Técnicas de geoprocessamento na prospecção de rochas ornamentais: uso potencial de imagens de satélite, levantamento aerogeofísico e sig

Enviado por Ana Clara Moura


  1. Introdução
  2. Contextualização geológica
  3. Metodologia
  4. Laboratório – processamento digital de imagens (pdi)
  5. Validação da classificação em campo
  6. Calibração do sistema
  7. Conclusões
  8. Apoio
  9. Referências bibliográficas

Palavras-chave:

sensoriamento remoto, levantamento aerogeofísico, processamento digital de imagens, geologia.

INTRODUÇAO

O trabalho aborda a aplicação de técnicas de geoprocessamento, sobretudo relativas às informações obtidas por uso de imagens Landsat e dados aerogeofísicos, para a identificação de alvos com valor ornamental para a exploração de rochas.

A região do Centro Produtor Oeste, também denominada de Centro Produtor de Candeias-Oliveira (CPCO), figura 1, apresenta relevante importância e tradição no cenário da produção das rochas ornamentais em Minas Gerais, seja pelo número de pedreiras, seja pela elevada produção de blocos. A geologia da área é diversa, envolvendo rochas de diferentes origens petrogenéticas. Certas rochas de origem plutônica e de provável idade arqueana são normalmente revertidas em tipos ornamentais, e comercializados sob a denominação de Ruby Red, Verde Candeias, Violeta Candeias, Verde Savana, Preto Piracema entre muitos outros. O CPCO apresenta ainda importante malha viária e ferroviária para escoamento da produção, conectando aos principais portos do país.

O uso do geoprocessamento para a identificação de alvos com valor ornamental é proposta inovadora, podendo ser revertida em ganho para o empreendedor na fase de prospecção, pois favorece a definição de áreas e evita investimentos desnecessários na pesquisa mineral sobre os materiais disponíveis.

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Figura 1 - Mapa de Localização do Centro Produtor de Candeias-Oliveira, especificando a área do SIG e as áreas de detalhamento (A e B).

CONTEXTUALIZAÇAO GEOLÓGICA

O CPCO situa-se na porção austral do Cráton do São Francisco distante cerca de 120 km a sudoeste de Belo Horizonte - MG. Em sua grande maioria, a região é recoberta por rochas arqueanas do Complexo Metamórfico de Campo Belo (Complexos Barbacena e Divinópolis) envolvendo gnaisses migmatíticos, granitóides, rochas metabásicas e peraluminosas. Ocorrem subordinadamente rochas supracrustais de possível idade paleoproterozóica, constituindo seqüências greenstones-belts, essa unidade é caracterizada por anfibolitos, quartzitos e formação ferrífera a magnetita. Um enxame de diques máficos corta as unidades supracitadas e possuem direção principal NW-SE. As condições de metamorfismo evidenciam temperatura e pressão elevadas, caracterizando desde o fácies anfibolítica até granulítico conforme figura 2.

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Figura 2 - Mapeamento geológico da área. (Fonte: modificado da CODEMIG, 2001)

METODOLOGIA

A elaboração deste trabalho é parte de Tese de Doutorado em andamento na área de rochas ornamentais e do geoprocessamento. Como processo metodológico foram realizados procedimentos laboratoriais seguidos de etapas de campo visando à verificação das ocorrências e calibração das técnicas de segmentação e de classificação de imagens de satélite. A fonte de dados foi composta por uma imagem Landsat 5, levantamento aerogeofísico (CODEMIG/2001) e (LASA Engenharia/2001) e base cartográfica vetorial (Geominas), trabalhadas nas seguintes etapas:

LABORATÓRIO – PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS (PDI)

A partir da aquisição da cena bruta, a área do projeto foi delimitada e georreferenciada, correspondendo a aproximadamente 4.000 Km2, com base na localização das principais jazidas do CPCO. Em seguida foram definidas as duas sub-áreas A e B (vide Figura 2), com a finalidade de testar técnicas de classificação de imagens em menor amplitude, para que os critérios fossem depois estendidos para toda a região de interesse.

Os dados aerogeofísicos possibilitam a identificação e a localização das anomalias referentes aos dados magnetométricos e gamaespectrométricos. Estes foram reamostrados para a resolução de 30 metros, para possibilitar o cruzamento com a imagem Landsat.

De acordo com França (2003), a transformação dos componentes vermelho/verde/azul (RGB), nos componentes intensidade/matiz/saturação (IHS) pode ser utilizada para produzir composições coloridas com reduzida correlação interbanda, e conseqüentemente com melhor utilização do espaço de cores, o que possibilita combinar tipos de imagens de diferentes sensores. Estas transformações são feitas através de algoritmos matemáticos que relacionam o espaço RGB no IHS.


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