraizada na cultura do povo Angolano." Finalmente, "de Cabinda ao Cunene do Mar ao Leste um só povo uma só Nação. Angola uni - indivisível" (Neto, 1975) para ele o povo angolano deveria - se unir através da educação e cultura, tendo como a arma principal e poderosa a educação.

A Lei de Base do Sistema de Educação Angolano (2001), consiste em Angola desejar, almejar e ombrear com restos países do Mundo no que tange a reforma no Sector da Educação – Reforma Educativa Curricular. A educação constitui um processo que visa preparar o indivíduo para as exigências da vida política, económica e social do país e que se desenvolve na convivência humana, no círculo familiar, nas relações de trabalho, nas instituições de ensino e de investigação científico - técnico, nos órgãos de comunicação social, nas organizações comunitárias, nas organizações filantrópicas, nas organizações religiosas e através de manifestações culturais e guino - desportivas.

Finalmente, o sistema de educação é um conjunto de estruturas e modalidades, através das quais se realiza a educação, tendes à formação harmoniosa e integral do indivíduo, com vista à construção de uma nova sociedade livre, democrática, de paz e do progresso social.

Formulação do problema

A formulação do problema em causa foi elaborada de acordo como as referências apresentadas. Obviamente, se constata como situações problemáticas e objecto de atenção da investigação, as actuais suficiências e influências transmissão do pensamento político (Valores Morais) do presidente da República de Angola de forma sistemática nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla.

Como problema científico foi escolhido: Será que o pensamento político do presidente da República de Angola são tomada em conta na formação dos Valores Morais nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla?

Formulação do objectivo geral da investigação

Formulou - se como objectivo geral da investigação: Pesquisar o grau de conhecimento sobre o pensamento político (valores) de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos nos docentes e discentes do Curso de Pedagogia no ISCED - Huíla.

Objectivos específicos da Pesquisa/Investigação

  • 1. Pesquisar a obra literária de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos referente aos valores ético - morais.

  • 2. Diagnosticar o grau de conhecimento dos docentes e discentes sobre as ideias políticas de Sua Excelência engenheiro José Eduardo dos Santos referente aos valores.

  • 3. Elaborar um guia metodológico para a formação continua dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED - Huíla, a partir das ideias políticas do Presidente da República de Angola.

Formulação do objecto de estudo da investigação

O objecto de estudo da investigação é: as ideias políticas (Valores Morais) de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos e sua relação no processo de ensino - aprendizagem dos docentes e discentes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla.

Formulação do campo de acção da investigação

A elaboração de um guia metodológico para a formação continua dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED da Huíla, a partir das ideias políticas do Presidente da Republica de Angola.

Formulação da hipótese da investigação

A elaboração de um guia metodológico tendo em conta a formação continua dos valores a partir das ideias políticas do Presidente da República de Angola possibilitaria melhorar o processo de ensino - aprendizagem nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla.

Ideias a defender

As ideias a defender são de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos referentes aos Valores Morais que pautam a sociedade angolana, defendidos pelo líder da nação angolana desde 1979 até os nossos dias. Para resgatar os valores ético - morais na sociedade angolana.

Pois esses, valores fundamentam - se nas ideologias do 1º Presidente da Pepública de Angola Dr. António Agostino Neto sobre o lema " O mas importante é resolver os problemas do povo." (Neto, 1975). E, nos princípios universais dos direitos humanos na arena internacional. Velando pelo bem -estar social do povo angolano em particular e do mundo em geral (dos Santos, 2009).

Tarefas da Pesquisa/Investigação:

  • 1. Localizar, analisar e sintetizar a obra política de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos referente aos valores.

  • 2. Elaborar e aplicar inquéritos aos docentes e aos discentes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla.

  • 3. Analisar os programas de estudo de Pedagogia no ISCED - Huíla.

  • 4. Elaborar um guia metodológico para a formação contínua dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED da Huíla.

Metodologia e estratégia da investigação

Para desenvolver a investigação com maior objectividade e clareza, e para a concretização na prática se fez a selecção prévia de uma estratégia Didáctica - pedagógica para a incorporação da dimensão metodológica da análise documental investigava realizada mediante um trabalho metodológico baseado nos pressupostos teóricos e práticos, as insuficiências e suficiências determinadas no diagnóstico, com o objectivo de alcançar os resultados pretendidos, expressos nos objectivos do projecto. Serão utilizados os seguintes métodos teóricos e empíricos:

Métodos Teóricos

  • Método Lógico - histórico: para análise e dar sentido lógico os distintos momentos da evolução histórica que tem tido o tratamento de alguns temas relacionados com a formação de valores ético - morais e sua importância no processo formativo; para analisar e diagnosticar o grau de conhecimento dos estudantes e dos professores do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla;

  • Método Sistémico - estrutural: para a elaboração de estratégia da solução do problema (Projecto Educativo, o guia metodologico para a sua aplicação e o modelo de sistema de valores morais);

  • Método indutivo e dedutivo: para analisar os programas de estudo de Pedagogia no ISCED - Huíla.

  • Método de análise documental: consiste na obtenção de informações pertinentes ao tema a tratar e analisar os documentos relacionados com as ideias do José Eduardo dos Santos;

  • Método de Observação: serve para constatar o desenvolvimento da responsabilidade no processo de formação no ISCED - Huíla e o desenvolvimento das actividades curriculares e não curriculares, com o propósito de obtenção de informações pertinentes sobre o processo de formação de valores;

  • Método Teórico: fundamenta - se na utilização de Inquéritos dirigidos aos professores, estudantes, especialistas da Educação, pais e encarregados de educação, isto é; nos indivíduos inquerido a fim de fornecer dados ou informações, para descobrir as atitudes, as influências, as opiniões, as experiências, e as sugestões relacionado com o pensamento Pedagógico de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos no processo de ensino - aprendizagem dos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla.

Tipo de investigação

De acordo o resultado final que se pretende alcançar no presente trabalho, foi utilizado a análise documental, a investigação aplicada, segundo a profundidade e objectividade do tema, a descritiva e não a experiencial, segundo o carácter da média, a quantitativa e quantitativa.

Enfoques ou Paradigmas

Aplicaram - se os seguintes enfoques ou paradigmas: análise documental; estatística qualitativa e qualitativa ao realizar a aplicação e a interpretação dos resultados da investigação. Também se aplicou o enfoque crítico - social/didáctico, com uma investigação de carácter participativo, ao realizar a mesma pesquisa com os professores e estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla.

A população

A população seleccionada para o desenvolvimento do presente trabalho de investigação científica é todos os professores e todos estudantes do curso de Pedagogia do período diurno no ISCED - Huíla. Isto é, 15 Professores e 196 estudantes, dentre os quais (79 Estudantes do 1º Ano, 55 Estudantes do 2º Ano, 39 Estudantes do 3º Ano e 23 Estudantes do 4º Ano); perfazendo um total de 211 indivíduos que componham a população da investigação.

A amostra

A nossa amostra da investigação/Pesquisa está constituída por 46,66%7 Professores (46,66%) 93 Estudantes (47,44) do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla. Isto é: no 1º Ano 30 (15,30%); 2º Ano 24 (12,24%); 3º Ano 25 (12,75%) e no 4º Ano 14 (7,14%).

Contributo da investigação

O valor prático da investigação científica. É a elaboração de um guia metodológico para a formação contínua dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED da Huíla a partir do pensamento político do presidente da República de Angola, a fim de serem incluídos no plano de formação dos futuros professores no Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla. E, para resgatar os Valores Morais defendidos pela Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos na sociedade angolana.

