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NBR 15575. Edificações habitacionais – desempenho. Sistemas hidrossanitários: o ruído nas instalações hidráulicas (página 2)


Keywords: Performance. Comfort. Noise.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção

CDC – Código de Defesa do Consumidor

NBR - Norma Brasileira Regulamentadora

PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat

SECOVI - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo

SINDUSCON-SP - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo

UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

USP – Universidade de São Paulo

1 INTRODUÇAO

1.1 O perfil das edificações e as expectativas do consumidor

 

As Edificações, de um modo geral, sejam elas de uso residencial ou comercial, requerem o mínimo de qualidade e conforto no ambiente interno. A avaliação do desempenho dos sistemas construtivos é um desafio constante, o que proporciona um avanço tecnológico para o setor da construção civil, que deve ser muito bem explorado para que haja um crescimento positivo tanto na qualidade dos serviços e bens oferecidos quanto na satisfação do consumidor.

Segundo Oliveira (p.3, 1999) a satisfação do consumidor é um resultado do processo de compra e uso a partir de uma comparação dos benefícios e custos da compra em relação às consequências antecipadas. O conceito de satisfação é semelhante ao de atitude, ou seja, a soma das satisfações com os vários atributos de um produto e ou serviço.

 

Há uma tendência cada vez maior por parte dos consumidores na exigência por qualidade e conforto das edificações. Sendo assim, a Norma NBR 15575-1 "Edificações habitacionais – Desempenho" veio para dar maior respaldo ao consumidor, procurando focar seus interesses ao adquirir seu imóvel que quer além do conforto, a estabilidade e a segurança.

Sabemos que as normas não são leis, mas têm força de lei e são reconhecidas pela legislação brasileira como instrumento de peso nas decisões judiciais. Portanto, quaisquer irregularidades por parte das empresas são passíveis de punição. O CDC (artigo 39, Inciso VIII, Lei nº 8.884, de 11.6.1994) traz:

É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO).

A Norma abrange a questão das obrigações profissionais em todas as etapas, desde o projeto, o fornecimento de materiais, a execução da obra até a entrega das chaves, com destaque para os deveres e obrigações do consumidor quanto à conservação do imóvel para obtenção de sua garantia e vida útil.

Esta Norma é composta por seis partes, sendo que a primeira parte trata os Requisitos Gerais. As demais partes tratam dos requisitos específicos de cada item da edificação, sendo eles: Sistemas Estruturais; Sistemas de Pisos; Sistemas de Vedações Verticais; Sistemas de Coberturas e Sistemas Hidrossanitários.

 

A NBR 15575-1 (subitem 1.2, p.4) comenta que a mesma não é aplicável às obras em andamento ou a edificações concluídas até a data da entrada em vigor, em 19 de Julho de 2013, ou seja, as obras projetadas e construídas à partir desta data obrigatoriamente devem cumprir os requisitos da mesma. Também não se aplica às obras de reformas, de "retrofit", nem de edificações provisórias.

A última etapa desta Norma, parte seis, "Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários", é o foco principal deste projeto, cujo tema apresentado "O Ruído nas Instalações Hidráulicas" trata as problemáticas de conforto e desempenho hoje existentes nas edificações prediais de uso residencial e ou comercial com algum tempo já em uso, relativos aos procedimentos construtivos, métodos e critérios de utilização dos materiais para isolamentos acústicos e a qualidade da mão-de-obra aplicada nas instalações hidráulicas.

2 METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste projeto consiste na interpretação da Norma NBR 15575-1 "Edificações habitacionais – Desempenho" de forma sucinta e com maior ênfase para a sua parte seis "Requisitos para os Sistemas Hidrossanitários", quanto aos procedimentos, preconizações e recomendações técnicas impostas para avaliação do desempenho. Há um enfoque maior para o Capítulo XII da Norma, no que se refere ao Desempenho Acústico, no seu Anexo B. Também será considerada a análise comportamental do mercado da construção tomando-se como referência edifícios já habitados e edifícios novos cuja obra ainda está em andamento. Será, portanto, efetuada comparação dos métodos construtivos, do desempenho acústico esperado das instalações hidrossanitárias em ambos os tipos de obras, para justificativa dos respectivos desempenhos quanto aos níveis de ruídos, bem como das vantagens e desvantagens entre os sistemas empregados, levando em conta o tempo de execução e os custos.

3 A NORMA NBR 15575 COMO FERRAMENTA APLICADA NA SOLUÇAO DE PROBLEMAS DE CONFORTO E DESEMPENHO

 

A questão construtiva das edificações e o conforto dos ambientes nas obras residenciais e comerciais é a grande preocupação das empresas quando se trata do cumprimento às novas exigências impostas por esta norma. A durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação, o conforto tátil e antropodinâmico dos usuários, dentre outros são os principais conceitos abordados, ilustrados na Figura 1.

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Figura 1. Gráfico do conceito de desempenho requerido

Fonte: Guia do Usuário – Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC

Neste contexto, conforme a NBR 15575-1 (item IV, p. 10, 11,12) há uma lista geral de exigências dos usuários como critérios estabelecidos os quais devem ser satisfeitos atendendo aos requisitos mínimos de desempenho, conforme descritos:

3.1 Segurança

  • Segurança estrutural;

  • Segurança contra o fogo;

  • Segurança no uso e na operação.

