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Em enfoue sobre a responsabilidade social na empresa para com a sociedade (página 2)

Miguel Junior Gomes da Silva
Partes: 1, 2, 3, 4, 5

    1. MEDINDO A GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA
    2. Dada a complexidade atribuída ao conceito de globalização, Carcanholo & Malaguti, (1997 : 199), afirma que: "a globalização pode ser definida como uma fase especifica da economia em que as atividades das firmas, os fluxos comerciais e o sistema financeiro adquirem um caráter planetário."

      Com base nessa definição é possível observar que a globalização abrange fenômeno sócio-economico em três processo que estão profundamente interligados: globalização comercial, globalização produtiva e por fim a globalização financeira.

      A globalização comercial corresponde à integração dos mercados nacionais, através do comercio internacional, frente ao acirramento da concorrência internacional dos mercados. A globalização produtiva e definida como o processo de integração das estruturas produtivas do mercado, em uma estrutura produtiva internacional. A globalização financeira como a integração dos mercados financeiros nacionais em um grande mercado, com a crescente integração dos sistemas econômicos financeiros internacionais.

      Segundo Prado (2004 : 25), uma vez definida a globalização e direcionando em três categorias, é possível abordar sucintamente cada uma delas, como forma de um melhor esclarecimento acerca do objetivo do trabalho.

      Prado (2004 : 25), afirma que a globalização comercial tem seu crescimento na origem do comercio mundial, lá no início do processo da globalização, com a concorrência internacional, a crescente importância da questão da competitividade internacional, na agenda de política econômica dos países, dada uma taxa de crescimento médio anual do PIB3. Esta globalização comercial tanto pode ser mundialmente como regionalmente, o que pode ser chamado de integração econômica.

      Mas, como a globalização é um processo que engloba muitos países, Prado (2004 : 25), aborda que a expansão mundial vem nos últimos anos atingindo níveis cada vez melhores, mesmo com as grandes crises entre os períodos da Primeira e Segunda Guerra Mundial e a grande depressão econômica do sistema monetário internacional, as hiperinflações, o fim do padrão ouro, o choque do petróleo e tantas outras turbulências comerciais, vem em ritmo acelerado deste a década de 90 , com a ampliação do sistema econômico mundial, marcando uma nova etapa do capitalismo produtivo na chamada revolução pós-guerra, não há razão para afirmamos que continuará indefinidamente por muito tempo, por não ter mecanismo que afirme com certeza o futuro do comercio entre as nações.

      A dimensão da globalização produtiva é um aspecto muito complexo, por vários fatores, na definição é possível observar que a globalização produtiva é um processo de integração das estruturas produtivas domesticas, em uma estrutura produtiva internacional, assim fica claro que a internacionalização da produção ocorre sempre que um residente de um país tem acesso a bens e serviços com sua origem em outros países, qualquer produtor compra hoje matéria prima em qualquer parte do mundo, onde lhe for mais barato. Além disso fábricas são instaladas em diferentes países, onde o que vêm atrai-los é o incentivo fiscal e a mão-de-obra barata, passando a oferecer uma melhor vantagem competitiva no mercado mundial.

      A partir desta abordagem percebemos que o fenômeno está ligado diretamente à questão tecnológica, à organização industrial e aos investimentos internacionais da seguinte forma: pelo investimento direto internacional e a reversão dos lucros desses investimentos, pela difusão dos padrões tecnológicos e modelos de organização industrial, e por fim a internacionalização das estruturas de mercado e da competição empresarial, isto graças à concorrência internacional do mercado mundial, as empresas podem oferecer produtos melhores a preços mais baixos.

      Diante desse contexto, Bruno (1996 : 78), aborda que o comportamento do mercado nos últimos anos tem machado para uma concorrência internacional, uma reengenharia empresarial, uma qualidade total, uma redução de custos, automação, terceirização, produção de escala, deslocamento de empresas para outros países, a eficiência, administração e o gerenciamento profissional, agressividade comercial etc.

      Alem disso, a globalização financeira corresponde ao processo de integração dos mercados financeiras locais: tais como os mercados de empréstimos e financiamento de títulos públicos e privados, monetário, cambial, seguros e etc, aos mercados internacionais, neste sentido o que importa é o diferencial entre a taxa de crescimento das transações financeira nacionais e internacional do mercado para equilibrar a balança de pagamento nacional.

    3. PROCESSO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

A idéia de uma responsabilidade social das empresas não é nova, vem desde 1920 através de Henry Ford4, onde este defendia que as empresas tinham de participar do bem-estar coletivo da sociedade. Essa idéia que ressurgiu, foi crescendo, evoluindo, tomando corpo até adquirir uma dimensão universal, a qual se encontra hoje, uma preocupação e uma obrigação social para com a comunidade.

De qualquer forma as origens e os exemplos de uma política socialmente responsável, por parte dos empresários não são novas, vêm de longe e segundo estão associadas ao credo religioso. Os quakers, membros de uma comunidade protestante criada em 1747 por George Fox5, na Inglaterra, o que se tornaram atos econômicos importantíssimos para aquela época.

O primeiro fundo de investimento socialmente responsável também tem a sua origem religiosa. Denominado Pioneer Fund6, que foi laçado em 1928 pela Igreja Evangelista americana, que na época se opunha ao consumo do álcool e do tabaco.

Em 1908, ainda nos Estados Unidos o Conselho Federal das Igrejas Evangelistas lança um documento que ainda hoje, serve como referência para os direitos dos trabalhadores. Neste documento o conselho manifesta-se a favor dos direitos iguais e de justiça para todos os povos, sem discriminação, tal como a abolição do trabalho infantil, o fim da exploração dos trabalhadores, uma diminuição progressiva das horas de trabalho, a proteção dos trabalhadores contra os perigos ligados as máquinas e contra as doenças profissionais, entre outros.

Para facilitar o entendimento das idéias aqui colocadas, o Quadro 1, reúne em síntese as contribuições que deram sustentabilidade à responsabilidade social ao longo de sua evolução.

O Quadro abaixo apresenta várias interpretação do que vem a ser responsabilidade social de uma forma compreensível e acessível, mostrando de certa forma o que pensa a sociedade sobre o sistema capitalista que passo por grandes mudanças em sua estrutura, movido em grande parte pelos efeitos da globalização econômica e tecnológica. Informando e conscientizando a sociedade de seu poder perante a gestão empresarial ao longo das décadas.

Quadro 1:

A evolução histórica da responsabilidade social no mundo

Ano

Responsável

Observação

1899-França

Carnigie, fundador do conglomerado U.S. Steel corporation

Estabelecia dois princípios ás grandes empresas. O primeiro era o da caridade, exigia que os membros mais afortunados da sociedade ajudassem os grupos de excluídos e o segundo era o da custódia, em que as empresas deveriam cuidar e multiplicar a riqueza da sociedade.

1919-Estados Unidos

Henry Ford

Contraria um grupo de acionistas ao reverter parte dos lucros na capacidade produtiva, aumento de salários e constituição de fundo de reserva. A justiça americana posicionou-se contraria á atitude de Ford, alegando que os lucros deveriam favorecer aos acionistas.