1. Introdução do capítulo

O capítulo faz uma abordagem teórica dos valores no geral, a educação em valores que se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas escolas, nas manifestações culturais, nos movimentos/organizações socais, é uma questão fundamental da sociedade actual, imersa numa rede complexa de situações e fenómenos que exige, a cada dia que passa fazer uma reflexão e capacitação do corpo docente de modo continuo a cerca da temática dos valores a serem ensinados na sala de aula.

  • Definições dos valores

Os valores são qualidades ou aspectos que ocupam a parte central da personalidade humana. Os valores são determinantes do comportamento do ser humano, tanto de sua conduta pública quanto de sua conduta particular (Buxarrais, 1997:82).

Segundo o (Cabanas apud Marques, 2001.44) apresenta a seguinte definição do valor: Um valor é a qualidade abstracta e secundária de um objecto, estado ou situação que, ao satisfazer uma necessidade de um sujeito, suscita nele interesse ou aversão por essa qualidade. O valor radica no objecto, mas sem o interesse de um sujeito o objecto deixaria de ter valor. Os valores são ideias consistentes e objectivas do mundo racional humano.

No que diz respeito à educação em valores, parafraseando Maria Rosa Buxarrais, pode - se afirmar que numa sociedade democrática como a nossa, educar em valores significa encontrar espaços para a reflexão individual e colectiva, a fim de que o estudante seja capaz de elaborar de forma racional e autónoma os princípios de valor, os quais lhe permitirão enfrentar criticamente a sociedade. Além do mais, a educação que promove valores aproxima os estudantes a condutas e hábitos coerentes com os princípios e normas que eles próprios tornaram seus, de maneira que as relações com o seu semelhante estejam orientadas por valores como a justiça, a solidariedade, o respeito e a cooperação.

Pois, é necessários os professores da sala de aulas criar as condições necessárias (motivação) e um ambiente favorável para que cada estudante descubra e faça livremente a escolha de valores que o conduzam à felicidade.

1.2. Classificações dos valores

Segundo Max Scheler, filósofo alemão (apud Silva, 1995:59), classificou os valores da seguinte maneira, numa escala ascendente:

A) Valores úteis: adequados; inadequados; convenientes; inconvenientes; etc.

B) Valores vitais: forte e fraco; decadente; criativo; etc.

C) Valores lógicos: verdade; falsidade; demonstração; etc.

D) Valores estéticos: belo; sublime; gracioso; feio; etc.

E) Valores éticos: justo; injusto; misericordioso; etc.

F) Valores religiosos: sagrado; profano; etc.

De acordo com (Patrício, 1991), os valores podem ser classificados em:

a) Valores práticos;

b) Valores vitais;

c) Valores lógicos;

d) Valores estéticos;

e) Valores éticos e

f) Valores religiosos.

a) Valores práticos: referem-se aos valores úteis; utilitários, que proporcionam rentabilidade; que sejam proveitosos, nomeadamente: fazer; fabricar; construir; produzir; criar.

b) Valores vitais: como Hedon era o deus grego do prazer, esta designação é dada aos valores que se relacionam com o prazer ou desprazer, tas como: agradável ou desagradável; satisfação ou insatisfação; saúde ou doença; prazer/dor; alívio/sofrimento; etc.

Para Patrício há dois tipos de prazeres, nomeadamente:

1 - Prazeres do corpo: são essencialmente prazeres dos sentidos: visuais; auditivos; gustativos; olfactivos; cinestésicos e prazeres orgânicos gerais: cinestésicos (movimento); da mesa; do sexo e decorrentes dos tóxicos;

2 - Prazeres espirituais: estéticos (desfrutar do belo); lógicos (desfrutar da verdade); éticos (desfrutar do bem) e religiosos (desfrutar do santificado).

c) Valores lógicos: são os valores da verdade, sendo o raciocínio lógico o mecanismo pelo qual se procura a verdade. A verdade é a qualidade daquilo que é autêntico, real, exacto (verdade/mentira, autêntico/falso, real/ilusório, leal/desleal, exacto/inexacto, boa - fé/má - fé, etc.).

d) Valores estéticos: tem haver com o belo (belo/feio, estético/inestético).

e) Valores éticos: são os valores de natureza social. Leis e regras, consciência, autoridade, direitos civis, contrato, confiança, justiça e punição. O valor da vida, os valores e os direitos de propriedade, verdade, justiça, relações pessoais, etc.

f) Valores religiosos: fé ou descrença; divino/humano e sagrado ou profano.

1.3. Modelos de valores em sala de aula

Há vários modelos possíveis que a educação pode adoptar nesta temática dos valores segundo (Buxarrais, 1997.84 - 86), nomeadamente:

1 - Valores absolutos;

2 - Valores relativos.

1 - Valores absolutos

Este modelo se baseia numa visão do mundo que conta com um conjunto de valores e normas de carácter indiscutível e imutável. Os valores são colocados por uma autoridade e têm como objectivo regular todos os aspectos da vida pessoal e social dos indivíduos. Neste modelo, parte - se do princípio de que a pessoa se aperfeiçoa à medida que se aproxima da ideia ou imagem representada por um padrão previamente estabelecido. A transmissão de valores absolutos se faz através dos meios mais adequados a cada situação: instrução, catequização ou imposição.

O risco de assumir um modelo de valores absolutos é o uso da coerção, da força, para conseguir com que todos os estudantes cumpram com o que foi estabelecido a fim de que os valores adoptados pela Escola Superior sejam obedecidos.

2 - Valores relativos

Neste modelo se entende que a adopção de valores é uma questão de preferência e está baseada em critérios puramente subjectivos, como: "pratico a verdade porque gosto da verdade"; "pratico a honestidade porque ela me faz bem"; "não minto porque acho feio mentir". Os valores ou normas relativos tornam impossível dizer que esta ou aquela prática é melhor, porque esse "melhor" depende, é relativo. Porque, depende da circunstância pessoal, depende da preferência do momento, depende das oportunidades, etc.

A adopção de valores relativos dificulta a educação moral, porque se tudo é relativo, o que ensinar? O único que se ensinaria e aprenderia seria a habilidade de escolher, de tomar decisões; a Escola ensinaria a cada pessoa a escolher o que lhe convém no momento, pois a decisão será sempre individual, independente do que os outros possam pensar.

Obviamente, segundo a (Chalita, 2001) existem apenas dois tipos de valores fundamentais, nomeadamente: Valores Filosóficos/científicos: valores éticos e Valores Teológicos/Religiosos: valores morais.

1.4. Algumas propostas de cunho não cristão

Em seu livro Os Dez Mandamentos da Ética (Chalita, 2001:3), actual Secretário do Estado da Educação de São Paulo Brazil, apresenta dez valores úteis para serem ensinados ou discutidos com as crianças, com as pessoas em geral.

Esses valores, que Chalita chama de mandamentos, são os seguintes:

1 - O bem: a finalidade ou a busca de toda actividade humana é (ou deveria ser) fazer o bem.

2- A moderação: a moderação é o modelo, guia para uma boa conduta ética. Moderação é o equilíbrio adequado entre razão e emoção, conhecimento e esperança.

3- A boa escolha: escolher bem é importante, porque as escolhas revelam o nosso carácter.

4 - As virtudes: virtudes como contentamento (não ser escravo do dinheiro), equilíbrio entre pretensão e ambição; bom senso, sensibilidade, veracidade, bom humor, isto é, sentimento de ter vergonha daquilo que é errado.

5 - A justiça: a justiça é a excelência no viver público e privado.

6 - A razão: devemos aprender a ter um intelecto preciso e aguçado. Devemos amar a ciência, o conhecimento, a técnica. Acima de tudo, devemos equilibrar a inteligência com a sabedoria.