3.2 Habitabilidade

  • Estanqueidade;

  • Desempenho térmico;

  • Desempenho acústico;

  • Desempenho lumínico;

  • Saúde, higiene e qualidade do ar;

  • Funcionalidade e acessibilidade;

  • Conforto tátil e antropodinâmico;

3.3 Sustentabilidade

  • Durabilidade

  • Manutenibilidade;

  • Impacto ambiental;

Além dessas questões primordiais acima destacadas, os profissionais e as empresas devem atender também às questões de incumbências técnicas estabelecidas na referida norma NBR 15575-1 (item 5, p.12). Independentemente do tipo de empresa, seja ela de projetos, construtora / incorporadora ou fornecedor de materiais, devem cumprir os requisitos gerais conforme apresentados a seguir. Também cabe ao usuário, conforme NBR 15575-1 (item 5, p.12) enquanto consumidor, uma pequena partícula de responsabilidade que seria na conservação e manutenção do imóvel.

3.4 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema

Cabe ao fornecedor de materiais, insumos e sistemas caracterizar o desempenho conforme esta norma.

3.5 Projetista

Os projetistas devem estabelecer a Vida Útil Projetada (VUP) de cada sistema que compõe esta Norma, com base na Seção 14. Especificar materiais, produtos e processos que atendam o desempenho mínimo estabelecido nesta norma. Se necessário, solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de especificação.

3.6 Construtor e Incorporador

Identificar os riscos previsíveis ainda no projeto, como presença de aterro sanitário próximo, agentes agressivos e outros riscos ambientais;

3.7 Usuário

Ao usuário ou preposto cabe realizar a manutenção conforme Manual de Proprietário.

4 O QUE ESPERAR DA NORMA DE DESEMPENHO NBR 15575

4.1 Como os profissionais e empresas encaram as novas regras

 

Os profissionais da construção civil, após a publicação desta Norma certamente se sentiram e ainda se sentem desconfortáveis, pois a impressão que se tem é que tais recomendações técnicas poderiam causar impactos negativos às empresas de um modo geral, implicando em maior exigência aos projetistas, fabricantes e fornecedores, que por sua vez, tendo que atender a todos os requisitos impostos na Norma, teriam de repassar os encargos ao produto final, onerando o custo ao consumidor e tornando o produto pouco competitivo e muitas das vezes até inviabilizando um projeto dependendo do seu padrão.

 

Essas novas exigências, de fato, poderiam pesar mais negativamente do que positivamente do ponto vista comercial, se fossem vistas somente neste âmbito, entretanto, isto é uma questão cultural e de novos conceitos que ao longo do tempo vão se tornando uma prática comum, incutida na cabeça das pessoas quanto à aplicação destes quesitos na qualidade e conforto impostos pela norma. As Construtoras que antes desta publicação já procuravam trabalhar totalmente dentro dos padrões de qualidade, com seriedade e respeito ao consumidor dificilmente sentirão esse impacto.

De acordo com Caldas e Amaral (2002), mais do que a adaptação, é necessária a atitude de se aprender a projetar o futuro e preparar-se para ele, pois, toda mudança desencadeia nas pessoas uma intensa sensação de insegurança.

Sabe-se que os programas do governo adotados como ferramenta de controle de qualidade nas construções, como o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), tem sido um grande aliado para a melhoria da qualidade nas construções, mas também se sabe que o nosso país ainda está longe de ser referência em qualidade e conforto satisfatório dos ambientes, quanto à competitividade, sendo o custo o fator determinante no produto final.

Com isso, surgem as patologias precoces nas construções, que vem se tornando um problema intenso. As empresas aumentam sua produtividade e ampliam seus negócios para atender à demanda de mercado, alavancados com o "boom" dos projetos de investimentos do governo. O crescimento é positivo, porém acarreta riscos de perda na qualidade dos projetos e serviços, em função da velocidade dos trabalhos onde há grande escassez de mão-de-obra qualificada.

Segundo Gnipper, (2003, p.03), há uma grande diversidade de manifestações patológicas nas edificações, que vão desde simples falhas frequentes em equipamentos, a flutuações de pressões, vazões e temperaturas, que são decorrentes de falha de concepção sistêmica no projeto. Essas patologias tem sido reincidentes em diferentes edifícios por falhas sistemáticas na fase do projeto em sistemas prediais.

Por outro lado, as Normas Brasileiras vigentes são muito limitadas e estabelecem critérios mínimos a serem cumpridos, que atendem aos requisitos de segurança, mas não exigem um nível de conforto do ambiente totalmente satisfatório, e em muitos casos, não há fiscalização para se verificar a aplicação das Normas.

 

Ainda segundo Conceição (UFScar, p.18, 2008), é importante a avaliação dos sistemas construtivos e seus desempenhos, a fim de se garantir o cumprimento de todas as etapas da construção, e principalmente que se garanta o cumprimento das funções para as quais a edificação foi projetada.