1929-Alemanha

Constituição da República de Weimar

Passa a ser aceitável que as empresas, como pessoas jurídicas, assumam uma função social basicamente em ações de caráter filantrópico.

1953-Estados Unidos

Justiça Americana

Julga um caso semelhante ao de Ford, mas neste caso a decisão foi favorável á doação de recursos para a Universidade de Princeton, contraindo interesses de grupo de acionistas e estabelecendo uma brecha para o exercício da filantropia corporativa.

Década de 60 – Estados Unidos

Conflito Vietnã

A sociedade se manifesta contra a produção e uso de armamentos bélicos, principalmente armas químicas. As organizações não podiam mais vender o que desejassem.

Década de 70 – Estados Unidos

Novo contexto econômico

Os aumentos nos custos de energia e a necessidade de maiores investimentos para reduzir poluição e proteção de consumidores fazem as empresas buscarem ações para maximizar os lucros, deixando de lado as responsabilidades sociais.

Fonte: Karkotli & Aragão (2004: 59 – 60)

Conforme segue Karkotli e Aragão (2004 : 60), o quadro 1 demonstra o processo evolutivo da responsabilidade social, dando destaque ao modelo de administração seguido pelos mais diferentes setores produtivos, que tiveram que enfrentar ao longo da historia para garantir o direito de igualdade social.

Mas é no final dos anos 60 em plena Guerra do Vietnam, que os movimentos dos consumidores vem a exigir uma nova postura das empresas, tomam posição de uma forma mais sistemática e generalizada. É o início da responsabilidade social das empresas. A qual temos hoje, uma sociedade mais justa e mais responsável para com seus deveres e obrigações, o que vem crescendo a pequenos passos, mas de uma forma sistemática, esta ação tem contribuído e estimulado para a implementação de políticas socialmente responsável.

A questão agora é definir como pode ser o crescimento econômico a luz da nova consciência, qual a forma? Qual o conteúdo?, Qual as linhas mestras?, a serem seguida para estimular, conservar a economia de uma forma sustentável sem prejudicar as gerações atuais e nem as futuras.

Segundo Grzybowsk, et al Arnosti (2000:03), é inegável que como empreendimentos humanos, as empresas se concretizam à medida que sustentam de fato a economia e , através dela, interagem com as organizações da sociedade civil e com as estruturas do poder.

Em 1899, Andrew Carnegie7, fundador do conglomerado U.S. Steel Corporation, publicou um livro intitulado o Evangelho da Riqueza, que estabelecia a abordagem clássica da responsabilidade social das grandes empresas.

Segundo a visão de Carnegie era baseada no principio da caridade e da custodia, exigindo que os membros mais ricos da sociedade daquela época ajudassem os menos afortunados, este era o principio da caridade, em quanto que o princípio da custódia era espelhado na Bíblia, prescrevendo que as empresas e os ricos enxergassem como guardiões, zeladores e mantendo suas propriedades em custódia para beneficio da sociedade como um todo.

Nas décadas de 50 e 60, o princípio da caridade e da custódia eram amplamente aceitos nas empresas americanas, quando as companhias admitiram que poder traz responsabilidade, mesmo que algumas companhias não aceitassem por livre e espontânea vontade seriam forçadas pelo governo a aceitá-las.

Na década de 70 e 80, começa a preocupação de como e quando a empresa deveria responder por suas obrigações sociais, e quando a ética empresarial começou a consolidar-se no campo de estudo, com conferências para discutir-se a importância da responsabilidade social, e ética no governo americano (NIXON), e as questões morais e ética no mundo dos negócios, surgiram centros com a missão de estudar o assunto, em seminários, difundindo a doutrina pelos países europeus, tanto nos meios empresariais quanto nos acadêmicos.

Com a propagação dos estudos na década de 90, sobre a responsabilidade social, foi dado início as questões éticas e morais nas empresas, definindo o papel das organizações no mundo.

Logo no primeiro mês do ano de 1999, o Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan8, lança um desafio global aos dirigentes mundiais dos negócios que aplicassem um conjunto de novos princípios sobre os direitos humanos, na área trabalhista e nas questões ambientais.

Em junho de 2000, os Ministros da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCED)9, a provaram uma versão revisada das diretrizes para empresas multinacionais, conjunto este adotado em 1976 pelas instituições, que estabelece princípio voluntário e padrões de conduta para a responsabilidade corporativa e meio ambiente, condições melhores de trabalho e direitos humanos.

Em 2001, a comunidade européia em Bruxelas, na Bélgica, em uma conferencia internacional apresenta o livro verde sobre responsabilidade social, com o titulo: promover um quadro europeu para a responsabilidade social das empresas, desencadeando vários fatores debates em todo o mundo, sobre responsabilidade social das empresas.

De 31 de janeiro a 05 de fevereiro de 2002, realizou-se o II Fórum Social Mundial (FSM)10 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, durante os dias de realização do fórum, movimentos sociais, organizações não-governamentais e cidadãos de todas as partes do mundo debateram os problemas e adotaram soluções, assim como apresentaram estratégias à globalização e suas conseqüências nas áreas da pobreza, meio ambiente, direito humanos, saúde, educação, a questão cultural e responsabilidade social em todo o planeta.

O movimento de responsabilidade social no Brasil surgiu tendo como base uma série de iniciativas de movimentos empresariais, quando um grupo de empresários na década de 60, fundou em São Paulo a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), que apresentavam nos ensinamentos cristãos o objetivo para estudar as atividades econômicas e sociais do meio ambiente.

No Brasil, a responsabilidade social começa a ser discutida nos anos 60, com a criação da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), o princípio fundamental dessa entidade baseia-se na aceitação, por seus membros, de que a empresa, além de produzir bens e serviços possui a função social que se realiza em nome dos trabalhadores e do bem-estar da comunidade.

Seguindo a tendência mundial, a origem da responsabilidade social, no Brasil não poderia ser diferente, com sua origem também pelos dirigentes cristãos. Mesmo com as discussões ocorridas em 1960, à idéia apenas foi motivada em 1977, merecendo o destaque devido a ponto de ser tema central do II Encontro Nacional de Dirigentes de Empresas no País.

Nas décadas de 70 e 80, outros movimentos surgiram, que deram origem ao balanço social, tais como: a Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social (FIDES), criada com base na até então conhecida (ADCE), seguindo os seus princípios tinha o caráter educativo, o Instituto Brasileiro de Analise Sociais e Econômico (IBASE) do qual participou o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho de sua idealização.

Ocorrendo em 1984, com a primeira publicação do primeiro balanço social de uma empresa brasileira, faz com que o movimento de valorização da responsabilidade social empresarial no país ganhe um forte impulso. Na década de 90, com o apoio e ação das entidades não-governamentais, alguns instituto de pesquisa e empresas, sensibilizada com a questão, com o trabalho do Instituto Brasileiro de Analise Sociais e Econômicos (IBASE), o tema ganha destaque, e com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, mentor principal deste acontecimento no país, a responsabilidade social empresarial dar um grande solto ao balanço social.

