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O mundo das drogas (página 2)

Adaylton de Almeida Conceição

 

O QUE É UMA DROGA?

As drogas que nos interessam, nesse tema que nos reúne, "são quaisquer substancias químicas, sólidas, líquidas ou gasosa que, ao ser usadas pelo indivíduo, alteram seu estado de consciência". O resultado direto da droga se apresenta no cérebro do usuário, produz uma intoxicação, um estado mental alterado e, supostamente, "agradável".

Ainda podemos dizer que numa definição cientificamente básica, se pode dizer que: "droga é uma substância que, por sua natureza química, afeta a estrutura o funcionamento de um ser vivo". Esta definição inclui a quase tudo o que a pessoa ingere, cheira, se injeta ou absorve.

Todas elas têm múltiplos efeitos, e estes variam segundo o nível de dose ou segundo a pessoa que as consuma, e exerce sua influencia em grande medida, segundo o momento e o ambiente onde se consomem. Os efeitos das drogas estão em função da interação entre a droga e a situação física, psicológica e social do individuo.

O QUE É UM ADITO OU DEPENDENTE?

Hoje há diferentes classificações para designar a um "adito". O que é um adito? O que significa adição? "Se uma pessoa orienta sua vida ao redor de determinada droga, se sente que não pode viver sem ela, e se sofre sintomas físicos quando a droga lhe é retirada, poderia ser classificado como um adito." (...)

Podemos dizer que, "a adição é uma compulsão irresistível de usar uma droga cada vez com mais freqüência e em quantidades maiores, mesmo conhecendo os sérios efeitos físicos ou psicológicos e os prejuízos que resultam nas relações pessoais e no sistema de valores da pessoa". O que diferencia a vítima, é o tipo de droga e o ambiente onde se usa. (...)

POR QUE AS PESSOAS ABUSAM DE DROGAS?

Desde os tempos mais remotos, algumas pessoas já recorriam às drogas para influenciar nos seus estados mentais e emocionais e escapar da realidade.

Alguns indivíduos chamam nosso período de " a época da ansiedade", e certamente tem bons motivos para isso.

As razões pelas quais as pessoas abusam das drogas são tão variadas como as pessoas o são entre si. Porém, na maioria das vezes as pessoas parecem usar drogas para mudar a forma que se sente, ou seja, querem sentir-se diferentes. Talvez queiram escapar da dor, da ansiedade ou frustrações. Pode ser que desejem esquecer ou lembrar, ser aceito ou ser sociais. Algumas vezes as pessoas usam drogas para escapar do tédio ou simplesmente para satisfazer sua curiosidade. Existem momentos durante a vida de uma pessoa em que pressões dos companheiros pode ser uma razão muito forte para usar drogas.

Sabemos que muitas vezes algumas pessoas se sentem melhor sobre si mesmos quando usam drogas ou álcool, porém os efeitos não duram muito. As drogas nunca resolveram nem resolverão os problemas; apenas os postergam e criarão novos problemas que se somarão aos já existentes. (...)

COMO É QUE AS DROGAS INGRESSAM NO CORPO?

Há cinco formas de como as drogas podem ingressar no corpo.

1 – ORALMENTE

Quando a pessoa toma uma cerveja, ou um conhaque, a droga passa através do esôfago e o estomago até o intestino delgado, onde é absorvida pelos vasos sanguíneos que forram as paredes internas. As drogas que se ingerem desta maneira tem que passar através das enzimas da boca e os ácidos estomacais, de forma que os efeitos demoram e são mais fracos que quando se administram por outro meio ( 20 a 30 minutos de tempos de reação)

2 – POR CONTATO.

Um pequeno "cristal" de LSD, feito de gelatina, pode colocar-se no olho ou em alguma parte úmida da pele por onde é absorvido. Nas clínicas para pacientes terminais, se usam supositórios de morfina para os pacientes que estão muito fracos para receber uma injeção ou uma dose oral de calmante. As drogas que se tomam desta maneira atuam de forma mais rápida que as administradas por via oral (entre 5 e 10 minutos de tempo de reação)

3 – ASPIRAÇÃO E VIA SUBLINGUAL

A cocaína e a heroína geralmente são aspiradas pelo nariz onde são absorvidas através de delicados vasos sanguíneos das membranas mucosas que forram os condutores nasais. Os efeitos, geralmente, são mais

intensos e se produzem mais rapidamente que por via oral.

4 – INALAÇÃO

Quando um indivíduo fuma um cigarro de maconha ou cheira cocaína, a droga vaporizada entra nos pulmões e é absorvida rapidamente através dos delicados vasos sanguíneos que forram os alvéolos pulmonares. Dos pulmões, o sangue carregado de droga é bombeado novamente ao coração e dali diretamente ao corpo e ao cérebro, pelo que atua de forma mais rápida que qualquer outro método.

5 – INJEÇÃO

As substancias como a heroína, a cocaína, as anfetaminas e os barbitúricos podem ser colocados diretamente no corpo por meio de agulha. As drogas podem injetar-se na corrente sanguínea (endovenosa), na massa muscular (intramuscular) ou sob a pele (subcutânea).A inoculação é uma forma rápida e potente de absorver drogas. Também é o método mais perigoso, pois se expõe o corpo a muitos problemas potenciais de saúde, tais como hepatite, abscessos, DST ou AIDS. As drogas injetadas em uma veia viajam diretamente ao coração, e este imediatamente as coloca no sistema.

A CIRCULAÇÃO DAS DROGAS

Independente da forma como ingresse no corpo, a droga sempre termina na corrente sanguínea. As moléculas da droga circulam e viajam para todos por órgãos, atravessando-os, alcançando também todos os fluídos e tecidos do corpo, onde pode não ser assimilada ou ser assimilada e transformada.

Na corrente sanguínea, a droga pode transportar-se dentro das células do sangue ou pode acoplar-se às moléculas protéicas.

A distribuição da droga dentro do corpo depende das características da mesma bem como do volume sanguíneo. Isso está relacionado diretamente com o tamanho do corpo. Quanto maior o tamanho do corpo, maior o volume sanguíneo.

O efeito de uma droga sobre um órgão ou determinado tecido, depende do numero de vasos sanguíneos que chegam a esse lugar específico. Por exemplo, as veias e as artérias saturam os músculos cardíacos, de maneira que a maioria das drogas passará pelo coração e possivelmente o afetarão.

É muito importante saber que, com apenas 10 ou 15 segundos de entrar na corrente sanguínea, a droga chega às imediações do sistema nervoso central, a barreira hemato-encefálica.

A BARREIRA HEMATO-ENCEFÁLICA

O sangue que contém droga flui através das artérias carótida internas para o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal ou SNC). A estrutura dos vasos sanguíneos que rodeiam as células nervosas que constituem o SNC é tão delicada que só algumas substancias podem penetrar e afetar o funcionamento do sistema nervoso. Uma classe de drogas que podem atravessar esta "barreira hemato-encefálica" são as psicoativas (estimulantes, depressores, alucinógenos e inalantes).

Convém dizer que o cérebro é a parte mais protegido do corpo. Assim que, as drogas que podem atravessar sua barreira protetora, por natureza têm a capacidade de penetrar e afetar todos os demais órgãos do corpo.

O SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Considerando que o principal alvo das drogas psicoativas é o sistema nervoso central (cérebro e a medula espinhal), é importante saber alguma coisa sobre o mesmo.

O Sistema Nervoso Central atua como um computador e um painel de combinação, recebendo mensagens do sistema nervoso periférico e o autônomo, analisando estas mensagens e enviando uma resposta ao sistema correspondente do corpo: muscular, ósseo, circulatório, nervoso, respiratório, digestivo, endócrino e reprodutor. Também nos permite raciocinar e formular idéias.