Um exemplo clássico de ineficiência e aplicabilidade das normas é a tragédia presenciada pelo país, ocorrida em uma boate conceituada no estado do RS, conhecida como Boate Kiss, onde o sistema acústico segundo as perícias possivelmente era irregular com materiais inapropriados, e sem uma devida prevenção de combate a incêndios, além de uma possível deficiência nas saídas de emergências que causou a morte de centenas de jovens.

O país não está totalmente preparado para um crescimento tão acelerado, e apresenta deficiência de mão de obra qualificada, bem como lacunas nas próprias normas além da ineficiência na fiscalização das mesmas nas obras, mas podemos dizer que damos um passo para um marco histórico com a publicação da NBR 15575-1 e suas partes, que certamente vai revolucionar o mercado se forem devidamente fiscalizadas e aplicadas com consciência.

4.2 Como o consumidor vê a nova norma e seus requisitos e o que ele espera

Diante deste cenário, vale ressaltar que o consumidor final deve cobrar e fazer valer seus direitos; porém, ele não deve colocar todas as suas expectativas nas avaliações de desempenho preconizadas na Norma, achando que todos os ruídos no seu apartamento serão eliminados ou que todos os problemas serão totalmente sanados com níveis de conforto e isolamento 100% satisfatórios.

Num eventual problema de ruído o consumidor deve estar bem informado, e solicitar a um consultor uma avaliação do desempenho da construção, a qual é feita conforme normas, inclusive internacionais, com fontes sonoras normatizadas e controladas, e então verifica se a construção atende aos níveis de desempenho, cabendo à partir do resultado tomadas de ações.

Conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor (CDC, artigo 14, § 1º), o fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos na prestação dos serviços, como também por informações inadequadas sobre sua fruição e riscos. O serviço é considerado defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele espera, levando-se em consideração algumas situações, como o modo de seu fornecimento; o resultado e os riscos que dele se esperam e a época em que foi fornecido.

Portanto, não existe isolamento total; existe a atenuação dos ruídos. A construção irá proporcionar um mínimo de isolamento acústico que é considerado aceitável por norma baseado nos resultados dessa avaliação de desempenho. Isso é diferente de conforto acústico que é um critério muito subjetivo e pessoal, que depende de vários fatores, principalmente da cultura das pessoas vizinhas que moram em apartamentos.

5 AVALIAÇAO DO DESEMPENHO

Conforme citado no final do Capítulo 4, é necessária uma avaliação constante de desempenho nas instalações. A NBR 15575-1 (Seção 4, 2012) remete constantemente às verificações do projeto à avaliação do desempenho para a grande maioria dos critérios. Assim sendo, deve ser aplicado o Anexo A, o qual tem por objetivo estabelecer uma lista de verificações para a análise de projetos de sistemas Hidrossanitários.

A lista de verificações desse Anexo A segue a ABNT NBR 13531. Ainda conforme o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP) pode se tomar como referência em complemento aos métodos de avaliação e requisitos a serem atendidos, o documento "Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações Hidráulicas Prediais", disponibilizado por essa entidade em seu site aos associados e interessados.

Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios laboratoriais, ensaios de tipo de materiais, ensaios em campo, inspeções em protótipos, simulações e análise de projetos. A realização destes ensaios laboratoriais deve se basear nas Normas explicitamente referenciadas, em cada caso, nesta Norma. Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa, laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida capacidade técnica devidamente habilitados.

Todos os requisitos da norma de desempenho derivados das exigências dos usuários resultam em uma lista muito extensa já citada de forma resumida no terceiro capítulo deste projeto. Portanto, faz-se necessário delimitar o número de requisitos a serem considerados em um contexto de uso definido, onde as Seções 7 a 17 desta norma estabelecem todos os requisitos e critérios que devem ser atendidos por edificações habitacionais.

 

Os itens descritos entre as seções 7 a 17 da Norma NBR 15575-1 são: Desempenho estrutural, Segurança contra incêndio; Segurança no uso e na operação; Estanqueidade; Desempenho térmico; Desempenho acústico; Desempenho lumínico; Durabilidade e Manutenibilidade; Saúde, higiene e qualidade do ar; Funcionalidade e acessibilidade; Conforto tátil e antropodinâmico, que apesar de serem de extrema importância na elaboração e execução de projetos, não fazem parte do foco deste projeto o qual trata com maior ênfase as questões de ruídos e conforto nas instalações hidráulicas.

Para facilitar a vida dos cidadãos, e principalmente das empresas da construção civil, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) publicou no mês de abril/2013, o Guia Orientativo ABNT NBR 15575, com o apoio de várias entidades privadas e públicas, que esclarece todas as possíveis dúvidas dos profissionais e consumidores sobre as questões diversas da norma de desempenho. Tal guia, composto por trezentas páginas, tem caráter apenas orientativo para apoio e melhor compreensão da Norma, e não substitui a NBR 15575 e suas respectivas partes.