A proposta inicial para o IBASE era de democratizar a informação, mas com o tempo acabou indo além, contribuindo para a mobilização da sociedade e das empresas em torno de campanhas como a ação à cidadania, contra a miséria e pela vida, em 1993, recebe o apoio do pensamento nacional das bases empresarial (PNBE), o que torna um marco na aproximação dos empresários para as questões sociais no país.

Na década de 1990, outras iniciativas importantes fortaleceram ainda mais estes movimentos empresariais, com a criação do Grupo de Instituto Fundações e Empresas (GIFE), criado em 1995, foi o primeiro instituto a transformar o interesse empresarial em investimento social privado.

Estes fatos foram importantíssimo para o crescimento do movimento de responsabilidade social no Brasil, mas o marco maior da historia de todos esses fatos foi em 1998, com o criação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que o movimento ganhou outro perfil.

Acompanhando a tendência já existente no exterior, o Instituto Ethos, baseado na ética, na cidadania, na transparência e na qualidade nas relações da empresa direciona os seu trabalho para o público em geral, que enriquece a responsabilidade social.

    1. ASPECTOS CONCEITUAIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
    2. Movimentos reivindicatórios foram os principais pontos de partida para que o Estado e as Entidades Produtivas percebessem e se preocupassem com suas obrigações sociais perante a comunidade em que estão inseridas, além de buscarem meios de prestação de contas sobre suas ações sociais prestada a comunidade.

      A responsabilidade social diz respeito ao agir em conformidade com o direito, o social, a cidadania e o meio ambiente.

      Nos últimos anos muito se tem falado em responsabilidade social, mas o que é responsabilidade social?, o que ela engloba?, o que influenciou seu surgimento?.

      Muitos compreendem, a responsabilidade social como um dever e direito das pessoas, grupos e instituições, em relação à sociedade como um todo. Esta relação a todas as pessoas, a todos os grupos e a todas as instituições é que nos faz sujeito e objeto da ética do direito e das ideologias.

      As primeiras tentativas de conceituar a responsabilidade social surgiram, no início do século, em trabalhos de Charles Eliot em 1906, Arthur Hakley11 em 1907, e John Clarck em 1916, no entanto, tais manifestações não receberam apoio, pois foram considerado de cunho socialista. Foi somente em 1953, nos Estados Unidos, que torna realidade, com o livro Social Reponsabilities of the Businessiman, de Howard Bowen12, que o tema recebeu atenção devida e ganhou espaço na mídia passando a percorrer o mundo.

      Na década de 1970, surgiu a American13 Accouting e American Institut of Certified Public Accountants, associações com o interesse em estudar a temática. Todavia, é a partir destas duas associações que a responsabilidade social deixa de ser uma simples curiosidade e se transforma em um novo campo de estudo.

      Em função das diversidades em conceituar a responsabilidade social, diante da complexidade existente, o Quadro-2 mostra em ordem cronológica as idéias que deram origem aos debates sobre a responsabilidade social no mundo.

      Como se pode observar, no quadro, existe alguma divergência entre os autores quanto a interpretação da responsabilidade social, por ser uma responsabilidade individual do empresário "(individuo)" como ser social e ao mesmo tempo, como agente coletivo, agindo pela companhia "(empresa)" que vem ao longo da história influenciado por sistema capitalista desigual, que apresenta várias correntes ideológicas, fruto de uma sociedade pré-industrial que vem, com a sociedade pós-industrial reivindicar mudanças na estrutura empresarial. Teve seu apogeu a partir do momento em que a economia se globalizou, enriquecendo-se na busca pelo equilíbrio entre o ser social. Sem dúvida este quadro sintetiza o cenário social e político das grandes mudanças ocorridas no mundo, perante a gestão empresarial numa perspectiva que se possa progredir ao longo das décadas.

      Quadro 2:

      Conceitos de responsabilidade social, considerando os principais autores

      Autores

      conceituação

      Bowen (1943)

      Obrigação do empresário de adotar políticas, tomar decisões e acompanhar linhas de ação desejáveis, segundo os objetivos e valores da sociedade.

      Petit (1976)

      Ética do lucro dando lugar á ética da responsabilidade social: demandas sociais que não podem ser satisfeitas pelas técnicas tradicionais de gerência empresarial, ou seja, com funções especificamente econômicas.

      Friedman (1970)

      Responsabilidade social é um comportamento antimaximização de lucros, assumindo para beneficiar outros que não os acionistas da empresa. Portanto, existe somente uma responsabilidade da empresa: utilizar seus recursos e organizar suas atividades com o objetivo de aumentar seus lucros, seguindo a regra do jogo de mercado.

      Kugel (1973)

      Desenvolvimento do conceito de responsabilidade social: acompanhou a própria evolução dos programas sociais estabelecidos pelas empresas americanas. Os executivos passaram a aceitar a necessidade de realizar certas ações e procuraram fazer com que fossem componentes regulares das operações das empresas.

      Zenisek (1979)

      Responsabilidade social como uma preocupação das empresas com as expectativas do público. Seria, então, a utilização de recursos humanos, físicos e econômicos para fins sociais mais amplos, e não simplesmente para satisfazer interesses de pessoas ou organizações em particular.

      Fonte: Karkotli & Aragão (2004 :57- 58).

      Conforme os autores, a responsabilidade social vai além da ordem econômica e empresarial, focando nos setores econômicos e social uma nova ética empresarial, um planejamento com a determinação de estratégias ambientais e sociais focalizando os valores existente entre cada grupo sócio-economico, fortalecendo o setor social, e possibilitando melhores chance de sobreviverem as diversidades do mercado.

      Conforme Lourenço & Schroder (2003 : 82), Em 1998 o conceito de responsabilidade social empresarial foi lançado no Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável na Holanda, chegando a ser definido como uma responsabilidade social preocupada com o bem-estar dos indivíduos e todos os sereis vivos, com as novas leis de mercado e o cuidado para com o meio ambiente. A humanidade tende a evoluir estes princípios éticos legais pelo próprio instinto irracional da natureza humana.

      Conforme Ferreira, apud Araújo (20001:73), Responsabilidade significa "qualidade de responsável; obrigação de responder pelos próprios atos de outrem; capacidade de entendimento ético-jurídico e de adequada determinação volitiva, que se constitui pressuposto penal necessário de punibilidade".

      A responsabilidade social adverte sobre a necessidade de ter um compromisso social para com os indivíduos, cuja finalidade é fornecer informações sobre as condições do bem-estar social de todos, sobre pena das condições cabível em lei.

      Segundo Batista apud Araújo (2001:73), conceituar responsabilidade social de uma empresa, diante da escassez de pesquisas divulgadas, ainda é uma proposta muito complexa

      De acordo com a autora responsabilidade social corresponde "ao grau em que os administradores de uma organização realizam atividades que protejam e melhorem a sociedade além do exigido para atender aos interesses econômicos e técnicos da organização".

