A ascencao dos governos de esquerda na America Latina no seculo XXI



Partes: 1, 2, 3
  1. Resumo
  2. Introducao
  3. Definicoes de esquerda e direita
  4. Contexto historico
  5. Anos 70: "Anos de chumbo"
  6. Anos 80" Decada perdida
  7. Anos 90 "Ajuste neoliberal e desajuste social".
  8. Atualidade da guinada da esquerda na America Latina
  9. Conclusao
  10. Referencias

Monografia apresentada ao Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Vila Velha como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Relações Internacionais.

RESUMO

A proposta desta monografia consiste em mostrar as mudanças ocorrida na América latina, no cenário político.O estudo faz uma analise dos anos 70 passando pelos anos 80 e 90 chegando por fim no século XXI, para constar e levantar os motivos que levaram a ascensão da esquerda ao poder. No decorrer do texto encontra-se definido o conceito de esquerda e direita, assim como os movimentos sociais, a fim de elucidar os termos a mencionados e facilitar a compreensão do tema. Identifica os tipos de esquerdas. Por ultimo identifica os tipos de esquerdas existentes na América Latina, aplicando alguns conceitos dos autores utilizados no decorrer do estudos

Palavras-chaves: Esquerda- Direita; Política externa-América Latina; Sociedade Civil ; populismo; neoliberalismo; Revolução; Teoria marxista

lNTRODUÇÃO

Este trabalho buscou investigar os motivos que levaram ao poder governos que com tendências esquerdistas nos últimos 7 anos. O estudo foi iniciado, tomando como principio a década de 70 até os dias atuais, foram feitas algumas observações no período de Dezembro de 2005 a fevereiro de 2006 durante a viagem que realizei por 5 paises da América do Sul, que ajudaram na conclusão e na constatação dos fatores que justificaram esse estudo. O estudo está divido em 3 capítulos onde são discorridas as idéias necessárias para compreensão dos fatos.

No capitulo 1º intitulado de ORIGEM DO CONCEITO DE ESQUERDA E DIREITA –será discutido os conceitos de esquerda e direita, assim como serão feitas algumas comparações entre ambas, além menção aos movimentos sociais . Já o 2º Capitulo trata do CONTEXTO HISTÓRICO, fazendo uma breve abordagem nos anos 70, 80 e 90. E por fim no 3º capitulo abordo os fatos recentes da conjuntura política dos países latino americanos.

A metodologia utilizada no trabalho consistiu na pesquisa e leitura bibliográficas, fazendo uso dos livros disponíveis na biblioteca da própria universidade, além de alguns artigos adquiridos durante a viagem foram também consultados alguns websites na Internet.

Antes de apresentar as reflexões referentes à temática central deste estudo, serão feitos breves comentários sobre certas questões vinculadas à compreensão do significado da ascensão dos governos de esquerda na América Latina durante nas ultimas três décadas.

O que está acontecendo na América só pode ser entendido a partir das raízes históricas da opressão e das lutas de libertação dos povos americanos. A História do continente americano nasceu e se desenvolveu seguindo dois caminhos diferentes: um junto ao povo e outro contra o povo.

O fator principal de diferenciação das sociedades americanas é, sem dúvida, o desenvolvimento econômico desigual, apesar de grande parte do passado colonial comum. E observado por diversos autores que o Período Colonial foi mais maleável com as colônias de povoamento e mais difícil com colonização de exploração. Devido também ao processo de colonização e a outros fatores políticos e economicos os Estados Latinos seguem sofrendo débitos econômicos e/ou sociais.

O cenário em que se desenvolvem as lutas de classes na América Latina forjou-se ao longo de três séculos de exploração colonial um período menor, porém, mais predatório de dominação imperialista européia, logo em seguida, norte-americana. O latifúndio, a monocultura de exportação c as formas pré-capitalistas de exploração da mão-de-obra ainda constituem considerável parcela da realidade agrária de muitos países latino-americanos. A industrialização, concentrada em alguns setores de interesse do capitalismo internacional é realizada tardiamente, em uma época em que a economia mundial era dominada pelo grande capital monopolista, e isso não permitiu o desenvolvimento, tornando os países latino-americanos extremamente dependentes dos centros econômicos mundiais, conseqüentemente, vulnerável as crises do capitalismo internacional.

Suas classes dominantes são constituídas por oligarquias agro-exportadoras ou grandes comerciantes e banqueiros aliados ao capital internacional, ou por fraca burguesia, até hoje incapaz de levar adiante um projeto nacional desenvolvimentista.

O crescimento demográfico acelerado e o ajuste neoliberal proposto pelo Consenso de Washington tornaram mais agudos os problemas de sobrevivência de grande parte da população do continente, desajustando ainda mais as questões sociais.

A instabilidade política, decorrente do nível de subdesenvolvimento e miséria de regiões da América Latina, aumenta o papel político-institucional das Forças Armadas, em geral conservadoras, e torna a região vulnerável a toda sorte de manobras do imperialismo, desde os programas de ajuda econômica até golpes de Estado, realizados por elites militares educadas em centros de treinamento de oficiais norte-americanos. A falta de canais políticos de decisão e participação popular levou tanto a episódios de luta armada por parte de militantes do povo, quanto ao fenômeno do caudilhismo militar ou civil, seja sob a forma de ditaduras reacionárias, seja criando regimes progressistas.

Nesse quadro, marcados pela violência, pelo militarismo e pelo autoritarismo, fracassaram os movimentos burgueses liberais de caráter reformista, que perderam a sua força ideológica.

As ditaduras militares, e tampouco o reformismo burguês não foram capazes de resolver os problemas fundamentais da América Latina. E a cada avanço do movimento popular, o imperialismo responde com táticas que vão do terrorismo e da repressão policial até o abrandamento das formas autoritárias, mas sem perder o controle da situação política.

Entretanto, nas últimas décadas, o imperialismo vem sofrendo derrotas e recuos em alguns países.

    1. DEFINICOES DE ESQUERDA E DIREITA

Para tratar dos motivos que levaram a ascensão dos governos de esquerda na América Latina, será resgatado à origem do conceito de esquerda. Quando, na Assembléia Constituinte de 1789, reunida em Versailles e depois em Paris, se começou a discutir a questão do direito de veto a ser concedido ao Rei no texto da Constituição, os deputados dividiram-se em dois grandes grupos, colocando-se à direita os que eram favoráveis a essa medida, e, à esquerda, os que lhe eram contrários. Os da direita vieram a ser chamados os "aristocratas" e os da esquerda os "patriotas".

A dicotomia, daí por diante, ficou servindo para designar os partidários da ordem, da autoridade e da tradição (direita) e os inovadores e liberais que se tinham por progressistas (esquerda). Logo se verificou a ambigüidade de tais denominações, que mais tarde viriam dar margem a muita confusão.

Laponce , por exemplo, professor da Universidade de Toronto, classifica esquerda e direita como "metáforas espaciais" usadas na linguagem política.

É inquestionável que em seu significado original, nascido durante a Revolução Francesa, a esquerda-direita teve uma conotação errônea, pelo fato de um dos termos, direita , sempre ter tido uma conotação positiva, e a outra, esquerda, sempre negativa.

Entretanto, segundo Laponce, a univocidade não vale na linguagem política, na qual tanto à direita quanto a esquerda podem representar o lado positivo ou negativo da contraposição. Na linguagem política os bons e, respectivamente, os maus podem ser encontrados tanto à direita quanto à esquerda. Depende de que parte provenha o juízo.

Partes: 1, 2, 3

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