6 DESEMPENHO ACÚSTICO

6.1 Considerações e definições de som e ruído segundo a norma.

O desempenho acústico das áreas de permanência prolongada em uma edificação depende de uma série de fatores construtivos e do próprio projeto de arquitetura. Pode ser bom ou ruim dependendo da localização dos ambientes, por exemplo, se ficarem próximos a poços de elevadores, escadas de uso comum, prumadas de agua etc. certamente será ruim. Se tiver boa isolação acústica das vedações nos casos inevitáveis, fazendo o preenchimento de blocos vazados com argamassa pode ser melhorado.

Segundo NETO (Nível de Conforto Acústico, 2009), o desconforto acústico surge quando o nível de ruído ao redor atrapalha a execução de algumas atividades que necessitam de certo nível de silêncio.

A questão do conforto nos ambientes quanto aos padrões desejáveis é preconizada pela Norma de Desempenho e dentro desse contexto, a questão de ruídos e limites aceitáveis é regulamentado pelas normas NBR 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimentos, e NBR 10152 – "Níveis de ruído para conforto acústico". Rui, em A Física na Audição Humana, (2007, p. 18) traz:

Os limites da audição humana estão em um intervalo de 20 a 20.000 hertz. A Menor intensidade de som que o ouvido humano pode ouvir é da ordem de 10-12 W/m², e a maior intensidade suportável situa-se em torno de 1 W/m². Usa-se uma unidade especial para expressar essa grande variação de intensidades percebida pelo ouvido humano, o bel (B). O significado dessa unidade é: Dois sons diferem de 1 B quando a intensidade de um deles é 10 vezes maior ou menor que a do outro. Diferem de 2 B quando a intensidade é 100 vezes maior ou menor que a do outro, de 3 B quando for 1000 vezes maior ou menor que a do outro e assim por diante. Na prática usa-se o decibel (dB), que corresponde a 1/10 do bel.

Segundo KLAUFAU (p. 12, 2010), o ruído é definido como um fenômeno físico vibratório com características indefinidas de variações de pressão em função da frequência, ou seja, para certa frequência podem existir variações de diferentes pressões. Ainda segundo KLAUFAU (p. 13, 2010) existem alguns fatores responsáveis por transformar um som agradável em um ruído irritante e desagradável, e tais fatores são: duração da exposição, distância da fonte geradora de ruído, tipos de ruídos, frequência/intensidade e susceptibilidade individual.

Segundo RUI, Laura Rita (A física na audição humana, p.36. – 2007), o som é definido como uma onda mecânica, que precisa de um meio aéreo para se propagar, criando zonas de compressão e rarefação e correspondem ao movimento de vai e vem de partículas propagando a energia de vibração que dá origem ao som. Com isso, podemos notar que há uma diferença entre som e ruído, e que ruído, geralmente tende a ser algo que gera incômodo a depender das circunstâncias e intensidade. Essa situação de limites da audição humana é representada no Gráfico 2.

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Figura 2. Gráfico dos limites da audição humana

Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC. Fortaleza (Gadioli Cipolla – p.156, 2013)

6.2 Avaliação do nível de pressão sonora conforme a norma 10151

A norma NBR 10151 Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimentos, (p. 10, 1987) fixa condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído, e especifica o método de avaliação do nível de pressão sonora equivalente (LAeq) em decibel (dB) ponderados em A, chamado dB(A), cujo cálculo é feito pela expressão:

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Onde:

Li é o nível de pressão sonora, em dB (A), lido em resposta rápida (fast) a cada 5 s, durante o tempo de medição do ruído.

n é o número total de leituras.

6.3 Efeitos e causas das vibrações e ruídos nos ambientes

No caso das instalações prediais hidrossanitárias, a transmissão de vibrações e ruídos pelos materiais sólidos da construção ocorre de forma significativa, através das alvenarias, revestimentos e, principalmente, elementos das estruturas de concreto armado ou de aço. As vibrações originadas, por exemplo, nas maquinas de condicionamento de ar presentes no topo de um edifício, podem ser sentidas a ate seis ou oito pavimentos abaixo dependendo das condições e tipo da estrutura e fixação.

Segundo CORREA, (2009, p. 8), é importante considerarmos também, quando falamos em isolamento acústico, o efeito conhecido como "Sanduiche" que consiste em um espaço vazio entre duas paredes, onde este vazio do ar amortece a passagem de energia. Entretanto, deve-se tomar cuidado a fim de evitar as chamadas "pontes acústicas", que seriam uma passagem por onde o ruído pode permear e se propagar ainda mais.

Os ruídos hidrossanitários localizados nos sistemas individuais de apartamentos, em virtude do fluxo dos fluidos, requerem muito trabalho para amenização e melhoria do conforto. Antes da publicação desta norma de desempenho os métodos e procedimentos eram feitos de várias formas para se conseguir resultados próximos dos considerados satisfatórios.

A adoção, por exemplo, de shafts isolados acusticamente com visitas ou não e o envolvimento de tubulações com isolantes ou dispositivos de absorção acústicos, como o uso de mantas de polietileno, sacos de estopa recobertos por gesso, revestimentos com lã de rocha e lã de vidro, entre outros, são alguns dos recursos adotados para amenizar a propagação dos ruídos das instalações nos ambientes.