O sistema nervoso completo nos ajuda a distinguir sensações tais como a claridade e a escuridão, os sons fortes e fracos, o doce e o salgado, o prazer e a dor. Governa emoções tais como o amor, o temor e o ócio; controla nossos movimentos físicos, tais como o andar, o retroceder ou beijar; regula nossas funções corporais; permite-nos pensar.

Uma droga psicoativa, ao ser uma substancia estranha, altera a informação enviada a nosso cérebro e altera as mensagens que são enviadas às diversas partes do corpo. Uma droga psicoativa altera nossa capacidade de pensar e raciocinar. Uma droga psicoativa não só afeta o sistema nervoso, como afeta os outros sistemas do corpo. Os afeta diretamente ao passar através do tecido ou indiretamente ao manipular os nervos do sistema nervoso central.

OS NEUROTRANSMISSORES

As substancias bioquímicas que transmitem mensagens através das sinapses nervosas se chamam neurotransmissores porque transmitem informação de um neurônio à outro. Seus nomes são: dopamina, endorfina, encefalina, serotonina, epinefrina, substancia "P", acetilcolina e muitas outras. Uma única mensagem elétrica pode liberar vários tipos de neurotransmissores de diversos neurônios. Uma mensagem dolorosa pode liberar a substancia "P" numa sinapses e encefalina em outra.

As drogas psicoativas alteram o funcionamento normal dos neurotransmissores. Por exemplo, um estimulante como a cocaína forçará a liberação de grandes quantidades de epinefrina e dopamina (sem um estímulo elétrico) criando, estimulando e exagerando mensagens que se dirigem ao sistema nervoso central ou surgindo dele.

Um depressor como a heroína inibirá a liberação da substancia "P", unindo-se à célula nervosa emissora, de tal forma que amortecerá o sinal doloroso, obstaculizando ou debilitando.Também pode unir-se ao centro respiratório, deprimindo a respiração. Este é um efeito mui perigoso.

Um alucinógeno como o LSD pode estimular aos neurotransmissores, porem, fundamentalmente os confundirá, exagerando algumas mensagens, distorcendo outras e inclusive criando mensagens imaginarias, especialmente imagens visuais e auditivas.

AS DROGAS E O CÉREBRO

O cérebro controla e integra todo movimento e conduta humana. Quase todas as drogas, em seu abuso, modificam a conduta pela ação que exercem no cérebro e no tronco encefálico. As modificações de conduta causadas por drogas que provocam emoções incontroláveis, restrição do armazenamento de informação, capacidade limitada para tomar decisões e outros tipos de conduta sem controle, há levado os pesquisadores a estudar as reações nas diversas áreas do cérebro.

Depois que a droga entra no tecido nervoso do cérebro, pode ocorrer varias reações, porque as varias drogas parecem ter como destino áreas diferentes.

TRONCO ENCEFÁLICO (Centros vitais)

Medula, e mesencéfalo. Estas estruturas são fundamentais, principalmente o conjunto de fibras nervosas, ou canais, que transportam mensagens entre a medula espinhal e o cérebro.

A medula é mui especial porque contém os centros respiratório, cardíaco e vasomotor. Quando as drogas inibem completamente esta área, ocorre a morte por parada respiratória.

O TÁLAMO (interruptor dos estímulos)

O tálamo é o "painel de controle" do cérebro, visto que todos os sinais de entrada e de saída passam através desta área.

O HIPOTALAMO

O hipotálamo mantém a temperatura do corpo, regulando a produção de hormônios, mantendo o balance da água no corpo e medindo as necessidades nutricionais, sexuais e inumeráveis funções corporais.

Sobre o abuso de drogas, talvez as duas áreas de interesse mais importantes do hipotálamo são as de:

  1. Prazer e dor,
  2. Fome e saciedade.

Estas áreas de prazer e de dor são de muita importância no uso e abuso de drogas, porque se crer que estas, quando provocam uma intensa euforia, o fazem devido a estimulação das mesmas áreas de prazer do hipotálamo, ou da depressão de células dos centros correspondentes à dor.

O estudo científico da ação das drogas no centro de prazer pode ser muito importante para a análise da dependência psicológica.

CEREBELO (coordenação)

O cerebelo controla o equilíbrio e a coordenação dos movimentos do corpo, integrando as mensagens que chegam da área motora, os nervos sensoriais espinhais, o sistema de equilíbrio do ouvido e dos sistemas auditivo e visual. Quando o mesmo é fortemente afetado, certamente não causará a morte, mas movimentos descoordenados.

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS PSICOATIVAS

Uma forma prática de classificar estes agentes surgiu dos consumidores de drogas, os quais diferenciam estas substancias por seus efeitos gerais. Assim que, se escolheram os termos ESTIMULANTES, DEPRESSORES, ALUCINÓGENOS e INALANTES para descrever as drogas que comumente são mais usadas.

Quando falamos dos efeitos das drogas, nos referimos aos efeitos habituais de uma dose moderada numa pessoa comum. Visto que os efeitos podem variar de maneira radical de uma pessoa a outra, e inclusive de uma dose a outra, nossa informação sobre a ação das drogas no corpo deveria utilizar-se mais como uma pauta geral, do que absoluta.

    • OS ESTIMULANTES são aqueles que estimulam o sistema nervoso central (SNC); a cocaína (base livre, crack), as anfetaminas, os comprimidos para emagrecer, os energizantes psíquicos, a nicotina, a cafeína e substancias similares.

Um estudo do NIDA (National Institute on Drug Abuse) demonstrou que 67 por cento da juventude nos Estados Unidos, 18 por cento dos jovens adultos e 62 por cento dos adultos, pelo menos uma vez, usaram estimulantes por razão não médica. Calcula-se que mais de três milhões de pessoas nos EUA consomem anfetaminas por razões não médicas; entre 15 e 20 milhões consomem cocaína; 50 milhões fumam cigarros; 100 milhões tomam café e quase todos tomam alguma medicação de venda livre que contem cafeína. Desde um estimulante forte, como a cocaína, a outro suave, como uma bebida cola, os estimulantes estão intimamente vinculados com a vida diária.O uso de cocaína tem aumentado assustadoramente.

Efeitos físicos: O efeito habitual de uma dose pequena ou moderada é uma estimulação geral do sistema nervoso que produz efeitos energizantes nos músculos, uma aceleração do ritmo cardíaco, uma maior pressão sanguínea e menos apetite. Pode produzir problemas cardíacos, vasculares e convulsões, especialmente quando se consome grande quantidade ou se o consumidor é mui sensível. Quanto mais forte for o estimulante, maiores são os efeitos.

Durante todo o dia, o corpo produz uma certa quantidade de substancias químicas energéticas, especialmente adrenalina e noradrenalina. Tudo isto com uma produção diária equilibrada. Estas substancias químicas energéticas podem acelerar o ritmo cardíaco, dar energia aos músculos, nos manter alertas e nos ajuda a funcionar normalmente. Por outro lado, as metaboliza e as lança fora do organismo.

Às vezes, o corpo necessita energia extra: quando fazemos exercícios, quando temos medo, devemos lutar ou estamos tendo relação sexual. Nestes momentos, o sistema nervoso libera quantidades extras de adrenalina e de outras substancias químicas. Esta adrenalina extra sai do corpo ou é reabsorvida por determinados tecidos nervosos. Assim que, quando o corpo exige energia extra, as células liberam substancias energéticas.

O corpo libera substâncias químicas suficientes para cumprir a tarefa. O excesso de substancias químicas em seguida é reabsorvido.

Os estimulantes invertem o processo

Os estimulantes forçam a liberação dos estimulantes naturais do próprio corpo sem que o organismo os requeira.