7 - A emoção: devemos conhecer e procurar entender as forças interiores que agem em nós, pois elas determinam grandemente nosso sucesso pessoal e profissional.

8 - A amizade: ser amigo é uma qualidade de valor inestimável. A amizade deve ser motivada pela excelência moral, e não apenas porque ela nos proporcionará coisas úteis ou prazeres.

9 - O amor: devemos cultivar o bom convívio, o companheirismo, o amor -próprio (sem cair no narcisismo) e o amor pelos outros (amor fraternal e amor altruísta).

10 - A felicidade: a verdadeira felicidade está fundamentada no bem. Nunca seremos felizes fazendo o mal ao nosso semelhante. A felicidade é o prazer de estar bem com tudo e todos. Por fim "a felicidade não provem do dinheiro nem tão pouco dos bens materiais que possuímos, mas por levarmos uma vida significativa com modéstia e razoabilidade" (Kaguito, 2009).

Realmente, Chalita sugere a discussão de outros valores em seu livro "Pedagogia do Amor" publicado em 2001. Resgatando clássicos da literatura universal, ele dizia que essas histórias universais podem contribuir para a formação de valores das novas gerações.

Por tanto, os valores referenciados na tabela nº 1, desempenham uma grande importância no processo de ensino - aprendizagem permitindo a mudar a mentalidade dos estudantes e a descoberta dos novos talentos e combater a violência doméstica na sociedade.

1.5. Algumas propostas de cunho cristão

Tendo como base pressupostos bíblicos, (Lewis, 2001) sugere o ensino - aprendizado de 14 valores, nomeadamente:

1- Honestidade;

2 - Criatividade;

3 - Sexualidade;

4 - Direito;

5 - Família;

6 - Dar valor às coisas;

7 - Conhecer suas raízes;

8 - Respeitar a privacidade;

9 - Coragem;

10 - Apreciar obras de arte;

11 - Hábitos saudáveis;

12 - Gostar de ler e escrever;

13 - União familiar e

14 - Perspectiva de eternidade.

Neste contexto, existem mais de uma centena de valores de cunho cristão como os mais importantes no ensino da Bíblia e na Educação Cristã em geral. Esses valores foram escritos no contexto da Educação Bíblica domiciliar, mas eu creio que se aplicam à Educação Básica Secular como um todo.

1.6. Transmissão dos valores na sala de aula

Ensinar ou transmitir valores hoje é um desafio para as famílias, para as escolas e para a sociedade no geral. Considerando que vivemos numa época de crise de valores como vimos anteriormente, isto é; de valores relativos, numa época em que o realmente importa é a quantidade e agilidade das informações, e não necessariamente a ética e valores morais envolvidos em todo esse processo.

Creio então, que ao entrarmos na questão da transmissão de valores, seria conveniente pensar em três questões fundamentais, nomeadamente:

1 - Como se aprendem os valores?

2 - Quais são os níveis de instruir/ensinar os valores?

3 - Qual a relação entre a idade e o ensino de valores?

Em sintese, para se transmitir/ensinar os valores é necessário conhecer as particularidades individuas dos estudantes, as suas características, o nível etário dos estudantes, a capacidade intelectual dos estudantes, o meio onde esta inserido o estudante e a sua relação com os outros.

Os professores na sala de aula devem transmitir os valores de forma adequada, destacando os valores que pautam a sociedade angolana usando a interdisciplinaridade e motivar os estudantes a serem auto - didacta.

1.6.1. Como aprendemos e assimilamos os valores?

Como é que as crianças e as pessoas em geral aprendem e assimilam os valores que demonstram em sua prática quotidiana? De acordo com (Marques, 2001.44), isso acontece pelo menos de quatro maneiras principais:

  • a) Aprendemos e assimilamos valores vivendo num ambiente onde esses valores são apreciados;

  • b) Aprendemos e assimilamos valores pelo exemplo, ou seja, observando sua prática em pessoas que de alguma maneira nos causam impacto.

  • c) Aprendemos e assimilamos valores por recusa, numa espécie de reacção contra os valores desprezíveis. Por exemplo, como desprezamos ou recusamos a desonestidade, assimilamos a honestidade.

  • d) Aprendemos e assimilamos valores pela razão e cognição, mediante processos lógicos, discursivos, debate/diálogo com os outros na sociedade.

Na antiguidade um modo de os filhos honrar os seus pais era por ter boas maneiras em casa em particular e na sociedade em geral. Para se tornar adulto bem - sucedidas, os jovens precisam aprender o modo apropriado de boas condutas, nomeadamente: cumprimentar; atender bem o telefone; comportar se bem em casa (a mesa); na rua; na escola, etc. Neste contexto, os pais, encarregados da educação e os professores hoje devem ensinar desde a tenra idade as boas maneiras nas crianças a partir de casa. Ensina-los a cumprimentar os seus mais velhos, pedir favor, agradecer, atender o telefone com educação, comportar-se na mesa. As crianças devem aprender desde já complementar os mais velhos em casa ao levantar da cama e ao deitar. Na rua os seus amigos e outros. Na escola saudar o professor, os colegas e manter quieto na sala de aula prestando a devida atenção no professor.

Ao saudar não deve tratar os seus superiores de tu e nem deve limitar em dizer hoi, fichi, isso indica falta de educação. Por esse motivo, convêm trata-los por seu nome próprio, como por exemplo: bom dia pai Verdade; bom dia mãe Olímpia; boa tarde tio João, boa tarde senhor professor . se é possível ao saudar alguém deve dar lhe um caloroso abraço, um aperto de mão ou um beijo. Também é necessário prestar a devida atenção na pessoa, especialmente a sua expressão facial, os gestos e o tom da voz, eles transmitem grandes ideias. Não deve saudar com chapéu na cabeça, com mãos no borco e na cintura.

Em casa e na escola, os pais e os encarregados da educação, os professores devem dar bons exemplos nas crianças em palavras e acções, porque as crianças procuram imita-los e encaram os seus pais e os professores como um modelo a seguir. As maneiras como são tratados as crianças em casa e na escola com amor e carinho reflecte bastante na personalidade da criança. Ao receber visita em casa como na escola, as crianças devem saúda-lhes com cordialidade e manter-se quieto.

As crianças devem aprender também quando os mais velhos estão a conversar devem manter-se sossegado não movimentar-se constantemente sem necessidade na aquela área ao ponto de perturbar a conversa dos mais velhos. Eles precisam aprender a importância de dizer por favor, obrigado, posso ajudá - lo? E pedir desculpa, ser honesto.

Na escola os alunos/estudantes devem evitar correr, pular, gritar ou movimentar sem nenhuma necessidade no pátio da escola e na sala de aula. Se tiverem borla/tempo livre convêm se ocupar com uma actividade educativa rever a matéria (ler e escrever), trocar experiências de novas ideias com os colegas.

Ao atender o telefone, deve demonstrar a educação durante a conversa por falar bem com um tom de voz muito apropriado. Logo ao exprimir as primeiras palavras deve-se identificar, saudar e prestar a devida atenção na comunicação. No fim da conversa antes de desligar o telefone deve agradecer e desligar o telefone com a permissão. Nos locais públicos, nas salas de aulas, nas reuniões, nos táxis, nos postos de abastecimentos de combustíveis, nos bancos, nos hóspitais e nos sementeiros, etc. Convêm manter o telefone desligado ou no vibrador. Se realmente o telefone tocar no local público desliga imediatamente com educação peça desculpa e levanta-se vai a tender fora para na causar interferência e incomodar os outros. Os educadores devem ensinar os seus educandos para não manter imagens e músicas com conteúdos obscenas nos seus telefones. Ensinar as crianças ser bem -educadas não precisa ser algo muito difícil para um bom educador. A melhor maneira é por dar bom exemplo ao educando.