7 NÍVEIS DE DESEMPENHO GERADOS POR EQUIPAMENTOS - ANEXO B.

7.1 Definição e critérios do Anexo B para medição dos ruídos

A norma estabelece um método de medição dos ruídos gerados por equipamentos prediais, e também apresenta valores de níveis de desempenho de caráter não obrigatório. Conforme descrito na NBR 15575-6 (p. 29 – Anexo B.1.1), esse item informa os níveis de desempenho acústico aos ocupantes quando se operam equipamentos hidrossanitários instalados nas dependências da edificação. Esse requisito trata apenas os equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros e não os elementos acionados pelo usuário da unidade habitacional a serem avaliados, como caixa d"água, trituradores de alimentos em cozinhas e outros.

7.2 Método de avaliação do nível de pressão sonora em aparelho hidrossanitário

Ainda conforme o Anexo B (subitem B.1.1.), o método de avaliação é feita medindo o nível de pressão sonora durante um ciclo de operação de aparelhos hidrossanitários, no imóvel vizinho ao lado, acima ou abaixo do local onde o equipamento está instalado, com todas as janelas e portas dos compartimentos fechados de ambos os apartamentos, tanto o de teste do ruído quanto o que se provoca o ruído percebido no acionamento do aparelho. Neste procedimento os equipamentos de emergência como sirenes, geradores e bombas de incêndio não são considerados.

São dois os critérios estabelecidos (NBR 15575-6, subitem B. 1.2) para se definir os parâmetros de níveis de ruídos. O primeiro e mais complexo é o método de engenharia em campo sendo mais criterioso nos níveis de pressão sonora de equipamento predial em operação, descrito na norma ISO 16032. Já o segundo, o método simplificado de campo, que obtém estimativa dos níveis de pressão sonora de equipamento predial em operação quando não se tem todas as condições e ferramentas adequadas, é descrito na ISO 10052. Vide informações e descrições na Tabela 1.

Tabela 1. Nível de pressão sonora

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Fonte: NBR 15575-6 (p. 29. Subitem B.1.2.1)

7.3 Como deve ser operado o sistema predial hidrossanitário durante o teste

O Anexo B desta norma (subitem B.1.2.2) define que o equipamento deve ser operado conforme a norma ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operação, seguindo os procedimentos constantes das normas ISO 16032 e ISO 10052. O ciclo de operação deve atender aos requisitos da norma brasileira quanto à vazão mínima e máxima de operação; pressão hidrostática ou dinâmica mínima e máxima, tempo de acionamento etc. Da mesma forma que se faz no item 7.2 para o acionamento de equipamentos coletivos, se faz também a avaliação para os ambientes das unidades com acionamento individualizado, de modo que todas as portas e janelas também devem ser fechadas durante as medições.

Na sequencia, segundo o Anexo B (subitem B.1.2.3) são medidos os níveis de ruídos internos com equipamento fora de operação, LAai, e comparado o resultado com os valores da Tabela 2. Se o valor obtido for superior ao da Tabela, verifica-se novamente em outro horário.

Tabela 2. Níveis de medição dos ruídos

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Fonte: NBR 10152, p. 2. Item 4.1.

Onde:

dB (A) é o nível de pressão sonora em decibéis, ponderado em A.

NC é a curva de avaliação do ruído.

S é o nível de desempenho superior.

I é o nível de desempenho intermediário .

M é o nível de desempenho máximo.

Devem se obter o nível de pressão sonora contínuo equivalente padronizado, no ciclo de operação do equipamento predial (LAeq,nT) e Nível de pressão sonora máximo (LASmáx.,nT,), atendendo aos critérios e limites da norma brasileira NBR 15575, conforme Tabela 3 e 4, de acordo com níveis da Tabela 2.

Tabela 3. Valores máximos do nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT, medido nos dormitórios

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Fonte: Anexo B – Tabela B.2, p. 34 da NBR 15575-6

Tabela 4. Valores máximos do nível de pressão sonora máximo, LASmáx.,nT, medido nos dormitórios

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Fonte: Anexo B – Tabela B.3, p. 35 da NBR 15575-6

8 CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAS EMPREGADOS NOS ISOLAMENTOS ACUSTICOS

8.1 Lã de Vidro e Lã de Rocha

Conforme informações técnicas contidas no manual do fabricante La Rocha Indústria e Comércio de Fibras Minerais Ltda, A lã de vidro é um material sólido aglomerado de resina fenólica e vidro, e possui cor amarelada. É produzida na proporção de aproximadamente 95% de vidro e 5% de resina fenólica, geralmente com uma lâmina de papel Kraft ou folha de alumínio na camada externa em feltros com rolos de dimensões variadas ou em placas. A lã de rocha, segundo a Indústria La Rocha, é fabricada a partir da produção de fibras de rochas minerais, compostas posteriormente por aglutinante de resina e prensadas na densidade e espessura desejada. A densidade da lã de rocha pode variar desde 30 kg/m³ até 300 kg/m³. O ponto de fusão da lã de rocha em temperaturas de operação ocorre  a  partir de 1200°C. Ainda é um material bastante usado nos seguimentos de mercado industrial, construção civil, naval, petroleiro e termoelétrico, entre outros, devido a algumas vantagens, principalmente em isolamentos térmicos.