Além disso, os estimulantes fortes como a cocaína ou o crack mantém em circulação as substancias químicas bloqueando sua absorção, de tal forma que os efeitos são exagerados. Se isto continua durante horas, inclusive dias, o corpo se vê injetado por toda esta energia extra que não tem outro lugar aonde ir caso não se gaste através de uma crescente atividade muscular, o trabalho duro, a participação em festas, um excesso de conversação, ou movimento constante, etc.

Se tomarmos estimulantes durante um longo período de tempo ou tomamos grandes quantidades, o corpo fica sem reservas. O exprimimos até deixá-lo seco. A maioria dos sistemas se detem num intento por recuperar a reserva de energia do corpo.

Além disso, muitos estimulantes forçam os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue a muitos tecidos. À medida que estes estimulantes fortes aumentam a pressão sanguínea, é possível que se rompa um vaso (um derrame se isso ocorre no cérebro).

O transtorno dos neurotransmissores orgânicos também transtorna nosso equilíbrio mental. Geralmente os estimulantes aumentam nossa confiança, criam uma certa euforia e nos fazem sentir que podemos fazer qualquer coisa. Quando estamos estimulados excessivamente ou continuamente, estes sentimentos rapidamente podem tornar-se irritadiço, conversa constante, atitude de suspeita, inquietude e insônia.

Tudo parece exagerado sob a influencia de um estimulante: nossos problemas, nossas suspeitas, nossa irritabilidade, nossas neuroses inexistente, nosso sentimento de solidão. Necessitamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, para gastar esta estimulação extra.

ANFETAMINA

As anfetaminas são uma classe de estimulantes sintéticos poderosos, com efeitos muito parecidos à cocaína, mas de duração muito mais prolonga e muito mais barato. As anfetaminas geralmente são tomadas oralmente, são injetadas, aspiradas e, nos últimos tempos, também são fumadas.

A tolerância às anfetaminas é mui pronunciada. Com o tempo, um consumidor pode necessitar a dose inicial 20 vezes mais para produzir–se a mesma viagem.

Como os efeitos duram horas, isso significa que constantemente se extraem reservas de energia das células nervosas e eventualmente as metaboliza. As anfetaminas tornam o metabolismo das reservas de energia que são liberadas de forma mais lenta, ao contrario do que ocorre com a cocaína.

Os neurotransmissores também são desequilibrados pelas anfetaminas, da forma que o uso prolongado pode produzir uma paranóia extrema. A paranóia extrema pode ter como conseqüência, fantasias homicidas e pode levar ao suicídio.

COCAINA

A COCAINA se extrai da plana de coca (Erythroxilun coca) que cresce nas cordilheiras dos Andes na América do Sul, em certas partes da selva do Amazonas e na ilha de Java, na Indonésia.

Mascar, beber, injetar-se e aspirar cocaína tem sido as principais formas de consumo. Hoje, os farmacêuticos da rua converteram o cloridrato de cocaína na cocaína de base livre, atualmente conhecida como "crack", "rock", e outros nomes, introduzindo uma forma mais poderosa de cocaína fumável.

A cocaína não é apenas um estimulante, é também o único anestésico local de origem natural.

A maioria dos efeitos se produzem quando a droga transtorna o equilíbrio dos neurotransmissores no sistema nervoso central.

A cocaína crack, a cocaína rock e a cocaína de base livre são bem mais intensas e trágicas em seus efeitos que a cocaína que é aspirada. Desequilibram as substancias químicas cerebral bem mais rápido, provocando um desequilíbrio hormonal no cérebro.

O problema é que a pessoa não pode selecionar quais neurotransmissores estimular e até que ponto os transtorna. Por exemplo: a liberação de epinefrina (adrenalina) sobre a pressão sanguínea, aumenta o ritmo cardíaco, produz uma respiração acelerada, tensa os músculos e gera um extremo nervosismo. Força a liberação de grandes quantidades destas substancias químicas energéticas, esgotando as reservas.

Independente da epinefrina (adrenalina), outros neurotransmissores transtornados podem causar problemas adicionais. O desequilíbrio de dopamina pode estimular excessivamente o centro cerebral do medo causando paranóia. Qualquer sombra, movimento, voz alta, etc. passa a ser terrivelmente ameaçadora.

A serotonina nos ajuda a dormir e estabiliza nossos estados de ânimo, porem quando se esgota por consumo excessivo de cocaína, o resultado é insônia, agitação e uma depressão emocional grave.

Entre outras coisas, o uso excessivo de cocaína está associado com a anhedonia (a incapacidade de sentir prazer) e a anergia ( uma falta total de energia, motivação e iniciativa).

    • Centro de prazer / recompensa: A cocaína transtorna nosso equilíbrio de varias formas. Estimula nosso centro de prazer / recompensa, essa parte do cérebro que nos diz quando fizemos algo bem. Por exemplo, normalmente, esse centro nos da a sensação de satisfação quando saciamos a fome, a sede ou o desejo sexual. Quando uma droga como a cocaína estimula este centro, nos engana. Comunica ao cérebro que não temos fome, mesmo que não tenhamos comido; que não temos sede, mesmo que não tenhamos bebido; que estamos sexualmente satisfeitos, ainda que não tenhamos tido nenhum contato sexual. Esta estimulação é percebida com entusiasmo geral, um sentimento generalizado de bem estar e de prazer. Este entusiasmo diminui no decorrer do tempo, porém a memória fica ancorada nele.

Consumo de muitas drogas: um dos problemas com a cocaína é que o estimulo pode ser tão intenso que o consumidor pode necessitar de um depressor para baixar ou diminuir a excitação ou para dormir. Às vezes, a segunda droga pode ser mais problemática que a cocaína.

Adulteração: Outro problema é a adulteração da cocaína que abarca uma serie de produtos, tais como laxantes para bebês, aspirina, açúcar, tetracaína (um anestésico tópico), talco, entre outros. É a droga batizada.

Cocaína crack: a expressão cocaína crack apareceu na rua por volta do ano 1985. O crack ou a cocaína cristalizada que é usada para fumar tem-se popularizado muito nos últimos anos. É o resultado de uma técnica desenvolvida nos anos 70 com a utilização de produtos químicos altamente inflamáveis ou tóxicos, tais como o éter benzeno, água sanitária junto com amoníaco ou hidróxido de sódio para converter o cloridrato de cocaína, a forma refinada da droga, em cristais de cocaína de base livre.

A cocaína crack é muito mais intensa e trágica nos seus efeitos que a cocaína que é aspirada. Desequilibram as substancias químicas cerebrais com mais rapidez, transtornando o equilíbrio hormonal do cérebro.

Todos estes efeitos físicos são mui similares aos efeitos de outros estimulantes, por exemplo, as anfetaminas. A principal diferença com a cocaína é a intensidade da viagem inicial (mais forte), o preço e a velocidade com que o corpo metaboliza.

TABACO (Nicotina)

O tabaco, é uma substancia legal, barata e tão cotidiana como o álcool, e com uma imagem melhor, e que sem sombra de dúvida se constitui numa das drogas mais devastadoras e cujo consumo é, junto com o do álcool, um dos objetivos fundamentais da prevenção contra as drogas.

O Tabaco é uma droga psicoativa. O ingrediente ativo do tabaco, a nicotina, altera o equilíbrio dos neurotransmissores, estimulando algumas substancias químicas, transtornando a transmissão de outras e incrementando a atividade elétrica do cérebro de forma mui similar, porém não tão intensa, como a cocaína e as anfetaminas.

Também constrine os vasos sanguíneos, acelera o ritmo cardíaco e aumenta a pressão, diminui o apetite, aumenta a atenção, anula parcialmente o sentido de gosto e o olfato e irrita os pulmões.

A tolerância aos efeitos da nicotina, um veneno forte, se desenvolve com muita rapidez diante de outras drogas.

