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A investigação da prática pedagógica com o projeto recreação e cidadania na Escola Municipal de Ensi (página 7)

Lisete Maria Massulini Pigatto
Partes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

- Eu adoro brincar de mercadinho e estou gostando da escola.

- Está adiantando o trabalho, aprendi até os problemas.

- Eu gostei desse novo trabalho sobre a cidadania.

- Eu acho bom o trabalho que a gente faz com a recreação e cidadania.

- A gente aqui na escola aprende muito com isso.

- A recreação e a cidadania são importantes para todos, pois tem direito de aprender.

- Na cidadania: a importância é melhor porque cada um pensa de forma diferente.

- A metodologia ajuda a "saber viver" uns com os outros sem briga, sem violência.

- A gostar do outro, independente se é moreno ou pobre.

- O trabalho ampliou os nossos conhecimentos e nos preparou para o futuro.

- O trabalho deve continuar é muito legal.

- O trabalho com o projeto esta me ajudando muito. Mais tarde eu vou aprender mais e poder fazer bastante coisa com o que eu estou fazendo.

- O Projeto ajuda a escutar o outro, porque temos que aprender a viver.

- As pessoas precisam aprender sobre a cidadania, o trabalho ajuda a gente a mudar.

- O trabalho com o Projeto ajuda em muitas coisas, a melhorar por dentro e por fora.

- Se aprende a prestar atenção quando os outros falam. Isso é bom para todos.

- Adorei os vídeos. Tive desenvolvimento, deveriam fazer isso em todas as escolas.

- Gostei muito do trabalho, ele é muito importante para a nossa vida.

- Adorei o filme do queijo, por isso não dependa de ninguém, o futuro é seu. Lute! Lute!Lute!

- Eu aprendi muitas coisas que não sabia. Eu pensava que não precisava saber.

- A metodologia é muito boa, uma nova forma de aprender.

- Deu pra aprender bastante, escutar as pessoas é muito importante.

- Tudo o que aprendi aqui, vou usar na vida.

- Aprendi a olhar, tem que olhar para aprender.

- Eu acho que a gente aprendeu muito.

- Eu acho que estou mudando estão é bom aprender.

- O trabalho é bom porque nos ganhamos dinheiro de brinquedo.

- Eu acho muito bom porque a gente aprende mais.

- Eu Gostei de fazer estes desenhos. Professora vai fazer mais coisa com a gente.

- O trabalho estava bom. Adorei esse trabalho, é bom para a gente aprender.

- Eu acho que estou melhorando, continue com este trabalho, muito bom.

- Eu gosto de brincar de mercadinho e gosto de estudar.

- Eu estou gostando da escola. A Professora é muito legal.

- Está adiantando o trabalho, aprendi os problemas.

- Eu acho o trabalho bom.

- Eu estou aprendendo. Eu estou achando bom. Eu gostando de aprender.

- Eu estou gostando do trabalho porque está me ajudando muito.

- Mais tarde eu vou aprender mais e poder fazer bastante coisa com o que eu estou fazendo. Professora Lisete, Muito obrigado por estar fazendo isso por nós, continue assim. Eu estou adorando.

- Gostei muito, agora até já consigo falar.

6.2 O Caminho Percorrido e as Perguntas da Investigação

No início da experiência, devido às concepções tradicionais no processo de ensino e aprendizagem os (as) Professores (as) da escola apresentavam muita resistência para trabalhar com a Inclusão Social. A grande maioria não tinha conhecimento sobre as Políticas Públicas Inclusivas, a Educação Inclusiva e a Legislação Específica. Havia sempre muita dificuldade para participar dos seminários e cursos de formação, contrapondo-se a necessidade de continuar aprendendo. As discussões sobre os temas nas reuniões fizeram os (as) Professores (as) re-pensar sobre a sua prática pedagógica.

Desse modo perceberam as diferenças entre o trabalho desenvolvido com a Inclusão Social e a Educação Inclusiva. A relevância do trabalho na educação básica e a desvalorização da categoria frente às incertezas apresentadas pelas políticas vigentes. Para amenizar o problema da incerteza (Morin 2000, p. 201 e 202) oferece três teorias: a teoria da informação, da cibernética e a dos sistemas. Na primeira apresenta ferramentas para o tratamento da incerteza. Na segunda, a teoria sobre a idéia de retroação, introduzida por Norbert Weiner[164](1912) rompe o princípio da causalidade linear e introduz o círculo causal. Onde a causa age sobre o efeito e o efeito sobre a causa, concomitantemente. Na terceira teoria oferece a dos sistemas, a da qualidade, a qual nasce do todo e podem retroagir para as partes resolvendo o problema inclusivo.

Num alerta a complexidade, se contrapõe ao convencionalismo científico, pois não aceita valorizar apenas a questão metodológica e a dialética na pesquisa. Salienta para a percepção global e a necessidade da dialógico-dialética no novo paradigma. Chama a atenção para a existência de novas estruturas de forma inter-trans-multi-pluri disciplinares presentes no debate sobre a construção científica. Neste paradigma desenvolvem-se estudos epistemológicos e condições sistêmicas para a ciência.

A Teoria do Pensamento Complexo constitui-se na Teoria de Inclusão Social, pois considera todas as possibilidades teóricas de reflexão. Ampliam espaço as formas de pensar e aos pressupostos teóricos, pois parte da não completude do conhecimento e da aceitabilidade da diversidade. Em suma, considera que tudo está em relação, nada está isolado, tudo está no todo. A escola está na sociedade e a sociedade está na escola. Desse modo, o estudo de caso na pesquisa volta-se às reais necessidades da população.

Na analise da pesquisa, constata-se que o (a) Professor (a) avança no seu trabalho, mas tem medo de inovar as práticas pedagógicas e enfrentar o novo. Apresenta dificuldade em ousar, em buscar métodos e técnicas alternativos e interativos devido há falta de um preparo mais específico. Não sabem que isso é permitido, pois carecem de informações e conhecimentos sobre o assunto. Na grande maioria foram educados durante a ditadura militar e reprimidos pelo sistema. Mesmo assim, sentiram a necessidade de sair do estado de acomodação e transformaram as suas práticas.

O trabalho desenvolvido com o Projeto Recreação e Cidadania motivam os (as) Professores (as) a continuar. O planejamento flexível, associado à metodologia e ao conteúdo ajudou há superar as dificuldades enfrentadas na escola. De acordo com as idéias de Kenski (2004) a ação foi centrada no atendimento individualizado de modo que o (a) professor (a) colocasse as suas angustias e agisse com bons resultados.

Desse modo se respondeu o problema da pesquisa:

- As Práticas Pedagógicas desenvolvidas com o Projeto Recreação e Cidadania na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia para a Inclusão Social identificam-se com o Perfil do (a) Professor (a) na Educação Emancipadora?

Sim, as práticas pedagógicas desenvolvidas com a Inclusão social no Projeto Recreação e Cidadania na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia identificam-se com o Perfil do (a) Professor (a) Emancipador (a). Um problema discutido, analisado e aprimorado na Tese de Doutorado em Ciências da Educação. O Trabalho desenvolvido com o projeto superou as expectativas, possibilitou avaliar as práticas pedagógicas inovadoras e delinear o Perfil do (a) Professor (a) para atuar com a Inclusão Social. Desse modo conseguimos alcançar as metas e os objetivos no projeto, desenvolvendo um ensino ideal e uma Educação Social de qualidade.

A princípio os (as) Professores (as) da escola voltavam-se ao método tradicional. Não apresentavam o perfil emancipador, adequado para atuar com a Inclusão Escolar e Social. Gradativamente, devido aos estudos realizados nas reuniões, nos cursos e seminários, nas práticas pedagógicas inovadoras com a metodologia do Projeto Recreação e Cidadania constata-se que foi possível aprimorar o Perfil do (a) Professor.

Na concepção de Libâneo (2003) a educação na sociedade contemporânea é pública e deve ser compartilhada. Portanto, cabe ao Professor (a) adaptar o seu perfil e a sua gestão ao processo de ensino aprendizagem com os (as) alunos (as). No intuito de proporcionar aprendizagem e o desenvolvimento da cidadania pró-ativa. O acesso às informações, aos conhecimentos, aos métodos e técnicas comprova que pela ação educativa torna-se possível transformar as pessoas, o que torna relevante o trabalho educacional realizado na escola com o Projeto Recreação e Cidadania.

Na atualidade o (a) Professor (a) tem o desafio de ser um agente de mudanças, capaz de gerar conhecimentos desenvolver a ciência e a tecnologia. Trabalhar a cultura, os princípios e os valores primordiais, frente à pressão mundial que descaracteriza as nações. No intuito de preparar cidadãos com habilidades e competências para entender a evolução e a dinâmica do mundo para transformá-lo num lugar melhor de se viver.

A Proposta desenvolvida com a Inclusão Escolar e Social elevou o nível da educação, tornando-a mais flexível. Adequada ao potencial do (a) aluno (a), uma medida fundamental no processo inclusivo, pois trabalha com princípios e valores alem do econômico. A Inclusão Social se contrapõem ao neoliberalismo, há globalização meramente econômica. Aposta no trabalho do (a) Professor (a) como um facilitador capaz de conduzir o processo com sucesso. Segundo Libâneo (2003) para isso o (a) Professor (a) deve ter três objetivos: a) preparar o (a) aluno (a) para o processo produtivo e para a vida em uma sociedade técnico-informacional; b) favorecer o desenvolvimento da cidadania crítica e participativa; c) ter formação ética condizente.