      Tal como é definido no documento da Comissão Européia, o conceito de responsabilidade social, implica numa abordagem por parte das empresas que coloca no cenário das estratégias empresarial as expectativas de todas as partes envolvidas e o principio de inovação e aperfeiçoamento contínuos das relações sociais das empresas, que tem no balanço social o meio cabível para fornecer as informações necessárias à cerca das empresas.

      Santos e Silva et al Araújo (2001:74), relata que Donaire, citando Archie Carrol, conceitua responsabilidade social como "as expectativas econômicas, legais, éticas e sociais que a sociedade espera que as empresas atendam, num determinado período de tempo (...)".

      A responsabilidade é algo muito metódico e sistemático, isso por que é central e transversal a toda atuação da empresa, por isso se é, preciso determinar quais as funções da empresa, e o que a sociedade espera desta empresa na sua comunidade.

      Para o Instituto Ethos, "o conceito de responsabilidade social é amplo, referindo á ética como princípio balizador das ações e das relações com todos os públicos com os quais a empresa interage (...). A questão da responsabilidade social vai, portanto, além da postura legal da empresa, da pratica filantrópica ou do apoio á comunidade. Significa mudança de atitude, numa perspectiva de gestão empresarial com foco na qualidade das relações e na geração de valores para todos". (Araújo, 2001 : 74).

      No mundo em que vivemos é necessário que as empresas e a sociedade adquiram uma visão abrangente e profunda das novas situações exigida pelo mercado globalizado, isso porque estamos numa era de mudanças, que exige das empresas uma certeza estável do que é mercado. Por isso as empresas têm se padronizado a cada dia em buscar do melhor para seus colaboradores, centralizando nos padrões de qualidade através de certificados como o ISO14 para se tornar altamente sustentável economicamente, socialmente e ambientalmente confiável aos olhos de seus parceiros comerciais.

      Mariano apud Araújo (2001:74), prescreve que a responsabilidade social de uma empresa "(...) representa, essencialmente, o compromisso da administração em estabelecer diretrizes, tomar decisões e seguir rumos de ação que são importante em termos de valores e objetivos da sociedade (...)". A autora ressalta que muitos conceitos e termos têm sido atribuído para referir á responsabilidade social da empresa, dentre os quais destacam-se: "ação social da empresa" e "atuação da empresa no terceiro setor".

      Diante desse contexto, a responsabilidade social é importante em todos os sentidos, principalmente no cultural, social, econômico e político. Atualmente tem sido um dos indicadores utilizados para medir a capacidade da empresa no que diz respeito a sua responsabilidade com a sociedade, considerando e respeitando seus valores éticos e sociais, proporcionando um relacionamento estreito com os diversos públicos, clientes, fornecedores, funcionários e investidores demonstrando o caráter e a atitude da empresa de investir em ações sociais, e o desempenho desta ao obter o reconhecimento do público como uma empresa solidária e responsável.

      Neste âmbito é possível observar que a responsabilidade social, surgiu como um resgate a função social da empresa, em um processo que vem de muito tempo. Cujo objetivo principal é promover o desenvolvimento humano sustentável, que transcende o aspecto ambiental e se estende por diversos outras áreas sociais, culturais, econômicas e políticas, que tende a superar a distância entre o social e o econômico. De modo geral é possível afirmar que a responsabilidade social é o caminho para uma igualdade social, onde todas as empresas se preocupam com o bem-estar social, negando a empresa sua concepção individualista e o lucro como os únicos fins da empresa e atribuindo uma parte dele a uma função social corporativa.

    3. EMPRESA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

O exercício da responsabilidade social deve estar ligado á noção de sustentabilidade do desenvolvimento, de maneira a conciliar as necessidades econômicas, ambientais e sociais na geração das atividades de uma entidade, deixando de ser somente do estado as obrigações e os encargos com o bem-estar social e ambiental da comunidade. Com isso encarando a responsabilidade como uma ação exclusiva para todas as empresas do país, que por sua vez deve ser visto como um resultado do esforço solidário das forças que compõem a sociedade humana, estado, entidade e comunidade, que em conjunto forma o maior pólo desenvolvimentista da nação.

A atuação das Entidades Não Governamentais - ONGS, na difusão e estimulo a idéia da publicação de informações de caráter social e ambiental objetiva uma maior transparência das atividades das entidades, é um fator preponderante a formação de uma consciência empresarial solidária, voltada para o bem estar da sociedade.

Para que se evidenciasse a ação empresarial (as gestões empresariais, sociais e ambientais) das entidades foi criado o balanço social, um instrumento utilizado de modo voluntário ou obrigatório, para as empresas, tendo o profissional contábil como agente de integração das informações entre as entidades e a sociedade.

Segundo Araújo (2001 : 74). os instrumentos que já tornaram obrigatório a publicação do balanço social em outros países, e o movimento existente na câmara dos deputados em Brasília apresenta um projeto de lei tornando-o obrigatório também no Brasil.

Apesar de já existir essa exigência legal em alguns municípios, inclusive com a obrigatoriedade da assinatura de um profissional contábil, criam-se um questionamento, até que ponto a obrigatoriedade na disponibilização das informações das ações de cunho social e ambiental, será benéfica para a sociedade através da responsabilidade social.

Estas questões vêm a demonstrar a complexidade de se elaborar uma matriz global do que vem a ser a responsabilidade social, razão pela qual muitas empresas ainda não aderiram a elaboração de um relatório acerca de sua responsabilidade social.

Hoje, mais do que nunca, é preciso se ter uma visão mais abrangente e mais profunda das novas situações exigida pelo mercado globalizado, isso porque vivemos numa era de intensas mudanças, em ritmo acelerado.

A responsabilidade social exige esta mudança e estar aberta as mudanças, impostas pelo mundo globalizado e faz-se necessário destacar a importância do papel social e do serviço prestado a sociedade.

Segundo Herbert de Sousa (Betinho), "As empresas publicas ou privadas, queiram ou não, são agentes sociais no processo de desenvolvimento. A dimensão delas não se restringe apenas a uma determinada sociedade, cidade, país, mas no que se organiza e principalmente atua, por meio de atividades essenciais. (...) Há cada vez mais a necessidade de demonstrar á sociedade que não se progride sem a pureza do ar, a preservação das florestas e a dignidade da população", (Kroetz, 1999 : 98).

O que caracteriza esta abordagem é o argumento de que a empresa não possuí apenas metas econômicas, mas também responsabilidade social a serem compridas. Sem dúvida, a obrigatoriedade legal, a reivindicação social, a seleção natural dos mercados, será a conscientização das entidades em demonstrarem sua preocupação com a questão social e ambiental.

Para uma empresa cidadã, este será o diferencial a qual tornará o balanço social uma realidade para a maioria das entidades, que tem no profissional contábil o papel de agente de interação entre a entidade e a sociedade.

As empresas se configuram como um dos elementos mais importantes no desenvolvimento econômico e social de um país. Constituem o meio mais eficiente para se atender a um grande número de necessidades humanas.