Fumar durante umas poucas horas é o bastante para que se comece a desenvolver tolerância. Esta tolerância induzida é a chave para entender as qualidades aditivas do tabaco. No inicio, o tabaco produz efeitos mentais e físicos significativo, incluindo tonteira e náuseas.O corpo, como autoproteção, imediatamente se adapta a manejar as toxinas. Em seguida a pessoa passa a depender de fumar para sentir-se "normal". O fumador quer manter a estimulação e a química orgânica alterada.

Um consumo prolongado de tabaco pode produzir danos pulmonares, irregularidades cardíacas e câncer. Na verdade, o cigarro causa mais mortes que todas as outras drogas psicoativas juntas.

A abstinência depois de fumar um ou dois maços de cigarros por dia depois de alguns anos de consumo pode produzir dores de cabeça, irritação grave, incapacidade de concentração, nervosismo e transtornos no sono, de maneira que não se trata apenas de uma adição psíquica, mas física.

O tabaco é a droga mais aditiva que existe. O desejo de nicotina pode, de fato, durar toda a vida depois de deixar o hábito.

    • DEPRESSORES. Os depressores, como seu nome indica, deprimem o funcionamento geral do sistema nervoso central para produzir, sedação, sonolência e coma (se o consumo é excessivo). A diferença dos estimulantes, que geralmente atuam através da liberação e reforço dos hormônios estimulantes naturais do corpo, os diferentes grupos de substancias químicas classificadas como DEPRESSORAS, induzem efeitos sedativos através de uma ampla gama de processos bioquímicos em vários lugares do cérebro e a medula espinhal. Alguns imitam a ação dos sedativos naturais do corpo ou inibem os neurotransmissores (ou seja, endorfinas, encefalinas,...), enquanto que outros diretamente anulam as áreas estimulantes do cérebro.

Os principais grupos mais conhecidos são: Opiáceos e opióides, sedativos, álcool, relaxantes musculares, antihistamínicos, etc.

Os opiáceos tais como a heroína, a morfina e a codeína são produtos derivados da amapola de ópio. Os opióides tais como o Demerol são sintéticos, produzidos para imitar os efeitos dos opiáceos naturais. Os opiáceos e os opióides se desenvolveram para o tratamento de dor aguda. A maioria dos consumidores ilegais os toma por seus efeitos euforizantes.

A partir dos anos trinta, a heroína teve mais titulares que qualquer outro opiáceo. Em todo mundo, se calcula que há entre 8 a 15 milhões de consumidores da heroína.

A região do sudeste asiático conhecida como o Triângulo de Ouro – Burma, Tailândia do Norte e Laos – é o maior produtor e exportador de heroína. Mas, desde os anos quarenta, México tem sido o principal provedor de heroína aos Estados Unidos.

O álcool é, sem dúvida, "nossa droga". Talvez seja por isso que nem mesmo recebe o nome de "droga".

O ÁLCOOL, o produto secundário natural dos açucares vegetais fermentados, provavelmente é a mais antiga e a mais usada das drogas psicoativas do mundo. O álcool também é a droga mais devastadora do mundo em termos de conseqüências sociais e para a saúde.

Estudos epidemiológicos norte-americanos indicam que o alcoolismo afeta 10% de sua população em algum momento de suas vidas, sendo os homens mais afetados do que as mulheres. Segundo o "National Institute on Drug Abuse" (NIDA) o alcoolismo provoca um prejuízo de 166 bilhões de dólares aos cofres públicos norte-americanos anualmente, em virtude dos inúmeros prejuízos provenientes do consumo desta substância.

A razão pela qual o álcool desinibe é sua ação sobre os centros mais altos da córtex cerebral. Transtorna o equilíbrio químico que controla o pensamento. Então atua sobre os centros mais baixos do sistema límbico que controlam o estado de animo e a emoção.

A supressão de nossas inibições pode enganar-nos porque junto com seu aparente estímulo emocional vem uma depressão física. Quanto mais álcool se toma, mais livre o consumidor se sente, porém com a baixa da pressão sanguínea, os reflexos motores se tornam mais lentos, a digestão se torna defeituosa, se perde calor do corpo e diminui a excitação sexual.

O álcool se situa no terceiro lugar, depois das enfermidades cardíacas e o câncer, dos problemas de saúde mais graves nos Estados Unidos da América. As causas de morte variam desde cirrose do fígado até ataques ao coração e derrames.

O uso excessivo de bebidas alcoólicas pode afetar praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo. O aparelho gastrintestinal é particularmente atingido. Além das lesões do fígado que leva o paciente lentamente à morte, podem ocorrer gastrites, úlceras, inflamação do esôfago e pancreatite aguda que é um quadro clínico grave.

Outros aparelhos atingidos: o cardiocirculatório (hipertensão arterial, arritmias), o sistema nervoso central (disfunção motoras), periférico (neuropatias periféricas) e sistema geniturinário (atrofia de testículos com impotência e perda da libido).

Não se deve esquecer que do ponto de vista nutricional, a diminuição dos valores de ácido fólico, acompanham o alcoolismo, favorecem a aparição de anemias, lesões cutâneas, etc..

Nas mulheres o álcool afeta a produção hormonal, levando a diminuição da menstruação, infertilidade e alterações das características sexuais femininas.

Alcoolismo e violência familiar

O alcoolismo, além dos elevados custos econômicos que acarreta, é um grave problema social. Pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) constatou que, em 52% dos casos de violência familiar, o agressor estava alcoolizado.

Pode-se dizer que o álcool é a única droga que contém calorias; no fígado o metabolismo (ou queima do álcool) produz água e dióxido de carbono e libera quase 200 calorias por cada 31 gramas de álcool puro. Visto que muitas bebidas se misturam com outras substancias que também contem calorias, a maioria das bebidas consumidas tem entre 100 e 150 calorias.

20 por cento do álcool entra imediatamente na corrente sanguínea, passando através das paredes do estomago. O outro 80 por cento vai desde o estomago até o intestino delgado e dali passa ao sangue. O fígado reage como se o álcool fosse um veneno e imediatamente trabalha para eliminá-lo da corrente sanguínea. Para isso, um enzima chamado ADH ataca a molécula de álcool e a converte em outro agente chamado acetaldehido e a este em acetato, que então é transformado em dióxido de carbono e água que, por sua vez, são eliminados.

Normalmente o fígado consegue a conversão do álcool a uma taxa de aproximadamente 46 gramas por hora. Se uma grande quantidade de álcool permanece no organismo além de certo tempo, o fígado se sobrecarrega. Deve destinar suas energias à oxidação do álcool descuidando outras funções importantes. Como resultado, as toxinas se acumulam no sangue. As células, os tecidos e os órgãos do corpo se nutrem de forma imprópria.

O consumo de bebidas alcoólicas é tão comum que muitas pessoas não imaginam que elas são drogas potentes.

O que é o alcoolismo?

"O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionado ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências decorrentes". O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). O álcool entra na relação de substancias psicoativas.

É considerada uma substância psicoativa (drogas) qualquer substancia que, utilizada por qualquer via de administração, altera o humor, o nível de percepção ou o funcionamento cerebral, podendo ser legalmente usadas, prescritas ou ilícitas (ilegais).

No Brasil, 16 milhões de pessoas são dependentes do álcool, que é uma droga socialmente aceitável. Este consumo é a terceira causa de absenteísmo (falta do) no trabalho, o que compromete quase 5% do Produto Interno Bruto – PIB (segundo Rui Nascimento, superintendente nacional do SESI, citado na Revista Proteção, n° 152, ago/2004, pág. 28).

CIRROSE DO FIGADO

Cerca de 75 por cento dos alcoólatras apresentam deficiência da função hepática e aproximadamente 8 por cento deles desenvolvem cirrose. A cirrose se converteu na quarta causa de mortes em idades entre 25 y 45 anos nos grandes centros urbanos dos Estados Unidos.