Neste processo o (a) Professor (a) ético, fundamenta-se nos valores e nas atitudes, desenvolve "competências sociais de relações grupais, capacidades sócio-comunicativas, de iniciativa, de liderança, de responsabilidades, de solução de problemas" (Libâneo 2003, p. 118) nos alunos (as). As Competências comunicativas foram desenvolvidas por meio do dialogo e do consenso. Desse modo, o (a) aluno recebeu uma formação geral, culturalmente científica com acessibilidade na diversidade. Integrando os conhecimentos básicos da ciência as habilidades técnicas que fundamentam os novos processos sociais e cognitivos. Assim, também ocorreu a preparação tecnológica, concomitantemente com o desenvolvimento dos saberes.

6.2.1 Nas Práticas Pedagógicas com o Projeto Recreação e Cidadania quais as dificuldades encontradas pelos (as) Professores (as) para trabalhar com a Inclusão Social?

No Brasil, segundo os preceitos Constitucionais vigentes, vive-se num país cuja forma de governo caracteriza-se pela democracia representativa participativa e pluralista. Sendo assim, organizaram-se na escola e na sociedade espaços para o exercício da cidadania pró-ativa, consciente e participativa por meio do Projeto Recreação e Cidadania como o objetivo de vislumbrar a Inclusão Social. A pedagogia contemplou um trabalho de equipe vinculado tudo com uma finalidade no contexto.

A Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988[165]a Lei de Diretrizes e Bases[166]e outras Leis complementares fundamentam o estudo. Nas Práticas Pedagógicas Inovadoras com o Projeto Recreação e Cidadania as dificuldades encontradas pelos (as) Professores (as) para trabalhar com a Inclusão Social foram muitas, as quais se encontram descritas de acordo com as perguntas respondidas.

Na questão um deste bloco, a Inclusão Social na concepção dos (as) Professores (as) é percebida como: uma forma de interação para se viver melhor. Uma maneira de suprir as diferenças. Uma oportunidade para todos em todas as áreas. O acesso aos bens de forma justa. Uma atitude educativa das crianças e adolescentes na sociedade.

Assim como, a inserção do cidadão na sociedade por meio da educação e do trabalho. Uma conquista social que tem como objetivo fazer com que o excluído participe da sociedade. A inserção das pessoas na vida em sociedade por meio dos aspectos: educacional, econômico, cultural, político e ambiental. A inclusão social é a arte da democracia na diversidade. Em suma a Inclusão escolar e social deve ser vista como um processo de humanização constante, de modo que o (a) aluno (a) seja atendido nas suas especificidades e de acordo com o seu ritmo de aprendizagem.

Na questão dois, onde se pergunta sobre a concordância com a Política Inclusiva. Oitenta por cento diz que sim e vinte por cento acredita que não funciona. Nos argumentos percebem que o ser humano é igual, mas tem limitações e potencialidades. A Inclusão Social na teoria visa diminuir as desigualdades sociais, torna possível o acesso de todos ao sistema, mas nem sempre funciona. A prática com a Educação Inclusiva é sistêmica, excludente, pois algumas iniciativas funcionam, mas outras mascaram a realidade. Deixam o aluno (a) vulnerável, em situações constrangedoras. Em suma a educação inclusiva é a educação tradicional re-paginada.

Na terceira questão deste bloco onde se pergunta no que consiste a dificuldade para trabalhar no processo inclusivo. Os Professores são unânimes em responder: nas Políticas Públicas insuficientes, injustas e no comportamento difícil dos (as) alunos (as). A Política vigente da Educação Inclusiva é sistemática, não atende as expectativas dos (as) alunos (as) e Professores (as). Apenas inclui os (as) alunos (as) na sala de aula regular de acordo com a sua idade cronológica, sem respeitar as suas necessidades específicas e as suas potencialidades. Deste modo o (a) Professor (a) não consegue atender a todos de forma satisfatória e os (as) alunos (as) inclusos passam a serem excluídos pelo próprio grupo, pois não se adaptam. Devido as suas dificuldades serem acentuadas, alguns não conseguem acompanhar os colegas e se rebelam seguidamente.

A Proposta da Educação Inclusiva fundamenta-se na Educação para Todos no intuito de elevar o nível da educação básica, mas não está conseguindo. De forma inconsciente, continuam a agir como a educação tradicional devido à falta de flexibilidade. A Educação Social contempla a Inclusão Social e a sua "teoria busca estudar os fenômenos humanos em toda sua complexidade, sem limites impostos pela formalidade tradicional" (Quintana 2007) [167]isto requer acesso aos conhecimentos.

No paradigma inclusivo não se questiona apenas a inteligência, os conteúdos e o currículo, mas a formação integral da pessoa. Sendo assim,"a escola tem o dever de não se contentar apenas com o que o aluno já sabe, estimulando-o a prosseguir no entendimento de um fenômeno." (Batista 2007, p. 7) Devem oportunizar aos alunos o acesso aos temas universais e a aquisição dos saberes nas várias áreas do conhecimento.

A proposta de trabalho na escola deve ser clara para se chegar à essência do Ser e instigar o (a) aluno (a) a correr atrás dos seus sonhos. No livro "A Cabeça Bem-Feita", Morin (2003) lança o grande desafio: é preciso que a humanidade comece a repensar a forma de pensar a percepção global. De modo que se promova a Inclusão Escolar e Social, pois as maiores dificuldades encontram-se nos aspectos psicológico, econômico, cultural e na eliminação dos preconceitos nas pessoas. Portanto o processo inclusivo requer além do material, recursos humanos qualificados que sejam capazes de organizar as ações e tomar as devidas atitudes para que ocorra realmente a transformação social.

No Brasil, já há uma boa oferta de Ações Educacionais Complementares[168]que podem ser reivindicadas pelas Prefeituras, adaptadas ao ensino formal no intuito de promover a inclusão escolar e social de forma alternativa e interativa. Apesar das inovações tecnológicas, da possibilidade de se ensinar e aprender de forma diferente, alguns Professores (as) ainda centra-se na aquisição dos conteúdos de forma reprodutivista, onde "o professor é colocado na posição daquele que "possui" o conhecimento e sua tarefa é "transmiti-lo" aos alunos." (Zacharias)[169] Aqui reside a outra dificuldade do Professor (a), alguns insiste em manter a posse sobre o saber. Não consegue desvencilhar-se do ensino tradicional para assumir uma postura emancipadora no intuito de compartilhar e participar das experiências pedagógicas que desenvolvem.

Isto acontece devido a vários fatores internos e externos. Apesar de todo o trabalho desenvolvido no Brasil com a Teoria de Paulo Freire, alguns não conseguem a empatia com o outro. Não conhecem a inclusão social, tem medo da globalização, de desafiar o novo e da ousadia, resultado de uma cultura repressora. O novo paradigma requer a formação e a interação do cidadão: "consciente, sensível e responsável que pense global e aja localmente, sendo capaz de intervir e modificar a realidade social excludente a partir de sua comunidade, tornando-se, assim, sujeito da própria história" (PNEF, 2005, p.15) capaz de agir com autonomia e responsabilidade social.

Sendo assim, é preciso apostar na inclusão social como um "processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade" (Sassaki, 1999, p.41). Deve-se apostar também na gestão do Professor (a) para que este seja capaz de conduzir as pessoas com segurança neste processo.

Assim, percebe-se a Inclusão Social como resultado de uma reação social, que procura uma nova forma de vida, uma nova ética disposta a promover a humanização e a emancipação no planeta. Uma contraproposta ao sistema neoliberal, um movimento há nível de mundo que não visa apenas incluir o deficiente, mas todos os seres humanos. Em todos os setores sociais no intuito de amenizar as desigualdades e promover a paz.

Num processo que se inicia no Século XVI com as grandes navegações, perpassa o movimento revolucionário socialista, o sistema capitalista até os dias atuais. Onde, por meio das Políticas Públicas Inclusivas busca-se a terceira via, no intuito de unir o socialismo ao capitalismo, promover qualidade de vida e amenizar os problemas sociais. Sendo assim, a educação é a grande estratégia para se alcançar as metas e os objetivos do milênio. Nesse sentido, percebe-se que o conhecimento científico é científico-social e o entendimento sobre o ser humano está imerso em representações culturais.

Neste processo o Projeto Recreação e Cidadania ofereceram condições para que o (a) aluno (a) e o (a) Professor aprendessem na ciência do saber, "desenvolvendo situações de aprendizagens diferenciadas, estimulando a articulação entre saberes e competências." (Zacharias, 2006)  De acordo com o seu interesse de forma significativa criando novos termos, desenvolvendo conteúdos, contrapondo-se ao convencionalismo científico desnecessário conforme salienta Morin (2000).

Em suma, a explicação mais plausível as dificuldades do Professor (a) no processo inclusivo se constituía na falta de diálogo, de habilidades e competências para lidar com o paradigma emancipador. Não aceitam a forma de como vem sendo conduzida à educação inclusiva devido à rigidez com que vem sendo implantada, pois gera exclusão ao invés de Inclusão Social. Para desenvolver o processo de inclusão escolar e social com eficácia sugere-se como modelo o Projeto Recreação e Cidadania.