Qual será o provável resultado de os professores, pais e encarregados da educação ensinarem as boas maneiras (os valores ético - morais) nas crianças? Estes saberão fazer bons amigos e se dar bem com os outros. Serão bons alunos/estudantes, bons profissionais, bons colegas de escola e do trabalho. Além do mas, filhos bem - educados e íntegros darão alegria e satisfação aos pais.

Realmente, se todos nós contribuirmos na tarefa comum deixaremos de observar os actos de vandalismo na sociedade, estejamos decididos a imitar os bons exemplos das pessoas apegando nos seus aspectos positivos e banir os aspectos negativos.

1.7. Diagnóstico da formação dos valores feito nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla

O panorama histórico do ISCED - Huíla está intimamente associado com o surgimento e o desenvolvimento da (UAN) Universidade Agostinho Neto, tem acompanhado toda a História de Angola independente e democratica como única instituição pública de ensino superior no país. (actualmente existem 7 Universidades públicas em Angola, destribuidos em 7 regiões académicas, como indica o anexo nº 6. As 7 regiões académicas de Angola). A sua origem remonta a partir da institucionalização do ensino superior em Angola no ano de 1962, isto é; o ano da criação dos Estudos Gerais Universitários de Angola, integrados nas universidades portuguesas.

Em Dezembro de 1968, essa instituição do ensino superior foi transformada em Universidade de Luanda. Depois da proclamação da independência de Angola em 1975 a Universidade toma um novo rumo. Em 1976, a Universidade de Luanda se transformou em Universidade de Angola em 1985. Em memória do fundador da Nação angolana, à sua excelência Dr. António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República Popular de Angola, a Universidade de Angola passou a chamar-se Universidade Agostinho Neto. Como Universidade Pública tem vários Institutos Superiores e Faculdades espanados por algumas Províncias de Angola, nomeadamente:

  • Luanda (Faculdade de Ciências, Direito, Economia, Enfermagem Letras e Ciências Sociais, Instítuto Superior de Ciências da Educação);

  • Lubango (Instítuto Superior de Ciências da Educação, Instítuto, Faculdade de Direito, Economia e Medicina);

  • Benguela (Instítuto Superior de Ciências da Educação);

  • Huambo (Instítuto Superior de Ciências da Educação e Faculdade de Ciências);

  • Cabinda (Instítuto Superior de Ciências da Educação);

  • Uíge (Instítuto Superior de Ciências da Educação);

  • Lunda Norte (Instítuto Superior Pedagógico).

Deve-se salientar que a Universidade Agostinho Neto também possui núcleos em alguns cursos em algumas províncias do país. Para além da Universidade Agostinho Neto, existem algumas Universidades privadas instaladas no país, entre as quais podem ser destacadas a Universidade Católica, Jean Piaget, Lusíada e Independente. Hoje luta-se na desvinculação da Universidade Agostinho Neto em Universidades Regionais de Angola.

Angola, após independência, formou mais de 5.000 Técnicos Superiores nas várias especialidades. Onde aproximadamente 3.000 Técnicos Superiores foram formados pela única Universidade Pública, a Universidade Agostinho Neto. A outra parte dos quadros foi formada no exterior do país.

1.7.1. Caracterização do ISCED - Huíla

O Instituto Superior de Ciências da Educação do Lubango encontra - se localizado na cidade do Lubango no bairro Dr. António Agostinho Neto. Actualmente tem cerca de 2.600 estudantes e 150 professores. O ISCED da Huíla tem 13 cursos (Pedagogia, Psicologia, Matemática, Química, Física, Informática, Biologia, História, Geografia, filosofia e Letras modernas: Português; Francês e Inglês). Possui um Gabinete do Decano, e um Gabinete do Vice - Decano, Gabinete dos chefes de Departamento, Chefes de Repartições, um Secretaria - geral, sala de reuniões, sala dos professores, sala de espera, 20 salas de aulas contando com os dois laboratórios, 10 quartos de banhos, sala de descanso ou dormitório dos estudantes, casa de passagem dos professores, cantina escolar/convívio, Uma biblioteca escolar científica e digital, um anfiteatro, uma Oficina Pedagógica e secção de textos.

O curso de Pedagogia que é o centro da nossa atenção Pedagógica, actualmente tem cerca de 196 estudantes e 15 professores. Os docentes na sua maioria parte são Licenciados, mesmo assim a escola carecem de professores e mais salas de aulas. Facto que tem preocupa bastante a Direcção da escola e o órgão reitor do ensino superior no país – A Secretaria do Estado para o Ensino Superior.

Para minimizar esses problemas o Governo tem evidenciado vários esforços titânicos, no que tange a reabilitação e construção de novas salas de aulas em todo território nacional, a partir das estruturas de base até ao ensino superior. E o seu de vido apetrechamento com moveis e imóveis, a implementação de bolsas de estudo interna e externa, a cooperação com outros países no Sector da educação e nos outros ramos do saber.

Realmente, ensinar ou transmitir valores é uma tarefa árdua, é também um desafio para as famílias, as escolas e a sociedade no geral. Considerando que vivemos numa época de valores relativos, numa época em que importa é a quantidade e agilidade das informações, e não necessariamente a ética e valores morais. Mesmo assim, aprendemos e assimilamos valores pela razão e cognição, mediante os processos lógicos e discursivos. Aprendem - se valores vivendo num ambiente onde esses valores são apreciados, observando-os nas pessoas e até pela recusa.

Deste modo, aprendemos os valores vivendo e convivendo no meio ambiente onde esses valores são praticados, apreciados e observados pelas pessoas. Porém, abordaremos fundamentalmente dos exemplos de valores morais que pautam a sociedade Angolana defendidos pelo presidente da República de Angola.

Durante o período da pesquisa verficou - se os seguintes pontos fortes e fracos na instituição do ensino superior ISCED - Huíla.

Pontos fortes do ISCED da Huíla:

  • 1. A instituição tem uma estrutura arquitectónica recomendada pelo MED de Angola e pela Secretaria do Estado para o Ensino Superior;

  • 2. Boa Administração, Organização e Gestão Escolar;

  • 3. O ISCED da Huíla tem um orçamento para suprir as suas necessidades;

  • 4. Excelente corpo docente e administrativo;

  • 5. Excelente plano mestre (projecto educativo) de formação contínua dos professores e estudantes;

  • 6. A concessão de bolsas de estudos internas e externas;

  • 7. A realização de jornadas científicas Pedagogias e as reuniões de concertações pedagógicas realizadas periodicamente;

  • 8. A participação de mais de 50 cientistas do mundo nas jornadas científicas Pedagogias realizadas no ISCED - Huíla, cujo destaque recaio na " Biodiversidade do Planeta Terra ";

  • 9. A existência de novos professores estrangeiros no ISCED da Huíla, venha dando uma nova dinâmica pedagógica no processo de ensino -aprendizagem e no processo docente educativo;

  • 10. "Aumentar os cursos tecnológicos e profissionais com programas virados para a aprendizagem de matérias que facilitem a rápida integração dos jovens no mercado de emprego " (Dos Santos, 2008);

  • 11. A criatividade e a motivação correcta do corpo docente tornando se como facilitador, moderador, guia activo do PEA (processo de ensino - aprendizagem);

  • 12. Os professores, os estudantes e a direcção da escola têm uma boa relação afectiva;

  • 13. O ISCED - Huíla vem suprindo desde a sua fundação até hoje a demanda, a procura e a oferta do ingresso dos estudantes ao Ensino Superior a nível das regiões Centro, Sul e Leste do país em particular e a nível do país no geral;

  • 14. A manutenção períodica do patrimonho escolar;

  • 15. O ISCED da Huíla tem comprido as politica educativas do país plasmadas na Lei de Base do Sistema de Educação Angolana - Lei 13/01/31 de Dezembro e nos outros estatutos ou diplomas do (MED) Ministério da Educação de Angola;

  • 16. Finalmente, o ISCED da Huíla tem contribuído no crescimento e no desenvolvimento integral de Angola independente, elevando o prestígio de Angola no contexto nacional e na arena internacional pelo seu ensino de qualidade.