8.2 O PVC Mineralizado

Segundo a empresa Braskem, (Tecnologia do PVC, p.16, 2006) o Poli Cloreto de Vinila PVC, é um material constituído de 57% de seu peso em cloro, derivado do cloreto de sódio, o sal de cozinha e 43% de eteno, derivado do petróleo. Visando atender aos requisitos de isolamentos acústicos de maneira satisfatória, a Mexichem Indústria Petroquímica desenvolveu estudos com aditivos de cargas minerais no PVC, e através de uma combinação da excelente resistência mecânica e química do PVC, aumentou a densidade do material com um mineral inerte de alto peso molecular, conferindo ao PVC altas performances de isolamento acústico.

Ainda conforme informações da Indústria Mexichem Brasil (Manual Técnico Silentium PVC, p.14, 2007), estudos foram efetuados na Europa de acordo a Norma Europeia EN 14366, pelo laboratório Fraunhofer Institut Bauphysik, um dos maiores laboratórios do mundo localizado na Alemanha, especializado em acústica, e o resultado apresentado nos laudos são surpreendentes. Esta tecnologia já vem sendo aplicada pelos engenheiros civis da Alemanha, visto que após a constatação dos resultados de desempenho acústico do laboratório, atendeu aos requisitos da norma DIN 4109 e supera todas as exigências e parâmetros da ISO 10052. A figura 1 ilustra o esquema de teste acústico efetuado.

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Figura 3. Esquema do teste laboratorial do Instituto Bauphisik Fraunhofer

Fonte: Manual Técnico Silentium PVC – Amanco (p. 21, PO2-Fevereiro/2007)

O Gráfico 3 apresenta os níveis de ruídos limites padronizada pela norma DIN 4109 para instalações de esgoto, bem como o limite imposto pela Diretiva dos engenheiros alemães VDI 4100, que após os testes de acústicas adotaram critérios ainda mais rigorosos para os níveis de ruídos nos sistemas hidrossanitário.

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Figura 4. Gráfico dos ruídos no sistema de PVC mineralizado e no sistema convencional

Fonte: Manual Técnico Silentium PVC (p.14, PO2-Fevereiro/2007).

9 APRESENTAÇAO DE CASOS

9.1 Aplicações diversas e comparações entre os sistemas convencionais e os inovadores de isolamentos acústicos hidrossanitários.

As Figuras 2 e 3,apresentam o segmento de tubo na rede de esgoto sanitário da suíte de um Imóvel residencial na cidade de Campinas. A instalação foi executada com tubos de esgoto Série Normal, protegida pelo forro de gesso, toda revestida acusticamente com lã de vidro para redução de ruídos. A rede apresentou uma patologia após alguns meses de uso, em virtude de algum tensionamento na instalação, de modo que o vazamento foi escoando levemente ao longo dos meses pelo revestimento e só foi notado após a umidade infiltrar toda a manta e escoar pelo revestimento até aparecer no forro de gesso amarelado e danificado pela água.

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Figura 5. Detalhe do segmento de tubulação de esgoto Série Normal, com uma patologia, revestido acusticamente com lã de vidro

Fonte: Arquivo Univaldo Matias

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Figura 6. Detalhe do segmento de tubulação de esgoto Série Normal, com lâ de vidro

Fonte: Arquivo Univaldo Matias

Observou-se, após a abertura do forro, que havia umidade e pequenos focos de fungos proliferados em função da umidade por onde a água suja penetrou durante o período de permanência no material. Entende-se que esta situação depende das condições do ambiente. Considera-se, entretanto, um método trabalhoso para se executar os serviços tanto na instalação quanto nos reparos. A mão-de-obra para a fixação dos tubos na laje é praxe em qualquer sistema, porém, nesse método, requer também o trabalho do instalador no revestimento do tubo, aumentando assim o custo final, se comparado ao custo de um sistema com produto mais moderno, simples e mais eficiente como o PVC mineralizado, que tem melhor resultado e maior desempenho acústico.

Para fins de comparação, tomou-se como referencia um edifício de alto padrão ainda em construção com 14 pavimentos, e apenas um apartamento por andar com área de 230 m² por unidade, na Rua Emílio Colella nº 86, na cidade de Bragança Paulista. Obra da construtora C.D. Menin Engenharia e Empreendimentos Imobiliários Ltda.

O Engenheiro Célio Diniz, Diretor Técnico, optou por inovar neste projeto aplicando produtos modernos como o PVC mineralizado que, segundo ele, além de oferecer maior desempenho acústico, apresenta maior valor agregado ao imóvel, por utilizar tecnologias modernas. Localização da obra apresentada na Figura 4.

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Figura 7. Localização da obra à Rua Emilio, 86 - Bragança Paulista SP

Fonte: Google Earth

É possível observar na figuras 5 e 6 que as instalações prediais hidrossanitárias do edifício executadas com os tubos de PVC mineralizado apresentam sistema de fixações com abraçadeiras metálicas revestidas com anéis de borracha. Essa técnica, conforme Manual do fabricante, é uma prática para qualquer sistema independente de ser PVC mineralizado ou sistema convencional em lã de vidro, que deve ser fixado e travado. Nesse sistema, porém, o diferencial está no tipo e forma de acessórios utilizados, que fazem o isolamento dos ruídos da tubulação impedindo sua propagação para a estrutura. Além das abraçadeiras, também utilizaram nas passagens de tubulações entre as lajes anéis de borracha chamados de amortecedores acústicos, os quais têm a função de isolar o ruído e não deixar que se propague por vibração à estrutura.