Um estudo do IMCA (Instituto Nacional de Câncer) diz que a relação entre o álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago.

BEBER E DIRIGIR

O álcool está relacionado diretamente em aproximadamente na metade das mortes por acidentes nas estradas.

Mais de 1.000 brasileiros morrem, por ano, vítimas de acidentes causados por excesso de álcool e cerca de 10% de todos os acidentes com vítimas, resultam de dirigir com excesso de álcool no sangue.

60 por cento das mortes de jovens-adultos (16 a 24 anos de idade) em acidentes de estrada estão relacionadas com o uso de álcool; ou seja, se não fosse pelos motoristas que bebem, seis de cada dez jovens que morreram em acidentes automobilísticos continuariam vivos.

Os acidentes costumam acontecer pela noite e nos fins de semana, geralmente depois das 22 horas. Até 70 por cento das batidas de carros causadas pelo álcool que incluem jovens, ocorrem nos fins de semana.

As habilidades para dirigir um veículo são: 1) bom juízo, 2) bom controle emocional, 3) boa visão, e 4)habilidade e coordenação.

O álcool altera o juízo do condutor, dificultando as complexas decisões necessárias para dirigir. O motorista necessita calcular a própria velocidade e a dos outros carros. Necessita avaliar cuidadosamente quando é o momento de ultrapassar, quando há espaço suficiente para aproximar-se, parar ou fazer uma volta, e em que momento frear se outros carros estão freando.

A visão noturna é um problema grave para os motoristas intoxicados. A visão diante de luzes que piscam e a recuperação depois de um encandeamento, diminuem com o álcool. Por fim, a visão periférica e a percepção de distancia e profundidade também pioram.

NATUREZA ECONOMICA

O álcool, junto com o tabaco, compartilham uma penetração mui profunda na vida econômica de nosso país. O álcool enche os cofres públicos na forma de imposto e também proporciona emprego para muitas pessoas. Assim que, até é compreensível que qualquer tentativa por reduzir o consumo de álcool provoque gritos de protestos entre as pessoas que tem interesses econômicos perfeitamente legítimos, com a promoção, a venda e o uso da droga.

O álcool é a porta de entrada, dizem especialistas.

A bebida é geralmente a primeira substância com que o jovem trava contato e seu consumo é estimulado pela sociedade.

Durante muitos anos, o consumo de maconha foi considerado como o primeiro estágio da dependência química. As recentes pesquisas, porém, descartam essa tese, batizada de Teoria da Escalada. O resultado dos estudos e a própria experiência dos médicos demonstram que o problema começa de outra forma: no consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

Pesquisas da professora Sandra Schivioletto, em São Paulo, demonstra que o álcool "é a primeira droga usada por adolescentes".

Um aspecto fundamental é a facilidade de acesso à bebida. Encontra-se em qualquer esquina. A proibição de que é proibida sua venda para menores de 18 anos, é um mito brasileiro.

    • ALUCINÓGENOS. Os estimulantes e os depressores, respectivamente, nos estimulam e nos deprimem. Os alucinógenos (drogas psicodélicas) podem atuar como estimulantes ou depressores, porém, sobretudo distorce nossa percepção do mundo, um mundo no qual a lógica sai perdendo diante das sensações intensificadas. Das drogas psicodélicas de laboratório às plantas naturais que se utilizam nas cerimônias religiosas, os alucinógenos representam um grupo específico de substancias.

Entre os alucinógenos ou drogas psicodélicas, em nosso país se destacam o LSD e a Maconha.

Os alucinógenos interferem com o equilíbrio normal do cérebro. Imitam a alguns neurotransmissores naturais e transtornam a outros. Mais que os depressores e os estimulantes, os efeitos dos alucinógenos dependem em grande medida do tamanho da dose, a estrutura emocional básica do consumidor, o estado de animo no momento do consumo e o ambiente no momento em que se toma a droga. Um consumidor com tendências para a esquizofrenia pode ter uma reação tremendamente má ao LSD ou ao PCP porque tais tendências exageram à instabilidade. Quem é agressivo pode tornar-se mais ainda, enquanto que um consumidor imaturo pode tornar-se mais infantil.

Efeitos físicos. O LSD e a maioria dos outros alucinógenos estimulam o sistema nervoso simpático. Isto tem como resultado um aumento do ritmo do pulso e da pressão. Podem produzir transpiração e palpitações. A estimulação da corteza cerebral pode sobrecarregar as vias sensoriais.

Efeitos mentais. Os alucinógenos têm um efeito poderoso em nosso centro emocional (o sistema límbico) e influenciam no estado de animo e nas emoções. Afetam inclusive os centros visuais, produzindo visões que vão de faíscas de luz a cenas completas. Produzem um efeito na formação reticular, tornando o consumidor altamente consciente do estimulo sensorial. Anulam os centros da memória e outras funções cerebrais elevadas, tais como o juízo e a razão.

O LSD pode produzir efeitos físicos de aumento do ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, uma temperatura corporal mais alta e transpiração, sintomas muito similares aos das anfetaminas.

Produz efeitos mentais de distorção sensorial e ilusões por seu efeito de sobrecarga na corteza cerebral, o painel sensorial da mente.

A droga é metabolisada pelo fígado por volta de 8 ou 12 horas, e na medida que se metaboliza o efeito vai desaparecendo. Porém, podem ocorrer certos efeitos posteriores crônicos. Aqueles que têm uma instabilidade mental podem ver-se empurrados a transtornos mentais mais graves. Outros consumidores podem ver-se numa longa reação psicótica ou numa grave depressão

MACONHA. A maconha é uma das drogas alteradoras da mente mais conhecida e mais antiga. Há mais de 5000 anos é descrita pela literatura dos chineses. A maconha (também conhecida como "erva", "fumo" e outros nomes) vem de uma planta alta e delgada cujo nome científico é Cannabis sativa. A planta cresce de forma silvestre em varias partes do mundo.

A potência da maconha depende do conteúdo do principio ativo, delta-9 tetrahidrocannabinol (THC).

A dose de THC ingerida por uma pessoa, é o fator que geralmente determina o efeito da droga. Quando se fuma a maconha o efeito se produz em minutos, chegando no nível máximo aproximadamente em meia hora, e se mantendo durante três ou quatro horas.

Na planta da maconha se encontra uma resina pegajosa, que contém a maior parte do THC. Esta forma concentrada é chamada de hashish. Segundo alguns relatórios geralmente o hashish tem entre 10 e 20 por cento de THC. O hashish liquido chamado de azeite de hash, pode ter concentrações de 30 a 40 por cento.(informe Turner 1981).

O efeito da maconha como a maioria dos alucinógenos, em grande parte, depende do estado de animo do fumador e do ambiente. A maconha atua quase como um hipnótico suave, exagerando o estado de animo e a personalidade.

A maconha pode agir como um estimulante ou como um depressor, segundo a variedade e a quantidade de substancia química que o cérebro absorva, porém geralmente atua como relaxante. A maconha entorpece a capacidade de acompanhar um objeto que se move, como uma bola de basquete, com os olhos.

Tem-se comprovado que a maconha atrasa o aprendizado e transtorna a concentração. Tem um efeito específico na memória imediata. A memória imediata, ao contrario da memória remota, é um processamento da informação a fim de que se retenha unicamente por um curto período de tempo, como no caso da lista do supermercado.

Alguns efeitos da maconha.

Ritmo cardíaco e pressão sanguínea. O efeito mais comprovado é o aumento das batidas do coração. Há uma tendência de baixar a pressão sanguínea. Segundo a Academia de Ciência do Instituto de Medicina, o consumo de maconha pode ser perigoso para aquelas pessoas que sofrem de hipertensão, de enfermidades cerebrovasculares e arterioscleroses coronária.