Pontos fracos do ISCED da Huíla:

  • 1. Escassez de professores;

  • 2. Insuficiência de laboratórios;

  • 3. Insuficiências de salas de aulas;

  • 4. Escassez de materiais didácticos actualizados;

  • 5. Falta de um centro de documentação que retrata a vida e obra de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos no ISCED - Huíla;

  • 6. Reduzidas explorações das capacidades individuais dos estudantes;

  • 7. Falta de orientador vocacional profissional escolar no ISCED - Huíla para orientar e direccionar os estudantes (Psicólogo Escolar);

  • 8. "Muitos entram nesta casa e poucos saem por vários motivos, nomeadamente: económico - financeiro, adaptação ao novo ambiente escolar e por absentismo escolar, etc." (Teta, 2006).

CONCLUSAO DO CAPÍTULO

Do diagnóstico realizado nos professores e nos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla, sobre o grau de conhecimento a cerca do tema, verificou-se a necessidade dá divulgação dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia a partir dos valores já defendidos pela Sua Excelência Camarada José Eduardo dos Santos.

Os professores revelaram um grau elevado de conhecimento ao respeito. Eles lamentam a insuficiência de divulgação do tema no processo de ensino - aprendizagem nos estudantes do curso de Pedagogia e a insuficiência dos meios Didácticos que retratam a vida e obra do camarada José Eduardo dos Santos (livros, jornais, revistas, cartazes, vídeos, etc.) na biblioteca do ISCED da Huíla.

A insuficiência dos meios Didácticos na instituição e a sistematização lógica dos conteúdos que retratam a cerca do tema nos programas curriculares dos estudantes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla, são os dois indicadores fundamentais que contribuem na pouca divulgação do pensamento político do José Eduardo dos Santos no processo de ensino - aprendizagem. Urge a necessidade da sua divulgação a partir dos programas curriculares e nos manuais para serem transmitidos de geração á geração.

CAPÍTULO II.

GUIA METODOLÓGICO PARA A FORMAÇAO CONTÍNUA DOS VALORES A PARTIR DO PENSAMENTO POLÍTICO (VALORES) DE SUA EXCELÊNCIA ENGENHIERO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA

2. Introdução do capítulo

Está claro que as opções de formação humana apresentam valores opostos, enquanto uma visa formar atendendo os anseios do mercado, a outra busca a formação integral do homem. No entanto, a tomada de posição sobre qual caminho a seguir, parece estar sendo afectada pela chamada crise de valores que se faz presente nos mais diferentes discursos e espaços. Desse modo, é muito raro ouvir ou ler uma análise da actual conjuntura económica, política ou social, do mundo e/ou do país que não atribui à crise de valores a situação à qual chegamos e vivemos.

2.1. A crise de valores na sociedade

Nos diferentes meios de comunicações sociais: rádio, televisão, jornais, revista, internet e nos diferentes espaços: universidades, escolas, igrejas, partidos, sindicatos; e nos diferentes eventos: seminários, Workshop, congressos, cursos, enfim onde tiver alguém falando, escrevendo ou discutindo a educação, política, religião, cultura, relações humanas, genética, sistemas de informação, sobre o mundo em que vivemos, sobre o futuro da nação e da humanidade é muito comum a utilização da expressão "crise de valores", como se isso explicasse, por si próprio, as contradições, as ambiguidades e os males que assolam as relações entre as pessoas e os países.

Entretanto, percebe - se que muitas das pessoas que incorporaram os valores preconizados pelo mercado e que administram países, empresas, instituições e famílias; são as mesmas que revestidas de autoridade política, empresarial e familiar, transferem à crise de valores o mal - estar moderno; que muitos governantes de países poderosos invadem outros países, não cumprem as decisões de organismos multilaterais sobre o meio ambiente, os direitos humanos, entre outros. Mas a creditam à "crise de valores" pela violência, pelo terrorismo, pelas tragédias cada vez mais presentes no dia - á - dia das nações; que muitos políticos compram votos, se apropriam de bens e recursos públicos, se envolvem em falcatruas de diferentes tipos, mas a creditam à "crise de valores" a crise que qual passa o país; que muitas empresas poluem o meio ambiente, sonegam impostos, espionam suas concorrentes, fazem contrabando, e também a creditam à "crise de valores" pela estagnação do País; que muitas igrejas e religiosos charlatães enriquecem a custa da ignorância, da fé e do desespero dos fiéis, e atribuem à "crise de valores" a situação de miséria e pobreza das pessoas; que muitos professores dos diferentes níveis e modalidades de ensino, autoritários, centralizadores e opressores, a creditam à "crise de valores" o aumento dos problemas que enfrentam na relação com os estudantes; que muitas famílias com estruturas de formação das mais diversas, cujos pais e mães trabalham que passam cada vez menos tempo com os filhos, que atribuem às escolas (normal, desportiva, música, línguas, etc.) a educação dos filhos, afirmam que a dificuldade de relacionamento com os filhos deriva da "crise de valores".

Assim, se a economia, a educação, a política, a religião, a ciência, a saúde, as relações entre as nações, as relações familiares, estão na crise, podemos afirmar que o mundo está em crise. Aliás, a percepção de um mundo em crise não é recente (Grespan, 2004) apoiado em (Reinhart e Koselleck, 2004), afirma que ela teria aflorado quando da Revolução Francesa em 1789 se estendendo até a Guerra Fria e nós tomamos a liberdade de ampliar esse período até os dias actuais.

Dessa forma, as ideias defendidas desde o início da História por diferentes filósofos e pensadores de que é possível um mundo onde se integra a justiça, a liberdade, a solidariedade, a fraternidade, a igualdade, constituem - se com a Revolução Francesa na utopia universal que deve regular a convivência entre as nações e pessoas, tendo o homem como fim da existência humana.

Nesse sentido, a Revolução Francesa pode ser considerada como um marco, na busca dessas ideais e ao mesmo tempo como do início da crise de valores que permanece em evidência nos dias actuais. Teoricamente falando, as ideais da Revolução Francesa foram atingidas. Eles estão presentes nas constituições da maioria dos países e em documentos que balizam e normalizam as relações internacionais e nacionais nas diferentes áreas de actuação e acção.

Na prática, no entanto, as determinações das constituições e documentos, não são respeitadas, principalmente pelos governos. O não cumprimento dessas ideais é decorrência, da principal crise que afecta a sociedade contemporânea: o uso do homem como meio.

É dessa situação onde o homem é tido, por tudo e por todos, como um objecto ou uma coisa inanimada, manipuláveis e descartável, que emerge a crise de valores. Considerando que a história da humanidade, seja aquela contada através de textos sagrados de qualquer religião; aquela contida nos papiros ou nos textos clássicos; aquela descrita em documentos oficiais ou não; ou ainda, aquela feita de imagens, símbolos ou sons, trás consigo, alguns valores. Nesse contexto surgem as seguintes questões: quais seriam os valores que estão em crise? Aqueles recomendados por organismos internacionais como, por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

As respostas para tais questões dependem no primeiro momento do conceito que temos de valores. Segundo os (Dicionário Enciclopédico, 2006) os estudos das questões relacionados aos valores ou sobre as teorias dos valores são feitas pela Axiologia, que é uma palavra grega e significa teoria filosófica dos valores, como o bem, o belo, a verdade, o sagrado e outros de ordem espiritual. Essa existência de uma ciência específica para estudar os valores, é um indicativo de quão difícil é a definição desse conceito, pois como afirma (Goergen, 2003), o conceito de valor é cheio de ambiguidades e varia de autor para autor e de época para época.