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Figura 8. Detalhe de prumadas e ramais de esgoto (térreo) com PVC mineralizado para isolamento acústico dos ruídos

Fonte: Arquivo Univaldo Matias

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Figura 9. Detalhe de prumadas e ramais de esgoto (térreo) com PVC mineralizado para isolamento acústico dos ruídos

Fonte: Arquivo Univaldo Matias

Conforme Manual Técnico da empresa Mexichem, esse sistema é pioneiro e exclusivo no Brasil, cuja tecnologia desenvolvida por essa empresa na Europa obteve sucesso com uso em grande escala na Alemanha, vindo agora para o Brasil.

Além de todo o sistema de fixação específico para a linha, os tubos apresentam características técnicas diferenciadas, ou seja, sua composição mineralizada faz com que o material tenha sua densidade aumentada e apresente aspecto de porosidade interna tornando um ótimo isolante acústico sem comprometer suas propriedades físicas a que se destinam para condução de esgoto.

Nessa obra foi acompanhada a execução completa das instalações hidrossanitárias no apartamento do 7º andar, para fins de estudo comparativos do custo de mão de obra e do tempo de execução. Simulou-se a execução de instalação com o método em sistema convencional de isolamento acústico com a lã de vidro, e no método moderno usando os tubos de PVC mineralizados. A Figura 7 apresenta a planta baixa dos pavimentos tipo para fins de noções dimensionais.

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Figura 10. Planta baixa pavimento tipo

Fonte: C.D. Menin Engenharia e Empreendimentos Imobiliários Ltda

Não foi avaliado o desempenho acústico, pois se considerou o sistema de PVC mineralizado moderno e suficiente para atender aos requisitos da norma de desempenho, baseado nas informações, laudos e vídeos de testes apresentados pelo fabricante Mexichem Brasil Ltda. A empresa instaladora responsável pelas instalações hidrossanitárias desta obra efetuou orçamentos dos serviços para utilização de tubos de PVC comum com revestimento em feltros de lã de vidro, visto que este sistema já era praticado por eles. Posteriormente, depois de treinada sua equipe com o sistema em PVC mineralizado, efetuou-se orçamento de todos os materiais e serviços com PVC mineralizado, incluindo os acessórios como abraçadeiras metálicas e amortecedores, com o acompanhamento técnico da fábrica. A demonstração dos valores consta da Tabela 5.

Tabela 5. Comparativo de custos entre os sistemas de esgoto

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Fonte: Os autores

CONCLUSAO

A questão da qualidade e conforto nos ambientes exigidos pelo consumidor, também preconizada pela Norma de Desempenho NBR 15575, instrumento de pesquisa deste projeto, é sem dúvida uma questão primordial nas aquisições e contratações de serviços e produtos. Neste contexto, a avaliação do serviço mediante acompanhamento e execução na obra citada neste projeto permitiu observar algumas vantagens do sistema moderno com o uso de PVC mineralizado em comparação ao método convencional feito com tubos revestidos com a lã de vidro.

Este tipo de instalação de esgoto com revestimento ou tratamento com mantas de lã de rocha, lã de vidro, gesso ou lã cerâmica são tradicionalmente usados em muitas construções, desde muito tempo atrás, antes da publicação desta norma de desempenho. Entretanto, é um sistema suscetível a problemas e transtornos caso ocorra algum tipo de vazamento, por vibrações ou tensionamento na instalação, pois pode dificultar a localização do vazamento e gerar consequências maiores no forro, pintura e instalações elétricas.

Outro fator avaliado é que a forma de aplicação do material com lã de rocha ou outros revestimentos é bastante artesanal e quando manuseado, o feltro libera pequenas partículas de lã de vidro que podem causar desconfortos e irritações ao operário, dependendo da exposição ao produto, a região de contato com seu corpo e o tempo de contato.

Na era da tecnologia, onde tudo muda rapidamente "da noite para o dia", os métodos devem ser os mais práticos, rápidos e que tenham uma ótima eficiência, levando-se também em consideração a estética de forma que se alcance os resultados esperados. Conforme dados de pesquisas efetuadas pela empresa Mexichem Brasil Ltda, (Manual Técnico Silentium PVC, p. 21- PO2-Fevereiro/2007), especializada neste segmento de PVC, ficou comprovada a eficiência do PVC mineralizado quanto ao atendimento à norma NBR 15575-6 referente ao desempenho acústico nas instalações hidrossanitárias.