6.2.2 O Saber influencia na Gestão do (a) Professor (a) para atuar com a Inclusão Social?

Na primeira questão deste módulo procura-se verificar de que forma o saber contribui na gestão do Professor (a) no processo inclusivo. Nas suas respostas descobre-se que o saber acumulado ao longo da vida ampliou a visão do (a) Professor (a), o acesso ao conhecimento ajudou a conviver e a interagir melhor com o meio. Instigou a tomar atitudes coerentes que favoreceram o desenvolvimento das habilidades e competências nos (as) alunos (as). Ao desenvolver a gestão por competências, organizaram o saber. Aprenderam a ter iniciativa, a participar e a conviver melhor.

Na segunda pergunta indagou-se de que forma o saber contribui para a formação de habilidades e competências no processo inclusivo. Deste modo alegaram que o saber ajudou a desenvolver habilidades e competências quando aproveitaram os conhecimentos anteriores de forma significativa, pois construíram outros saberes. Assim, os (as) alunos (as) aprenderam quando colocam em prática os conhecimentos adquiridos desenvolvendo novas habilidades e competências. Na realidade este foi o ponto de partida para novos projetos sócio-educativos, de modo que refletissem e se desenvolvessem como seres humanos. O processo inclusivo exigiu qualificação, novos saberes para entender o assunto, para isto se organizou as oficinas de sensibilização no intuito de compartilhar informações e conhecimentos sobre a inclusão social.

Na terceira intervenção se perguntou: o saber favoreceu a aprendizagem, o desenvolvimento da cidadania pró-ativa e a inclusão social. Na totalidade os (as) Professores (as) afirmaram que sim. É preciso que se conheçam os direitos, cumpram-se os deveres, para fazer acontecer o que se quer. Alegando que isso somente acontecerá se a pessoa estiver aberta aos novos conhecimentos e disposta a aprender sempre.

Ao analisar as suas respostas, percebe-se que os saberes adquiridos por meio das práticas pedagógicas inovadoras influenciam na Gestão do (a) Professor (a). Os conhecimentos adquiridos, a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o PNE - Plano Nacional da Educação e o PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação foram fundamentais na gestão do Projeto. Assim como outros saberes imprescindíveis apontados por Freire (1999) e Morin (2001) ao longo do estudo de caso.

O saber ajudou a desenvolver as práticas pedagógicas inovadoras e com isso a sua gestão, que precisa estar inserida num projeto de nação e de mundo. Conhecer a LDB, o PNE e o PDE possibilitou compreender a universalização da educação básica. A re-organizar o PPP, os Planos de Estudo e de trabalho, integrando os níveis desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. A LDB 9394/96, permitiu conhecer a estrutura e a organização da Educação Nacional, as Diretrizes e Metas. O PNE, Lei 10.172/01 demonstrou o diagnóstico, os objetivos, as metas para cada nível e modalidade da Educação Básica. O PDE apontou a visão da qualidade na educação, para isso busca a permanência do (a) aluno (a) na escola. Os índices de avaliação do IDEB e do SAEB oportunizaram rever os pontos positivos e negativos para organizar e promover as melhorias necessárias na educação escolar.

A LDB instituiu o Projeto Político Pedagógico[170](PPP) como obrigatório nas escolas e com ele uma atenção especial ao saber às habilidades e as competências. A Lei Nº 9394/96 em seu artigo 12, inciso 1, diz: "Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de um sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica." Tudo isso apresenta uma dupla dimensão: orientar para a Inclusão Social e conduzir o processo educacional por meio dos saberes.

As Diretrizes do MEC orientam o (a) Professor (a) a desenvolver cinco competências: o domínio da linguagem, a compreensão dos fenômenos, a construção de argumentações, a solução de problemas e a elaboração de propostas. As quais se encontram nos Planos de Trabalho e no Projeto Político Pedagógico organizando os saberes desejados nas suas especificidades, níveis e modalidades. Saberes estes que instigaram o dialogo e reflexão crítica sobre os problemas da sociedade, da educação, da cultura e a sua devida intervenção na realidade para solucionar os problemas.

Sendo assim, "o conhecimento prático é o corpo de convicções e significados" (Telles 2002, p.99). Que se desenvolveu de forma consciente ou inconsciente na escola e no social, expressos pela prática do (a) Professor (a). Que buscou no marco situacional[171]conceitual[172]e operacional[173]as respostas para os saberes.

Os saberes sobre os princípios filosóficos, epistemológicos, didático-pedagógicos e éticos sustentou o currículo escolar e faz parte dos saberes pedagógicos do (a) Professor (a). Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro de Edgar Morin (2001) e a Pedagogia da Consciência Crítica de Paulo Freire (1999) fundamentaram as práticas pedagógicas inovadoras em caráter científico. Os saberes influenciaram na Gestão do (a) Professor (a) com amorosidade conforme recomenda Paulo Freire (1992 p.101) "ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e anunciar". Deste modo o Professor (a) re-significou o processo de ensino aprendizagem pela gestão na espiral da práxis.

Na Teoria da Complexidade apresentou-se o pensamento racional de Edgar Morin (2001) e na Pedagogia da Consciência Crítica à emoção do aprender de Paulo Freire (1921 – 1997). Ambas uniram os aspectos da vida humana. Integrando as diferenças internas e externas com a solidariedade dos fenômenos. A Gestão por Competência exigiu planejamento e constantes re-avaliações no projeto, o que favoreceu o desenvolvimento das habilidades e das competências no fazer escolar.

O saber uniu todas as áreas, relacionando a teoria e a prática com sucesso. A inteligência e a afetividade, pois "o conhecimento é um problema de todos e cada um deve levá-lo em conta desde muito cedo." (Morin 2001, p.2[174]O ensino tradicional devido a sua rigidez impedia o entrelaçamento dos conhecimentos com as vivências. Fragmentava o ensino, desestimulando a reflexão e a resolução dos problemas.

A nova concepção volta-se a Educação Social, numa perspectiva humanista e emancipadora. Favorece a aprendizagem e o desenvolvimento da cidadania pró-ativa. Visa à interatividade humana e não apenas o Ser como um proprietário do Ter, dono das verdades absolutas. A aprendizagem do Século XXI requer diálogo, acordos e parcerias, pois não se aprende apenas na escola, mas em todo o lugar e a todo o momento.

Uma nova postura demonstrada pelo paradigma inclusivo vigente. No entanto, a prática pedagógica tradicional ainda tem a crença de que os conhecimentos válidos  passam pela certificação e não pela qualificação de forma dinâmica e interativa. Onde todos aprendem com todos. Pesquisadores contemporâneos afirmam que a sociedade está desenvolvendo um novo modo de apropriação do saber. Para isto necessita de profissionais com habilidades e competências capazes de orientá-los neste paradigma.

Deste modo constata-se que o saber acumulado ao longo da vida ampliou a visão do (a) Professor (a). O conhecimento ajudou na gestão, na organização, oportunizando ao Professor (as) a conviver e a interagir com o meio. A tomar atitudes coerentes, favorecendo o desenvolvimento das habilidades e das competências no processo de ensino aprendizagem. Apesar dos esforços para desenvolver os saberes, "o problema noológico continua: persiste a dominação pelas idéias, inclusive as emancipadoras." (Morin)[175] Segundo o autor um problema complexo que faz parte da natureza humana, pois há mentes que resistem ao imprinting[176]e a manipulação. Não conseguem perceber e visualizar o novo ou não querem sair do estado de acomodação pelo medo do desafio.

No inicio da pesquisa devido à hierarquia da estrutura organizacional e do conhecimento alguns Professores (as) ignoravam o processo de ensino aprendizagem emancipador. Acreditam que aprender era reproduzir e não induzir a criar o novo.

Não tinham a oportunidade de discutir a natureza da educação, nem a política estabelecida no Projeto Político Pedagógico, pois não haviam percebido que a educação e a inclusão social fazem parte de um processo de humanização lento e gradual. Atualmente o conhecimento ainda é idealizado pela academia e pelas comissões oficiais do currículo. O oposto da proposta apresentada pelo Projeto Recreação e Cidadania, que estabelece vínculos entre as necessidades das pessoas e a realidade, oportunizando aprendizagem, minimizando as diferenças, impedindo a reprovação e evasão escolar.

A interação do saber com a metodologia melhorou consideravelmente a Gestão do (a) Professor (a) e a sua autonomia. O saber organizado pelas práticas pedagógicas inovadoras traçou um caminho seguro, estimulou o desenvolvimento das habilidades e das competências que levaram ao sucesso. Percebe-se assim que "o domínio técnico é tão importante para o profissional quanto à compreensão política é para o cidadão" (Freire, 1999, p.27). Deste modo, o método e as técnicas trouxeram a escola saberes que possibilitaram a passagem do pensamento ingênuo ao crítico. Nesta dinâmica o (a) Professor (a) atuou como facilitador no processo de inclusão escolar e social.

A Proposta desenvolvida com a Inclusão Social levou o (a) Professor (a) a trabalhar em equipe, a problematizar a relação entre o conhecimento científico e a realidade. A desenvolver novos saberes para suprir as demandas. Deste modo as praticas pedagógicas inovadoras influenciaram na gestão do Professor (a) trazendo benefícios aos alunos (as) à medida que vivenciavam situações de aprendizagem por meio do diálogo, da problematização. O Projeto integra o administrativo e o pedagógico promove um ensino ideal uma educação de qualidade para a inclusão social. O saber contribuiu na gestão, amenizou as diferenças e oportunizou ao Professor (a) atuar como um líder, um gestor eficaz, capaz de ajudar os (as) alunos (as) a realizar os seus sonhos.