Congestão da conjuntiva. Com a ingestão ou inalação de maconha, os olhos ficam vermelho devida a dilatação dos vasos sanguíneos.

Efeitos crônicos. Devido a que o delta 9 THC se situa na gordura corporal, principalmente no fígado, pulmões e testículos, e desaparece mui lentamente, sendo que estes tecidos estão mais propensos a sofrer algum dano.

O uso da maconha também altera a percepção da visão, a audição e o tato; afeta o estado de animo e a interação social.

A maioria das pessoas começa a fumar por razões sociais e persiste no seu hábito para satisfazer necessidades psicológicas. É considerado como a principal droga de entrada à outras drogas.

    • INALANTES. Os três principais tipos de inalantes são os solventes orgânicos (hidrocarburos), os nitritos voláteis (amil, butil, isobutil) e o óxido nitroso. As substancias se inalam desde garrafas, panos ensopados, sacos plásticos, e outros meios.

SOLVENTES ORGANICOS.

O consumo de solventes industriais e dos sprais em aerossol para induzir um estado de intoxicação está estendido entre menores que tem entre 10 e 18 anos. É muito comum vê o uso de solventes entre os "meninos de rua". Estes líquidos voláteis incluem gasolina, querosene, clorofórmio, álcool, cola de sapato, removedor de pintura, acetona, benzeno (usado para tirar esmaltes de unha, cola de contato) benzina (fluído para isqueiro), pinturas metálicas e muitos outros.

Inalar estas substancias produz uma estimulação temporária e reduz as inibições antes que comecem os efeitos depressores do SNC; as tonteiras, andar cambaleante e sonolência é produzido logo depois de inalá-los. Igualmente, pode produzir-se impulsividade, excitação e irritabilidade. Na medida em que afeta mais profundamente o SNC, se desenvolvem ilusões, alucinações e delírios. O consumidor experimenta uma euforia sonolenta que culmina num breve período de sono.Também se observa delírio, lentidão psicomotora e dificuldades para pensar.O estado de intoxicação pode durar de alguns minutos a uma hora ou mais.

Algumas das complicações que podem surgir com o uso contínuo dos solventes são: Lesões no cérebro, no fígado, nos rins, na medula óssea e, principalmente, nos pulmões. A morte é produzida por parada respiratória, arritmias cardíacas ou asfixia devido a oclusão das vias respiratórias.

AS DROGAS DE CLUBE

A MDMA (êxtase), o Rohipnol, o GHB, e a ketamina são algumas das drogas usados pelos adolescentes e adultos que freqüentam os clubes noturnos, bares, e as festas privadas (festas "rave"). As festas "reve" e os eventos "tranze" geralmente são festas que duram toda a noite, e geralmente são realizadas em chácaras, fazendas e lugares afastados, alugados para esse fim.

MDMA (êxtase)

A MDMA (3-4 metilenedioximetanfetamina) é uma droga sintética psicoativa que tem propriedades químicas similares ao estimulante metanfetamina e ao alucinógeno ‘mescalina". O MDMA, antes era usada quase sempre como uma droga de clube, mas atualmente vemos que está sendo usado em vários outros ambientes sociais. A MDMA, em dose altas, pode interferir com a habilidade do corpo para regular a temperatura. Isto pode levar a um aumento brusco da temperatura corporal (hipertemia), que pode resultar numa falha hepática, renal e do sistema cardiovascular. Como a MDMA pode interferir com seu próprio metabolismo (sua decomposição dentro do corpo), pode-se alcançar níveis potencialmente prejudiciais da droga com o uso em intervalos curtos.

A MDMA também pode provocar sintomas de depressão muitos dias depois de tê-la consumido. Estes sintomas podem ocorrer em virtude do efeito da MDMA nos neurônios que usam a substancia química "serotonina" para comunicar-se com outros neurônios. O sistema da serotonina desempenha um papel importante no controle do estado de ânimo, a agressão, a atividade sexual, o sono e a sensibilidade à dor.Além disso, os usuários do MDMA enfrentam os mesmos riscos que os usuários de outros estimulantes tais como a cocaína e as anfetaminas.

O GHB, a Ketamina e o Rohipnol

O GHB e o Rohipnol são drogas predominantemente depressoras do sistema nervoso central. Como não tem cor, sabor nem cheiro, estas substancias podem ser colocadas nas bebidas de tal maneiras que as pessoas que as bebem não percebem sua presença. Estas drogas apareceram a poucos anos como as drogas " para facilitar assaltos sexuais nos encontros".

O GHB

O GHB (ácido gamahidroxibutírico) por seus efeitos eufóricos, calmantes e anabolisantes (incremento da massa muscular). O GHB é um depressor do sistema nervoso central que esteve disponível sem a necessidade de prescrição médica nas lojas naturistas desde a década dos oitenta. É amplamente usado por fisiculturista para perder gordura e aumentar a massa muscular.

O abuso do GHB pode fazer que o usuário entre em coma ou tenha convulsões. A combinação com outras drogas como o álcool pode causar náuseas e dificuldade para respirar. Quando se deixa de usá-lo, o GHB também produz sintomas da síndrome de abstinência, incluindo insônia, ansiedade, tremores e sudorese. O GHB e dois de seus precursores, a gama butirolactona (GBL) e o 1,4 butenodiol (BD), tem sido implicados em envenenamentos, sobredose, e de promover o abuso sexual nos encontros ("date rapes") e mortes.

KETAMINA

A ketamina é um anestésico que foi aprovado em 1970 para uso médico tanto em seres humanos como em animais. Aproximadamente 90 por cento da ketamina vendida legalmente está destinada para uso veterinário. Esta pode ser injetada ou inalada. A ketamina também é conhecida como "a K especial" ou "a vitamina K".

Certas doses de ketamina podem causar um estado de sono e alucinações. Em doses altas, a ketamina pode provocar delírio, amnésia, deterioro na função motora, pressão arterial alta, depressão e problemas respiratórios e morte.

O ROHIPNOL

O Rohipnol (nome comercial do flunitracepam) pertence a uma clase de drogas conhecidas como benzodiazepinas.. Ao misturar-se com o álcool, o Rohipnol pode incapacitar as vitimas, impossibilitando-as para resistir a agressão sexual. Pode produzir uma "amnésia anterógrada", o que significa que é possível que as pessoas não lembre o que aconteceu enquanto estavam sob os efeitos da droga. O Rohipnol também pode ser letal quando se mistura com o álcool ou outros depressores do sistema nervoso central.

TOLERANCIA – DEPENDENCIA - ABSTINENCIA

Estes três termos são mui importantes quando tratamos sobre o uso de drogas.

TOLERANCIA: Qualquer droga é considerada pelo corpo como um veneno. Diversos órgãos, principalmente o fígado e os rins tentam eliminar a substancia química antes que produza maiores prejuízos. Porém o consumo de drogas durante muito tempo força ao corpo a mudar e adaptar-se.

O conceito de tolerância significa que o usuário de uma droga em particular, com o propósito de continuar experimentando os mesmos efeitos farmacológicos, deve usar quantidades cada vez maiores. Depois que se desenvolve a dependência, o usuário experimenta "ânsias", que são seguidas de sintomas dolorosos de abstinência se não a satisfaz de forma imediato com um uso mais contínuo da droga.

Há casos em que a pessoa se torna menos sensível à droga. O corpo começa a adaptar-se aos efeitos prejudiciais da droga. Isso significa que quanto mais quantidade se toma, menos efeito se logra a cada dose. Isso porque com o tempo o corpo se adapta à presença da droga, o usuário deve aumentar mais e mais a dose para lograr o efeito desejado.

Também há casos em que o fígado de um dependente alcoólico, na medida em que vai sendo afetado, perde sua capacidade de matabolisar a droga. Um bêbado com cirrose no fígado pode manter-se embriagado todo o dia com apenas meio litro de vinho, porque o álcool cru está passando através de seu corpo, varias vezes, sem mudanças.

