Ensinantes do presente: múltiplas relações com o aprender, o ensinar e o saber



  1. Resumo
  2. Prática pedagógica das instituições de ensino do século XXI e dos ensinantes do presente: desafios em contextos.
  3. Novos modos de aprender e ensinar: a perspectiva psicopedagógica da autoria de pensamento.
  4. Afetividade e amorosidade como condição essencial à Educação contemporânea.
  5. Conclusão: um olhar novo sobre o aprender e o ensinar.
  6. Bibliografia

Resumo:

Na prática pedagógica das instituições de ensino do século XXI e dos ensinantes do presente que delas fazem parte, é cada vez mais necessário à reflexão contínua e crítica sobre novos modos de aprender e ensinar numa perspectiva psicopedagógica que fomente a autonomia e a autoria de pensamento. Discutir e refletir sobre a importância da afetividade e amorosidade na Educação contemporânea é condição essencial para que cada ensinante do presente resgate sua disponibilidade para o outro e, também, para os diferentes tipos de relações com o saber, elos essenciais ao desenvolvimento dos processos de tal autonomia e autoria.  Percebendo a importância das experiências vividas ao longo de nossos percursos como viventes e aprendentes, a partir de abordagens psicopedagógicas do desenvolvimento das pessoas, este pequeno artigo busca tratar de novos modos para pensarmos e refletirmos, enquanto ensinantes do presente, sobre a prática educativa, numa proposição de compreendermos, de modo mais aberto e significativo, os múltiplos desafios de educar e ensinar no nosso tempo.

I - Prática pedagógica das instituições de ensino do século XXI e dos ensinantes do presente: desafios em contextos.

"Tudo o que nasce torna a nascer nas revoluções de um determinado ciclo, até se libertar efetivamente da roda dos nascimentos".

Pitágoras (582-497 a.C.)

Para aprender e ensinar em nossa contemporaneidade é preciso, cada vez mais, criar e desenvolver novos modos de saber-fazer e, com isso, fomentar reconfigurações de atos e pensamentos. No âmbito da prática pedagógica nas instituições de ensino somos convocados a construir novos campos de sentido às nossas ações, intervenções e modos de ser e estar atuando nos campos da Educação e da Aprendizagem.

Aprender e ensinar são processos essenciais à construção do conhecimento desde sempre em nossa trajetória histórica, mas em nosso tempo, muitos são os desafios emergentes no cotidiano das organizações que pretendam validar o trabalho que desenvolvem. Assim, nos cabe ampliar capacidades criativas e promover a circularidade de dados e informações que facilitem o desenvolvimento do pensamento, elaborando proposições que façam a interligação entre as partes e o todo e entre o todo e as partes, numa perspectiva sistêmica.

Será com a vivência de movimentos cotidianos de transmissão de conhecimentos que poderemos almejar o estarjuntocom, aprendendo, enquanto sujeitos, de modo contínuo e qualificado.

Com as revisões paradigmáticas que vivenciamos cabe, aos gestores responsáveis pelos espaços e tempos organizacionais, a importante tarefa de promover movimentos novos de ampliação de visões de futuro, tendo como "pano de fundo" à aprendizagem de todos. Para tal, é necessária a percepção clara daquilo que precisa ser reelaborado e o vital abandono do que está desgastado, ou seja, criar alternativas possíveis aos tantos dilemas cotidianos que vivenciamos.

Neste sentido, uma aposta possível é a busca pelo desenvolvimento estrutural da flexibilidade, elemento propulsor de aprendizagens efetivamente significativas, que colabora de modo ímpar com a construção cotidiana de ambientes favoráveis aos sujeitos aprendentes em busca de auto-organização num mundo de extrema complexidade.

Com este desenvolvimento será possível ver emergir, nos espaços e tempos do aprender e do ensinar, a cultura de teias sistêmicas

"onde as diferentes percepções dos sujeitos aprendentes nos espaços e tempos organizacionais sejam validadas a partir da constatação de que, cada um de nós, só é alguma coisa pelo fato de sermos seres de relação. Nossas ancestralidades comprovam que só chegamos até aqui, em nossa história de evolução enquanto espécie biológica, porque somos seres que se agregam e se relacionam. Na atualidade, o resgate necessário se faz presente na noção de interdependência, ou seja, nós somos e nos definimos a partir do conjunto de relacionamentos que possuímos."  

Assim, tal resgate pode configurar-se como uma confirmação de que, de fato, poderemos viver de modo efetivo o pleno desenvolvimento da competência do aprender a aprender, envolvendo todos os atores sociais na elaboração de projetos múltiplos de transformação da realidade, onde todas as instituições sociais e de ensino sejam parceiras desejosas de verem, em suas práticas, o implantar de pressupostos que facilitem a configuração das organizações aprendentes, que utopicamente devem caminhar em direção à inclusão de todos na fantástica dinâmica do aprender.


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