6.2.3 As Práticas Pedagógicas no Projeto Recreação e Cidadania desenvolvida com a Educação Emancipadora induzem à Inclusão Social?

Sim, as práticas pedagógicas no Projeto Recreação e Cidadania desenvolvida com a educação emancipadora induzem à Inclusão Social. Neste bloco, para responder a pergunta principal fizemos três questionamentos. No primeiro avaliou-se a potencialidade da Metodologia Recreação e Cidadania, na segunda o processo de ensino aprendizagem e na terceira as expectativas dos (as) Professores (as) quanto ao Projeto. Assim, se constata que na opinião de cem por cento dos (as) Professores (as), a Metodologia Recreação e Cidadania quando utilizada na escola de forma inter, trans-disciplinar e multidimensional contribui com a aprendizagem e a Inclusão Social.

A metodologia de trabalho utilizada melhorou muito as relações de confiança entre os (as) alunos (as) e Professores (as) por meio do diálogo e das técnicas empregadas. Despertou a criatividade e o respeito aos semelhantes. Desenvolveu a percepção, a análise e a crítica integrando os saberes. Oportunizou a interação dos conhecimentos de forma alegre e divertida. Estimulando o desenvolvimento das habilidades e das competências. Motivou a ação, a transformação escolar e social de forma individual e coletiva. Oportunizou uma aprendizagem alegre, divertida, encantando alunos (as), Professores (as) e os familiares favorecendo a Inclusão social.

Na segunda pergunta investigamos se a sucessão de temas ações e atividades educativas desenvolvidas com a metodologia Recreação e Cidadania favoreceram a aprendizagem e a cidadania pró-ativa nos (as) alunos (as). Na opinião dos (as) Professores (as), cem por cento acreditam que sim. Os (as) alunos (as) conseguiram perceber melhor o contexto. Aprenderam a agir e a interagir de forma saudável. Devido o acesso aos conhecimentos tornaram-se mais participativos nas atividades do dia a dia.

A integração aluno-professor-projeto desenvolveu uma afetividade muito grande. Estimulou os acordos e as parcerias. Mobilizou os (as) alunos (a) a interessar-se pelos conhecimentos e a desenvolver as habilidades e competências. Estimulou o pensamento criativo e a autonomia. Favoreceu a aprendizagem devido aos focos temáticos, pois eram abordados de diversas maneiras concomitantemente. Deste modo, constata-se que quanto maior a ênfase nos temas, no numero de ações e atividades educativas maior será o aprendizado dos alunos (as), Professores (as) e da comunidade.

No terceiro item pesquisamos se a proposta metodológica atende as expectativas dos (as) Professores (as). Oitenta por cento acreditam que sim. Vejam os depoimentos a seguir. Eu participei ativamente e gostei. Conseguimos nos desenvolver como pessoa. O método estimula os (as) alunos (as) a participar. Oportuniza uma convivência saudável, responsável e crítica. Os resultados foram positivos. A metodologia contribui com a aprendizagem, encanta os (as) alunos (as) com a sua dinâmica. No entanto, vinte por cento, não gostaram, justificando ser negativo devido à diversidade de opções. O Projeto viabilizam uma Educação Emancipadora de qualidade, porque "possibilita a todos à compreensão elaborada da realidade social, política e econômica do momento vivido pelos educandos" (Rodrigues)[177] por meio das práticas pedagógicas inovadoras.

Segundo a autora, a Educação Emancipadora rompe com qualquer padrão de qualidade em decorrência do desenvolvimento das relações sociais. A dinâmica da proposta favoreceu a aprendizagem dos (as) alunos (as) e Professores (as) numa prática sociológica preventiva. Apesar dos absurdos feitos nas escolas com a Educação Inclusiva, os (as) Professores (as) trabalharam com o tema tranquilamente.

O sucesso da metodologia se deve a combinação das teorias dos autores citados, associados as vivencias práticas. Piaget (1971) parte do pressuposto de que toda experiência, apesar de ser externa, depende da base cognitiva interna. Da estrutura biológica do homem é que se processa o desenvolvimento da inteligência. Os sócio-interacionistas afirmam que o aprendizado se dá das percepções externas para o interno.

As teorias descritas no capítulo três fundamentam as bases do Projeto Recreação e Cidadania. A proposta metodológica constitui-se num conjunto de metas e objetivos que se encontram numa sinergia, num contexto político sócio-educacional. Portanto para aprender necessita-se do diálogo e da problematização, "porque este é inacabado e sabe-se inacabado". (Freire, 1988, p.27) Sendo assim, para aprender o (a) aluno (a) precisa vencer as incertezas, "superá-las em curto ou médio prazo, mas ninguém pretende tê-las eliminado em longo prazo." (Morin 2003, p.91) As incertezas e as perdas fazem parte da vida e cabe a educação também trabalhar o emocional no aluno.

As estratégias utilizadas no projeto foram trabalhadas com sucesso, pois ajudaram os (as) alunos (as) a superar o medo de aprender, de fazer e de conviver na complexidade. A ação-transformação no contexto foi o resultado das interações desenvolvidas pelo Professor (a). Deste modo as regras organizaram as estruturas mentais com intencionalidade. Criaram memórias, abriram espaço para que a recreação e o exercício da cidadania despertassem princípios e valores na escola e na comunidade.

As discussões em torno dos autores ajudaram na reflexão sobre a Educação Emancipadora. Neste sentido alteram-se as práticas pedagógicas valorizando as ações cotidianas, integrando as metodologias e incitando os Professores (as) a reconhecer que existe uma nova cultura escolar que demandava pesquisa e investigação. Na maioria das vezes os (as) Professores (as) não conseguiam lidar com os alunos (as) diferentes e as suas crises. Não conseguiam adaptar a metodologia as necessidades e potencialidades.

No contexto, as dificuldades vêm sendo superadas pela pesquisa-ação numa espiral da práxis com temas, ações e atividades educativas que promovem avanços significativos com a metodologia. No comportamento dos (as) alunos (as) já se reflete a estrutura mental, resultado do trabalho desenvolvimento pelos Professores (as) nos níveis afetivo, cognitivo e psicomotor. O estudo de caso demonstra que o desenvolvimento da inteligência resulta do nível de percepção da realidade de como cada um, porque os saberes lineares se misturam. Na concepção de Habermas (1975) os saberes "salientam a capacidade crítica e criativa para reconstruir as idéias racionais, as instituições e ações mais humanas, pois o conhecimento é o poder." (Mazzardo 2005 p.37) Percebe-se assim, que as idéias lançadas por meio do Projeto Recreação e Cidadania vêm ajudando a humanizar e a emancipar para uma cultura de paz.

Neste processo o (a) Professor (a) utilizou os saberes e as práticas pedagógicas inovadoras. Os saberes Integradores resultaram das pesquisas que investigaram as formas de ensinar e aprender os conteúdos correspondentes ao Saber Emancipatório. A Metodologia do Projeto Recreação e Cidadania utilizada na sala de aula, nos Ambientes de Recreação natural ou informatizado, bem como nas Oficinas constituem-se como ferramentas potencial para trabalhar o processo de ensino aprendizagem e a qualificação de Professores (as) para atuar em equipe com a Inclusão Escolar e Social.

A dinâmica no Projeto Recreação e Cidadania favoreceram o desenvolvimento de um ensino ideal contextualizado, unindo a teoria e a prática pelas vivencias. Instigou uma Educação Social de qualidade devido às oportunidades de dialogo e problematização que proporcionou aos participantes. A Proposta metodológica é viável e a Política Inclusiva requer um profissional comprometido com uma educação Emancipadora. (Gadotti, 2001)[178] Capaz de humanizar e promover a autonomia no aluno (a), voltado às necessidades do seu tempo e do seu espaço social.

Um profissional de conceito, mas despido de preconceitos. Apto para trabalhar com as dificuldades de aprendizagem e a adaptação social. Capaz de aceitar o desafio de: "como encantar as crianças com outros saberes." (2006, p.9) Neste contexto (Furtado, 2007, p.03) afirma: "nós não temos nenhuma aula a "dar": mas sim a construir junto com o aluno. Este precisa ser o personagem principal dessa novela chamada aprendizagem." Onde o Professor (a) deve encantá-lo pelo desafio.

A dinâmica exigiu um trabalho de equipe, planejamento e organização. Muito diálogo, confiança e problematização para alcançar os resultados. O (a) Professor (a) teve a liberdade para atuar de acordo com o grupo e o seu planejamento. A Educadora Especial fez a Gestão da Inclusão Escolar e Social, conforme o planejamento realizado no inicio do ano em comum acordo com todos os membros do grupo de forma flexível.

Enquanto as alunas da Pedagogia e da Educação Especial atenderam os (as) alunos (as) de forma alternativa e interativa. As Praticas Pedagógicas Inovadoras promoveram a inclusão nas áreas educacional, econômica e social. Minimizaram as diferenças entre os (as) alunos (as) e Professores (as), revertendo o dramático processo de exclusão, com isso salienta-se a importância da Educação Social.