DEPENDENCIA: "A dependência das drogas é um estado psíquico, ou algumas vezes físico, que resulta da interação entre um organismo vivo e a droga e que se caracteriza por respostas através de conduta ou outra, incluindo sempre o desejo compulsivo ou necessidade de usar a droga de forma contínua com o fim de experimentar seus efeitos ou evitar a crise de sua ausência".

A adaptação biológica do corpo devido ao uso prolongado de drogas é muito ampla, principalmente com os depressores. Sabemos que as complexas adaptações biológicas ao uso prolongado das drogas se manifestam com a ansiedade do usuário por continuar usando-a.

A etapa final do uso da droga é a dependência ou adição. Nela, o uso de uma ou mais drogas se converte na principal atividade na vida do usuário e qualquer esforço para separá-lo dela encontrará uma grande resistência. Quando se estabelece a dependência, muitos usuários abandonarão as outras atividades a fim de manter sua conexão com a substancia escolhida. Esta extrema prioridade que é dada ao uso da droga pode ser observada nos consumidores do tabaco e álcool, bem como de cocaína e heroína. Uma vez que se desenvolve a dependência quase nenhum preço é muito alto para os usuários, os quais farão qualquer coisa, inclusive roubar, para obter uma dose da droga.

ABSTINENCIA: O processo de extinção de qualquer conduta aditiva se caracteriza pela presença do desejo da droga que estará presente em todo o processo de recuperação terapêutica, mesmo que sua intensidade vai diminuir gradativamente.

Depois que um dependente de drogas conseguiu manter-se abstêmio entre um e três meses, constata que o intento de superar a adição é um processo longo e complexo, onde logo surgirão as primeiras crises. O desenvolvimento de seus próprios recursos pessoais (intervenção individual), a pressão social da família (intervenção familiar) e o grupo de dependentes de drogas (intervenção grupal) lhe permitem, em grande parte, poder confrontar e resolver as primeiras crises, porem, desafortunadamente, muitos pacientes adictos não superarão estas primeiras crises e voltarão, outra vez, a "pendurar-se" nas drogas. É a crise de abstinência.

DROGAS NO ESPORTE

Muitos atletas, jogadores de futebol e praticantes de outros esportes, também abusam de drogas ilícitas. Estas drogas são usadas pelos atletas para reforçar seu treinamento ou desempenho. Principalmente os estimulantes (quase todas as anfetaminas) se utilizam com o propósito de reforçar o desempenho, enquanto que a cocaína geralmente é usada como uma substancia para motivar ou recompensar.

O consumo de drogas por parte dos atletas também se tem entendido até incluir um amplo conjunto de substancias. Ainda que a maioria destas substancias "ergogênicas" (reforçadoras da força, da resistência ou do desempenho) não são psicoativas, muitos atletas abusam delas.

Os Esteróides são drogas usadas principalmente pelos atletas. Há duas classes principais: Os anabólicos e os adrenocorticais.

O DOPING

O "doping" consiste no consumo de uma substancia com a finalidade de aumentar artificialmente o rendimento do sujeito na competição esportiva.

As substancias que o individuo que se dopa consome, geralmente não são as drogas tradicionais, das que temos tratado neste estudo. Muitas delas nem mesmo entrariam, no sentido esticto, no conceito de droga tal como o definimos, porque não provocam efeitos diretos no sistema nervoso central, mas terá uma atuação modificadora nas condições físicas do esportista par a melhorar seu rendimento. Entretanto, soa drogas no sentido de que geral dependência de que seu consumo tem por finalidade, direta ou indiretamente, alterar a conduta (neste caso, o rendimento desportivo na competição ou o treinamento). O critério prático e objetivo consiste em considerar que existe dopagem quando a substancia administrada está incluída na lista de substancias proibidas dos organismos desportivos internacionais.

Esteróides anabólicos

O abuso dos esteróides anabólicos tem sido associado com uma grande diversidade de efeitos secundários adversos, que vão desde alguns que são fisicamente pouco atrativos como acne e o desenvolvimento dos seios nos homens, a outros colocam sua vida em perigo, como ataques de coração e câncer do fígado. A maioria destes efeitos é reversível se o consumidor deixa de usar as drogas, mas alguns são permanentes.

Sistema hormonal

O abuso de esteróides interrompe a produção normal de hormônios no corpo causando mudanças tanto reversíveis como irreversíveis. As mudanças reversíveis incluem uma redução na produção espermas e encolhimento dos testículos (atrofia testicular). Ente as mudanças irreversíveis estão a calvície de padrão masculino (alopecia androgênica) e o desenvolvimento dos seios (ginecomastia). Num estudo de fisiculturistas masculinos, mais da metade tinham atrofia testicular e mais da metade tinham ginecomastia. A ginecomastia pode ser em virtude da interrupção do equilíbrio hormonal normal. Também está associado a um risco maior de câncer na próstata e infertilidade.

No corpo feminino, os esteróides anabolisantes causas a masculinização. Diminuem o tamanho dos seios e a gordura corporal, interrupção do ciclo menstrual, a pele se torna áspera, o clitóris aumenta de tamanho e a voz se torna mais grave. As mulheres podem experimentar um excessivo crescimento do pelo corporal, porém começa uma acentuada caída de cabelo. Com o uso contínuo dos esteróides, alguns desses efeitos se tornam irreversíveis.

Sistema cardiovascular

O abuso dos esteróides tem sido associado com enfermidades cardiovasculares, incluindo ataques do coração, inclusive em atletas de menos de 30 anos. Os esteróides também aumentam o risco de que se formem coágulos de sangue nos vasos sanguíneos, o que pode interromper o fluxo sanguíneo, lesionando o músculo cardíaco do modo que não bombeie o sangue de forma eficiente.

O fígado

O abuso dos esteróides tem sido associado com tumores hepáticos e uma condição pouco comum, quando se formam quistos cheios de sangue no fígado.

As vezes, tanto os tumores como os quistos podem romper provocando hemorragias internas.

Muitas drogas como HCG, ou o HGH conhecido como o hormônio do crescimento (usado para acelerar o treinamento dos atletas) e muitos outros são amplamente usados por atletas em todo o mundo. O exame antidoping diminuiu um pouco seu uso (pelo menos durante as competições).

Esta abundancia de varias drogas consumidas pelos atletas expõe o mito de nossa sociedade sobre a instituição desportiva. Geralmente cremos que o abuso de drogas nos esportes quer dizer abuso de drogas ilícitas como a cocaína. Temos que ver o uso generalizado de drogas legais e a negação institucional da responsabilidade dos deportes organizados de proteger a saúde do atleta.

Provavelmente exista o mesmo nível de abuso ilícito de drogas nos atletas que na sociedade em geral.

Devemos estar dispostos a lutar contra isto e brindar apoio a fim de que as instituições recompensem não só o desempenho atlético, mas também a dedicação e treinamento de seus atletas. Só então poderemos instituir os programas educativos e de prevenção que podem reduzir de forma eficaz o abuso de drogas por parte dos atletas.

DROGAS E GRAVIDEZ

O uso de drogas durante a gravidez é um problema nacional cada vez maior. O numero de bebês com problemas de nascimentos relacionados com as drogas e o álcool tem aumentado tremendamente nos últimos anos.

A pesquisa médica comprova que a maioria das substancias psicoativas, quando são ingeridas durante a gravidez, podem ser prejudiciais para o feto em desenvolvimento. A exposição do feto às drogas prejudiciais com o abuso de substancias durante a gravidez é um tema de muita preocupação durante a gravidez.

O uso de narcóticos, sedativos, álcool, psicotrópicos e drogas estimulantes pela mãe, também expõe o feto à dependência da droga e ao surgimento dos sintomas e sinais de sua abstinência ao nascer.

