Conhecimentos sobre saóde ocular entre profissionais de um hospital universitario

Enviado por Edméa R. Temporini


  1. Introducao
  2. Material e metodos
  3. Resultados
  4. Discussao
  5. Conclusao
  6. Referencias bibliograficas
  7. Anexo: Questionário nao estruturado

1. Introduçào

O conhecimento em relação à saúde ocular constitui condição necessária e antecedente às ações do indivíduo para preservar a visão. Embora reconheça-se que a ampliação e a melhoria do conhecimento —per se" nem sempre resultem em mudança comportamental, conjuntamente às atitudes, crenças, valores e percepções do indivíduo, compõem o grupo de fato-res responsáveis pela justificativa ou motivação para recusar ou adotar um comportamento específico. Esses fatores incluem dimensões cognitivas e afetivas do saber, sentir, acreditar, valorizar e da autoconfiança ou percepção da própria competência para agir de determinada maneira(1).

Tais aspectos devem merecer especial atenção na medida em que se pretenda obter um diagnóstico prévio da realidade, que antecede alguma intervenção. Desse modo, pode-se direcionar apropriadamente o planejamento de ações de saúde, tendo em vista grupos-alvo diverso(2).

Constitui propósito da educação em saúde, além da transmissão de informações, a transformação de conhecimentos, atitudes e condutas existentes, visando à promoção e preservação da saúde(3). As ações educativas, portanto, constroem a base para a promoção da saúde ocular e preservação do sistema visual, aumentando a capacidade dos indivíduos de tomar decisões relativas a comportamentos que influenciarão seu nível de saúde ocular.

De acordo com Green & Kreuter(1), educação em saúde consiste em qualquer combinação de experiências aprendidas para facilitar ações voluntárias que conduzam à saúde. As ações de educação em saúde, portanto, apresentam a finalidade principal de aumentar a capacidade dos indivíduos de tomar decisões e agir corretamente em relação a assuntos de saúde, processo que inclui dimensões intelectuais, psicológicas e sociais(3).

A educação em saúde é de responsabilidade de todos que mantem contato com a população usuária de serviços de saúde, nas unidades de atendimento: médicos, enfermeiros, auxiliares e demais profissionais. Os objetivos de programas e ações de educação em saúde, portanto, devem incluir a obtenção ou aprofundamento de conhecimentos, atitudes e práticas do pessoal especialista, técnico e auxiliar, além da cooperação dos indivíduos envolvidos(4).

Os profissionais atuantes em ambiente hospitalar, particularmente em serviço de oftalmologia, devem deter conhecimentos científicos essenciais a respeito de afecções oculares. Em razão da natureza de suas funções, prestam informações sobre saúde à clientela ou atuam como multiplicadores de orientação e, por vezes, provêm esclarecimentos a pessoas pertencentes ao seu meio social. Por outro lado, a maior parte das doenças oculares evitáveis requer ações multidisciplinares de que participam oftalmologistas, epidemiologistas, educadores de saúde, enfermeiros e outros especialistas, além do pessoal auxiliar(5).

Vale ressaltar a importância de difundir informações sobre saúde ocular à população, com vistas à realização de ações adequadas, pois do reconhecimento da presença de afecção ocular e da conduta apropriada do paciente depende, em grande parte, o sucesso do prognóstico oftalmológico.

O ensino formal e as atividades de educação continuada, ao lado das experiências de vida, concorrem para a construção do conhecimento que esses profissionais devem ter, formado a partir de duas vertentes: a representada pelo saber científico e a que tem origem no meio sociocultural do qual fazem parte.

Torna-se necessário, portanto, o preparo do pessoal de serviço hospitalar, com ênfase no serviço de oftalmologia, no sentido de alertá-lo sobre as necessidades da clientela em relação à saúde ocular e à importância da maneira apropriada de prover esse atendimento. Assim, essa preparação deve incluir atividades e informações que eliminem conhecimentos errôneos e mitos, bem como introduzir metodologias de educação participativa que contemplem as diversidades socioculturais(6,7).

Esse esforço preventivo é amplamente justificado uma vez que a orientação correta configura-se em medida de prevenção de cegueira e de transtornos visuais. Ressalta-se que a cegueira e a incapacidade visual acarretam conseqüências sociais, psicológicas e econômicas adversas para o indivíduo e para a sociedade(5).

A indagação principal do presente estudo originou-se da busca da comprovação da lacuna existente acerca do conhecimento de profissionais atuantes em ambiente hospitalar sobre saúde ocular. Foram investigados conhecimentos básicos sobre determinadas afecções oculares entre profissionais dos níveis técnico, auxiliar e administrativo, atuantes em hospital universitário, a fim de obter informações para subsidiar intervenções educativas de preparação de pessoal em saúde ocular.


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