6.2.4 As Práticas Pedagógicas no Projeto Recreação e Cidadania para a Inclusão Social, identificam-se com o Perfil do Professor Emancipador ?

De comum acordo as práticas pedagógicas no Projeto Recreação e Cidadania com a Inclusão Social, identificam-se com o Perfil do (a) Professor (a) Emancipador (a). No intuito de responder a esta questão fizemos outras perguntas, as quais foram analisadas e avaliadas. Percebe-se como um Professor (a) motivado? Oitenta por cento acreditam que sim e argumentam: "quando não tiver mais motivação quero sair do magistério." A grande maioria gosta do que faz e sentem-se realizados profissionalmente. A insatisfação de deve aos baixos salários. A falta de valorização da categoria. A carência de oportunidades para o crescimento pessoal. O resultado alcançado na sala de aula motiva a continuar o trabalho. Dos vinte por cento dês-motivados, atribuem a falta de interesse dos (as) alunos (as) pela sua disciplina.

A segunda questão pergunta: a sua prática em sala de aula é tradicional ou emancipadora? No final da pesquisa oitenta por cento consideram que a sua prática tem uma mistura de tradicional com o emancipador de acordo com o momento. Sou emancipadora, mas às vezes reconheço e acho necessário o método tradicional. Determinados conteúdos exigem reprodução e atitudes mais firmes. Procuro inovar, mas muitas vezes faltam recursos. A falta de uma prática pedagógica mais específica inibe o desenvolvimento das atividades com os (as) alunos (as). Sou Emancipadora porque acredito no novo, no contexto. Alguns Professores (as) costumam trocar idéias, dialogar com os alunos (as), mas para os tradicionais sempre prevalece a sua decisão.

A terceira questão investiga, na prática pedagógica costuma estimular a criatividade, o diálogo e a problematização nos (as) alunos (as) com outras ferramentas? Cem por cento dizem que sim, pois instigam o (a) aluno (a) a acreditar que é capaz de criar. Que tem capacidade para de resolver problemas. Dialogam, ouvindo suas sugestões e preferências. Estimulam a criatividade com painéis, maquetes, construção de textos, jogos, sucata e outras brincadeiras. Permitem a participação de todos. Questionam a conduta e as atitudes sempre que possível. Apresentam desafios por meio do debate dos temas estudados. Estimulam a criar novas regras para os jogos. Investigam o que sabem e o que pensam sobre o assunto, para seguir a diante. Além do quadro negro e do giz usam jornais, livros, revistas, filmes, jogos, material concreto para auxiliar no raciocínio, a informática educacional e os saberes dos (as) alunos (as).

Na quarta questão: motivar acordos e parcerias faz parte do seu método de trabalho? Oitenta por cento afirmam que sim. Isso acentua há responsabilidade. Aproxima os (as) alunos (as). É uma oportunidade de crescimento. Desenvolve a autonomia. Sendo esta a melhor saída para resolver os problemas sociais. Os (as) Professores (as) estimulam o crescimento dos (as) alunos (as). Os motivam a participar das atividades. Trata-se de uma oportunidade de crescimento. Apenas para vinte por cento dos (as) Professores (as), isto não faz parte da sua pedagogia. Infelizmente.

Na quinta questão: costumam dar oportunidade para o (a) aluno (a) demonstrar o que sabe? Cem por cento afirmam que sim. Ouvindo e acreditando no potencial de cada um. Desafiando com algum tipo de competição. Descobrindo talentos. No gosto pela disciplina preferida. Fazendo torneios. Por meio de atividades alternativas e interativas. Através do dialogo e da problematização de modo que coloquem as suas idéias. Deixa o (a) aluno (a) expor o seu saber, isso possibilita uma reflexão crítica sobre o assunto.

Na sexta questão se procura saber se o trabalho desenvolvido de forma interdisciplinar tem favorecido a aprendizagem dos (as) alunos (as)? Na totalidade os (as) Professores (as) afirmam que sim. A dinâmica estimula a participação na sala de aula por meio da observação e das críticas. Afirmam que o ser humano não tem compartimentos, pois aprende como um todo. As disciplinas trabalhadas em conjunto facilitam a aprendizagem. Deste modo os (as) alunos (as) conseguem perceber os conhecimentos estudados nas mais diversas áreas. O seu trabalho enfoca temas comuns a outras disciplinas, dando uma idéia de contexto. Assim, conseguem perceber que há vínculos entre os conteúdos, às disciplinas e as aprendizagens na vida em geral.

Na sétima questão investiga-se: o processo avaliativo é constante? No pensamento de cem por centos dos (as) Professores (as), sim. A avaliação é constante. Todos os dias se detectam as dificuldades. Diariamente acompanha-se o desenvolvimento do (a) aluno (a). Observa-se sempre a prática pedagógica e o tema. Verifica-se realmente se ocorreu aprendizagem para comprovar a eficácia da metodologia utilizada. Sendo assim, percebe-se o que precisa ser melhorado. Reorganiza-se o planejamento para atingir as metas e objetivos estabelecidos.

Na oitava questão: a avaliação é reprodutivista ou o (a) aluno (a) tem a liberdade de discorrer sobre o assunto segundo a sua percepção? Vinte por cento acreditam ser um Professor (a) reprodutivista. Cobra tudo o que é dado em sala de aula. Oitenta por cento dos (as) Professores (as) valorizam o desempenho do (a) aluno (a). Sempre questionam o por quê e para que? Assim faço o (a) aluno (a) pensar, concluem.

Na nona e última questão pergunta-se: quais as características do (a) Professor (a) no processo inclusivo? Ter habilidades e competências para trabalhar em equipe com flexibilidade. Saber conduzir o grupo com segurança e determinação. Atuar em redes de apoio de forma interativa, compartilhando informações e conhecimentos.

Ser um profissional comprometido. Sem preconceitos, de modo que estimule o diálogo e a problematização. Um líder, capaz de aprender e inovar sempre. Capaz de instigar e alimentar a democracia. Criar oportunidades de participação escolar e social.

Ao analisar as respostas conclui-se que as práticas pedagógicas no Projeto Recreação e Cidadania desenvolvida com a Inclusão Social se identificam com o Perfil do (a) Professor (a) emancipador, pois as dinâmicas do trabalho favorecem o desenvolvimento da aprendizagem e da cidadania pró-ativa emancipando o aluno (a). Deste modo associa-se o Perfil do (a) Professor (a) emancipador com o perfil do (a) Professor (a) inclusivo. Ambos organizam o grupo e promovem a interação social.

No decorrer do projeto se percebe que as idéias encontram-se inter-relacionadas por um denominador emocional comum que influenciou significativamente as atitudes e os comportamentos individuais e coletivos. Como afirma Marx "qualquer reforma do ensino, começa pela reforma do educador" (Quintana 2007) As ações levaram a transformação, ao novo Perfil do (a) Professor (a), que agora atua com mais segurança.

A escola ainda segue o ensino disciplinar e tem muita dificuldade para estabelecer vínculos entre os conteúdos, pois "o que existe entre as disciplinas é invisível e as conexões entre elas também são invisíveis." (Morin 2001, p.2)[179] Abstratas, sem conexões com o contexto, com a realidade concreta. Sendo que muitas vezes a maturidade neurológica do (a) aluno (a) está aquém das atividades propostas.

A lógica das disciplinas avança quando estabelecem conexões simbólicas com a realidade, as associações e as memórias. Sendo esta a maior causa da evasão e da repetência, o desnível entre a teoria e a prática. Muitas vezes o nível de abstração utilizado na sala de aula é tão alto que o (a) aluno (a) assusta-se, fica intimidado com a sensação de impotência e abandona a escola. Infelizmente, ainda há muitos Professores (as) que se encontram atrelados ao ensino tradicional, valorizam apenas a reprodução e tem dificuldades em vincular a teoria com a prática. Ignoram que a educação é um longo processo de humanização e emancipação. Devido a isto não oportunizam a aprendizagem por meio das vivencias, condições necessárias para o desenvolvimento e o conhecimento pertinente. Deste modo reforçam a evasão e a repetência,

Nesta perspectiva, a escola deve desenvolver temas, ações e atividades educativas. Oferecer informações e conhecimentos para oportunizar o acesso à diversidade. A gestão contribui para o fortalecimento da escola pública, desenvolve uma relação efetiva entre a democracia e a qualidade. Segundo o Mec "Uma educação de qualidade visa à emancipação dos sujeitos sociais e não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite." Portanto, na Educação Emancipadora a qualidade resulta do bom desenvolvimento das relações sociais políticas, econômicas e culturais.

A educação é um processo de humanização. Portanto o (a) aluno (a) deve ser constantemente estimulado e motivado a avançar, mas também deve ter a oportunidade de se desenvolver de acordo com o seu ritmo, as suas dificuldades e potencialidades. A isso se chama de inclusão escolar e social. Nesta perspectiva o (a) aluno (a) fortalece o vinculo afetivo, resgata a sua auto-estima e a aprendizagem ocorre naturalmente. Por mais que não consiga reproduzir o conteúdo, algo foi aprendido. A socialização melhorou, a área psicomotora reagiu e a cognição com certeza teve saltos de qualidade.

O segredo do sucesso no processo de inclusão escolar e social reside no dialogo, na aquisição das habilidades e competências. No saber, de como fazer para acolher o (a) aluno (a) de modo que se sinta seguro. Para que possam aprender a fazer, a viver e a conviver numa relação de confiança para transformar-se num ser humano melhor.