Para (Puig, 1998:37), os valores são guias de conduta que actuam quando o sujeito deve confrontar - se com situações complexas, isto é, são critérios de conduta úteis para orientar - se em situações difíceis e controversas. (.). Torna - se essencial reconhecer que os valores não são estáticos, e sim que estão submetidos a sucessivas modificações provocadas pelas distintas experiências que vive cada pessoa e pela relação que estabelece com seu meio sócio cultural.

Segundo (Goergen, 2003), após analisar o pensamento de outros grandes filósofos da humanidade utiliza o termo valor "como princípios consensuais, dignos de servirem de orientação para as decisões e comportamentos éticos das pessoas que buscam uma vida digna, respeitosa e solidária numa sociedade justa e democrática".

Mesmo com as contradições que circundam o uso do termo, entendemos que valores são enunciados únicos mas não absolutos e nem tampouco arbitrários; individuais mas que derivam da vida humana colectiva, portanto, construídos culturalmente e historicamente a partir da relação entre os indivíduos e o mundo constituído; os valores fundamentam nossas acções, nossas escolhas e nossos juízos sobre as acções, sejam elas subjectivas ou objectivas. Os valores são princípios nos quais acreditamos, pelos quais lutamos e sobre os quais organizamos e conduzimos nossa vida pessoal e profissional; dessa forma, os valores são adquiridos, transmitidos, reafirmados ao longo de nossas vidas nas diferentes relações que vamos estabelecendo no quotidiano de nossa casa, na escola, no trabalho e no lazer, entre outros.

Concordamos plenamente com a afirmação de (Lombardi e Goergen, 2005:3), de que: É falsa a afirmação que nos encontramos numa era do vazio dos deveres. Trata - se, muito mais, de desvendar quais são os princípios que bem ou mal conduzem os destinos da humanidade e em que medida eles se coadunam com o bem - estar e a felicidade de todos os membros da sociedade.

Nesse caso, os valores como a justiça, a liberdade, a solidariedade, a fraternidade, a igualdade, o respeito e a responsabilidade, não estão em crise (Goergen, 2005:3) Ao contrário, é justamente essa consciência da necessidade desses valores como reguladores das relações sociais, que não tem permitido ao mercado apoderar - se, em definitivo das mentes e corações dos homens.

2.2. Estratégias metodológicas para ensino dos valores

Atendendo o referencial teórico de Lewis (2001:127), propõe-se a seguinte estratégia para o processo de ensino - aprendizagem de valores normalmente envolvendo três níveis de instrução:

1 - O factual;

2 - O relacional;

3 - O pessoal.

1 - O nível factual: se processa mediante a constante acumulo de informações na mente. Por exemplo, se os professores desejam inculcar em seus estudantes o valor do pátriotismo, continuamente lhe falarão a respeito dele, lhe contarão Histórias para exemplificá-la, etc.

2 - O nível relacional: que os professores, demonstrem na prática o que é o patriotismo, de maneira que o estudante ouça sobre o patriotismo (nível factual) e tenha um modelo para imitar o patriotismo (nível relacional), alguém que ele admire e de quem receba boa influência mediante o relacionamento com o próximo.

3- O nível pessoal: consiste em tornar concreto o discurso sobre o valor pretendido; em personalizar o assunto em discussão. Nesse contesto, os professores devem colocar aos estudantes numa situação que imite a realidade a fim de que haja uma postura em relação a não mentir e sempre dizer a verdade. São úteis os exemplos do tipo: "Você mentiria para seu pai sobre reprovar numa cadeira? Por que?"; "Vale a pena mentir para ganhar dinheiro? Por que?"; "Vale apenas roubar e não trabalhar? Por que?"

Óbviamente, os três níveis de instrução ou do ensino de valores nos indivíduos estão intimamente interligados permitindo assim a assimilação e aplicação dos valores úteis na comunidade e na sociedade onde o homem está inserido.

As estratégias para o ensino dos valores podem serem esquematizadas da seguinte maneira.

Monografias.com

Figura nº 1. Estratégias para o ensino dos valores (Elaborado pelo autor).

2.3. Proposta do modelo da Guia metodológico para a construção racional e autónoma dos valores a partir do pensamento político (valores) de Sua Excelência Engenheiro José Eduardo dos Santos presidente da República de Angola.

Baseado nas ideias de Lawrence, Kohlberg, Jean e Piaget, citado por (Buxarrais, 1997.84 - 86), este modelo defende o trabalho da dimensão moral da pessoa, assim como o desenvolvimento de sua autonomia, sua racionalidade e o uso do diálogo como forma de construir princípios e normas. Trata - se da construção de princípios cognitivos e de conduta, os quais possam orientar os estudantes diante das diversas situações em que estão envolvidos os valores.

Teoricamente, este modelo repudia toda postura autoritária e heterónima que determina o que é bom e o que é mau (valores absolutos). Também não aceita a postura que afirma serem os critérios subjectivos e estritamente pessoais os que definem a escolha dos valores (valores relativos).

Para operacionalizar este modelo, deve - se oferecer a cada estudante os conhecimentos, procedimentos e atitudes que tornem possível a construção de critérios morais próprios, derivados da razão e do diálogo. Defende-se uma educação moral que leve em conta as consequências universais de determinados comportamentos; defende-se a valorização do bem e das virtudes públicas, especialmente a justiça, que atribui direitos de igualdade e liberdade para todos.

Podemos notar que, a construção racional e autónoma de valores preocupa-se em orientar os valores pessoais e colectivos, com a finalidade de encontrar valores comuns.

2.3.1. Modelo de aula de Pedagogia no 1º Ano para a formação dos valores nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED da Huíla.

Unidade-Tema: I. A Pedagogia como ciência

Tema:

1.1.Objecto de estudo da Pedagogia.

1.2. Categorias da Pedagogia.

Objectivos:

A nível cognitivo (Conhecimento)

  • 1. Identificar o objecto e categorias da Pedagogia como elementos básicos para compreender a Pedagogia como ciência e suas potencialidades na arte de formar as novas gerações.

A nível sócio-afectivo (Valores)

  • 1. Analisar o panorama histórico da Pedagogia como ciência.

  • 2. Estabelecer a relação do pensamento político do presidente da República de Angola com a aula no que tange a formação contínua dos valores nos estudantes.

  • 3. Fazer sitações das ideiais políticas do presidente da República de Angola para os estudantes tirar os valores.

EXEMPLOS: " Os pais e os professores são os principais responsáveis pela formação do futuro do país. " (Dos Santos, 1998).

Valores: responsabilidade, paciência que os pais e os professores devem ter ao educar os seus educandos.

" Trabalhemos juntos para obter novos sucessos e para a prosperidade e felicidade de todos." (Dos Santos, 2007. Mensagem do fim do ano).

Valores: cooperação solidariedade; prosperidade e felicidade.

Introdução

O professor faz uma referência da importância do tema a tratar, reafirma os objectivos neste momento o professor deve aproveitar a oportunidade dos objectivos que se conformam ao nível sócio - afectivo (Valores). Enunciar o pensamento político de (Dos Santos) como o exemplo mostrado anteriormente e demonstrar o Nível Factual, Nível Relacional E Nível Pessoal, baseado na construção racional. Neste momento o professor cumpre com o objectivo sócio-afectivo e os estudantes compreendam a importância dos valores para sua formação e as de seus alunos.