E finalmente, o fator mais relevante deste projeto TCC é o custo-benefício, onde numa obra, além da qualidade e do prazo, o custo é sempre um dos itens de grande importância. Neste caso, conforme Tabela 5 "Comparativo de custos entre os sistemas de esgotos", o resultado observado na comparação entre ambos os sistemas, convencional com lã de vidro e o PVC mineralizado, foi verificado que o PVC mineralizado, além de ser muito eficiente na questão de isolamento de ruídos, atendendo aos requisitos da Norma de desempenho NBR 15575-6, ainda apresenta um ganho comparado ao sistema tradicional feito com a lã de vidro, visto que no método tradicional há o acréscimo do revestimento propriamente dito e da mão-de-obra do operário para essa instalação. Salienta-se que o processo de fixação dos tubos é comum em ambos os sistemas e, portanto, o PVC mineralizado apresentou vantagem competitiva.

Em síntese, o objetivo deste projeto era apresentar a Norma de Desempenho quanto aos requisitos gerais, focando a sua parte seis, referente aos ruídos nas instalações hidrossanitárias e apresentar também os métodos existentes com revestimentos acústicos comparando-os com o uso do PVC mineralizado, e como objetivo final, comparar os valores de instalação entre ambos os métodos. Ficou, portanto, comprovada a diferença entre ambos os sistemas, de modo que o PVC mineralizado atende aos requisitos da norma de desempenho, mostrando ser um sistema mais eficiente, moderno e econômico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-6 -Edificações Habitacionais — Desempenho Parte 6: Sistemas Hidrossanitários;

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151: Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento;

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152 - Níveis de ruído para conforto acústico.

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8160: sistemas prediais de esgoto sanitário: Projeto e execução.

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: Instalações prediais de águas pluviais.

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalações prediais de água fria.

CALDAS, Ricardo W.; AMARAL, Carlos Alberto A. do Mudanças, Razão das Incertezas - Introdução À Gestão do Conhecimento. Cla 2002.

CONCEIÇAO, Alessandro Pucci da São Carlos: UFSCar, 2008.

CORRÊA, Aline Perdigão. IX Workshop Brasileiro de Gestão do Processo de Projeto na Construção de Edifícios. SBQP, 2009.

GNIPPER, Sérgio Frederico. Patologias frequentes em sistemas prediais hidráulico sanitários. Universidade Tuiutí do Paraná - UTP, 2003.

INSTITUTO DO PVC (São Paulo, SP). http://www.institutodopvc.org. São Paulo, 1997. Pesquisa realizada em 02/10/2013 às 10:47

KLAUFAU, Ane Carolina Moura. Proteção das perdas auditivas em Segurança e Saúde do Trabalho (p. 12, 2010).

Mexichem Brasil Ltda. MANUAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIOS. Indústria de transformações Plásticas 2011.

MARQUES, S.R. & Russo, I.C.P. - A poluição sonora: e a qualidade de vida nas grandes metrópoles. Rev. da Soc. Bras. de Fonoaud., 1 (1): 3 -5, 1997.

MARTINS, M. S.; HERNANDES, A. T.; AMORIM, S. V. Ferramentas para melhoria

do processo de execução dos sistemas hidráulicos prediais. In: III SIMPÓSIO

BRASILEIRO DE GESTAO E ECONOMIA DA CONSTRUÇAO. São Carlos: UFSCar 16 a 19 de Setembro de 2003.

NORMA TÉCNICA ALEMA - DIN 4109- Sound insulation in buildings; requirements and testing – (Isolamentos de ruídos em Edifícios – Requerimentos e testes);

DIRETIVA ALEMA - VDI 4100: Sound protection in buildings - Housing - Assessment and proposals for enhanced sound protection (Proteção Sonora em Edifícios – Avaliação e propostas para melhor isolamento de ruídos).

QUERIDO, José Geraldo. Prognóstico de ruído de instalações prediais hidráulicas sanitárias. Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP. Depto. de Engenharia Civil. BT/PCC:119. São Paulo: EPUSP, 1993.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por todas as bênçãos recebidas e por mais esta grande etapa marcante de minha vida.

À coordenadora do curso de Engenharia Civil da Metrocamp, Profa. M.Sc. Marilene Mariottoni pelo apoio e paciência durante esses anos.

Ao Prof. Marcelo Balbino da Silva pela orientação, pela sua dedicação e paciência com todos.

Aos demais Professores do curso de Engenharia Civil desta instituição que muito contribuíram para nossa formação.

A todos os amigos que conquistamos nesta instituição, e em especial ao Eliel Prado Martins, ao Roberto Leal Santana e ao Elizeu Silvério Rocha.

À empresa Mexichem Brasil Ltda, representada pela Gerente Kátia Matias e pelos Engenheiros Anderson Moraes e Marcelo Goeten, que prestaram todo o apoio e liberaram informações importantes para complemento deste trabalho.

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que são nossos espelhos e exemplo de persistência. À nossas esposas e filhos pelo amor, companheirismo, cumplicidade, incentivo, compreensão e apoio que nos ajudou alcançar mais esta conquista.

 

Autores:

Univaldo Matias

umatias31[arroba]yahoo.com.br

Renan Pissolatti

Prof. Marcelo Balbino da Silva

Profa. M.Sc. Marilene Mariottoni

Prof. M.Sc. Roberto Kassouf

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas

FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS (METROCAMP)

CAMPINAS

2013



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