O saber se transformou em conhecimento, nas competências técnicas, pois: "o domínio técnico é tão importante para o profissional quanto à compreensão política é para o cidadão" (Freire, 1999, p.27). Assim, ocorreu a passagem do pensamento ingênuo ao crítico e a proposta desenvolvida com a inclusão social levou o (a) Professor (a) a problematizar, a perceber a relação entre o conhecimento científico e a realidade.

Deste modo, os (as) alunos (as) internalizaram conceitos, conteúdos à medida que vivenciaram situações de aprendizagem por meio do diálogo e da problematização, construindo hipóteses. O método favoreceu a aprendizagem e o desenvolvimento da cidadania pró-ativa. A opção teórico-metodológica utilizou a idéia de cientificidade, de unidade e diversidade, pois tem forma: "de auto-regulação do processo de aquisição dos conhecimentos." (Bruyne, Herman e Schoutheete 1991, p. 15). Neste contexto se avaliaram a prática e a aprendizagem por meio de observações, entrevistas e questionários. A prática do (a) Professor (a) tornou-se relevante pela pesquisa-ação, porque trabalhou com sucesso a aprendizagem e a cidadania pró-ativa. Identificou os sintomas da pobreza, da evasão e do fracasso escolar apontando alternativas possíveis.

Em seu artigo "Os Fundamentos da educação e a prática educativa", O Professor Clóvis Guterres (2008), salienta as dificuldades do (a) Professor (a) em fundamentar às suas práticas pedagógicas. As quais se devem à falta de acesso ao material teórico e a falta de vínculo com a realidade prática na escola e na comunidade.

Nesta perspectiva, o ensino formal fundamentado na LDB, associado ao Projeto Recreação e Cidadania tornaram-se fundamentais para ajudar o (a) Professor (a) a superar as dificuldades no processo de inclusão escolar e social para ir além das Leis.

Pesquisas desta natureza vêm se acentuado nos últimos anos e devem fazer parte da pratica diária do (a) Professor (a) para que desenvolvam a sua própria metodologia de trabalho. Assim, vincula-se a prática dos (as) Professores (as) com o pensamento de Anísio Teixeira (1957), resgatadas por Tardiff (2002), pois estes produziram saberes com os saberes. Aperfeiçoaram as próprias práticas, tornando-as significativas aos alunos (as). Nesta perspectiva, a prática profissional é "um espaço de produção de saberes e de práticas inovadoras pelos professores experientes." (Tardif, 2002, p.206). Onde a aplicação das teorias elaboradas reflete a sociedade e vice versa. Desta forma há prática do (a) Professor (a) contribuiu para identificar o perfil do profissional.

As teorias educativas foram trabalhadas concomitantemente com a Metodologia Recreação e Cidadania, associadas à prática. A dinâmica respeitou o método de trabalho do (a) Professor (a) e os instigou a participar. Segundo Infantas (2007) "La eficacia de muchos planes formativos reside en que se desarrollan mediante dos o tres métodos diferentes. Este enfoque integrador es fundamental si se desea conseguir una propuesta formativa útil." A metodologia criou o imaginário social e transcendental do saber. A necessidade de atualização instigou-os a buscar saberes, pois estes são a sua ferramenta de trabalho e parte da prática social como um princípio auto-educativo.

As vivencias proporcionaram ao Professor (a) a oportunidade de se perceber como um aprendiz numa seqüência lógica de aprendizagem alegre e divertida, pois "o trabalho envolve, em sua dinâmica, dois pólos que se articulam contraditoriamente: teoria e prática; concepção e realização; saber e fazer." (Oliveira, 2004, p.25)

A abordagem sócio-histórica, teórico-prático e a dialógico-dialética o ajudaram a delinear o seu perfil de forma coerente associando a teoria com a prática. Nesta perspectiva, o perfil do (a) Professor (a) para trabalhar com a inclusão escolar e social deve ser especial, voltado à aprendizagem e a humanização mantendo em si a organização e o comando do processo de ensino aprendizagem com qualidade.

No final da pesquisa oitenta por cento dos (as) Professores (as) consideraram a sua prática uma mistura dos dois métodos, mas ainda não se deram por conta que já são educadores e não apenas Professores (as). A sua postura condiz com o Perfil do (a) Professor (a) emancipador. Segundo Freire (1973) são Professores que souberam estimular o dialogo e a problematização, motivaram para alcançar os objetivos e oportunizaram uma avaliação constante. Na escola os (as) Professores (as) apresentam uma boa gestão. Atuam como facilitadores, estimulam a discussão com respeito às posições contrárias, motivam o debate, o entendimento e a sistematização.

Tomam atitudes firmes, mas democráticas na condução dos trabalhos em sala de aula, instigam a pensar para desenvolver princípios e valores por meio do dialogo e da problematização para o desenvolvimento da ética. Na prática pedagógica escutam as sugestões, permitem a crítica e a participação de todos. Investigam o que os (as) alunos (as) já sabem sobre o assunto, para seguir a diante. Motivam por meio do dialogo e da problematização a agir. Oportunizam criar o novo de forma alternativa e interativa utilizando a tecnologia e outras ferramentas. Assim como incentivam a produzir coisas novas e a reproduzir conhecimentos quando necessários para construírem os novos.

Na análise os (as) Professores (as) associam há educação emancipadora, a inclusão social com ótimos resultados, pois a prática pedagógica volta-se a humanização. Percebem talentos, facilitam a aprendizagem, oportunizam ao aluno (a) a desenvolver-se como pessoa humana para Ter e Ser mais, um cidadão de qualidade.

  • O Resultado

Avaliar as Práticas Pedagógicas e Delinear o Perfil do (a) Professor (a) para atuar com a Inclusão Social exigiu uma análise do processo de ensino aprendizagem na escola. Um olhar sobre os paradigmas educativos ao longo dos tempos, uma compreensão sobre a prática do ponto de vista sócio-educativo. Assim, "emerge una figura importante cuyo desempeño en el contexto escolar tiene una repercusión indiscutible en la formación de los profesionales del futuro: el profesor." (Flores 2008)[180] O (a) educador (a), capaz de humanizar e sonhar em transformar o mundo.

Ao finalizar o trabalho percebe-se que o resultado do estudo superou as expectativas. A Lei Nº 5062, de 12 de novembro de 2007, instituiu na Cidade de Santa Maria, a Semana Municipal de Inclusão Social que vai do dia 21 a 28 de agosto de cada ano no intuito de discutir e promover eventos alusivos ao tema. Uma data conquistada pelos alunos (as) e Professores (as) devido às sensibilizações na Câmara de Vereadores.

Estabeleceu-se a diferença entre a Educação Inclusiva e a Inclusão Social. No consenso, percebe-se a Educação Inclusiva como uma modalidade educacional voltada à pessoa com necessidades especiais e a Inclusão social como uma nova oportunidade de inserção do cidadão na escola e na sociedade. Uma possibilidade legal de minimizar as diferenças por meio da educação, da ação e da transformação social.

Para isso, o processo inclusivo requer flexibilidade, recursos humanos qualificados, que entendam do assunto, em condições para interagir caso a caso. Deste modo necessita-se preparar profissionais capazes de ensinar e aprender para aprimorar talentos. A maior dificuldade no processo inclusivo encontra-se na falta de diálogo, nas Políticas Públicas insuficientes e injustas, nos aspectos educacionais e socioeconômicos.

Na analise do resultado percebe-se que a implantação da Educação Inclusiva ao invés de incluir está excluindo. A sua dinâmica um tanto equivocada não prioriza as necessidades do (a) aluno (a) e não contempla a ordenação da Lei de Diretrizes e Bases, como reza no Capitulo V, no artigo 58 "§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular." Na proposta atual os (as) alunos (as) estão sendo colocados na sala de aula, na correspondência idade cronologia ano-escolar, sem respeito às necessidades específicas.

No entanto, a inclusão deve ser percebida "como um processo de ampliação da circulação social que produza uma aproximação dos seus diversos protagonistas, convocando-os à construção cotidiana de uma sociedade que ofereça oportunidades." (Doc. Sub. A Política de Inclusão 2005 p. 34) Que tenha como objetivo favorecer o desenvolvimento da pessoa humana, independente das potencialidades ou dificuldades com acessibilidade na diversidade. Busca a interação das pessoas por meio da ação dinâmica da escola e da sociedade. Uma teoria bonita, mas que não acontece na prática.

A Educação Inclusiva faz parte do processo de Inclusão Social, de uma ação Política do Governo Federal aplicada nas Escolas Municipais de Santa Maria que não trouxe bons resultados. De forma inconseqüente inclui os (as) alunos (as) nas séries correspondentes a idade cronológica, sem respeitar as suas particularidades.

Decisões que resultaram de uma política autoritária, tomada de forma equivocada, por pessoas despreparadas, sem conhecimentos reais sobre a Educação Especial e as Escolas. Na analise da investigação percebe-se que a maior dificuldade do (a) Professor (a) está na ausência de dialogo, na falta de uma gestão eficaz, de preparo para lidar com acessibilidade na diversidade para orientar os pais e a comunidade.