Desenvolvimento

O professor desenvolve a temática para alcançar os objectivos precomisados. Ele, deve motivar e orientar todas actividades educativas desde o princípio até o fim da aula. Tabém, elustra, axplica, exemplifica com base os pensamentos políticos do Presidente da República de Angola, a fim de resgatar os valores éticos - morais na sociedade angolana. Neste caso, o professor deve ser criativo, modelo e expelho ao contextualizar o conteúdo e viver em artura do que ensina.

Obviamente, o bom professor deve ser um facilitador, moderador e guia activo do processo de ensino - apremdizagem, levendo a serio a sua responsabilidade de ensinar. Segundo, Bloom (1956) " o professor antes de leccionar deve planificar previamente a sua aula em função dos 3 níveis taxonomicos dos objectivos, isto é, nível sistemático, nível de assimilação e o nível de profundidade ". Ele, ao transmitir os novos cognitivos teoricos e práticos deve levar em consideração os 4 momentos/etápas de transmissão de conhecimento, nomeadamente:

  • 1. Percepção;

  • 2. Assimilação;

  • 3. Compreensão e

  • 4. Aplicação.

Conclusões

No final da aula o professor deve colocar as questões de controlo indicando o estudo para responder as perguntas. E, considerar os conteúdos na pozição vertical, horizontal, hobliqua, humanização dos conteúdos e o alargamento progrecivo dos conteúdos, usando exemplos práticos das ideias do Camarada José Eduardo dos Santos. Por fim, manda e orienta a tarefa para casa, estabelecendo uma relação entre os conteúdos tratados e os valores que pautam a sociedade angolana expressos nos seus discursos.

Exemplos dos valores extraídos da obra política do Presidente da República de Angola Eng. José Eduardo dos Santos que pode ser utilizado pelos professores na sala de aula.

" Estimular o patriotismo e promover uma verdadeira cultura de paz, de tolerância, de unidade e reconciliação dos angolanos." (Dos Santos, 2004.48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: patriotismo; paz; unidade e reconciliação.

". Programa de recuperação dos valores morais e cívicos delapidados pela violência da guerra." (Dos Santos, 2004. 48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: valores morais e cívicos.

"Estimular o patriotismo e promover uma verdadeira cultura de paz, de tolerância, de unidade e reconciliação dos angolanos." (Dos Santos, 2004.48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: patriotismo; paz; unidade e reconciliação.

"Desenvolver programas de educação psicológica, moral, ética e cívica com vista a consolidar o espírito de tolerância e a unidade nacional." (Dos Santos, 2004.48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: ético - morais e cívicos.

"Desenvolver acções no sentido de cultivar no cidadão angolano o espírito de amor à pátria e às referências e aos valores históricos nacionais." (Dos Santos, 2004.48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: amor à pátria e os símbolos históricos nacionais (o Presidente da república; o Hino Nacional; a Bandeira da República; a Insigna Nacional).

"Paz trabalho e liberdade!" (Dos Santos, 2004.48º aniversario da fundação do MPLA).

Valores: Paz e liberdade

".respeite o próximo e tenha noção dos seus direitos." (Dos Santos, 2007. Mensagem do fim do ano).

Valore: respeito e amor ao próximo.

"O povo angolano tem sabido assumir com maturidade e respeito solidário as suas responsabilidades históricas." (Dos Santos, 2007. Mensagem do fim do ano).

Valores: respeito; solidariedade e responsabilidade.

"Eliminação de todos os entraves à melhoria das condições de vida de todo o povo." (Dos Santos, 2007. Mensagem do fim do ano)

Valores: melhorar as condições de vida do povo angolano (qualidade de vida).

" Paz, justiça, democracia, estabilidade social, unidade, coesão nacional e segurança interna e externa é sinónimo de garantir os Direitos Humanos."

(Dos Santos, 2008. Manifesto Eleitoral).

Valores: justiça e Direitos Humanos.

" Mudança da mentalidade." (Dos Santos, 2008. Mensagem de fim do ano).

Valores: razão e justiça.

"Ao aplicarmos este Programa, estaremos a construir no presente o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, na base de um projecto nacional abrangente, que enalteça o orgulho nacional e auto - estima dos angolanos, proporcionando a todos os cidadãos os mais altos padrões de vida e bem - estar social." (Dos Santos, 2008).

Valores: patriotísmo (amor a pátria, contribuir, ajudar para o desenvolvimento do país).

" A melhor maneira de falar é fazer. Por isso, falar menos e trabalhar mais."

(Dos Santos, 2008).

Valores: responsabilidade no trabalho e boa liderança.

" É preciso rever certos hábitos e tradições, principalmente no contexto da vida urbana, para defender sem reservas o estatuto da família bem estruturada, onde predomine o amor, a compreensão e o respeito recíproco, a cooperação e a igualdade de direitos, e se aceite a reprodução planeada e a paternidade responsável. " (Dos Santos, 2008. Mensagem de fim do ano).

Valores: o bem; o amor; a compreensão e o respeito recíproco; a cooperação e a igualdade de direitos.

" Quer na esfera familiar e nas relações económicas e sociais, quer no âmbito da administração pública, temos de defender acima de tudo o princípio de que a Lei deve ser respeitada por todos, combatendo tanto o abuso de poder e todas as práticas ilícitas como o desrespeito pelas hierarquias estabelecidas." (Dos Santos, 2008. Mensagem do fim do ano).

Valores: respeito/obediência da Lei em todas as esferas da sociedade.

" Estamos a construir uma sociedade democrática. Na verdadeira democracia existem princípios e regras que temos de respeitar." (Dos Santos, 2008. Mensagem do fim do ano).

Valores: respeitar os princípios e regras da democracia.

" Tolerância zero contra os actos ilícitos." (Dos Santos, 2009).

Valores: respeitar os bens públicos, responsabilidade no trabalho e a não á corrupção.

" Fortalecer o papel dos pais e dos professore, como agentes fundamentes da educação e formação da nossa juventude, que devem assentar no conhecimento cientifico e no conhecimento da nossa historia e dos valores positivos da nossa cultura. Os pais e os professores devem estar mais presentes, mais solidários e bem preparados para as suas responsabilidades comuns." (Dos Santos, 2009).

Valores: solidariedade e responsabilidade dos professores; pais e encarregados da educação.

" Amizade e a unidade entre os povos africanos e o conhecimento racional." (Dos Santos, 2010. Acto da abertura do CAN Orange Angola 2010)

Valores: solidariedade, amizade e a união entre os povos africanos.

" Consolidar os valores fundamentais, isto é, resgatar os valores cívicos e morais na sociedade angolana." (Dos Santos, 2010).

Valores: regate dos valores.

" O papel da família na formação de uma sociedade próspera." (Dos Santos, 2010).

Valores: educação; ensino e instrução.

" A colaboração das famílias em combater o consumo de alcoól e de substâncias toxicas (drogas) no seio da camada mas vulmeravel – juventude." (Dos Santos, 2010).

Valores: colaboração, cooperação e solidariedade.

" Motivar o cidadão, amar o trabalho e demostrar o espírito de sacreficio." (Dos Santos, 2010).

Valores: motivação; amor; trabalho; sacreficio.

" Diálogo com a juventude." (Dos Santos, 2011).

Valores: diálogo e boas relações humanas.

" Mais bolsas de estudo." (Dos Santos, 2011).

Valores: financiamento da formação para a expansão mais rapido pocivel da rede escolar.

Tabela nº 1. Classificação e exemplos de valores extraídos da obra Chalita (2001), que podem ser utilizado pelos professores.