O mecanismo de produção da síndrome de abstinência pode ocorrer pois se crer que a criança de uma grávida dependente de drogas tem estado de forma crônica exposta às drogas no útero, de forma que se efetuou uma adaptação bioquímica a uma substancia anormal nos seus tecidos, ou seja, tem uma dependência fisiológica. O parto significa uma remoção brusca da fonte de droga; a criança continua metabolisando a que tem em circulação que provem da mãe até que os níveis se tornam criticamente baixo, aparecendo os sintomas de abstinência.

Isto explica por que os sintomas não se iniciam imediatamente depois do nascimento. No caso de adição à heroína estes são apreciados nas 24 horas do nascimento, entretanto para os recém nascidos de aditas usuárias de outras drogas, aparecem ao terceiro ou quarto dia de vida. Os sintomas de abstinência de barbitúricos ou tranqüilizantes podem apresentar-se um pouco depois. Assim que uma criança que, se sabe que esteve exposto a estas drogas, deveria ser observado pelo menos umas duas semanas.

A nicotina e as mulheres grávidas.

Nas mulheres grávidas, o monóxido de carbono (um gás letal) e as altas doses de nicotina provenientes da inalação da fumaça do tabaco interferem com o subministro de oxigênio ao feto. A nicotina cruza facilmente a placenta e as concentrações de nicotina no feto podem ser até 15 por cento mais altas que os níveis maternos. Tudo indica que a nicotina está concentrada no sangue fetal, no líquido amniótico e no leite materno. O monóxido de carbono também diminui a liberação do oxigênio aos tecidos embrionários. A combinação destes fatores é responsável pelo atraso no desenvolvimento que geralmente é visto nos fetos e bebês das mães que fumam.

As mulheres que fumam durante a gravidez tem um risco bem maior de ter um parto prematuro que as não fumantes. A diminuição nos pesos natais que é visto nos bebês de mais que fumam reflete a relação da dependência à dose: quanto mais a mulher fume durante a gravidez, maior é a diminuição no peso natal infantil.

A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e os Efeitos Alcoólicos Fetais (EAF) estão bem documentados na bibliografia. A SAF é a terceira causa de retardo mental nos Estados Unidos.

A Síndrome Alcoólica Fetal é produzida em bebês de mulheres alcoólicas crônicas que bebe muito durante a gravidez. As anormalidades do SAF podem ser visto em três categorias diferentes:

    • Retardo no crescimento em quase 50 % de todos os casos de SAF.
    • Anormalidades do sistema nervoso central, incluindo retardo mental e do desenvolvimento em todos os casos.
    • Anormalidades estruturais consistentes em defeitos característicos faciais, ósseos e orgânicos.

CONCLUSÃO.

A prevenção significa ajudar às pessoas, principalmente aos jovens, a desenvolver a estabilidade emocional e valores morais que podem reduzir as possibilidades de que eles sejam levados a fazer uso de substancias químicas.

Certamente existe outra forma de sentir-se bem sem usar drogas.

O uso irresponsável de drogas é prejudicial e destrutiva, tanto para o individuo como para a sociedade. As drogas são desvios que não levam à satisfação, nem à realização; ao contrário, o uso das drogas eliminam estas possibilidades.

Escolha a vida, conscientemente, diga SIM à vida, e esqueça das drogas.

Prof. Adaylton de Almeida Conceição

NOTA: Os temas apresentados neste estudo, são compilações de minhas palestras, curso e conferencias que tenho ministrado ao longo desses anos na área de Prevenção contra o uso de drogas, em algumas cidades do Brasil e alguns paises que nos tem honrado com seus convites.

Ficarei agradecido em receber seus comentários sobre os mesmo. Pois esse é um dos meios que podemos usar para melhorar as próximas publicações.

Buenos Aires, Argentina, Janeiro de 2005.

adaconal[arroba]yahoo.com.ar

adayltonalmeida[arroba]hotmail.com

seminarioantidrogas[arroba]yahoo.com.br

LECTURA RECOMENDADA

BIBLIOGRAFIA

  1. ARNAU, DOMINGO
  2. Apuntes para una Mejor Prevención

    SPAA – Buenos Aires, Argentina

  3. DUPONT ROBERT L. JR.
  4. Drogas de Entrada

    Ed. Prisma – Mexico

  5. CONCEICAO ADAYLTON DE ALMEIDA
  6. O Perigo das Drogas – Artigo na Tribuna do Comercio – 1984

    Rio de Janeiro

  7. HYDE MARGARET º
  8. Mind and Drugs

    McHraw-Hill Book Company – 1973

  9. INABA DARRYL and CHOHEN WILLIAM
  10. Uppers, Dowers, Al Arounders

    Cinemed Oregon - 1989

  11. NAHAS GABRIEL G.
  12. Cocaine: The Great white Plague

    Paul Eriksson, Publisher – 1989.

  13. POST R. M.
  14. Cocayne Psychoses: A Continuum Model", American Journal of Psychyatry

    132 (1975) 225-31

  15. RENSSELAER W. LEE III

The White labyrinth cocaine and political power

Ed. New Brunswick – NJ - 1989

 

 

SOBRE O AUTOR

Adaylton de Almeida Conceição, nasceu no Estado da Bahia, realizou estudos militares na Marinha do Brasil, e no Rio de Janeiro realizou estudos de Psicologia e Filosofia, estudou teologia na Faculdade da SOCE no Rio de Janeiro, onde se graduou como Bacharel em 1975, em 1977 fez curso de Mestrado pelo Instituto Latino-americano de Buenos Aires, Argentina. Também possui formação acadêmica nas áreas de Psicanálise Clínica com especialização em Sexologia; Ciências Políticas e Estratégicas; realizou vários cursos na Escola Superior de Guerra.e ADESG. Possui formação em Prevenção de Drogas pelo DEA (Drug Enforcment Administration - Departamento de Drogas dos Estados Unidos da América).

Exerceu o magistério em varias instituições no Rio de Janeiro e na Republica Argentina, onde foi Professor e Diretor do Instituto Rosário e do STEM.

Publicou vários títulos, entre os quais: "Introdução ao Estudo da Exegese" (Editora CPAD), Introdução à Escatologia, Introdução à Sociologia, Introdução à Psicologia, Homilética, Introdução à Ética, Estudos de Sexologia I e II, (Ediciones Manantial-Buenos Aires).

Exerceu atividades como Psicanalista na Clinica São José de Resende, Clinica Vanessa-Michele, e Terapeuta Familiar e Sexólogo na Clinica Pavlov do Rio de Janeiro.

Tem viajado por vários países participando de congressos e conferencias.

Foi Presidente do Organizing Board da World Chamber for Human Development para a America Latina. Foi representante da Câmara Mundial para o Desenvolvimento Humano na Argentina e no Uruguai; Conselheiro e Assessor Geral da UNOY-Argentina ( UNITED NATIONS OF YOUTH - Nações Unidas para a Juventude), e Secretario de Assuntos Internacionais para o Mercosul na Câmara de Micro-Empresários. É o Diretor do Serviço Internacional de Prevenção contra Drogas da WCHD. Coordenou o I Congresso de Prevenção e Tratamento de Dependência de Drogas da UNOY-Argentina, Coordenou o I Congresso de Prevenção e Tratamento Diurno de Drogas do Uruguai, Coordenou o I Seminário Antidrogas de Cubatão-SP 2005. Como jornalista, dirigiu o Programa jornalístico de Televisão "DIALOGO", pela Rede Multicanal de Argentina, e foi Debatedor do programa "Os Correspondes", pelo Canal Satelital CVSAT de CABLEVISION-Argentina.

O MUNDO DAS DROGAS

 

Por:

Prof. Adaylton Almeida Conceição

adaylton[arroba]yahoo.com.ar

 



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