O Documento subsidiário à Política de Inclusão (2005, p.08) afirma que: "uma política efetivamente inclusiva deve ocupar-se com a desinstitucionalização da exclusão, seja ela no espaço da escola ou em outras estruturas sociais". No novo paradigma, a instituição e o (a) Professor (a) precisam organizar-se para obter êxito. De modo a esclarecer aos integrantes da escola e da comunidade, sobre o que vem a ser a inclusão social e a educação inclusiva. Assim como, preparar Professores (as) para trabalhar em equipe, de acordo com as necessidades dos (as) alunos (as), de modo que ambos se ajustem à realidade e promovam as transformações sociais necessárias.

O modelo tradicional de ensino esgotou-se e os (as) Professores (as) perceberam no saber a fundamentação teórica para desenvolver as habilidades e as competências para a sua gestão. O Saber faz a diferença, respondeu a pergunta de Morin: "Afinal, de que serviriam todos os saberes parciais senão para formar uma configuração que responda a nossas expectativas, nossos desejos, nossas interrogações cognitivas?." (Morin, 2003, p.116) Neste processo, Professores (as) são elementos imprescindíveis para ajudar as pessoas a aprender, a fazer e a conviver no novo paradigma. Constata-se que o saber favoreceu a aprendizagem e o desenvolvimento da cidadania pró-ativa.

Em suma, se aprendeu muito no trabalho realizado em equipe no Projeto Recreação e Cidadania para a inclusão social. As diferenças de pensamento ajudaram no preparo emocional das pessoas para enfrentar os problemas e a vida com mais segurança, pois a dinâmica empregada transcendeu a mera acumulação das informações.

Os conhecimentos adquiridos nas Oficinas de Sensibilização e nas atividades como um todo induziu a buscar acordos e parcerias para a solução dos conflitos com autonomia. Na prática pedagógica, constata-se que os saberes técnicos exigiram uma aproximação dos conhecimentos científicos. Assim, como novos conhecimentos foram incluídos no currículo e na vida das pessoas de forma interativa e alternativa.

Além do livro didático, passaram a utilizar outras ferramentas como: jornais, livros, revistas, a informática educativa, a tecnologia e o conhecimento dos (as) alunos (as) para ajudar o raciocínio. Na prática pedagógica os (as) Professores (as) instigaram a criatividade dos (as) alunos (as) para resolver os problemas com acordos e parcerias.

A Metodologia Recreação e Cidadania utilizada na escola de forma inter, trans-disciplinar e multidimensional contribuiu significativamente para a aprendizagem do (a) aluno (a) e a qualificação do (a) Professor (a). Pela sua dinâmica, na Sala de Aula, nos Ambientes de Recreação e nas Oficinas de Sensibilização adquiram e compartilharam informações e conhecimentos que favoreceram o aprimoramento inclusivo na equipe. Uma metodologia que facilitou a percepção, a análise e a integração dos saberes. Despertou a criatividade e o respeito aos semelhantes. Promovendo a interação entre as pessoas e os conhecimentos, estimulando as habilidades e as competências.

Os (as) Professores (as) aceitaram à mudança, o diferente, a realidade e encantaram o (a) aluno (a). Trabalharam inspirados em Freire (1997) o qual salienta a vida pobre, mas muito rica em experiências e diz "a minha alfabetização não me foi nada enfadonha, porque partiu de palavras e frases ligadas à minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra do quintal" (Freire, 1997, p.3). Deste modo constata-se que as palavras e as viviencias são as articuladoras na arte de encantar.

O método de trabalho oportunizou a ação, a interação, a transformação individual e coletiva. De forma lúdica, alegre e divertida instigando a aprender coisas difíceis por meio das vivencias mediadas pelo mundo. A sucessão de temas ações e atividades educativas desenvolvidas com a Metodologia Recreação e Cidadania favoreceram o desenvolvimento da aprendizagem e da cidadania pró-ativa.

Nesta perspectiva a educação é um processo de humanização, de construção e reconstrução dos processos sociais para desenvolver a consciência critica. Segundo Gadotti (2000) as constribuições de Paulo Freire (1921-1997) tem validade universal na teoria e na praxis, sobretudo ligadas a quatro intuições originais com enfase: nas condições gnosiológicas da pratica educativa, na defesa da educação como um ato político, dialógico dialético, na noção de ciencia aberta às necessidades populares e no planejamento participativo, pois o ser humano deve ser visto na sua integralidade.

Na analise da pesquisa constata-se que a Metodologia Recreação e Cidadania têm potencial para qualificar Professores (as) por meio da pesquisa-ação e favorecer o desenvolvimento da aprendizagem e da cidadania pró-ativa no (a) aluno (a) concomitantemente, conforme demonstra a evolução do estudo de caso. Em 2004 descobre-se a cidadania pró-ativa na perspectiva do sistema e da ordem. Em 2005 nos passeios imaginários realizados com a Educação Fiscal percebe-se que o exercício da cidadania faz parte da nossa vida diária. No ano de 2006 descobre-se a importância da Prefeitura, do Banco e do Empreendedor para a organização social. Assim como o valor do diálogo e da problematização para o relacionamento humano e a boa convivência. Em 2007 desenvolve-se o Projeto de vida, onde trabalhamos a formação do autor e o resgate da auto-estima. No ano de 2008 por meio das Oficinas de Sensibilização, se trabalham os princípios e os valores, vivenciando a moral e a ética com muito sucesso.

Ao analisar o pensamento de Freire (1999) e Morin (2001) se percebem que ambos têm mais o menos a mesma linha de pensamento, a humanização e a emancipação. Em Freire (1921-1997), a primeira fase "está permeada pela idéia de que educar é conhecer, é ler o mundo, para poder transformá-lo." (Gadotti 2000, p.2) Nesta fase dá ênfase às metodologias e ao Projeto Político Pedagógico para a libertação.

Na segunda fase defende a educação como um ato de conhecimento que requer diálogo e comunicação, pois não é um ato solitário, mas um ato gnosiológico e lógico que contem a dimensão dialógica crítica e reflexiva. Na terceira fase se abre as necessidades populares, ao trabalho, ao emprego, à pobreza, à fome, à doença e outros. Nos últimos anos incorpora as necessidades planetárias. Na quarta fase salienta a necessidade do planejamento para que se obtenha um ensino ideal e qualidade na educação conforme sugere o Projeto de Gestão Institucional na Escola e na Comunidade para a Inclusão Escolar e Social, organizado pela autora. Disponível em: https://www.monografias.com/pt/trabalhos3/inclusao-social-escola-comunidade/inclusao-social-escola-comunidade.shtml. Acesso em 02 de janeiro de 2009.

Os Sete Saberes e a Teoria da Complexidade salientam a necessidade de aprimorar os estudos sobre as características cerebrais, mentais e culturais do conhecimento, pois educar é um fenômeno essencialmente humano. Nesta perspectiva, o Projeto Recreação e Cidadania promoveram um ensino ideal e uma educação de qualidade por meio do dialogo. Pelo acesso que proporcionou aos participantes com as informações e conhecimentos voltados as reais necessidades dos (as) alunos (as).

No intuito de que por meio delas tenham uma visão de futuro mais apurada e possam incluir-se socialmente com naturalidade. Acredita-se que, apesar dos pontos de vista diferentes, as dinâmicas despertaram as lideranças nos (as) Professores (as), pois cada um atuou de acordo com as suas convicções, mas num trabalho de equipe.

Os temas trabalhados abordaram várias linguagens, conceitos e conteúdos pela música, canto, leitura, escrita, brincadeira, jogo e a tecnologia educativa de forma sistematizada, "completamente ignorados, subestimados ou fragmentados nos programas educativos." (Morin 2001) O que oportunizou a aprendizagem dos temas pela diversidade de abordagens. Se os (as) alunos (as) não conseguiam aprender pelos métodos ou técnicas de um Professor (a) aprendiam pela abordagem do outro. O tema era o mesmo, mas as atividades educativas salientavam o tema sempre.

Deste modo se formaram as memórias, as aprendizagens, por meio de métodos e técnicas diversificados com as práticas pedagógicas inovadoras. A eficácia do método se deve a diversidade, a união da teoria com a prática, do alternativo com o interativo Os resultados comprovam o potencial da metodologia no processo de ensino aprendizagem. A interação aluno-professor-projeto melhorou o relacionamento, resgatou a auto-estima e a solidariedade. Favoreceu o desenvolvimento da afetividade entre os participantes, os acordos e parcerias promovendo uma convivência saudável.

Na opinião dos (as) alunos (as) o trabalho desenvolvido na escola com o Projeto Recreação e Cidadania foi muito importante, pois aprenderam brincando a lidar com coisas sérias da vida presente e futura por meio das vivencias. Aprenderam sobre a inclusão, a simular a realidade nos Ambientes de Recreação natural ou informatizado, assim como nas oficinas e palestras desenvolvendo a autonomia e a responsabilidade.

Dentre os trabalhos realizados com os (as) alunos (as) o mais significativo foi à Oficina de sensibilização com o vídeo: Quem mexeu no meu queijo. Fundamentado em "Who Moved my Cheese?", no livro de Spencer Jonhson (2004) que instiga os personagens a desenvolver habilidades e competências para promover as mudanças necessárias. No vídeo, os personagens são dois ratinhos e dois duendes que procuram no labirinto o objeto do desejo para satisfazer as suas necessidades.