Por intermédio de um processo contínuo de transformação de insumo em produtos e serviço, as empresas permitem ao homem superar suas limitações individuais e realizar objetivos da coletividade.

Para Santos e Silva, et al Araújo (2001:74), citando Maximiano Amaru, definem que as organizações "são uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos (...)".

As entidades como organizações fornece segurança a comunidade garantindo a rentabilidade dos investimentos, a seus empregados, fornecedores, por estar co-responsável com os consumidores e a sociedade em geral.

Para Tinoco et al Araújo (2001:74), as empresas representam uma coalizão de interesses dos diferentes grupos sociais. Tais grupos compreendem os empresários, fornecedores, empregados, acionistas, clientes e o estado, existe uma interação continua entre esses grupos e a empresa.

Ao longo de toda a história da civilização humana o homem tem-se perguntado qual é a principal função de uma atividade econômica, que tem como objetivo principal o lucro, este papel vem-se modificando ao longo dos tempos.

As empresas não se preocupam, mas apenas em oferecer produtos e serviços, que satisfaça as necessidades, objetivas e subjetivas das pessoas.

Segundo Tinoco (2002 : 98). com o passar do tempo, verificou-se que as entidades fazem parte de um contexto social, além dos produtos e serviços são responsável pela comunidade onde se encontram inseridas.

Ao se discutir a responsabilidade social das empresas, deflagra-se a concepção de que esta não pode mais se preocupar exclusivamente com a maximização de lucros.

Esta concepção decorre das complexas mudanças políticas e econômicas que vem ocorrendo no mundo que sofre um processo de redesenhamento político, econômicas, social, cultural e ambiental, dentre os principais problemas está o desemprego a violência e a fome, e muitos outros problemas.

A responsabilidade social vem ao encontro destes objetivos buscar os instrumentos que satisfaça as necessidades da sociedade, de modo que não mais gere exclusão social, tendo na ação coletiva do empresariado o instrumento fundamental para buscar estes objetivos.

Os argumentos que tratam da sensibilidade social são no sentido de que a empresa não tem apenas objetivos econômicos e sociais, mas também que ela deve antecipar-se aos problemas sociais do futuro, agindo no presente para evitar o aparecimento deles e tentar minimiza-los.

Conforme Perottoni (2002 : 94), o que vem a caracterizar esta abordagem é o argumento de que as empresas não apenas possui metas econômicas, mas também a responsabilidade social, que tem como objetivo a proteção dos consumidores, a segurança, a qualidade dos produtos, a proteção e a conservação do meio ambiente, e o bem-estar dos trabalhadores, entre outros a busca por parte das empresas, a elaborar um balanço social que mostre a ação da mesma, na busca dos valores sociais dos indivíduos.

Segundo Tinoco, et al Carmo, (2002:75), a gestão de recursos humanos, combinada com a gestão de recursos físicos e tecnológicos, quando relacionado com eficácia e eficiência, gera o valor adicionado para as organizações.

Os sindicatos têm por objetivo propor associações de trabalhadores, cuja finalidade venha a reivindicar das empresas a transparência das ações sociais desenvolvidas por elas, como representante legal dos trabalhadores e sociedade, o sindicato deve se mostrar interessado na solidariedade e na ação social.

O objetivo principal de quem atua nesta área deve ser, obviamente, a diminuição da pobreza e das injustiças sociais, através da construção de uma cidadania empresarial. Ou seja, desenvolver uma sólida e profunda responsabilidade social nos empresários e nas empresas na busca por um maior, melhor e mais justo desenvolvimento humano, social e ambiental. Aproximar as normas contábeis brasileiras desta realidade que vem sendo hoje utilizado no cenário da globalização è tarefa para os profissionais da área contábil que tem os mecanismos necessários para impor a ética empresarial nas empresas.

A tecnologia da informação trouxe algumas mudanças no comportamento da sociedade e das empresas. Hoje, com a maior transparência de informação, os consumidores passaram a ter mais participação na vida corporativa, acarretando novas contingências no ambiente empresarial.

Hoje em dia muito se fala que as organizações precisam apresentar responsabilidade social paralelamente a sua performance produtiva. Segundo o Instituto Ethos, "responsabilidade social é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social" (Paiva, 2001 : 92).

Cabe, também, apresentar que o conceito de responsabilidade social não é fixo, ele varia conforme o desenvolvimento cultural, econômico e político da sociedade através do tempo. Sendo assim, constata-se que, se ele varia em função do nível de desenvolvimento de determinada sociedade, ele também varia de sociedade para sociedade.

A premissa fundamental para o desenvolvimento deste conceito é o fato de não existir empresa sem sociedade e ambiente. Para terem continuidade em longo prazo, as organizações devem ser capazes de atender as aspirações e necessidades da comunidade onde estão inseridas, apresentando uma harmonização entre os interesses econômicos da companhia com os interesses desta comunidade. Muitas vezes a adoção de medidas favoráveis à sociedade produzem resultados econômicos menores no curto prazo, mas a garantia deles no futuro.

Diante deste novo cenário, foram agregados ao dia-a-dia corporativo novos fatores de caráter político-social que devem ser considerados na tomada de decisões e no gerenciamento e distribuição da produção, além das premissas macroeconômicas e mercadológicas.

Conforme Schowez, (2001 : 100), o resultado econômico deve ser confrontado com índices de responsabilidade social, englobando o aspecto de ser responsável ou não: a preservação ambiental, a melhoria nas condições de trabalho e de vida de seus funcionários, assistência médica e social para a comunidade, incentivo às atividades culturais, artísticas e esportivas e a preservação, reforma e manutenção de bens públicos, entre outros.

Esta mudança de protótipo notada no Brasil e nas demais regiões do planeta se deve ao fato da conscientização da população e do movimento de desestatização da economia brasileira verificado nos últimos anos. Como o Estado tem menos funções na economia do país, uma vez que vários setores produtivos foram transferidos à iniciativa privada, cabe a eles assumir algumas responsabilidades de cunho social.

Segundo Kroetz, et al Kraemer (2002:79), para a aplicação da responsabilidade social torna-se necessário contemplar três categorias no campo de atuação das organizações: adoção de técnicas de Contabilidade Econômico-Social, fundamentais ao processo de mensuração e avaliação dos resultados financeiros resultantes da adoção de determinadas práticas, tendo em vista o desenvolvimento sustentável da sociedade; manutenção da reputação corporativa; eliminação de práticas fraudulentas por parte de seus dirigentes e funcionários.

A empresa precisa demonstrar que está conduzindo sua operação, sob vários aspectos econômicos e mercadológicos, mas também com preocupação social e ambiental Esta comunicação entre empresa e sociedade fortalece a imagem institucional da organização, elevando seu "market share", atraindo melhores empregados e fornecedores, maiores volumes de investimentos, além de causar estímulo para que demais organizações, pertencentes ao sistema, também venham a se comportar desta forma, dando origem a um ciclo positivo e crescente que visa a eliminação de diferenças sociais e da degradação urbana e ambiental.

