Uma postura ética ou estética na escola?

Enviado por Lisete Maria Massulini Pigatto (lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br)


  1. Resumo
  2. Introdução
  3. A Fundamentação Teórica
  4. Os Pensadores
  5. Os Pensadores Contemporâneos
  6. Os Tipos Humanos
  7. Conclusão
  8. Bibliografia

Resumo

O Ensaio apresenta um enfoque sobre a ética, a estética e a violência numa perspectiva histórica atualizada. O desenvolvimento de um ser ético-estético requer um trabalho flexível numa relação dialógica problematizadora visando acessibilidade e a Inclusão Social. O docente atua como mediador no processo de ensino aprendizagem, estimulando as vivências para o desenvolvimento da Ética-Cidadã. Motivando os alunos e a comunidade a participar da resolução de problemas por meio de ações e atividades educativas pela Metodologia da Recreação e Cidadania.

Abstract

The assay presents an approach on the ethics, aesthetic and the violence in a brought up to date historical perspective. The development of one to be ethical-aesthetic requires a flexible work in a problematizadora dialógica relation aiming at accessibility and the Social Inclusion. The professor acts as mediating in the education process learning, stimulating the experiences for the development of Ethics-Citizen. Motivating the pupils and the community to participate of the resolution of problems by means of action and educative activities for the Methodology of the Recreation and Citizenship.

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Introdução

De consenso, a idéia de pessoa como ser humano encontra-se associada à noção de infinito. No decorrer da vida, de forma gradativa as pessoas tendem a superar as suas dificuldades. Na medida em que exploram as suas potencialidades, desenvolvem habilidades, competências e uma postura ética e estética. O homem, na sua essência é um ser inacabado, num processo contínuo de vir a "ser", mediado pelas oportunidades de "ter" acesso às interações sociais e ao mundo globalizado.

As situações problematizadoras do contexto o desafiam provocando ações e reações na sua desenvoltura, manifestando assim o seu caráter e a sua personalidade. Na realidade estas considerações iniciais nos levam a acreditar que estar no mundo requer estabelecer relações abertas com a contemporaneidade, tornando consciente os nossos sonhos e as nossas perspectivas de vida.

Nos anos 70 e 80 a grande preocupação da educação foi a de trazer todas as crianças para a escola. A Constituição Cidadã de 1988 garantiu os Direitos fundamentais. Após esta jornada, se conquistou alguns benefícios financeiros para o aluno (a). Atualmente, já não se discute mais a necessidade de trazer a criança para a escola, mas como mantê-la em uma situação de aprendizagem significativa, estabelecendo vínculos numa relação de afeto, cognição e prazer.

Nesta perspectiva educativa, não se trabalha mais com a idéia do certo ou errado. A educação contemporânea é vista como um processo contínuo visando à autonomia da pessoa humana, centrando a aprendizagem no educando e no seu nível de interesse. A educação é responsabilidade de uma equipe e não pode mais ser fragmentada. Deve contemplar o todo respeitando a diversidade.

Unindo a dimensão ética com a estética num processo inclusivo. Salienta a importância da dimensão ética, pelo desenvolvimento dos valores e das virtudes. A estética pelos estímulos à criatividade, dando vazão às emoções e aos sentimentos.

Portanto, aprender só tem significação quando a pessoa humana percebe o objeto do desejo e o re-significa, de forma contextualizada. A consciência do inacabado é indispensável no desenvolvimento da autonomia. Permitindo ao ser humano a aprender para inserir-se no processo, provocando uma tomada de atitude.

Na escola a luta do (a) professor (a) é diária pelo desenvolvimento da autonomia nos seus alunos (as). Para Gadotti (1999, p.44) ela representa: " o processo sempre inacabado, um horizonte em direção ao qual podemos caminhar sempre nunca alcançá-lo definitivamente." Percebe-se assim que a autonomia é a resultante de uma aprendizagem enriquecida pela tomada de consciência.

Os princípios vinculados ao tema por meio de uma relação Dialógica Problematizadora orientaram este trabalho. O diálogo envolveu as pessoas, contextualizando os problemas, criando estratégias para solucioná-los. Freire (1987, p.24) em seu livro Medo e ousadia – o cotidiano do professor afirma: "Os métodos da educação dialógica nos trazem à intimidade da sociedade, a razão de ser de cada objeto de estudo". Assim, o diálogo crítico permitiu desvendar as razões do contexto sócio-político e histórico possibilitando o entendimento das causas da violência.