Justiça

Boa liderança

Obediência á lei

Patriotismo

Solidariedade

Imparcialidade

Mente aberta

Gratidão

Amor

Igualdade

Optimismo

Coesão nacional

Paz

Humildade

Ordem

Democracia

Segurança interna

Segurança externa

Amizade e unidade entre os povos

Estabilidade social

União

Generosidade

Percepção

Organização

Direitos Humanos

Comprimento dos deveres

Sentido de comunidade

Mudança de mentalidade

Harmonia

Cortesia

Sensibilidade

Honestidade

Satisfação

Cuidado

Serviço

Felicidade

Respeito

Carinho

Sofrimento

Bem – estar

Responsabilidade

Amizade

Simpatia

Auto – estima

Liberdade

Exacta

Tolerância zero

Boa escolha

Satisfação

Real

Tranquilidade

Cooperação

Virtude

Tolerância zero

Valorização

Construção

Diálogo

Perdão

Disculpa

Lealidade

Razão

Verdure

Visão positiva

Reconstrução

Firmeza

Rigor

Honestidade

Transparência

Crescimento

Bem

Desenvolvimento

Carinho

Cumprimento dos deveres da pátria

Transparência

Visão positiva das coisas

Participação plena

Liberdade

Obediência

Fraternidade

Moralidade

Punição

Trabalho útil

Valores humanos

Fazer o bem

Acção correcta

Dedicação

A não a violência

Vida condigna

A tabela nº 1. Classificação e exemplos de valores extraídos das obras literarias da Chalita (2001), espelham os valores éticos - morais que os professores podem utilizar nas suas salas de aulas. Esses valores vam em conta com os discursos do presidente da República de Angola. Como por exemplo, no seu discurso sobre o Estado da Nação angolana, o presidente José Eduardo dos Santos no pretérito dia 18 do mês de Outubro de 2011, destacou 7 pontos principais com maior distaque o Sector Social: diálogo com a juventude; mais bolsas de estudo; expansão da rede eléctrica; um novo porto comercial; descida do índice de pobreza e a realização das eleções no proximo ano 2012. Ele, afirmou que em Angola vigora uma democracia dinâmica e partecipativa.

Sobre a área da educação destacou o empenho do Executivo na expansão da rede escolar em todo território nacional, na melhoria da qualidade do ensino e no reforço da eficácia e qualidade do sistema de educação em todos os níveis e subsistemas de ensino - aprendizagem. Uma realidade que se tornou possível após a conquista da paz em 2002 é a expansão de instituições de formação superior em todas as províncias de Angola, com um total de 17 instituições públicas, das quais sete Universidades, sete Institutos Superiores e três Escolas Superiores. Todo isso, é digno de nota o empenho do Executivo no comprimento das políticas educaivas do país a fim de formar e descubrir os novos talentos na nossa sociedade.

CONCLUSAO DO CAPÍTULO

Podemos concluir, que o modelo do guia metodológico proposto, constitui uma alternativa metodológica valida, baseada em princípios epistemológicos tendentes a valorizar a qualidade do processo de ensino - aprendizagem nos estudantes do curso de Pedagogia do ISCED da Huíla, o que permitiria a formação contínua dos valores ético - morais nos referidos estudantes a partir do pensamento político do presidente da República de Angola e validar a responsabilidade social que têm os professores na formação contínua dos valores da nova geração angolana.

CAPÍTULO III.

VALORIZAÇAO E INTERPRETAÇAO DOS RESULTADOS

3. Introdução do capítulo

Neste capítulo apresenta - lhe o resultado do diagnóstico realizado nos professores e estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla (Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla), utilizado para a avaliação teórica e pratica da estratégia, descrevendo - se os procedimentos metodológicos e estatísticos aplicados para a selecção da amostra, recolha, análise e interpretação de dados.

3.1. Resultados

Foram utilizados para a pesquisa os inquéritos dirigidos aos Docentes e Discentes do curso de Pedagogia no ISCED da Huíla o e a ficha de visita aos estabelecimentos de ensino público do Ministério da Educação da República de Angola (2005), ambos em anexos. Sendo a avaliação quantitativa e qualitativa de:

  • a)  De 1 á 3;

  • b) De 1 á 5.

Tabela nº 2. Indicadores da pesquisa (avaliação quantitativa e qualitativa).

Monografias.com

Tabela nº 3. Caracterização dos professores.

Monografias.com

Na tabela nº 3, caracterização dos professores; foram inqueridos 7 professores, dos quais 5 professores do sexo masculino que representa o valor percentual de 71,42% e 2 (duas professoras), sexo feminino representam 28,58%. Perfazendo um total de 100% amostra dos professores.

O maior intervalo de idade dos professores está entre: 50 – 60 Anos de idade, representando 42,86 % do sexo masculino e 28,57% do sexo feminino.

Anos de serviços: o intervalo de 20 – 30 Anos de serviço, foi maior com 42,86% do sexo masculino e 14,29% do sexo feminino.

Habilitações literárias: é predominante a Licenciatura com 71,42% do sexo masculino e 28,58% do sexo feminino.

Tabela nº 4. Caracterização dos estudantes.

Indicadores

Sexo

Masculino

%

Feminino

%

Amostra: 93 Estudantes

54

58,06

39

41,93

Idade

20 – 30

30 – 40

40 – 50

Mais de 50 Anos de Idades

39

10

3

2

41,93

10,75

3,22

2,15

25

8

5

1

26,89

8.60

5,37

1,07

Anos de escolaridade

10 – 20

20 – 30

Mais de 30 Anos de escolaridades

35

16

3

37,63

17,20

3,22

18

15

6

19,36

16,12

6,46

Habilitações Literárias

Técnicos Médios

Bacharéis

Licenciados

Mestres

Doutores

45

9

0

0

0

48,38

9,68

0

0

0

34

5

0

0

0

36,55

5,38

0

0

0

Formação no curso que gosta ou na?

54

58,06

39

41,93

Na tabela nº 4. Caracterização dos estudantes; foram inqueridos 93 estudantes do curso de Pedagogia no ISCED - Huíla, dos quais 54 estudantes do sexo masculino que representa o valor percentual de 58,06% e 39 estudantes do sexo feminino representada por 41,93%. O maior intervalo de idades está entre 20 – 30 Anos idade, representando 41,93% do sexo masculino e 26,89% do sexo feminino. Anos de escolaridade, o intervalo de 10 – 20 Anos, foi maior com 37,63 % do Sexo masculino e % 19,36 do sexo feminino. Habilitações literárias, são predominantes os Técnicos Médios com 48,38% do sexo masculino e 36,55% do sexo feminino.

Tabela nº 5. Resultados dos Inquéritos dirigidos aos Professores do Curso de Pedagogia no IS ISCED - Huíla.

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Na tabela nº 5 mostram-se os resultados dos inquéritos dirigidos aos Professores do Curso de Pedagogia no ISCED - Huíla; formularem-se 6 questões: (i) Se nas suas aulas tem aplicado as concepções Pedagógicas do José Eduardo dos Santos? 100% SIM; (ii) Se os alunos/estudantes aplicam e valorizam essas concepções? 71,4% NAO; (iii) Se existe literatura no ISCED da Huíla disponível para alunos e professores consultarem a obra do J. E. dos Santos? 57,1% NAO; (iv) Se os alunos conhecem a cultura e a obra do José Eduardo dos Santos? 57,1% NAO; (v) Se o cidadão José Eduardo dos Santos defende os valores a aplicar na sociedade Angolana? 100% SIM e (vi) Se é importante ou não estudar a obra do J. E. dos Santos? 57,1% MUITO APROPRIADO.

Partes: 1, 2, 3


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