Atualmente todas as companhias têm acesso a recursos produtivos idênticos, corrente disto, o compromisso delas com a sociedade e suas imagens institucionais fazem muita diferença na disputa por participação no mercado junto a concorrentes. Notadamente, quando preço e qualidade são semelhantes, os consumidores adquirem marcas ligadas a empresas que tenham dimensão ética e social.

Não obstante, muitas organizações destinam esforços humanos, materiais e financeiros a processos de preservação e recuperação do meio ambiente, mesmo que não sejam empresas poluentes, tudo porque tal comportamento é bom para suas imagens perante a sociedade. Decorrente do conceito de responsabilidade social surge a idéia de responsabilidade ambiental. Ainda por se tratar de um país em desenvolvimento, com muitos problemas sociais, causados principalmente pela péssima distribuição de renda, o consumidor brasileiro timidamente está passando a dar preferência a produtos ambientalmente corretos e que porventura apresentem preços elevados. Acredita-se que com maior conscientização da população a parcela do consumo responsável tende a crescer em termos proporcionais. Nos Estados Unidos, o mercado de produtos naturais já movimenta quase quinze bilhões de dólares ao ano, segundo dados da revista América de Economia, (Vasconcelos, 2002 : 96).

Porém, apesar da eficiência econômica ser fundamental para a sobrevivência das entidades, essa eficiência muitas vezes é insuficiente para, sozinha, demonstrar que seu papel e insuficiente para uma sociedade que, cada vez mais e com maior relevância, analisa e determina condutas éticas, participação social e cuidados ambientais cada vez mais rígida das entidades, em seu papel na construção da cidadania.

A contabilidade, como ciência que estuda a situação patrimonial e o desempenho econômico financeiro das entidades, possui instrumentos necessários para colaborar na identificação do nível de responsabilidade social dos agentes econômicos.

A partir das abordagens das teorias estudadas passa-se a observar a ênfase que o sistema administrativo tem para com o publico em geral, uma visão social integrada ao mesmo, ao analisar a responsabilidade social.

A sociedade hoje tem preocupações ecológicas, de segurança, de proteção e defesa do consumidor, de defesa de grupos minoritários, de qualidade de produtos etc., que não existiam de forma tão explicita nas últimas décadas. Isso tem pressionado as organizações a incorporar esses valores em seus procedimentos administrativos e operacionais, (Karkotli e Aragão, 2004: 57).

Entretanto, na medida em que a pressão da opinião pública e civil aumenta a pratica empresarial, que passaram a ficar mais exposta, ela também aumenta o interesse das empresas em relação ao meio ambiente em que atuam.

Esta é a realidade do processo evolutivo da responsabilidade social, um processo de longa datas históricas que firma como marco, alcançar poucos empresários da época que tinham uma visão ética e social de um processo que estava para surgir em resposta a ação do homem frente as diversidades sócio-economica do planeta.

Neste sentido, o contexto acerca do assunto mostrado que é o entendimento imediato de que a responsabilidade social, está ligada às estratégias e pra ticas voltada a identificar como anda o engajamento das organizações através de suas ações no âmbito da caridade ou investimentos em projetos sociais.

Quando se coloca em evidência a questão do conceito de responsabilidade social e a sua evolução histórica se pretende afirmar diante da complexidade que se tem o tema, seguir uma linha de pensamento entre os mais variados autores aquela que se encaixa a questão social vivenciado hoje no país.

A prática da responsabilidade social ou cidadania empresarial expressa a convicção que as empresas, precisão exercer frente a sua função interativa junto à sociedade, com transparência e postura ética, com política e estratégia de gerenciamento em ação, o resultado se refletira em imagem e sucesso à empresa e à sociedade.

A responsabilidade social leva as empresas a ganhos importantíssimos em sua trajetória junto aos fornecedores, clientes, sociedade e a comunidade em geral principalmente ao meio ambiente. O resultado desta ação é o balanço social que fornece as informações de caratê social e principalmente ambiental ao público.

CAPÍTÚLO II - A RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO DAS EMPRESAS

A gestão empresarial vem nos últimos anos, assim com a globalização apresentando níveis crescentes de desenvolvimento, abrindo caminho para uma nova era social. Chamando a atenção do empresário ao despertar consciência coletiva de uma sociedade que carece de informações sobre as políticas e as estratégias de proteção ambiental.

As empresas estão percebendo que a obrigação social vinda com os movimentos reivindicatórios na década de 70 e 80, forçaram as empresas a adotarem postura politicamente correta rumo á ética profissional, onde a responsabilidade social seja tratada como fonte de sustentabilidade das atividades presentes e futuras.

A sociedade busca as respostas ao longo de sua evolução social no sentido de que as organizações possa assumir a postura social que lhes cabe neste novo ambiente econômico onde a ética empresarial aliado a competência profissional torna elemento imprescindível as novas corporações. Na medida em que o comércio cresce começa a persistir a necessidade de expandir as relações entre empresa e sociedade.

Percebe-se que a responsabilidade social é uma junção entre os princípios éticos e os valores sociais a um componente democratizante e estabilizador para o bem-estar social de uma nação que vem adquirido uma maturidade como cidadão.

Com isso, a responsabilidade mede suas forças e move com a globalização as estruturas sociais, econômicas e políticas que estão presente na relação existente entre empresa e sociedade.

Referir-se à empresa e a sociedade no contesto contemporâneo é objeto deste capitulo, assim como mostrar a relação do ambiente empresarial e a comunidade a qual a empresa está inserida.

2.1 A ESTRATEGIA EMPRESÁRIAL E SUA CONTRIBUIÇÃO AS POLITICAS SOCIAIS NA GESTÃO EMPRESARIAL

Evidenciar a ética empresarial como forma de gestão empresarial, como mecanismo de desenvolvimento social rumo a cidadania empresarial é algo novo, que surgiu com os movimentos sociais na década de 60 em resposta a uma nova consciência social empresarial no exercício da cidadania.

Com o resultado das ações internas e externas da empresa, a responsabilidade social vem crescendo nas empresas numa era em que o capital social vem modificando a forma de agir das companhias, que passam a utilizar uma série de exigência em seu quadro profissional. Com estas exigências a ética na qualidade dos serviços prestados ao pública tem melhorado muito nos últimos anos.

Segundo Lourenço & Schröder (2003 86), a sociedade atual enfrenta graves problemas ocasionado pelo efeito da globalização econômica decorrente das mudanças tecnológicas e científicas ocorrida em todo o mundo.

A estratégia empresarial hoje é conseqüência da competitividade entre as empresas frente às mudanças globais que enfrenta a sociedade, diante de uma responsabilidade social por parte das empresas e que ofereça ao cidadão dignidade e o bem-estar social.