O filme trata-se de uma metáfora e instiga a buscar o que mais se deseja possuir. Salienta a necessidade em perceber-se como um ser no mundo e adaptarem-se as mudanças. Estimula a vencer o medo e a superar-se para viver melhor. O outro trabalho significativo foi a Oficina de Sensibilização realizada com a Lei Maria da Penha que tratou sobre a violência doméstica e as sanções legais. A qual orientou os (as) alunos (as) a agir, encaminhando as pessoas a tratamentos e a justiça em casos específicos.

Vive-se atualmente numa transição de paradigma envolto pela complexidade (Morin, 2001). No mundo, o modelo Capitalista e o Socialista esgotam-se lentamente dando lugar a uma nova sociedade. A escola, por sua vez desafia o Ensino Tradicional e aposta na Educação Social de forma alternativa e interativa. Uma proposta capaz de unir a teoria, a prática e a realidade de forma reflexiva para obter resultados significativos.

Em virtude do contexto, o modelo antigo já não dá mais conta das necessidades educacionais e sócio-econômicas. A dinâmica do Século XXI requer um novo cidadão, com princípios e valores éticos, capaz de participar com autonomia e responsabilidade social. Para isto os Governos precisam organizar-se, planejar e investir para alcançar as Metas do Milênio. Sendo assim, não basta conhecê-las, é preciso adotar estratégias políticas, criar mecanismos de escuta no intuito de que possam ouvir as queixas e perceber as potencialidades das pessoas para a ação e a transformação.

A qualidade na educação vem sendo alcançada pelo dialogo e pela acolhida. O número de alunos (as) aumentou conforme o anexo oito e o índice de evasão e repetência na escola já é muito baixo. Em 2004, os (as) alunos eram 86, em 2005 baixam para 83, em 2006 passou a 85, em 2007 subiu para 109 e em 2008 praticamente dobrou para 200 alunos (as). Isto se deve à afetividade, pois na escola encontram aprendizagem, alegria e gostam de permanecer na companhia dos Professores.

Considerações finais

Os resultados do Projeto Recreação e Cidadania são visíveis. Constata-se que a prática pedagógica da maioria dos (as) Professores (as) caracteriza-se como emancipadora, pois respeitaram as dificuldades e as potencialidades dos (as) alunos (as) instigando-os humanização. Nesta perspectiva a escola e a comunidade são os lugares propícios para favorecer o desenvolvimento da Inclusão Escolar e Social. Sendo o Professor o elemento imprescindível neste processo, pois é a pessoa mais indicada para escutar o aluno, ajudar a minimizar as suas dificuldades com respeito e estimular os seus anseios. Para que possam maximizar as forças e correr atrás dos seus sonhos.

As discussões, observações e reflexões que ocorreram em todas as etapas da pesquisa indicam que a Prática Pedagógica dos (as) Professores (as) da Escola Municipal do Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia na Cidade de Santa Maria, RS, Brasil condizem com o Perfil do (a) Professor (a) Emancipador. Capaz de atuar com competência na Gestão Institucional para a Inclusão Escolar e Social. Assim, nega-se a hipótese de que as Práticas Pedagógicas desenvolvidas para a inclusão social no Projeto Recreação e Cidadania na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia não se identificam com o Perfil do (a) Professor (a) Emancipador (a). Bem ao contrário, o (a) Professor (a) utilizou a ludicidade e a recreação de forma sistematizada de acordo com a linguagem e os interesses do (a) aluno (a).

O projeto valorizou o lúdico em todas as suas formas de expressão, sensibilizando os (as) alunos (as), os (as) Professores (as) e a comunidade. No seu prognóstico, salienta-se a necessidade de continuar a desenvolver práticas pedagógicas inovadoras que valorizem o conhecimento existente no brincar e no recrear. Aposta-se na necessidade de investir na ousadia, na descoberta das vocações e nos talentos dos (as) alunos (as) para que possam ter um futuro melhor e ser com certeza mais feliz.

Nesta perspectiva de analise, percebe-se que o adulto que mantêm viva a criança interior tem mais sucesso na vida pessoal e profissional, pois carrega as experiências do brincar e do recrear de forma organizada no corpo e na alma. Consegue relaciona-se melhor com os outros, pois aprendeu a encontrar o afeto, a cognição e o prazer por meio do dialogo. Num exercício que se iniciou por meio dos jogos e das brincadeiras nas vivencias da infância. Em atividades educativas que instigaram a estabelecer acordos e parcerias, a combinar a aceitação com a compaixão. A perceber a empatia, a descobrir o objeto do desejo e as suas necessidades com afeição e amor. Agregando princípios e valores para um dia ser respeitado como uma autoridade e não como detentor do poder.

Uma pessoa com este perfil tem muito mais chances de transformar-se num cidadão autônomo e saudável. Capaz de promover coisas boas aos seus e a comunidade, pois aprendeu a encontrar o caminho, os métodos para chegar ao sagrado: a alegria de estar juntos. Deste modo percebe-se que o Perfil do Professor (a) para trabalhar com a inclusão escolar e social deve ser afetivo, capaz de acolher com alegria e amor. Para muitos alunos (as) a escola é uma das poucas oportunidades de socialização saudável. Talvez o único meio de aprender, aprender a fazer, de aprender a viver e a conviver para superar os desafios da vida. Vencer o medo neste mundo tão individualista e solitário.

Comprova-se assim, que as práticas pedagógicas inovadoras desenvolvidas com o Projeto Recreação e Cidadania foram capazes de qualificar Professores (as) pela sua própria interação com as práticas pedagógicas para atuar com a Inclusão Escolar e Social de forma eficaz. Cada Professor (a) manifestou uma determinada liderança e assim conseguiram atuar com os (as) alunos (as) e colegas com sucesso. Independente do Perfil e das diferenças de pensamento foi possível trabalhar em equipe de forma compartilhada comprovando a eficácia da Gestão por Competências no Projeto.

Independente da prática pedagógica do (a) Professor (a) ser tradicional ou emancipadora as dificuldades foram superadas e se adaptaram ao processo de inclusão escolar e social. A metodologia e a pesquisa ação induziram a alcançar as metas e os objetivos. Identificou-se a tese, desenvolveu-se a antítese e se apresentou a síntese.

A comunicação foi clara, o que ampliou os conhecimentos nas áreas do saber. O modelo de gestão permitiu o desenvolvimento do aluno (a) de acordo com o seu potencial, de modo que superassem as dificuldades. Num processo contrário a educação inclusiva que vem atuando de um modo um tanto equivocado. Percebe-se na pesquisa que as dificuldades encontradas pelos (as) Professores (as) com a Inclusão social encontram-se nas Políticas Publicas Inclusivas. Na falta de dialogo, de flexibilidade com que a Educação Inclusiva vem tratando os (as) alunos (as) e Professores (as).

A educação inclusiva atual, ainda encontra-se muito vinculada ao método tradicional, ao cognitivo comportamental. Percebe-se que se voltam à aprendizagem cognitiva e não a essência da inclusão que é a escuta e a percepção das reais necessidades e interesses dos alunos, familiares e da escola. Falta gestão para a inclusão escolar e social. Aos Professores (as) faltam habilidades e competências para lidar com o comportamento diferente e hostil dos alunos (as). Um problema que pode ser amenizado com capacitações e um preparo mais específico para lidar com a inclusão.

O saber contribuiu na Gestão do (a) Professor (a). As informações e os conhecimentos recebidos oportunizaram dirigir e controlar o planejamento atingindo as metas e os objetivos pessoais e institucionais. Os (as) Professores (as) conseguiram unir o saber, ao saber fazer – as habilidades, ao saber viver e ao conviver com atitudes coerentes – competências. Deste modo, promoveram a participação dos (as) alunos (as) nas ações e nas atividades educativas com amor e racionalidade. Instigaram os (as) alunos (as) a descobrir os seus talentos e a vocação profissional por meio das vivencias.

Na Prática, enfrentaram os desafios com criatividade, mantendo um bom relacionamento. Trabalharam os princípios e os valores para a ética. Oportunizaram a análise e avaliação do desempenho com estabilidade de forma compartilhada, com inter-relações. Criaram oportunidades de desenvolvimento sócio-educacional, reforçando o pacto cultural, mantendo a estabilidade do grupo com ótimos resultados.

Os (as) Professores (as) cumpriram com êxito as tarefas, mas percebem que precisam ter uma comunicação mais eficaz e uma visão mais clara dos seus objetivos para obter bons resultados. Isto requer planejamento e muita prática pedagógica. Em suma muita didática, pois o Professor (a) atua como um tradutor ao realizar a transposição didática de acordo com o nível de compreensão do (a) aluno (a). Um item importante, relegado há segundo plano nas instituições formadoras de Professores (as).

Neste novo paradigma a escola precisa proporcionar uma formação pedagógica continuada e compartilhada para que o (a) Professor (a) possa atuar como um agente facilitador no processo inclusivo. De modo que consigam orientar as pessoas a superar as suas dificuldades e desenvolver as suas potencialidades. Num processo constante de ensino aprendizagem e avaliação, com estímulos, motivadores e oportunidades para que tenham acesso a um ensino ideal e uma educação de qualidade voltada aos interesses.

Em suma, de nada valem escolas cobertas de luxo e tecnologia de ponta se não tiver nas mãos a essência do processo inclusivo que é o dialogo, a problematização e as vivencias. Se não conseguirem estabelecer entre os participantes acordos e parcerias para que as pessoas possam aprimorar o sistema e conviver de forma mais saudável.

Partes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9


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