A educação dialógica era para Paulo Freire um ato de conhecimento e não apenas uma transferência ou uma reprodução. Analisando o seu pensamento percebe-se que o fato de problematizar é exercer uma análise crítica sobre o problema e o seu entorno na tentativa de solucioná-lo beneficiando a todos.

Numa relação dialógica os temas devem ser discutidos, analisados e os saberes divulgados. Induzindo a uma postura ética frente à questão da violência na escola. Analisando as suas tendências e perspectivas como um grave problema. O tema aborda a questão Ética e se divide em três partes.

Na introdução faz algumas considerações sobre o tema. No desenvolvimento, faz uma pequena abordagem sobre a "Evolução da Ética" e da Estética com a cidadania, relacionando-a com os Direitos e os Deveres humanos. Seguido pela conclusão e algumas sugestões viáveis. O trabalho apresenta um enfoque sobre a ética e a estética numa perspectiva histórica atualizada.

Refletir sobre a ética é de fundamental importância, pois o tema é visto como polêmico e contemporâneo. No entanto, adotar uma postura ética frente a uma realidade tão conturbada é extremamente desafiador, mas necessário.

Conceituar a educação estética na formação docente requer muita reflexão. Ainda não existe uma definição sobre a educação estética, apenas alguns ensaios onde se alinhavam idéias voltadas às emoções e aos sentimentos. Uma educação voltada para a sensibilidade em consonância com a diversidade humana.

Ao abordar a Educação Estética na formação docente, Galeffi afirma: "é o mesmo que falar em educação da sensibilidade humana aprendente." Essa dimensão implica na ordem dos acontecimentos e nas vivencias humanas. A sensibilidade sempre foi tida como a serva da razão. No entanto, a criatividade é matéria prima indispensável para as realizações cognitivas superiores.

A cultura ocidental contemporânea está marcada pela racionalidade técnico científica no processo de conhecimento pela informação e pela produção seriada. Atualmente, o modelo do estético está vinculado a uma cultura de dominação ideológica muito cara, que se impõe às outras com violência e prepotência. Instigando o desejo de poder ao invés da cooperação e do entendimento.

Por Natureza somos seres estéticos, sensíveis, carregados de emoções e sentimentos. A estética contempla o grau máximo da realização humana, mas frente à adversidade manifestamos insegurança e nos sentimos ameaçados pela perversidade, necessitando da ética para regular o comportamento social.

No nosso corpo mora o sensível. Percebido como a nossa alma ou o nosso espírito. O Eu numa perspectiva Freudiana. À medida que se desenvolvem as relações humanas nos defrontamos muitas vezes com graves problemas. Na maioria das vezes, por não saber lidar com estas situações manifestas de forma violenta.

Elaborada de forma agressiva, com danos materiais, ou de uma forma mais grave ainda. A violência psicológica, que não machuca o externo, mas faz muitos estragos na essência do ser. Trazendo traumas, sofrimento e vulnerabilidade ao ser.

Existem indivíduos que não aceitam a Cidadania, não conseguem perceber esta relação direta entre os Direitos e os Deveres. Querem ter apenas acesso aos Direitos e nenhuma obrigação. Resultando que, não terão compromisso com ninguém, nem com a família, nem com o trabalho, nem consigo mesmo.

Ao serem contestados, devido à falta de adaptação social, apresentam ações e reações violentas, provocando situações de conflito. Centrando tudo isso em um grave problema sócio-educacional. Gerando um mal estar social imenso, por meio de inverdades, confusões onde a escola tem dificuldades para lidar com estas questões.

Sendo assim da análise do problema, surge a pergunta:

- Como instigar o desenvolvimento de um ser ético e estético frente às situações de violência apresentadas na escola?

A hipótese aponta que para almejar o desenvolvimento de um ser ético-estético é preciso trabalhar as questões sociais concomitantemente com as questões emocionais nos alunos e nos professores visando acessibilidade e a Inclusão Social. Conscientizando o docente da sua importância como mediador, no processo de ensino aprendizagem, estimulando vivências para o desenvolvimento da Cidadania. Motivando os alunos e a comunidade a participar da resolução de problemas por meio de ações e atividades educativas pela Metodologia da Recreação e Cidadania.

Todo ser manifesta a sensibilidade. Portanto, não há razão suficiente que justifique a prepotência ideológica de alguns em querer imporem os seus modelos. Deste modo a Educação Ética e a Estética devem se orientar pela potencialidade humana e não pela uniformidade de um modelo específico. Respeitando, criticando e problematizando as ações e as atividades educativas desenvolvidas na escola de forma significativa. Minimizando os problemas da violência de forma intra e inter pessoal na múltipla dimensionalidade dos grupos humanos numa relação dialógica.


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