Conforme Tenório (2004 : 13) a questão da responsabilidade social empresarial é recente, polêmico e dinâmico, envolvendo desde a geração de lucros pelos empresários, em visão bastante simplificada, até a implementação de ação sociais no plano de negócios das companhias, (...). Desta forma, a análise da responsabilidade social das empresas foi conduzida sob a ótica dos paradigmas industrial15 e pós-industrial16, indicando as possibilidades e os limites no que diz respeito á interpretação do tema pela sociedade.

Para Lourenço & Schröder (2003 : 89), o ambiente que se mostrava relativamente estável nos estágios anteriores da economia, encontrava-se uma posição atrativa do mercado onde as empresas ofereciam o custo mais baixo ou a melhor qualidade dos seus produtos, porém a partir dos anos seguintes o termo "qualidade" ganha-se destaque com a competitividade, a sociedade e a empresa têm como opção mudar do baixo, custo do produto para a alta qualidade, aliando-se a flexibilidade e a capacidade de inovação da empresa, que descobre uma nova maneira de produzir.

Com as mudanças as organizações decidiram assumir sua responsabilidade social para garantir seu crescimento e a sobrevivência no mercado, principalmente com o problema de como determinar e avaliar o seu desempenho social.

Segundo Patrícia Ashley et al Instituto Ethos, (2004 : 47), a responsabilidade social empresarial é um conceito difundido ao redor do mundo, nas últimas décadas, e vem sendo posto em prática, principalmente, pelas multinacionais. Criado originalmente para dar uma resposta as demandas sociais. A imagem de uma empresa confiável é um valor indispensável nas relações comerciais globalizadas.

Assim sendo, a responsabilidade social das empresas fica entendido como a integração voluntária das preocupações sociais e ambientais em suas operações comerciais, e seus representantes na sua área de influência, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor.

Aliado à responsabilidade, está a ética empresarial que mostra o quanto uma empresa é responsável. E ser socialmente responsável implica ir além do respeito e do cumprimento devido de suas obrigações legais.

A revolução tecnológica e o desenvolvimento dos meios de comunicação, da mesma forma que promovem um enorme avanço no acesso dos indivíduos á informação, trazem á tona as mazelas e as reais condições de vida da população. Tudo isso provoca intensas mudanças na gestão empresarial, gerando um profundo impacto no modo como as empresas se relacionam com todos os seus stakeholders17. "Se por um lado, hoje os cidadãos, cada vez mais informados e conscientes, esperam que as empresas tenham não só direitos, mas também responsabilidades para com as sociedades onde e com quem atuam", por outro, esse vácuo social acaba tornando-se a oportunidade de atuação social das organizações, que se afirma como um diferencial estratégico e altamente competitivo para a sobrevivência das empresas no mercado. (Macedo, apud Ethos 2003 : 409).

Com este cenário, as empresas e a sociedade ganham forças nacionais e internacionais, o que contribui para a mudança do quadro de exclusão social existente no mundo, assim as empresas com a ajuda de organizações não-governamentais vem cada vez mudando a sociedade para uma conscientização social das empresas.

Mesmo sob os ventos conturbados de um processo de globalização, as empresas passaram a incorporar entre suas preocupações a responsabilidade social corporativa, mostrando que o empresariado vem se preocupando em melhorar a relação social, através de um novo perfil das empresas.

Esta participação da empresa no cenário social é bem representado nos objetivos da ADCE-Brasil18, que representa a responsabilidade social como mecanismo capazes de reunir empresários em torno de um só ideal, um fruto da prática social da empresa solidária, em atitudes sociais, como mostra o Quadro 3, os principais objetivos da responsabilidade social no país, (Lima, 2005 : 31).

Quaro 3:

Demonstração das normas a serem seguidas pelas empresas.

Objetivos da ADCE-BRASIL

  • Aceitamos a existência e o valor transcendente de uma ética social e empresarial, a cujos imperativos submetemos nossas motivações, interesses, atividades e a realidade de nossas decisões.
  • Estamos convencidos de que a empresa, além de sua função econômica de produtora de bens e serviços, tem uma função social que se realiza através da promoção dos que nela trabalham e da comunidade na qual deve integra-se. No desempenho desta função, encontramos o mais nobre estímulo á nossa auto-realização.
  • Julgamos que a empresa é um serviço á comunidade, devido estar aberta a todos os que desejam dar ás suas capacidades e ás suas poupanças uma destinação social e criadora, pois consideramos obsoleta e anacrônica a concepção puramente individualista da empresa.
  • Consideramos o lucro como indicador de uma empresa técnica, econômica e financeiramente sadia e como a justa remuneração do esforço, da criatividade e dos riscos assumidos. Repudiamos, pois, a idéia do lucro como única razão da atividade empresarial.
  • Compreendemos como um compromisso ético as exigências que, em nome do bem comum, são impostas á empresa, especialmente pela legislação fiscal e pelo direito social.
  • Temos a convicção de que nossa atividade empresarial deve contribuir para a crescente independência tecnológica, econômica e financeira do Brasil.
  • Consideramos nossos colaboradores todos os que conosco trabalham, em qualquer nível da estrutura empresarial. Respeitamos todos, sem discriminação á dignidade essencial da pessoa humana; queremos motivá-los a uma adesão responsável aos objetivos do bem comum, despertando suas potencialidades e levando-os a participar cada vês mais da vida da empresa.
  • Consideramos como importante objetivo da empresa brasileira, elevar constantemente os níveis de sua produtividade, sempre acompanhada pelo crescimento paralelo da parte que por imperativo e justiça social cabe aos assalariados.

  • Comprometemo-nos a dar a todos os nossos colaboradores condições de trabalho, de qualificação profissional, de segurança pessoal e familiar, tais que a vida na empresa seja para todos um fator de plena realização como pessoas humanas.
  • Estamos aberto ao dialogo com todos os que comungam de nossos ideais e preocupações, no sentido de contribuir para o permanente aperfeiçoamento e atualização de nossas instituições econômicas, jurídicas e sociais, a fim de garantir para o Brasil um desenvolvimento justo, integral, harmônico e acelerado (Opinião ADCE-Brasil, 1984).
  • Fonte, Lima, (2005 : 32).

    Esses objetivos da ADCE-Brasil mostram como realmente uma empresa deve trabalhar para a segurar a responsabilidade social, a que lhe cabe, como uma entidade co-responsável com as condições de vida presentes e futuras da sociedade e a demais diversidade existente no mundo, sugestões estas que passaram a ser destaque no Brasil para as empresas que estavam em busca do seu ideal empresarial, nas décadas de 80 e 90 como forma de sustentabilidade social da empresas.

    Ao longo da história, as organizações têm sido associadas a processos de dominação social nos quais indivíduos ou grupos encontram formas de impor [sua] respectiva vontade sobre os outros. Isto se torna bastante evidente quando se traça a evolução histórica da empresa moderna, desde as suas raízes na antiguidade até o seu papel no mundo atual, passando por diferentes estágios de crescimento e de desenvolvimento, inicial como empresa militar e império. (Lima apud Morgan, 2005: 35).

    Estes itens mostram os inúmeros artifícios que representam uma responsabilidade social nos diferentes ciclos que deram influencias aos movimentos em todos os setores que compõem um sociedade, mecanismo este que evidencia o apoio da igreja e de outras entidades e movimentos atuantes na divulgação de um novo perfil das empresas.

    Uma representação consistente desta parceria entre sociedade e empresa e a definição apresentada por Barbosa & Rabaça apud Tenório(2004 : 25), onde ele afirma que:

    A responsabilidade social nasce de um compromisso da organização, em que sua participação vai mais além do que apenas gerar emprego, impostos e lucros. O equilíbrio da empresa dentro do ecossistema social depende basicamente de uma atuação responsável e ética em todas as frentes, em harmonia com o equilíbrio ecológico, com o crescimento econômico e com o desenvolvimento sustentável.

    Sem duvida, a existência de um compromisso entre empresa e sociedade denota a expectativa da sociedade em relação á postura responsável das empresas, esses argumentos mostram inúmeros artifícios que representam uma resposta sintática aos consumidores e cidadãos cada vez mais exigente e ciente de seus direitos.

    Com o crescente interesse empresarial em desenvolver atividades sociais e devido ao reconhecimento da importância desse tema para os negócios, cada vez mais as companhias estão buscando novas formas de agregar valor social as suas atividades (Tenório 2004 : 27).

    Aos poucos, as empresas vêm percebendo que boas práticas em relação a seus colaboradores diretos tem grande importância para sua formação, tendência esta que se verifica com um crescente êxodo das companhias que procuram associa-se às novas metas sociais, movimento que se intensificou no Brasil a partir da década de 1990, com o surgimento de diversas organizações não-governamental e com o desenvolvimento do terceiro setor dando origem a uma nova mentalidade empresarial.

    Para Lima (2005 : 34), as organizações empresariais sempre adotaram práticas administrativas desfavoráveis ao relacionamento empresa e sociedade, visando apenas o lucro como fonte de sobrevivência, principalmente quando ela é dotada de um grande poder político e econômico, mas, nessa linha, como agente econômico, a empresa interfere diretamente na vida de milhares de pessoas, seja pela oferta de posto de trabalho ou pela comercialização de produtos e serviços.

    Seguindo a tendência empresa e sociedade através dos conceitos de responsabilidade social abordado no capítulo anterior é importante mostrar alguns pontos que reforça a essa relação. Junto à ação empresarial traz benefícios para a sociedade, proporcionando meios de melhoria para todos.

    Conforme Tenório (2004 : 14), para melhor caracterizamos a responsabilidade social empresarial, dividiremos a análise em dois períodos distintos, o primeiro compreende o inicio do século XX até a década 1950, o segundo, que representa a abordagem contemporânea, estende-se da década de 1950 até os dias atuais, com a discussão do conceito de desenvolvimento sustentável.

    Seguindo esta linha, de pensamento sobre a função da empresa na sociedade, evidenciado estas novas relações sócio-politicas, que vêm se modificando ao longo da historia econômica das organizações, o capítulo seguirá a sugestão proposta por Tenório em que mostra as opiniões dos principais autores sobre a temática, abordando deste Adam Smith, até Keynes, perseguindo até a atualidade.

      • Primeiro período

    Neste período o autor relata que a sociedade experimentava a transição da economia agrícola para a industrial com a crescente evolução tecnológica e a aplicação da ciência na organização do trabalho (...), para ele a visão clássica da responsabilidade social empresarial incorporava os princípios liberais, influenciando a forma de atuação social das empresas e definindo as principais responsabilidade da companhia em relação aos agentes sociais da época.

    Tenório apud De Masi (2004 : 14), descreve este período da seguinte maneira:

    Adam Smith (1723-90) será o maior teórico dessa nova economia impregnada de iluminismo e da nascente sociedade industrial marcada pela mecanização. A riqueza das nações (1776) decretará definitivamente a superioridade da industria sobre a agricultora, do lucro e da mais-valia sobre a renda, da moeda sobre a troca, do egoísmo sobre a caridade. "Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos o nosso almoço, mas do interesse que têm no próprio lucro pessoal." Liberalizando e pondo em concorrência interesse, segundo Smith, a industria floresce e as trocas frutificam.

    Conforme Tenório (2004 : 15), a alteração do processo produtivo, ocasionado pela evolução tecnológica e pela aplicação da ciência na organização do trabalho, foi outro fator que contribuiu para ampliar a discussão do conceito de responsabilidade social empresarial.

    Para Tenório apud Chiavenato (2004 : 17) os problemas trabalhistas referiam-se ás longas jornadas de trabalho – que chegavam a durar até 12 horas diárias -, aos baixos salários, á ausência de legislação trabalhista e previdenciária e á mecanização do ser humano, diz ele:

    A filosofia do taylorismo19, destinada a estabelecer a harmonia industrial ao invés da discórdia, encontrou forte oposição deste 1910 entre os trabalhadores e os sindicatos. Muitos trabalhadores não conseguiam trabalhar dentro do ritmo de tempo padrão preestabelecido e passaram a se queixar de uma nova forma de exploração sutil do empregado: a fixação de padrões elevados de desempenho favoráveis á empresa e desfavorável aos trabalhadores. O trabalho qualificado e superespecializado passou a ser considerado degradante e humilhante pelos trabalhadores, seja pela monotonia, pelo automatismo, pela diminuição da exigência de raciocínio ou pela destituição completa de qualquer significado psicológico do trabalho.

    A partir desse momento a sociedade começou a se mobilizar, pressionando governo e empresas a solucionarem os problemas gerados pela industrialização, passando-se a verificar um maior controle social da atividade empresarial.

    Portanto Tenório (2004 : 18), afirma que nesse período, os problemas decorrentes da industrialização, o entendimento das obrigações da empresa em relação aos agentes sociais começou a se definido. FORD20, foi um dos primeiros a entender a natureza dessas transformações, tanto que instituiu salário mínimo e jornada de trabalho máxima de oito horas diária para seus empregados, outra manifestação de Ford a respeito do papel da empresa na sociedade pode ser evidenciado em sua declaração a um acionista.

    Negócio e indústria são, antes de tudo, um serviço público, estamos organizados para fazer o melhor que pudermos em todos os lugares e para todos os interessados. Não acredito que devemos ter um lucro exorbitante sobre nossos carros. Um lucro razoável está certo, mas não demais. Portanto, minha política tem sido forçar os preços dos carros para baixo assim que a produção o permita e beneficiar os usuários e trabalhadores, o que tem resultados em lucros surpreendentemente grandes para nós, (Tenório apud Srour, 2004 : 18).

    Portanto, nesse primeiro período, que vem deste a divisão do trabalho, com as lutas trabalhistas e as conseqüências da revolução industrial, estende-se até a década de 50, muda a responsabilidade social empresarial que antes assumia dimensões estreitamente econômicas e era entendida como a capacidade empresarial de gerar lucros, criação de empregos, pagamentos de impostos e o cumprimento das obrigações legais, segundo, Tenório (2004 : 18), afirma que essa é a representação clássica do conceito.

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